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ENZIMAS Professor Dsc. Natalia R. Bernardes Enzimas Características das Enzimas Aceleram a velocidade de uma reação, sem participar dela como reagente ou produto, com alta eficiência São sintetizadas por células vivas e atuam em quase todas as reações químicas do metabolismo dos organismos vivos Convertem uma substância, chamada de substrato, em outra denominada produto Estão quase sempre dentro da célula e compartimentalizadas São extremamente específicas para a reação que catalisam Quase todas as enzimas são de origem proteica, com exceção de algumas RNA catalíticas riboenzimas Enzimas Função das Enzimas Catálise de reações Enzimas Estrutura das Enzimas As moléculas enzimáticas contem uma região especifica, em forma de fenda ou bolso, chamada de sitio ativo. Este sítio contém cadeias laterais de aminoácidos que participam da ligação com o substrato e da catalise Enzimas Cofatores Enzimáticos Muitas enzimas contêm pequenas moléculas ou íons metálicos que participam diretamente da ligação ao substrato ou da catálise. Denominados grupamentos prostéticos, cofatores e coenzimas, eles aumentam o repertório de capacidades catalíticas. Muitas coenzimas, cofatores e grupamentos prostéticos são derivados das vitaminas B Os cofatores associam-se de maneira reversível a enzimas ou substratos. Enzimas Cofatores e Coenzimas Enzimas Cofatores e Coenzimas Maioria deriva de vitaminas hidrossolúveis, sendo classificado como transportadoras de H e transportadoras de grupos químicos Enzimas Teorias de Especificidade Teoria da chave-fechadura (Emil Fischer): onde a chave (o substrato), deve- se ajustar à fechadura (a enzima), de modo que cada enzima aja sobre um número muito limitado de compostos. Enzimas Teorias de Especificidade Modelo do Ajuste induzido: prevê um sitio de ligação não totalmente pré- formado, mas sim moldável a molécula do substrato; a enzima se ajustaria a molécula do substrato na sua presença. Enzimas Fatores que alteram a atividade enzimática Valores extremos de pH também podem levar a ̀ desnaturação da enzima, pois a estrutura da molécula proteica cataliticamente ativa depende do caráter iônico das cadeias laterais dos aminoácidos. O pH no qual a atividade máxima da enzima e ́ atingida difere para cada enzima e, geralmente, reflete a [H+] na qual a enzima funciona no organismo. Por exemplo, a pepsina, uma enzima digestiva do estômago, apresenta atividade máxima em pH 2, enquanto outras enzimas, destinadas a funcionar em pH neutro, desnaturam em meio com essa acidez Enzimas Fatores que alteram a atividade enzimática A velocidade de reação aumenta com a temperatura, até ́ um pico de velocidade ser atingido. Uma elevação maior da temperatura resulta em redução na velocidade de reação como resultado da desnaturação da enzima, induzida pela temperatura A temperatura ótima para a maioria das enzimas humanas está entre 35 e 40 ºC. As enzimas humanas começam a desnaturar em temperaturas acima de 40 ºC, Enzimas Fatores que alteram a atividade enzimática A velocidade de uma reação (v) é o número de moléculas de substrato convertidas em produto por unidade de tempo. A velocidade de uma reação catalisada por enzima aumenta com a concentração do substrato, até́ uma velocidade máxima (Vma ́x) ser atingida. A obtenção de um platô na velocidade de reação em altas concentrações de substrato reflete a saturação, pelo substrato, de todos os sítios de ligação disponíveis nas moléculas enzimáticas presentes. Enzimas Inibição Enzimática Qualquer substância que possa diminuir a velocidade das reações catalisadas por enzimas e ́ chamada de inibidor. Em geral, inibidores irreversíveis ligam-se às enzimas por meio de ligações covalentes. Inibidores reversíveis ligam-se às enzimas por meio de ligações não covalentes Enzimas Inibição Enzimática Substrato Inibidor Inibidor Reversível Competitivo: compete com o substrato pelo centro ativo da enzima. Apresentam configuração semelhante ao substrato e por isso são capazes de se ligarem