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Teoria Geral da Execução

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TEORIA GERAL DA EXECUÇÃO
Prof. Hilbert Melo Soares Pinto
Atividades juridiscionais e Sincretismo
Atividade cognitiva
Alegações
Provas
(In)existência de relação jurídica
Condenação, constituição ou declaração
Atividade executiva
Direito de crédito
Agressão patrimonial ou corporal* (prisão civil)
Atividade executiva
A execução judicial é uma atividade de transformação ou concretização do direito. Em outras palavras, visa fazer com que “aquilo que foi reconhecido” efetivamente “seja”.
Obs.: Execução voluntária da obrigação x execução forçada
Tipos de execução
Execução fundada em título executivo judicial (cumprimento de sentença – art. 513 a 538, CPC)
Execução fundada em título executivo extrajudicial (processo de execução – art. 771 a 925, CPC)
Princípios
Desfecho único
A execução tem como desfecho regular e normal a extinção com a satisfação do crédito; outro resultado seria considerado anômalo
Princípios
A execução se realiza no interesse do credor
Executado não pode se opor à pretensão de penhora do exequente ou mesmo à preferência pela forma de adimplemento
Direito de desistência do exequente
Princípios
A execução se realiza no interesse do credor
Art. 772. O juiz pode, em qualquer momento do processo:
I - ordenar o comparecimento das partes;
II - advertir o executado de que seu procedimento constitui ato atentatório à dignidade da justiça;
III - determinar que sujeitos indicados pelo exequente forneçam informações em geral relacionadas ao objeto da execução, tais como documentos e dados que tenham em seu poder, assinando-lhes prazo razoável.
Art. 773. O juiz poderá, de ofício ou a requerimento, determinar as medidas necessárias ao cumprimento da ordem de entrega de documentos e dados.
Parágrafo único. Quando, em decorrência do disposto neste artigo, o juízo receber dados sigilosos para os fins da execução, o juiz adotará as medidas necessárias para assegurar a confidencialidade.
Art. 775. O exequente tem o direito de desistir de toda a execução ou de apenas alguma medida executiva.
Parágrafo único. Na desistência da execução, observar-se-á o seguinte:
I - serão extintos a impugnação e os embargos que versarem apenas sobre questões processuais, pagando o exequente as custas processuais e os honorários advocatícios;
II - nos demais casos, a extinção dependerá da concordância do impugnante ou do embargante.
 Art. 776. O exequente ressarcirá ao executado os danos que este sofreu, quando a sentença, transitada em julgado, declarar inexistente, no todo ou em parte, a obrigação que ensejou a execução.
Princípios
Cooperação e boa-fé
Art. 774. Considera-se atentatória à dignidade da justiça a conduta comissiva ou omissiva do executado que:
I - frauda a execução;
II - se opõe maliciosamente à execução, empregando ardis e meios artificiosos;
III - dificulta ou embaraça a realização da penhora;
IV - resiste injustificadamente às ordens judiciais;
V - intimado, não indica ao juiz quais são e onde estão os bens sujeitos à penhora e os respectivos valores, nem exibe prova de sua propriedade e, se for o caso, certidão negativa de ônus.
Parágrafo único. Nos casos previstos neste artigo, o juiz fixará multa em montante não superior a vinte por cento do valor atualizado do débito em execução, a qual será revertida em proveito do exequente, exigível nos próprios autos do processo, sem prejuízo de outras sanções de natureza processual ou material.
Art. 777. A cobrança de multas ou de indenizações decorrentes de litigância de má-fé ou de prática de ato atentatório à dignidade da justiça será promovida nos próprios autos do processo.
Princípios
Princípio da menor onerosidade
Contraponto com o princípio de que a execução se faz no interesse do credor para que seu curso se desenvolva pelo modo menos gravoso possível ao executado, caso haja a possibilidade
Art. 805. Quando por vários meios o exequente puder promover a execução, o juiz mandará que se faça pelo modo menos gravoso para o executado.
Parágrafo único. Ao executado que alegar ser a medida executiva mais gravosa incumbe indicar outros meios mais eficazes e menos onerosos, sob pena de manutenção dos atos executivos já determinados.
