Buscar

Indução do Parto e Pós-Datismo

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

INDUÇÃO DO PARTO 
E GESTAÇÃO PÓS-TERMO
P R O F . N A T A L I A C A R V A L H O
J U L H O D E 2 0 2 1
Estratégia
MED
Prof. Natalia Carvalho | Indução do Parto e Pós-datismo 2OBSTETRICIA
PROF. NATÁLIA 
CARVALHO
APRESENTAÇÃO:
@estrategiamed
/estrategiamedEstratégia MED
t.me/estrategiamed
@natcarvalhogo
Olá, Estrategista!
Preparado para mais um resumo de Obstetrícia? Hoje 
falaremos sobre a indução do trabalho de parto. 
https://www.instagram.com/estrategiamed/?hl=pt
https://www.facebook.com/estrategiamed1
https://www.youtube.com/channel/UCyNuIBnEwzsgA05XK1P6Dmw
https://t.me/estrategiamed
https://www.instagram.com/natcarvalhogo/
Estratégia
MED
Indução do Parto e Pós-datismo
Prof. Natalia Carvalho | Resumo Estratégico | Julho 2021 3
OBSTETRICIA
SUMÁRIO
1.0 INDUÇÃO DO TRABALHO DE PARTO 4
2.0 MAPA MENTAL 13
3.0 GESTAÇÃO PÓS-TERMO OU PROLONGADA 15
4.0 LISTA DE QUESTÕES 17
5.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 18
6.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS 19
Estratégia
MED
Indução do Parto e Pós-datismo
Prof. Natalia Carvalho | Resumo Estratégico | Julho 2021 4
OBSTETRICIA
1.0 INDUÇÃO DO TRABALHO DE PARTO 
CAPÍTULO
Os métodos de indução do trabalho de parto são muito utilizados na prática obstétrica, pois permitem que o parto vaginal ocorra 
quando há necessidade de resolução da gestação. Portanto, saber identificar o melhor método de indução para cada gestante aumenta as 
chances de parto normal, evitando, assim, os riscos inerentes à cesárea.
Apesar de ser um assunto pouco abordado nas provas de Residência Médica, a indução do parto foi 
um tema que apareceu em provas importantes nos últimos 5 anos. Para você ganhar tempo, selecionamos 
o que precisa saber sobre indução do trabalho de parto, dando atenção especial aos tópicos mais cobrados, 
que são: contraindicações, índice de Bishop e métodos de indução.
A indução do trabalho de parto consiste em iniciar, de forma artificial, as contrações uterinas quando há necessidade de resolver a 
gestação por alguma complicação materna ou fetal.
Sabemos que, quando o trabalho de parto se inicia de forma fisiológica, as contrações uterinas ocorrem somente após a maturação 
cervical, isto é, primeiro o colo uterino sofre mudanças importantes, com esvaecimento e dilatação e, somente depois, as contrações uterinas 
se tornam efetivas. Por isso, para que a indução do trabalho de parto seja eficaz, a maturação cervical deve ocorrer previamente às contrações 
uterinas.
Algumas situações obrigam à antecipação do parto para proteger o binômio materno-fetal e, caso não haja contraindicação ao parto 
vaginal, deve-se optar pela indução do trabalho de parto. Sendo assim, as principais indicações de indução do trabalho de parto estão 
listadas na tabela abaixo: 
TABELA 1: PRINCIPAIS INDICAÇÕES PARA INDUÇÃO DO PARTO
Rotura prematura de membranas/corioamnionite
Pós-termo
Hipertensão gestacional
Diabetes gestacional
Restrição de crescimento fetal
Óbito fetal
Estratégia
MED
Indução do Parto e Pós-datismo
Prof. Natalia Carvalho | Resumo Estratégico | Julho 2021 5
OBSTETRICIA
Entretanto, algumas situações contraindicam a indução do trabalho de parto, pois aumentam os riscos maternos e fetais. Nesses 
casos, a cesárea é a melhor via para resolução da gestação. As principais contraindicações para indução do parto são divididas em absolutas 
e relativas, conforme se observa na tabela abaixo:
TABELA 2: CONTRAINDICAÇÕES DE INDUÇÃO DO TRABALHO DE PARTO
Absolutas (contraindicação ao parto normal) Relativas
Inserção baixa de placenta (placenta prévia) Gestação múltipla
Sofrimento fetal agudo Macrossomia fetal
Infecção ativa por herpes genital Apresentações anômalas
Miomectomia prévia Vício pélvico
Cicatriz de cesárea previa longitudinal Carcinoma cervical invasivo
Vasa prévia Cicatriz de cesárea prévia
Prolapso de cordão umbilical
Atenção, Estrategista! As indicações e contraindicações para indução do parto são bastante cobrados nas questões de obstetrícia. 