ao centro ativo da enzima. Eles produzem um complexo enzima-inibidor - semelhante ao complexo enzima-substrato. Enzimas Inibição Enzimática Substrato Inibidor Inibidor Reversível Não Competitivo: Não tem semelhança estrutural com o substrato de reação que inibem. A sua inibição se dá pela sua ligação a radicais que não pertencem ao grupo ativo. Esta ligação vai alterar a estrutura da enzima e inviabiliza a sua catálise. Enzimas Inibição Enzimática Inibição Enzimática Irreversível: se ligam as enzimas levando a inativação definitiva desta. Estes inibidores são muito tóxicos para o organismo já que não são específicos, sendo capazes de inativar qualquer enzima. METABOLISMO DE PROTEÍNAS E AMINOÁCIDOS Professor Dsc. Natalia Ribeiro Bernardes Metabolismo de Proteínas e Aminoácidos Metabolismo de proteínas Ao contrário do que ocorre com as gorduras e os carboidratos, os aminoácidos não são armazenados pelo organismo, isto é, não há proteínas cuja única função seja manter um suprimento de aminoácidos para utilização posterior Os aminoácidos devem ser obtidos: da dieta (aminoácidos essenciais), sintetizados pelo organismo (aminoácidos não essenciais) ou produzidos pela degradação proteica normal. Quaisquer aminoácidos em excesso em relação às necessidades biossintéticas da célula são rapidamente degradados. Os aminoácidos livres estão presentes em todo o organismo, como por exemplo, nas células, no sangue e nos fluidos extracelulares. Metabolismo de Proteínas e Aminoácidos Metabolismo de proteínas Proteínas derivados da Dieta Aminoácidos Hidrólise de Proteínas do Corpo Novas Proteínas para o corpo Amônia Ureia Excretado Síntese dos não essenciais α-cetoácidos Metabolismo de Proteínas e Aminoácidos Turnover Proteico RENOVAÇÃO PROTEICA: A renovação proteica resulta da síntese e da degradação simultâneas de proteínas. Em adultos alimentados e saudáveis, a quantidade total de proteína no organismo permanece constante, pois a velocidade de síntese proteica é suficiente apenas para substituir a proteína degradada. Metabolismo de Proteínas e Aminoácidos Renovação Proteica Em adultos saudáveis: a quantidade total de proteína corporal permanece constante, pois a taxa de síntese proteica é suficiente apenas para substituir a proteína degradada. Estima-se que leva à hidrólise e à ressíntese de 300 a 400 g de proteína corporal por dia. Taxa de renovação de acordo com o tipo de proteína: (1) As de curta duração (p. ex., muitas proteínas reguladoras e proteínas organizadas de forma errônea) são degradadas rapidamente, apresentando meias-vidas de minutos ou horas. (2) As de longa duração, com meias-vidas de dias a semanas, constituem a maioria das proteínas celulares. Proteínas estruturais, como o colágeno, são metabolicamente estáveis e apresentam meias-vidas de meses a anos. Metabolismo de Proteínas e Aminoácidos Degradação de proteínas: dependentes de ATP As proteínas destinadas à degradação pelo sistema ubiquitina- proteassomo são inicialmente ligadas covalentemente à ubiquitina (requer energia na forma de ATP), uma pequena proteína globular não enzimática. As proteínas marcadas com ubiquitina são então reconhecidas por um grande complexo proteolítico macromolecular, com formato de barril, denominado proteassomo, que funciona como "lata de lixo" O proteassomo desenrola, desubiquitina e corta a proteína- alvo em fragmentos, posteriormente degradados em aminoácidos, que entram no conjunto dos aminoácidos. Os proteassomos degradam principalmente proteínas endógenas, ou seja, proteínas sintetizadas dentro da própria célula. Metabolismo de Proteínas e Aminoácidos Degradação de proteínas: independentes de ATP As enzimaslisossomais (hidrolases ácidas) degradam principalmente proteínas extracelulares, como proteínas plasmáticas, captadas pela célula por endocitose, e proteínas de superfície da membrana celular, utilizadas na endocitose mediada por receptor. Metabolismo de Proteínas e Aminoácidos Digestão de Proteínas Começa no estômago: O ácido contido na secreção gástrica desnaturar