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INSTITUTO DE MATEMÁTICA/UFRJ PROFESSORA SELENE ALVES MAIA GABARITO TERCEIRA PROVA DE CÁLCULO 3/CÁLCULO DE VÁRIAS VARIÁVEIS 2 08/12/2023 Questão 1: 2.5 pontos Calcule S x2 y2 2 z2dS, onde S : x2 y2 z2 4 com z x2 y2 3 . Solução: Etapa 1: Determinar a região D projeção do sólido W no xy. x2 y2 z2 4 z x2 y2 /3 x2 y2 x2 y22 / 9 4 x2 y22 9 x2 y2 36 0 m2 9m 36 1 m 9 15 / 2 3 x2 y2 3. Como, x2 y2 3, então, 3 z2 4 z 1, pois, z 0. Logo, a curva C é uma circunferência de centro 0,0, 1 e raio 3 . Etapa 2: Parametrizar a esfera S. 2 , 2sincos, 2 sin sin, 2 cos, , D. i Determinar a variação de . Considere z 1. Então, da equação 2, obtém-se: 3 2cos 1 cos 1 /2 / 3. Da equação 2 e como z 1, resulta que: 4 0 / 3. ii Determinar a variação de . Como não existe nenhuma restrição para x e para y, obtém-se: 5 0 2. Portanto, das equações 4 e 5, resulta que: 6 D , 2| 0 / 3, 0 2. Etapa 3: Determinar f ,, onde f x,y, z x2 y2 2 z2. Da equação 5, obtém-se: 7 f , 4 sin2cos2 4 sin2 sin2 8 cos2 4 sin2 8 cos2. Etapa 4: Determinar dS N , dd. 8 N , 4 sin dS 4 sindd. Logo, das equações 7 e 8, resulta que: S x2 y2 2 z2dS D 4 sin2 8 cos2 4 sindd D 16 sin3 32 cos2 sin dd S x2 y2 2 z2dS D 16 1 cos2 sin 32 cos2 sindd S x2 y2 2 z2dS 16 D sindd 48 D cos2 sindd S x2 y2 2 z2dS 32 0 /3 sin 96 0 /3 cos2 sind 32 cos0 /3 32 cos30 /3 9 S x2 y2 2 z2dS 16 32 7 /8 16 28 12. Questão 2: 2.5 pontos Verifique o teorema de Gauss, calculando as duas integrais do enunciado para o campo vetorial F x,y, z 3x,2 y, z e W é o sólido limitado pelas superfícies z 0, x2 y2 4 e x y z 3. Solução: 10 S F n dS W div F x, y, zdxdydz, S S1 S2 S3, onde: a S1 : z f x,y 0, x,y D1 x,y 2|x2 y2 4; b S2 : z g x,y 3 x y, x,y D2 x,y 2|x2 y2 4; c S3 : x2 y2 4, 0 z 3 2 cos 2sin. i Calcular a integral de superfície S F n dS. 11 S F n dS S1 F n1 dS1 S2 F n2 dS2 S3 F n3 dS3. Cálculo da integral de superfície S1 F n1 dS1 D1 F 1 x,y N1 1 x,ydxdy. Etapa 1: Parametrizar a superfície S1. Como S1 é dada explicitamentepor z f x, y 0, então: 12 1 x,y x,y, 0, x,y D1, onde a região D1 é definida por: 13 D1 x,y 2|x2 y2 4. Etapa 2: Determinar N1 1 x,y. Como z f x,y 0 e N1 1 x,y é a normal exterior ao sólido W, então: 14 N1 1 x,y fx x,y, fy x,y,1 0,0,1. Etapa 3: DeterminarF 1 x,y. Da definição do campo vetorial F e da equação 12, resulta que: 15 F 1 x,y F x,y, 0 3x,2 y, 0. Etapa 4: DeterminarF 1 x,y N1 1 x,y. Das equações 14 e 15, resulta que: 16 F 1 x,y N1 1 x,y 3x,2 y, 0 0,0,1 0. Logo, da equação 16, obtém-se: 17 S1 F n1 dS1 D1 0dxdy 0. Cálculo da integral de superfície S2 F n2 dS2 D2 F 2 x,y N2 2 x,y dxdy. Etapa 1: Parametrizar a superfície S2. Como S2 é dada explicitamentepor