A condição do colo uterino é o principal fator preditor de sucesso na indução do trabalho de parto. Portanto, para avaliar a melhor 
estratégia para a indução, é imprescindível avaliar primeiramente as condições do colo uterino. 
Uma das formas de fazer essa avaliação é por meio do índice de Bishop. Esse índice leva em conta aspectos do colo uterino, como a 
dilatação, o esvaecimento, a consistência e a posição do colo uterino, além da altura da apresentação fetal (planos de DeLee). A soma da 
nota de cada parâmetro indica o índice de Bishop, sendo o valor mínimo zero e o máximo 13. Sendo assim, quanto maior esse índice, maior 
a maturação cervical. 
Estratégia
MED
Indução do Parto e Pós-datismo
Prof. Natalia Carvalho | Resumo Estratégico | Julho 2021 6
OBSTETRICIA
TABELA 3: ÍNDICE DE BISHOP
PARÂMETROS 0 1 2 3
Dilatação 0 1-2cm 3-4cm 5-6cm
Esvaecimento 0-30% 40-50% 60-70% 80%
Consistência firme média amolecida -
Posição posterior medianizada anterior -
Altura da apresentação -3 -2 -1 e 0 +1 e +2
Na prática obstétrica, índice de Bishop ≥ 6 já é considerado favorável para a indução do trabalho de parto. Quando está acima de 
9, aumenta ainda mais as chances de parto vaginal. Caso a indução do trabalho de parto ocorra com um índice de Bishop desfavorável, 
a probabilidade do parto vaginal ocorrer é baixa, por isso é importante realizar a maturação cervical para depois partir para a indução 
propriamente dita. 
A figura 1 mostra um colo uterino com índice de Bishop desfavorável e outro com índice favorável para que você possa memorizá-los 
com mais facilidade. 
Figura 1. Índice de Bishop desfavorável e favorável.
Estratégia
MED
Indução do Parto e Pós-datismo
Prof. Natalia Carvalho | Resumo Estratégico | Julho 2021 7
OBSTETRICIA
Futuro Residente, saber avaliar o colo uterino e calcular o índice de Bishop é imprescindível para você 
conseguir resolver as questões sobre esse assunto, então preste bastante atenção!
Se o colo uterino é desfavorável, isto é, quando o índice de Bishop é menor que 6, primeiro é preciso realizar a maturação cervical 
para depois induzir as contrações. Durante a maturação cervical, o colo uterino passa de uma estrutura fechada e grossa para uma estrutura 
aberta, amolecida e esvaecida, capaz de dilatar com as contrações uterinas. 
Vários métodos podem promover a maturação cervical, sendo classificados em métodos farmacológicos ou mecânicos. A escolha 
do método depende da experiência médica, da preferência da gestante e das contraindicações inerentes a ele, uma vez que, em relação à 
superioridade entre os métodos, os estudos não mostraram diferença entre eles. 
Maturação cervical
Métodos mecânicos
Métodos 
farmacológicos
Balão de Foley
Laminárias
Descolamento das 
membranas
Prostaglandinas
Relaxina
Óxido nítrico
Os métodos mecânicos utilizados para a preparação do colo uterino são as laminárias, o cateter balão de Foley e o descolamento 
digital de membranas. Esses métodos têm, como mecanismo de ação, a realização de pressão física diretamente no orifício interno do colo 
uterino, causando a liberação de prostaglandinas pelos tecidos adjacentes, que provocam a maturação cervical. A principal vantagem dos 
métodos mecânicos é o menor risco de efeitos colaterais, contudo a desvantagem é sua aplicação ser mais incômoda.