proteínas, tornando-as assim mais suscetíveis à hidrolise subsequente por proteases. A pepsina libera peptídeos e poucos aminoácidos livres a partir das proteínas da dieta. No intestino delgado, os grandes polipeptídios produzidos no estômago pela ação da pepsina são clivados por um grupo de proteases pancreáticas, resultando em oligopeptídeos e aminoácidos. No intestino delgado, a enzima aminopeptidase, que cliva repetidamente o resíduo N-terminal dos oligopeptídeos, produzindo peptídeos ainda menores e aminoácidos livres. Os aminoácidos, dipeptídeos e os tripeptídeos são captados pelos enterócitos. Os peptídeos são hidrolisados no citosol, produzindo aminoácidos, antes de serem liberados para o sistema porta por difusão facilitada. Metabolismo de Proteínas e Aminoácidos Digestão de Proteínas Ativação dos zimogênios. A enteropeptidase, uma enzima sintetizada por células da mucosa intestinal e ali presente na superfície luminal da membrana em forma de escova - converte o zimogênio pancreático. Clivagem das proteínas da dieta por proteases do pâncreas. As ligações peptídicas suscetíveis à hidrólise estão mostradas para cada uma das cinco principais proteases pancreáticas. Metabolismo de Proteínas e Aminoácidos Absorção de Proteínas A superfície luminal do intestino contém a enzima aminopeptidase – uma exopeptidase que cliva repetidamente o resíduo N-terminal dos oligopeptídeos, produzindo peptídeos ainda menores e aminoácidos livres. Metabolismo de Proteínas e Aminoácidos Manutenção dos aminoácidos no sangue A manutenção das concentrações de aminoácidos no plasma circulante, no estado de equilíbrio dinâmico entre as refeições, depende do equilíbrio efetivo entre a liberação das reservas endógenas de proteínas e a sua utilização por vários tecidos. O músculo gera mais da metade do reservatório corporal total de aminoácidos livres, e o fígado constitui o local das enzimas do ciclo da ureia necessárias para o processamento do excesso de nitrogênio. As concentrações de aminoácidos livres nos fluidos extracelulares são significativamente mais baixas que aquelas dentro das células do organismo. Esse gradiente de concentração é mantido por sistemas de transporte ativo. Metabolismo de Proteínas e Aminoácidos Catabolismo dos Aminoácidos: Remoção do Nitrogênio Transaminação Aminotransferase: enzimas encontradas no citosol e na mitocôndria das células em todo o organismo, especialmente no fígado, rins, intestino e músculo. Todos os aminoácidos sofrem transaminação, com exceção da lisina e da treonina, que perdem seus grupos amino por desaminac ̧ão Sua remoção, essencial para a produção de energia a partir de qualquer aminoácido, é um passo obrigatório no catabolismo de todos os aminoácidos. Metabolismo de Proteínas e Aminoácidos Catabolismo dos Aminoácidos: Remoção do Nitrogênio Desaminação Oxidativa Resulta na liberação do grupo amino como amônia livre (NH3). Essas reações ocorrem principalmente no fígado e no rim. Elas fornecem cetoácidos, que podem entrar nas vias centrais do metabolismo energético, e amônia, fonte de nitrogênio na síntese de ureia. Metabolismo de Proteínas e Aminoácidos Catabolismo dos Aminoácidos: Remoção do Nitrogênio Ações combinadas das reações das aminotransferases e da glutamato-desidrogenase Metabolismo de Proteínas e Aminoácidos Catabolismo dos Aminoácidos: Transporte da Amônia Dois mecanismos são utilizados em humanos para o transporte da amônia dos tecidos periféricos até o fígado para sua conversão final em ureia: Utiliza glutamina-sintetase para combinar amônia (NH3) com glutamato e formar glutamina - forma não tóxica de transporte da amônia A glutamina é transportada no sangue para o fígado, onde é clivada pela glutaminase para produzir glutamato e amônia livre, onde acontece o ciclo da uréia PRESENTE NA MAIORIA DOS TECIDOS Metabolismo de Proteínas e Aminoácidos Biossíntese da Ureia Metabolismo de Proteínas e Aminoácidos Biossíntese da Ureia ETAPAS DO CICLO DA URÉIA 1 - Formação do carbamoil-fosfato. A formação de carbamoil-fosfato pela