z g x, y 3 x y, então: 18 1 x,y x,y, 3 x y, x,y D2, onde a região D2 é definida por: 19 D2 x,y 2|x2 y2 4. Etapa 2: Determinar N2 2 x,y. Como z g x,y 3 x y e N2 1 x,y é a normal exterior ao sólido W, então: 20 N2 2 x,y gx x,y,gy x,y, 1 1,1, 1. Etapa 3: DeterminarF 2 x,y. Da definição do campo vetorial F e da equação 18, resulta que: 21 F 2 x,y F x, y, 3 x y 3x,2 y, 3 x y. Etapa 4: DeterminarF 2 x,y N2 2 x,y. Das equações 20 e 21, resulta que: 22 F 2 x,y N2 2 x,y 3x,2 y, 3 x y 1,1, 1 2x 3 y 3. Logo, da equação 22, obtém-se: S2 F n2 dS2 D2 2x 3 y 3dxdy D2 2xdxdy D2 3 y dxdy 3 D2 dxdy 23 S2 F n2 dS2 3 Área de D 12. Observação: As integrais duplas D 3x dxdy e D 2y dxdy são iguais a zero, pois: 1 x,y 3x éumafunção ímparnavariável x earegião D tem simetria em relação ao eixo y; 2 x,y 2y éumafunção ímparnavariável yearegião D tem simetria em relação ao eixo x. Cálculo da integral de superfície S3 F n3 dS3 D3 F 3 , z N3 3 , z ddz. Etapa 1: Parametrizar a superfície S3. 24 3 , z 2cos, 2 sin, z, , z D3, onde a região D3 é definida por: 25 D2 , z 2| , 0 z 3 2cos 2sin. Etapa 2: Determinar N3 3 , z. Como N3 3 , z é a normal exterior ao sólido W, então: 26 N3 3 , z 2cos, 2 sin, 0. Etapa 3: DeterminarF 3 , z. Da definição do campo vetorial F e da equação 24, resulta que: 27 F 3 , z F 2cos, 2 sin, z 6 cos,4 sin, z. Etapa 4: Determinar F 3 , z N3 3 , z. Das equações 26 e 27, resulta que: 28 F 3 , z N3 3 , z 12 cos2 8 sin2. Logo, da equação 28, obtém-se: S3 F n3 dS3 D3 F 3 , z N3 3 , z ddz D3 12 cos2 8 sin2dzd S3 F n3 dS3 12 0 32cos2sin dz d 20 sin2 0 32cos2sin dz d S3 F n3 dS3 12 3 2cos 2sind 20 sin2 3 2cos 2sin d S3 F n3 dS3 72 0 120 0 sin2d 72 60 0 1 cos2 d 29 S3 F n3 dS3 72 0 1 cos2d 72 60 0 12. Substituindo as equações 17, 23 e 29 na equação 11, resulta que: 30 S F n dS S1 F n1 dS1 S2 F n2 dS2 S3 F n3 dS3 0 12 12 24. ii Calcular a integral tripla W div F x, y, zdxdydz. Etapa 1: Determinar o div F x,y, z. Da definição do campo vetorial F x,y, z, obtém-se: 31 P x,y, z 3x Px x,y, z 3; 32 Q x,y, z 2 y Qy x,y, z 2 ; 33 R x,y, z z Rz x,y, z 1. Logo, de 31-33, obtém-se: 34 div F x,y, z 3 2 1 2. Etapa 2: Descrever o sólido W. Pelo enunciado, obtém-se: 35 W x,y, z 3|x,y D, 0 z 3 x y, onde a região D é definda por: 36 D x,y 2|x2 y2 4. Das equações 34-16, resulta que: W div F dxdydz 2 W dxdyd 2 D 0 3xy dz dxdy 37 W divF dxdydz 2 D 3 x ydx3y 6 Área de D 24. Observação: As integrais duplas D xdxdy e D ydxdy são iguais a zero, pois: 1 x,y x éumafunção ímparnavariável x earegião D tem simetria em relação ao eixo y; 2 x,y y éumafunção ímparnavariável y earegião D tem simetria em relação ao eixo x. Questão 3: 2.5 pontos Seja F x,y, z 3x2 z y3, 3xy2 e z,x3 