Estratégia
MED
Indução do Parto e Pós-datismo
Prof. Natalia Carvalho | Resumo Estratégico | Julho 2021 8
OBSTETRICIA
As laminárias ou dilatadores osmóticos absorvem paulatinamente a água, aumentando gradativamente sua espessura, promovendo, 
com isso, a dilatação cervical e pressão no orifício interno do colo uterino. 
A B
Figura 2. Laminária. A: colocação da laminária no colo uterino. B: Demonstração de uma laminária. 
Já o cateter balão de Foley, também conhecido como método de Krause, é alocado acima do colo uterino, no espaço extra-amniótico 
próximo ao orifício interno, e, em seguida, inflado com 30 a 60ml de solução salina ou água destilada. A sonda é normalmente eliminada em12h, caso contrário, deve ser retirada em até 24h. 
A figura abaixo mostra uma laminária e como fica sua colocação no colo uterino. 
A figura 3 mostra o cateter balão de Foley e como ele fica no colo uterino. 
Figura 3. Cateter balão de Foley A e B: posicionamento do cateter balão de Foley no colo uterino. C: cateter balão de Foley após sua expulsão do colo uterino. 
O cateter balão de Foley e as laminárias são bastante indicados para maturação do colo uterino de gestantes com cicatriz de cesárea 
anterior, mas podem ser usados para qualquer causa de indução, como contraindicação na presença de rotura prematura de membranas, 
infecções genitais ou sangramento vaginal. Os principais riscos desses métodos são: infecção, rotura de membranas e sangramento. 
Estratégia
MED
Indução do Parto e Pós-datismo
Prof. Natalia Carvalho | Resumo Estratégico | Julho 2021 9
OBSTETRICIA
Por fim, o descolamento digital das membranas é um método utilizado tanto para maturação cervical quanto para estimular o início do 
trabalho de parto. O intuito é separar a membrana fetal da parte inferior do segmento uterino. Acredita-se que, com isso, ocorra o aumento 
da liberação de prostaglandinas responsáveis pela maturação cervical. Os efeitos adversos desse método podem ser a rotura prematura de 
membranas e o sangramento vaginal.
A figura 4 demonstra como é feito o descolamento digital das membranas. 
Figura 4. Descolamento digital das membranas.
O organograma a seguir resume os métodos mecânicos de maturação cervical, suas contraindicações e seus efeitos colaterais. 
Métodos mecânicos
Tipos Contraindicações Efeitos colaterais
Laminárias Rotura prematura de membranas
Infecções genitais Rotura prematura de membranas
Sangramento 
vaginal
Infecção
Sangramento
Cateter-balão 
de Foley
Descolamento 
das membranas
Estratégia
MED
Indução do Parto e Pós-datismo
Prof. Natalia Carvalho | Resumo Estratégico | Julho 2021 10
OBSTETRICIA
Lembre-se: na indução do trabalho de parto de gestantes com cesárea anterior, deve-se utilizar os métodos mecânicos para 
maturação cervical, pois os métodos farmacológicos são contraindicados, como veremos a seguir!
Os métodos farmacológicos para maturação do colo uterino 
são as prostaglandinas, a relaxina, a hialuronidase e o óxido 
nítrico. As prostaglandinas são as drogas mais utilizadas nesse 
processo, consideradas as principais medicações para maturação 
cervical. 
As prostaglandinas agem promovendo mudanças cervicais 
por alterações bioquímicas e biofísicas, aumentando também a 
contratilidade miometrial. Com isso, reduzem o intervalo de tempo 
entre o início da indução do trabalho de parto e o parto, além de 
diminuir as taxas de cesárea. As prostaglandinas utilizadas para a 
maturação do colo uterino são as prostaglandinas E1 e E2. 
O misoprostol é um análogo da prostaglandina E1, 
tendo como principal vantagem o baixo custo e a possibilidade 
de acondicionamento em temperatura ambiente. A principal 
desvantagem desse método é que essa medicação, além de 
estimular a maturação cervical, também pode causar contrações 
uterinas e levar à taquissistolia. 
