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47Biomedicina na prática: da teoria à bancada SUMÁRIO Procedimento: 1. Em um tubo de ensaio identificado, limpo e seco, colocar 5 mL de urina filtrada e adicionar 5 gotas de solução de ácido sulfossalicílico e misturar. 2. Turvação ou precipitação são resultados positivos. 7. PRÁTICA: Reações de Precipitação de Proteínas 7.1. Precipitação por Sais Altas concentrações de sais precipitam proteínas de suas soluções. Este fenômeno é denominado de precipitação por sais. Os sais desidratam as proteínas, atraindo as moléculas de água do meio, de modo a ficar menos água disponível para as moléculas proteicas. A solubilidade de uma proteína depende da quantidade de água disponível para as moléculas proteicas. A solubilidade de uma proteína depende da quantidade de água disponível ao redor de seus grupos iônicos (quanto menor for o número de moléculas de água, menor será a solubilidade). Por outro lado, baixas concentrações de sais podem aumentar a solubilidade de muitas proteínas. É o fenômeno conhecido como solubilização por sais. Isso pode ser explicado através da interação entre os íons salinos e as cargas iônicas das proteínas, aumentando, assim, o número efetivo de cargas (a tendência de ionização dos grupos dissociáveis das proteínas) e a quantidade de moléculas de água fixadas à ionosfera proteica. De modo geral, pequenos aumentos da força iônica solubilizam melhor as proteínas, enquanto que aumentos maiores provocam a precipitação das mesmas. Procedimento: 1. Pipetar em um tubo de ensaio 1 mL de ovoalbumina 2. Adicionar 1 mL de solução saturada de sulfato de amônia 3. Misturar por inversão. Observar e anotar o resultado 4. Adicionar 1 mL de água destilada 5. Misturar por inversão. Observar e interpretar o resultado 6. Observar e interpretar 7. O resultado positivo ocorre quando há formação de uma solução leitosa com precipitados brancos. 7.2. Precipitação por Ácidos Fortes A solubilidade de uma molécula depende da interação entre os grupos polares dos radicais -R e as moléculas de água através de pontes de hidrogênio. Grandes variações de pH modificam a ionização destes grupos e, portanto, a interação da proteína com o meio. Nos seres vivos, as proteínas estão em contínua modificação de sua conformação, uma vez que as concentrações locais de íons, o pH e o poder redutor sofrem pequenas variações, alterando a interação dos vários grupos reativos das proteínas entre si e com o meio. Valores extremos de pH afetam bruscamente estas interações, causando uma mudança radical na conformação da proteína para um estado conformacional biologicamente inativo. Quando uma proteína é modificada em sua conformação, de tal modo que perde sua função biológica, ela é dita desnaturada. A desnaturação é um fenômeno que não envolve clivagem da estrutura primária da proteína (ruptura das ligações peptídicas), mas sim, um rompimento das estruturas 48Biomedicina na prática: da teoria à bancada SUMÁRIO secundária, terciária e quaternária. A desnaturação é um rearranjo da conformação proteica numa maneira não natural e de escassa ou nula função biológica. Esse fenômeno pode ser acompanhado através de modificações das propriedades físico-químicas da proteína, como solubilidade: uma proteína desnaturada é insolúvel em água e precipita em solução. Além de valores extremos de pH, a desnaturação pode ser causada por muitos agentes físicos, como temperaturas elevadas e raios UV, e químicos, como ácido tricloroacético (TCA), desnaturam as proteínas, precipitando-as. Procedimento: 1. Pipetar em um tubo de ensaio 1 mL de ovoalbumina 2. Adicionar 0,5 mL de solução de TCA 10% (Ácido Tricloroacético) 3. Observar o resultado e anotar 4. Adicionar 2,5 mL de água destilada. Observar e anotar o resultado. 5. Observar e interpretar. 6. O resultado positivo ocorre quando há formação de uma solução leitosa com precipitados brancos. 8. PRÁTICA: Identificação de Carboidratos Esta prática tem por objetivo executar testes qualitativos para reconhecimento de carboidratos Os carboidratos podem ser identificados por meio de várias reações. Algumas dessas reações envolvem a formação de complexos corados e a especificidade da identificação depende da estrutura dos carboidratos. Assim, há reações gerais e outras para estruturas mais específicas, como aquelas, para aldoses, cetoses, mono e dissacarídeos redutores etc. Fonte: Adaptado:http://adamogama.blogspot.com.br/2012/07/teste-de-seliwanoff_27.html 8.1. Diferenciação entre Aldoses e Cetoses - Reação de Seliwanoff O reagente de Seliwanoff é uma solução que contém 0,05 g de resorcinol em 100 mL de HCl diluído. O HCl é obtido diluindo-se o concentrado com água destilada na proporção de 1:1. Este teste permite diferenciar aldoses de cetoses, que sob a ação desidratante do HCl são transformadas em derivados de furfural, que se condensam com o resorcinol formando um composto vermelho de composição incerta. A reação com cetose é rápida e mais intensa pela facilidade de formação do derivado furfural. A sacarose dá reação positiva: sua hidrólise, pelo HCl do reagente, explica o fato. Mesmo as aldo-hexoses, se o aquecimento for prolongado, dão reações positivas, pois sob a ação catalítica do HCl, a glicose se transforma em frutose, nestas condições.