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1 RECURSOS ERGOGÊNICOS Moisés Feitosa Nutricionista graduado pela UFBA; especialista em atividade física e saúde pela faculdade de educação física da UFBA; professor do curso de especialização em nutrição esportiva pelo iPGS; professor do curso de especialização em nutrição esportiva pela DNA; nutricionista do E. C. Bahia nas temporadas 2006/2007; nutricionista e sócio da Clínica Saúde em Movimento. ERGOGÊNICOS CONCEITO • Recursos ergogênicos (RE) são caracterizados como substâncias, processos, ou os procedimentos que podem, ou são percebidos como sendo capazes de melhorar o desempenho esportivo. (LOLLO; TAVARES, 2004). 2 CONCEITO • De acordo com Williams e Branch (1998) a palavra “ergogênico” é definida como substâncias ou artifícios utilizados visando a melhora do desempenho, sendo derivada de duas palavras gregas: ergon, que significa trabalho, e gennan, que significa produção. CONCEITO • Segundo Alves (2002), o propósito da maioria dos ergogênicos é aumentar o desempenho através da intensificação da potência física (produção de energia), da força mental (controle da energia) ou do limite mecânico (eficiência energética) e, dessa forma, prevenir ou retardar o início da fadiga. 3 4 5 6 CREATINA • Pode trazer benefícios em atividade de curta duração e alta intensidade mas não apresenta benefícios em atividades de longa duração •Possíveis efeitos colaterais: aumento do peso, câimbras, diarréia e náusea CREATINA •Profissionais de saúde devem ter cuidado com pacientes portadores de insuficiência renal e hepática 7 8 9 10 11 12 13 HMB • Possíveis mecanismos de ação: – Síntese de colesterol – Inibição da degração proteica HMB • HMB x Proteólise : – Lisossomal - (Degradação de proteínas extracelulares, como receptores de insulina por exemplo) – Capaína Ativada por cálcio - (Degradação de proteínas intracelulares) – Ubiquitina proteossoma – (Degradação de proteínas específicas – como a muscular) 14 HMB • De forma geral o HMB: – Precisa estar associado à atividade física para mostrar resultados – Aumenta massa muscular e desempenho em pessoas não treinadas – Necessita de um tempo maior que 4 semanas para promover efeitos positivos em pessoas treinadas HMB • De forma geral o HMB: – Parece ser seguro se utilizado numa dosagem entre 3g e 6g por diversos meses – Sugere-se que o consumo seja de 3g/dia (1g; 3x ao dia) ou 38mg/kg/dia – Os melhores resultados sugerem sua ação como um anticatabólico em situações como exercício, dietas hipocalóricas e câncer 15 16 17 18 19 20 CONSENSO • BCAA x glutamina • Fe, Zn, Mg • Exercícios intensos x RL 21 PROTEÍNA x DIETA x FUNÇÃO RENAL • Ingestão recomendada: 2.0 – 2.5g/kgP • Fisiculturistas: 3.0g/kgP • Função Renal: não houve associação do declínio da função renal com a idade 22 CITRULINA MALATO x JUDÔ • Conclusão: a suplementação com citrulina malato não influenciou na melhora de desempenho em atletas de judô BICARBONATO DE Na x FADIGA • Ingestão 60 a 90 minutos antes do jogo de basquete: 0.2g/kg • Força isométrica extensora do joelho: atenuada • Sprint e mudança de direção: não influenciados pela alcalose induzida pelo suplemento 23 BICARBONATO DE Na x FADIGA • Conclusão: a utilização do bicarbonato de sódio pode atrasar os efeitos da fadiga neuromuscular β-ALANINA • Importante no sprint final em atletas de endurance • 8 semanas antes do evento: ↓ fadiga • Tampona lactato em atividade anaeróbia • 4g ao longo do dia: evita parestesia β-ALANINA • A suplementação com B-alanina pode gerar benefícios na ordem de 2,85%. • Seu efeito ergogênico é mais evidente em exercícios intensos e com duração entre 1 e 4 minutos. • Exercícios que tenham duração inferior a 60s parecem não se beneficiar da suplementação de B- alanina. 