Mecanismos da atividade executiva
Meios de coerção
Constrangimento psicológico imposto judicialmente ao executado para que venha a pagar o débito
Ex.: multa moratória, prisão civil, protesto de título executivo, inserção no SPC e SERASA
Meios de sub-rogação
Substituição da atuação do executado por ordem do juiz, de modo a atingir resultado prático equivalente ao pagamento
Ex.: apreensão e expropriação de bens, penhora e leilão, adjudicação
Partes
Legitimidade ativa (art. 778)
Aquele a quem a lei confere título executivo (ex.: credor assim reconhecido por sentença, credor apontado em cheque ou nota promissória etc.)
Legitimados ativos ordinários primários
Legitimado ativo extraordinário
Legitimados ativos secundários/supervenientes
Partes 
Legitimidade ativa (art. 778)
Art. 778. Pode promover a execução forçada o credor a quem a lei confere título executivo.
§ 1º Podem promover a execução forçada ou nela prosseguir, em sucessão ao exequente originário:
I - o Ministério Público, nos casos previstos em lei;
II - o espólio, os herdeiros ou os sucessores do credor, sempre que, por morte deste, lhes for transmitido o direito resultante do título executivo;
III - o cessionário, quando o direito resultante do título executivo lhe for transferido por ato entre vivos;
IV - o sub-rogado, nos casos de sub-rogação legal ou convencional.
§ 2º A sucessão prevista no § 1º independe de consentimento do executado.
Partes
Legitimidade passiva (art. 779)
Devedor, reconhecido no título como tal (ex.: condenado a obrigação em sentença, emitente de cheque ou nota promissória etc.)
Legitimado passivo ordinário
Legitimados passivos secundários/supervenientes
Partes
Legitimidade passiva (art. 779)
Art. 779. A execução pode ser promovida contra:
I - o devedor, reconhecido como tal no título executivo;
II - o espólio, os herdeiros ou os sucessores do devedor;
III - o novo devedor que assumiu, com o consentimento do credor, a obrigação resultante do título executivo;
IV - o fiador do débito constante em título extrajudicial;
V - o responsável titular do bem vinculado por garantia real ao pagamento do débito;
VI - o responsável tributário, assim definido em lei.
Competência
Execução fundada em título executivo judicial (cumprimento de sentença)
Regra: competência funcional* do juízo do processo de conhecimento onde se originou a decisão
Obs.: possibilidade de cisão
Competência
Execução fundada em título executivo judicial (cumprimento de sentença)
Art. 516. O cumprimento da sentença efetuar-se-á perante:
I - os tribunais, nas causas de sua competência originária;
II - o juízo que decidiu a causa no primeiro grau de jurisdição;
III - o juízo cível competente, quando se tratar de sentença penal condenatória, de sentença arbitral, de sentença estrangeira* ou de acórdão proferido pelo Tribunal Marítimo.
	* Competência executiva da justiça federal (art. 109, X, CF/88)
Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o exequente poderá optar pelo juízo do atual domicílio do executado, pelo juízo do local onde se encontrem os bens sujeitos à execução ou pelo juízo do local onde deva ser executada a obrigação de fazer ou de não fazer, casos em que a remessa dos autos do processo será solicitada ao juízo de origem.
Competência
Execução fundada em título executivo extrajudicial (processo de execução)
Regra: competência é definida pelos critérios gerais de determinação de competência (art. 42-66)
Obs.: possibilidade de cisão
Competência
Execução fundada em título executivo extrajudicial (processo de execução)
Art. 781. A execução fundada em título extrajudicial será processada perante o juízo competente, observando-se o seguinte:
I - a execução poderá ser proposta no foro de domicílio do executado, de eleição constantedo título ou, ainda, de situação dos bens a ela sujeitos;
II - tendo mais de um domicílio, o executado poderá ser demandado no foro de qualquer deles;
III - sendo incerto ou desconhecido o domicílio do executado, a execução poderá ser proposta no lugar onde for encontrado ou no foro de domicílio do exequente;
IV - havendo mais de um devedor, com diferentes domicílios, a execução será proposta no foro de qualquer deles, à escolha do exequente;
V - a execução poderá ser proposta no foro do lugar em que se praticou o ato ou em que ocorreu o fato que deu origem ao título, mesmo que nele não mais resida o executado.
Requisitos da execução
Art. 783. A execução para cobrança de crédito fundar-se-á sempre em título de obrigação certa, líquida e exigível.