carbamoi/-fosfato-sintetase I é impulsionada pela clivagem de duas moléculas de ATP. A amônia incorporada no carbamoil-fosfato 2 - Formação de citrulina. A porção carbamoila do carbamoil-fosfato é transferida para a ornitina ao mesmo tempo em que é hidrolisada uma ligação fosfato de alta energia, sendo o fosfato liberado como Pi. O produto da reação, a citrulina, é transportado para o citosol. Metabolismo de Proteínas e Aminoácidos Biossíntese da Ureia ETAPAS DO CICLO DA URÉIA 3 - Síntese do argininossuccinato. A citrulina condensa-se com o aspartato para formar argininossuccinato. O grupo a-amino do aspartato fornece o segundo nitrogênio que, no final, será incorporado na ureia. 4 - Clivagem do argininossuccinato: é clivado, produzindo arginina e fumarato. A arginina formada nessa reação serve como precursor imediato da ureia. O fumarato produzido no ciclo da ureia é hidratado, gerando malato, Metabolismo de Proteínas e Aminoácidos Biossíntese da Ureia ETAPAS DO CICLO DA URÉIA 5 - Clivagem da arginina: resultando em ornitina e ureia. A arginase cliva a arginina em ornitina e ureia. Essa enzima ocorre quase exclusivamente no fígado. 6 - Depois de sair do fígado por difusão, a ureia é transportada no sangue até os rins, onde é filtrada e excretada na urina. Parte da ureia difunde do sangue para o intestino, onde é clivada em C02 e NH3 pela urease bacteriana. Essa amônia é parcialmente perdida nas fezes e parcialmente reabsorvida para o sangue. Metabolismo de Proteínas e Aminoácidos Catabolismo dos Aminoácidos: Biossíntese da Ureia O ciclo da Uréia funciona de forma conectada ao ciclo de Krebs. O fumarato, que é um sub-produto do ciclo da Uréia é metabolizado pelo Ciclo de Krebs que por vez o converte em oxaloacetato, que pode ser convertido em aspartato que é utilizado pelo Ciclo da Uréia. Metabolismo de Proteínas e Aminoácidos Catabolismo dos Aminoácidos: Metabolismo da Amônia Metabolismo de Proteínas e Aminoácidos Catabolismo dos Aminoácidos: Intoxicação por Amônia É resultado de um desbalanço entre o catabolismo (degradação) e o anabolismo (formação) de proteínas. Primária: causada por um erro no metabolismo do ciclo da ureia, que nas mitocôndrias e citosol, contando com a participação de diferentes enzimas. Neste caso, há a redução da atividade de alguma dessas enzimas. Secundária: causada por defeitos metabólicos, podendo ser por redução da atividade de enzimas que não participam do ciclo da ureia, ou então, por disfunção de células que contribuem significativamente para o metabolismo. •Diminuição da ingestão de alimentos; •Letargia; •Taquipneia; •Hipotermia; •Vômitos; •Ataxia; •Convulsões; •Hepatomegalia; •Coma. •Encefalopatia Slide 1: Enzimas Slide 2: Enzimas Slide 3: Enzimas Slide 4: Enzimas Slide 5: Enzimas Slide 6: Enzimas Slide 7: Enzimas Slide 8: Enzimas Slide 9: Enzimas Slide 10: Enzimas Slide 11: Enzimas Slide 12: Enzimas Slide 13: Enzimas Slide 14: Enzimas Slide 15: Enzimas Slide 16: Enzimas Slide 17: Metabolismo de Proteínas e aminoácidos Slide 18: Metabolismo de Proteínas e Aminoácidos Slide 19: Metabolismo de Proteínas e Aminoácidos Slide 20: Metabolismo de Proteínas e Aminoácidos Slide 21: Metabolismo de Proteínas e Aminoácidos Slide 22: Metabolismo de Proteínas e Aminoácidos Slide 23: Metabolismo de Proteínas eAminoácidos Slide 24: Metabolismo de Proteínas e Aminoácidos Slide 25: Metabolismo de Proteínas e Aminoácidos Slide 26: Metabolismo de Proteínas e Aminoácidos Slide 27: Metabolismo de Proteínas e Aminoácidos Slide 28: Metabolismo de Proteínas e Aminoácidos Slide 29: Metabolismo de Proteínas e Aminoácidos Slide 30: Metabolismo de Proteínas e Aminoácidos Slide 31: Metabolismo de Proteínas e Aminoácidos Slide 32: Metabolismo de Proteínas e Aminoácidos Slide 33: Metabolismo de Proteínas e Aminoácidos Slide 34: Metabolismo de Proteínas e Aminoácidos Slide 35: Metabolismo de Proteínas e Aminoácidos Slide 36: Metabolismo de Proteínas e Aminoácidos Slide 37: Metabolismo de Proteínas e Aminoácidos Slide 38: Metabolismo de Proteínas e Aminoácidos