Apesar de o misoprostol ainda não ser aprovado em alguns 
países para uso na maturação cervical, no Brasil essa é a medicação 
mais utilizada para esse fim. A apresentação pode ser oral ou 
vaginal, sendo a via vaginal a mais empregada, na dose de 25mcg 
a cada 6 horas. 
Na indução do parto de óbito fetal, a dosagem de misoprostol 
pode ser maior, a depender da idade gestacional: 
13-26 semanas: 200 mcg a cada 6 horas.
27-28 semanas : 100 mcg a cada 6 horas
acima de 28 semanas ou feto vivo: 25 mcg a cada 6 horas
Já a prostaglandina E2 pode ser usada por via oral, vaginal 
ou endocervical, sendo os usos vaginal e endocervical os que 
trazem melhores resultados. A principal medicação é chamada 
dinoprostone e é utilizada na forma de gel ou pessário vaginal a 
cada 12 horas. O pessário tem como vantagem sua remoção em 
casos de taquissistolia ou hipertonia uterina. As desvantagens 
dessa medicação são seu alto custo e a necessidade de mantê-la 
sobre refrigeração. 
O principal efeito colateral do uso de prostaglandinas para 
maturação cervical é a taquissistolia. Pode ocorrer também febre, 
calafrios, vômitos e diarreia. 
As principais contraindicações ao uso das prostaglandinas 
são: presença de cicatriz uterina prévia, trabalho de parto, 
sangramento vaginal, asma, hepatopatias e coagulopatias. Vale 
ressaltar que o uso de prostaglandinas em útero com cicatriz prévia 
aumenta o risco de rotura uterina. 
Lembre-se de que, antes e após a administração de prostaglandinas, se deve avaliar o bem-estar fetal 
por meio da cardiotocografia.
Estratégia
MED
Indução do Parto e Pós-datismo
Prof. Natalia Carvalho | Resumo Estratégico | Julho 2021 11
OBSTETRICIA
Outras medicações, como relaxina, óxido nítrico e hialuronidase, vêm sendo usadas para maturação cervical, mas ainda não estão 
incluídas nos protocolos clínicos, uma vez que os estudos ainda são limitados. 
O organograma a seguir resume os métodos farmacológicos de maturação cervical:
Atenção, Estrategista! Aprendemos quais são os métodos de maturação cervical, agora saberemos 
como é feita a indução do parto propriamente dita!
Métodos farmacológicos
Prostaglandinas Outros Contraindicações Efeitos colaterais
E1: Misoprostol Relaxina Cicatriz uterina Taquissistolia
E2: Dinoprostone Óxido nítrico Trabalho de parto Febre e calafrios
Hialuronidase Sangramento
Asma, hepatopatias e 
coagulopatias
Vômitos e diarreia
Quando o colo uterino se encontra maduro (Bishop ≥6, de 
preferência > 9), utiliza-se a ocitocina para induzir as contrações 
uterinas e, dessa forma, a gestante iniciar o trabalho de parto. A 
ocitocina sintética é um análogo idêntico à ocitocina endógena . 
Essa é a medicação mais efetiva para causar contrações uterinas e, 
por isso, é a medicação utilizada para indução do parto.
A administração de ocitocina é feita via endovenosa em 
bomba de infusão contínua (BIC). O efeito da ocitocina inicia-se 3 a 
5 minutos após o início da infusão e sua meia-vida é de 5 minutos, 
o que implica dizer que seu efeito é cessado rapidamente após 
sua suspensão. O ideal é iniciar com baixas doses e ir aumentando 
progressivamente até dose máxima de 20 a 40 mUI/min para evitar 
os efeitos colaterais. 
Os principais riscos do uso da ocitocina são: taquissistolia, 
hiponatremia e hipotensão. A hiponatremia é um evento grave, 
porém raro e ocorre em decorrência da semelhança da ocitocina 
com o hormônio antidiurético (ADH). A ativação dos receptores 
de ADH resulta em retenção hídrica e hiponatremia dilucional e os 
principais sintomas são confusão mental, convulsão e insuficiência 
cardíaca congestiva.
Estratégia
MED
Indução do Parto e Pós-datismo
Prof. Natalia Carvalho | Resumo Estratégico | Julho 2021 12
OBSTETRICIA
Além da ocitocina, algumas vezes podemos lançar mão de métodos não farmacológicos para ajudar na indução do trabalho de parto, 
como o descolamento das membranas e a amniotomia. 