Título executivo em que se afirme a existência de obrigação certa, líquida e exigível (interesse de agir)
Títulos executivos: “fatos jurídicos aos quais, por seu aspecto formal, o ordenamento atribui eficácia executiva para viabilizar uma tutela jurisdicional executiva”
Requisitos da execução
Títulos executivos judiciais 
(art. 515)
Títulos executivos extrajudiciais (art. 784)
Títulos executivos judiciais
Títulos formados como resultado do desenvolvimento de uma atividade processual* (art. 515)
A) as decisões proferidas no processo civil que reconheçam a exigibilidade de obrigação de pagar quantia, de fazer, de não fazer ou de entregar coisa
Títulos executivos “por excelência”
Decisões condenatórias
Decisões interlocutórias, sentenças ou acórdãos
Títulos executivos judiciais
B) a decisão homologatória de autocomposição judicial
C) a decisão homologatória de autocomposição extrajudicial de qualquer natureza
Procedimento de jurisdição voluntária para homologação (art. 725, VIII, CPC)
D) o formal e a certidão de partilha, exclusivamente em relação ao inventariante, aos herdeiros e aos sucessores a título singular ou universal
Decisão que determina adjudicação do quinhão sucessória a cada sucessor
Títulos executivos judiciais
E) o crédito de auxiliar da justiça, quando as custas, emolumentos ou honorários tiverem sido aprovados por decisão judicial
Decisão que homologa os honorários de perito ou intérprete
F) a sentença penal condenatória transitada em julgado
Efeito secundário da sentença penal – tornar certa a obrigação de indenizar dano causado por crime (art. 91, I, CP)
Títulos executivos judiciais
G) a sentença arbitral
Arbitragem é meio substitutivo de solução de conflitos relativos a direitos patrimoniais
Sentença tem mesmo efeito de sentença judicial (Lei 9.307/96)
H) a sentença estrangeira homologada pelo Superior Tribunal de Justiça
I) a decisão interlocutória estrangeira, após a concessão do exequatur à carta rogatória pelo Superior Tribunal de Justiça;
Títulos executivos judiciais
Art. 515 (...)
§ 1º Nos casos dos incisos VI a IX, o devedor será citado no juízo cível para o cumprimento da sentença ou para a liquidação no prazo de 15 (quinze) dias.
§ 2º A autocomposição judicial pode envolver sujeito estranho ao processo e versar sobre relação jurídica que não tenha sido deduzida em juízo.
Incisos VI a IX – sentença penal, sentença arbitral, sentença e decisão interlocutória estrangeiras
Títulos executivos extrajudiciais
A) a letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata, a debênture e o cheque;
B) a escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor;
Ex.: confissão de dívida manifestada em escritura pública ou ata notarial
C) o documento particular assinado pelo devedor e por 2 (duas) testemunhas;
Títulos executivos extrajudiciais
D) o instrumento de transação referendado pelo Ministério Público, pela Defensoria Pública, pela Advocacia Pública, pelos advogados dos transatores ou por conciliador ou mediador credenciado por tribunal;
Obs.: Preferência de homologação judicial da transação -> título executivo judicial
E) o contrato garantido por hipoteca, penhor, anticrese ou outro direito real de garantia e aquele garantido por caução;
F) o contrato de seguro de vida em caso de morte;
Títulos executivos extrajudiciais
G) o crédito decorrente de foro e laudêmio;
Imóvel sob regime de aforamento/enfiteuse (ex.: terreno de marinha)
Foro: percentual anual pela ocupação do imóvel que deve ser pago a quem tem domínio útil (nu proprietário)
Laudêmio: percentual pago pela transferência do imóvel
H) o crédito, documentalmente comprovado, decorrente de aluguel de imóvel, bem como de encargos acessórios, tais como taxas e despesas de condomínio;
I) a certidão de dívida ativa da Fazenda Pública da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, correspondente aos créditos inscritos na forma da lei;
Títulos executivos extrajudiciais
J) o crédito referente às contribuições ordinárias ou extraordinárias de condomínio edilício, previstas na respectiva convenção ou aprovadas em assembleia geral, desde que documentalmente comprovadas;
K) a certidão expedida por serventia notarial ou de registro relativa a valores de emolumentos e demais despesas devidas pelos atos por ela praticados, fixados nas tabelas estabelecidas em lei;
L) todos os demais títulos aos quais, por disposição expressa, a lei atribuir força executiva.
Ex.: Cédula de crédito imobiliário e cédula de crédito bancário (Lei 10.931/04)
Obs.: Partes podem celebrar negócios jurídicos processuais e criar títulos executivos extrajudiciais (ex.: instrumento particular sem assinaturas de testemunhas)

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