ye z. Em cada um dos itens abaixo faça o que se pede, justificando sua resposta. a F é um campo conservativo? b Seja C a curva de interseção da superfície do parabolóide S : z x2 y2 4. z 1 com o pla- no y 1. Calcule C F d, onde C é orientada no sentido anti-horário. Solução: a Temos que: 38 rot F Ry Qz,Pz Rx,Qx Py e z e z, 3x2 3x2, 3 y2 3 y2 0,0, 0. O campovetorial F é de classe C e, em particular de classe C 1, o domínio de F 3 que é um conjuntosimplesmenteconexo e rot F 0,0, 0. Logo, F é uma campo conservativo, pois, satis- faz as hipóteses do Teorema 6.6.2. b Método 1: Construir uma curva C1. Etapa 1: Determinar a equação da curva C. 39 z x2 y2 4 y 1 z x2 3. A interseçãodassuperfícieséaparábola C comconcavidadevoltadaparacima,contidanoplanoy 1. Além disso, z 1. Então: C : z x2 3, z 1, y 1 Substituindo z 1 na equação 40, resulta que: 40 1 x2 3 x2 4 x 2. Como y 1 e z 1, então da equação 40 e da hipótese que a curva C é orientada no sentido anti-horário, obtém-se: 41 A 2,1,1 e 42 B 2,1,1. Etapa 2: Parametrizar a curva C1. Como o campo vetorial F é conservativo, por ii do Teorema 6.6.2, a integral independe do ca- minho, então: 43 C F d C1 F d1. Considereacurva C1 o segmento de retacompontos iniciale final A e B, respectivamente. Logo, uma parametrização desta curva é dada por: 44 1 t t,1,1, 2 t 2. Etapa 3: Determinar 1 t. Da equação 44,obtém-se: 45 1 t 1,0, 0. Etapa 4: Determinar F 1 t. Da definição do campo vetorial e da equação 44, resulta que: 46 F 1 t 3 t2 1,3 t e, t3 e. Etapa 5: Determinar F 1 t 1 t. Das equações 45 e 46, obtém-se: 47 F 1 t 1 t 3 t2 1,3 t e, t3 e 1,0, 0 3 t2 1. Logo, da equação 47, obtém-se: 48 C1 F d1 2 2 3 t2 1dt 2 2 3 t2 dt 2 2 dt 2 t3 0 2 2 t0 2 16 4 12. Substituindo a equação 48 na equação 43, resulta que: C F d C1 F d1 12. b Método 2: Utilizar o Teorema 6.6.3, ou seja: 49 C F d C f d f B f A. Etapa 1: Determinar uma função potencial f x,y, z. De iii do Teorema 6.6.2, existe f x,y, z tal que: 50 f x,y, z F x,y, z f x x,y, z, f y x,y, z, f z x,y, z 3x2 z y3, 3xy2 e z,x3 ye z. Da equação 60, obtém-se: 51 f x x,y, z 3x2 z y3 52 f y x,y, z 3xy2 e z 53 f z x,y, z x3 ye z Integrando a equação 51 com respeito a x, obtém-se: 54 f x,y, z x3 z xy3 g y, z. Derivando a equação 54 parcialmente com respeito a y, obtém-se: 55 f y x,y, z 3x y2 g y y, z. Substituindo a equação 55 na equação 51, resulta que: 56 g y y, z e z. Integrando a equação 56 com respeito a y, obtem-se: 57 g y, z ye z h z. Substituindo a equação 57 na equação 54, resulta que: 58 f x,y, z x3 z xy3 ye z h z. Derivando a equação 58 parcialmente com respeito a z, obtem-se: 59 f z x,y, z x3 ye z hz. Substituindo a equação 59 na equação 53 resulta que: x3 ye z hz x3 ye z 60 hz 0. Integrando a equação 60 com respeito a z, obtem-se: 61 h z c. Substituindo a equação 61 na equação 58 resulta que: 62 f x,y, z x3 z xy3 ye z c. Etapa 2: Determinar os pontos A e B. Esta etapa foi feita no Método 1. i Considere B 2,1,1. Substituindo este ponto na equação 62, obtém-se: 63 f 2,1,1 23 1 2 13 1 e 1 c 6 e c. ii Considere A 2,1,1. Substituindo este ponto na equação 62, obtém-se: 64 f 2,1,1 23 1 2 13 1 e 1 c 6 e c. Substituindo as equações 63 e 64 na equação 49, resulta que: C F d C f d f B f A 6 e c 6 e c 12. Questão 4: 2.5 pontos Verifiqueo teorema de Stokes, calculandoa integral de linha e a integral de superfície para o cam- po vetorial F x,y, z y2,x y,2x z, S épartedaesfera x2 y2 z2 1, com z 0 e n é a normal exterior à esfera. Solução: Devemos provar que: 65 C F d S rot F n dS. i Calcular a integral de linha C F d. Etapa 1: Determinar a equação curva C. Substituindo z 0 na equação da esfera, obtém-se: 66 C : x2 y2 4. Etapa 2: Determinar uma parametrização da curva C. Da equação 66 e do fato que n é exterior à esfera, então, a curva C está orientada no sentido anti-horário. Logo: 67 t 2 cos t, 2 sin t, 0, 0 t 2. Etapa 3: Determinar t. Da equação 67,obtém-se: 68 t 2 sin t, 2 cos t, 0. Etapa 4: Determinar F t. Da definição do campo vetorial e da equação 67, resulta que: 69 F t 4 sin2t, 4 cos t sin t, 0. Etapa 5: Determinar F t t. Das equações 68 e 69, obtém-se: F t t 4 sin2t, 4 cos t sin t, 0 2 sin t, 2 cos t, 0 8 sin3t 8 cos2t sin t C F d 8 0 2 sin3t cos2t sin tdt C F d 8 0 2 1 cos2 sin t cos2t sin tdt 70 C F d 8 0 2 sin t cos2t sin t cos2t sin tdt 8 cos t0 2 0. ii Cálculo da integral de superfície S rot F n dS. 71 rot F Ry Qz,Pz Rx,Qx Py 0 0,0 2 z, y 2y 0,2 z,y. Etapa 1: Parametrizar a superície S. Como z 0,obtém-se: 72 1 0 e 73 2 / 2. Logo, uma parametrização da superície S é dada por: 74 , 2sincos, 2 sin sin, 2 cos, , D2, onde a região D é definida por: 75 D , 2| 0 / 2, 0 2. Etapa 2: Determinar o vetor norma unitário n . Considere a superfície S como umasuperfíciedenível 4,com w G x,y, z x2 y2 z2. Do fato que n é a normalexteriorà superfície S, obtém-se: 76 n G x,y, z G x,y, z 2x, 2y, 2z 4x2 4y2 4z2 x,y, z 4 x 2 , y 2 , z 2 , pois, x2 y2 z2 4. Etapa 3: Calcular rot F n . Da definição do campo vetorial rot F e da equação 76, obtém-se: 77 rot F n 0,2 z,y x 2 , y 2 , z 2 y z y z 2 y z 2 . Portanto, da equação 77, resulta que: 78 S rot F n dS 1 2 S y z dS. Etapa 4: CalculardS N , dd. N , EG F2 a2 sin 4 sin 79 dS N , dd 4 sindd. Substituindo as equações 74 e 79 na equação 78, obtém-se: S rot F n dS 1 2 D 16 sin2 sin cosdd 8 0 /2 sin2 cos 0 2 sin d d 80 S rot F n dS 8 0 /2 sin2 cos cos0 2 d 0.