24 CAFEÍNA • 1,3,7-trimetilxantina • “De acordo com a Resolução RDC n. 18/2010 os suplementos de cafeína para atletas devem conter entre 210 e 420 mg de cafeína na porção definida pelo fabricante. Porém a recomendação de uso deve ser orientada por nutricionista ou médico com base nas necessidades do atleta”. CAFEÍNA • Efeito direto no SNC, afetando a percepção subjetiva de esforço e/ou a propagação dos sinais neurais entre o cérebro e a junção neuromuscular (teoria especulativa) • ↑oxidação de LIP e ↓oxidação de CHO • Diminui a sensibilidade do retículo sarcoplasmático na liberação do cálcio 25 CAFEÍNA • 30-50mg cafeína + CHO: ↑ estoques de glicogênio no pós treino • Estimula a lipólise mas não estimula a β- oxidação (papel do exercício – mitocôndrias em atividade total) CAFEÍNA • 75% dos atletas consomem antes e durante os eventos esportivos • Mais eficiente em treinos aeróbios (reduz em 6% a percepção de esforço em exercícios constantes) • Exercício anaeróbio: poucas evidências (eficiente em treinos intensos de até 180´´) • NÃO ↑ taxa de disparo das unidades motoras CAFEÍNA • Efeitos Colaterais: –>10-15μg/kgP não recomendado: os níveis plasmáticos podem exceder os valores tóxicos –Prejudica estabilidade de MMSS (tremores), insônia, ansiedade, irritabilidade, náuseas e vômitos, desconforto do TGI CAFEÍNA • Contra-Indicações: –Esteve proibida pela World Anti Doping Agency (WADA/2004), na classe de estimuladores (A), até o final de 2003 –HAS, cardiopatias (arritimias), nefropatias, hepatopatias, doenças do TGI 26 CAFEÍNA • Contra-Indicações: – Alcança concentração máxima no sangue entre 15-120´ após a ingestão (oral, intraperitoneal, injeções subcutâneas/intramusculares e supositórios) – Meia-vida: 4 a 6h – Fibra tipo I: mais sensível à ação da cafeína do que a fibra tipo II CAFEÍNA • Recomendações: –3-9mg/kg/P/dia –>10mg/kg/P/dia: não recomendado (risco de óbito) CAFEÍNA • Dificilmente promoveria perda de peso se utilizada como único método de intervenção. • Doses de ~3 a 6 mg.kg-1 podem trazer benefícios, de desempenho, em exercícios que durem até 60 minutos. CAFEÍNA • O possível benefício pode variar muito de pessoa para pessoa • Efeitos negativos incluem ansiedade, taquicardia, insônia, alterações gastrointestinais • Seu uso constante pode reduzir o efeito ergogênico 27 SUPLEMENTOS x LIPÓLISE • Cafeína, chá verde, L-carnitina, Garcínia Cambodja, ácido trihidroxi cítrico, capsaisina, ginseng, taurina, octacosanol, • Cafeína e chá verde: melhoraram a performance no endurance e contribuíram para a oxidação de gordura 28 CAFEÍNA x MMA • Protocolo: 5mg cafeína/kg em atletas de MMA • Resultado: não melhorou o desempenho de socos, avaliados por protocolo intermitente utilizando transdutor de força portátil • Recomenda-se que a utilização da cafeína seja feita de forma individualizada 29 CAFEÍNA x FUTEBOL • Protocolo: – 8 jogadores de futebol simularam uma partida de 85 minutos – 5mg cafeína/kgP ou placebo foram adicionados à refeição antes do protocolo CAFEÍNA x FUTEBOL • Resultados: – Cafeína aumentou em 12.8% o desempenho (diferença não considerável do ponto de vista estatístico) – Taxa de oxidação de CHO e LIP não diferenciaram entre os grupos – Cafeína: maior produção de lactato e menor produção de esforço 30 CAFEÍNA x ENXAGUE BUCAL COM CHO • Protocolo: – Cafeína – Enxague bucal com CHO – Cafeína + CHO CAFEÍNA x ENXAGUE BUCAL COM CHO • Resultados: – Cafeína ou enxague bucal com CHO podem melhorar o desempenho no treino de força – Cafeína + CHO: não háefeito adicional 31 32 33 VITAMINAS E MINERAIS 34 SUPLEMENTAÇÃO DE VIT E MIN • Vitaminas e suplementos: mais de 90.000 no mercado • Preciso usar? Depende do EN • São seguros? Sim, na dose recomendada. No entanto pode haver substâncias tóxicas na composição (metais pesados, esteóides e estimulantes) SUPLEMENTAÇÃO DE VIT E MIN • Dieta balanceada x suplementos: uma dieta equilibrada, rica em frutas e hortaliças, garante o aporte de vitaminas e minerais VITAMINAS LIPOSSOLÚVEIS 35 36 37 38 MINERAIS: OS REGULADORES INORGÂNICOS 39 40 FIBRAS RECRUTADAS • Fibras tipo I: –Via oxidativa (CHO e LIP) –Contração lenta –Econômica FIBRAS RECRUTADAS • Fibras tipo I: –Atividades longas –↑Glicogênio e ↑TGL intramuscular –↑ Mitocôndrias 41 FIBRAS RECRUTADAS • Fibras tipo I: –↑ mioglobina –Vermelhas –Estreitas e alongadas FIBRAS RECRUTADAS • Fibras tipo I: NÃO HIPERTROFIAM FIBRAS RECRUTADAS • Fibras tipo II (IIa e IIb): –Via ATP-CP, glicolítica (creatina P e CHO) –Contração rápida –Pouco econômica 42 FIBRAS RECRUTADAS • Fibras tipo II (a e b): –Atividades curtas –↓Glicogênio e ↓ TGL intramuscular –↓ Mitocôndrias FIBRAS RECRUTADAS • Fibras tipo II (a e b): –↓ mioglobina –Brancas/róseas –Compactadas FIBRAS RECRUTADAS • Fibras tipo II (a e b): HIPERTROFIAM 43 ADAPTAÇÕES NEUROMUSCULARES Força não é somente uma propriedade do músculo e sim do sistema motor Ganhos na força podem ser conseguidos sem mudanças no tamanho do músculo, mas não sem adaptações neural. Adaptações Neurais Adaptações Metabólicas /Musculares Adaptações Neurais X Adaptações Musculares HIPERTROFIA Uchida et al - 2004 Aguda: sarcoplasmática – temporária ou transitória Redirecionamento do fluxo de sangue para os músculos em contração Acúmulo de líquido (edema) nos espaços intersticial e intracelular, originário do plasma sanguíneo HIPERTROFIA Crônica: Miofiblilar Aumento da secção transversa Aumento tamanho e número de actina e miosina Aumento dos sarcômeros Uchida et al - 2004 44 HIPERTROFIA ATIVAÇÃO SIST. NERVOSO GENÉTICA FATORES COMPORTAMENTAIS EXERCÍCIO RESISTIDO ESTADO NUTRICIONAL FATORES ENDÓCRINOS ADAPTAÇÕES DO TAMANHO DO MUSCULO Hipertrofia: aumento no tamanho do músculo. Atrofia: diminuições no tamanho do músculo. A força de músculo envolve mais do que apenas o tamanho do músculo. Ganhos na força podem ser conseguidos sem mudanças no tamanho do músculo, mas não sem adaptações neural. Adaptações Musculares ao treinamento de Força o Hipertrofia das fibras musculares: o Da concentração actina e miosina o Da área transversa do músculo o Conteúdo de fosfocreatina e de glicogênio o Da capacidade glicolítica o Da capacidade de força o Densidade mitocôndria HIPERTROFIA 45 ADAPTAÇÕES FISIOLÓGICAS •Aumenta capacidade enzimática oxidativa • Aumenta as reservas de triglicérides intra-musculares • Aumenta a densidade dos receptores B-adrenérgicos sobre as superfícies das células adiposas • Diminui os níveis de insulina submáximos e lactato, contribuindo para aumentar a lipólise INSULINA – REGULADOR Regulada pelo aumento da concentração da glicose no sangue CONTRA-REGULADORES GLUCAGON, GH, CORTISOL E CATECOLAMINAS Insulina - funções • Estímulo a absorção de glicose na maioria das células do corpo • Inibição da liberação de glicose pelo fígado • Inibição da liberação de ácidos graxos armazenados • Facilitação da síntese protéica • Estímulo ao armazenamento de glicogênio após o exercício ARMAZENAR Glucagon • Té • Antagonista à insulina • Aumenta Glicogenólise • Aumenta Gliconeogênese no fígado • Aumenta lipólise no tecido adiposo DISPONIBILIZAR 46 As concentrações de glicose diminuem para valores “normais”, mas não alcançam níveis de hipoglicemia devido a ação dos contra-reguladores (FORJAZ et al.,1998) PERMEABILIDADE À INSULINA DURANTE O EXERCÍCIO No exercício físico ocorre diminuição da insulina, sendo assim como ocorre a entrada da glicose na célula ? R = As próprias contrações musculares estimulam a absorção da glicose CORRENTE SANGUÍNEA GLICOSE GLICOSE GLICOSE GLICOSE GLICOSE GLICOSE GLICOSE GLICOSE CÉLULA MUSCULAR GLICOSE GLICOSE GLICOSE “Contração Muscular” GLUT 4 GLUT 4 GLUT 4 OBRIGADO!!! 71 3052-2999/71 99178-3055 @feitosanutri moises feitosa