Figura 5. Descolamento das membranas (esquerda) e amniotomia (direita).
A amniotomia corresponde à rotura artificial das membranas fetais e pode ser um método utilizado para auxiliar na indução do 
trabalho de parto, mas deve ser desencorajada como método isolado de indução do parto. Caso seja optado pela mamotomia, é importante 
realizá-la somente quando o colo uterino se encontra maduro e a cabeça fetal fixa. Esse procedimento aumenta o risco de prolapso de cordão 
e corioamnionite, por isso deve ser usado com parcimônia e em casos muito selecionados. 
Estratégia
MED
Indução do Parto e Pós-datismo
Prof. Natalia Carvalho | Resumo Estratégico | Julho 2021 13
OBSTETRICIA
2.0 MAPA MENTAL
CAPÍTULO
Teoricamente não existe um tempo máximo ideal para 
realizar a maturação cervical e a indução do trabalho de parto. 
Estando bem o binômio materno-fetal, pode-se utilizar os métodos 
dematuração cervical até que o colo fique favorável para indução 
com ocitocina, independentemente do tempo que isso levará. 
Porém, na prática, as instituições especificam o tempo 
máximo de maturação cervical e indução do parto, indicando 
cesárea quando o trabalho de parto não se iniciou no tempo 
preconizado. Nesse caso, chamamos de falha de indução do 
trabalho de parto. 
Considera-se falha de indução quando o índice de Bishop se 
mantém desfavorável após a aplicação de 6 doses de misoprostol 
(48h de medicação, sem a dose da madrugada) ou após 24h da 
aplicação do cateter balão de Foley. Também é considerada falha 
de indução quando não ocorrem contrações rítmicas após a 
administração da dose máxima de ocitocina ou 24h do início da 
administração dessa medicação. 
INDUÇÃO DO PARTO
Colo uterino
(Índice de Bishop)
Favorável
(Índice de Bishop ≥6)
Métodos farmacológicos
Descolamento das membranas
Desfavorável
(Índice de Bishop <6)
Ocitocina
Laminária
Métodos mecânicos
Cateter de Foley
Prostaglandinas 
E1
(Misoprostol)
Prostaglandinas 
E2
(Dinoprostone)
Relaxina Óxido 
nítrico 
Hialuronidase
FALHA DE INDUÇÃO DO TRABALHO DE PARTO
Colo uterino desfavorável após 6 doses de misoprostol ou 24h da aplicação do balão de Foley
Ausência de contrações rítmicas após dose máxima de ocitocina ou 24h do início da administração
Estratégia
MED
Indução do Parto e Pós-datismo
Prof. Natalia Carvalho | Resumo Estratégico | Julho 2021 14
OBSTETRICIA
Nesses casos, cada gestante deve ser avaliada individual-
mente, revendo a indicação da indução, a possibilidade de adiar o 
parto por 24 a 48h ou de realizar amniotomia, na tentativa do tra-
balho de parto iniciar espontaneamente. Caso essas medidas não 
sejam viáveis, deve-se indicar a cesárea para resolução da gestação.
As complicações em decorrência da indução do trabalho de 
parto dependem muito das medicações utilizadas para maturação 
cervical e para a indução em si, principalmente o misoprostol e a 
ocitocina.
Essas medicações têm como principal complicação a 
taquissistolia, isto é, quando ocorrem seis ou mais contrações 
uterinas em 10 min. Diante desse diagnóstico, deve-se suspender 
a medicação, hidratar a gestante, colocá-la em decúbito lateral 
esquerdo e, se necessário, realizar tocólise com nifedipina, 
terbutalina ou salbutamol. No caso das prostaglandinas de uso 
vaginal, é importante remover a parte não absorvida da medicação.
É importante, nesses casos, fazer a monitorização contínua 
da vitalidade fetal pela cardiotocografia. Os casos de taquissistolia 
com alteração da frequência cardíaca fetal devem ser encaminhados 
para cesárea. 
Outras complicações que são mais comuns em partos 
induzidos são: trabalho de parto prolongado, sofrimento fetal, 
rotura uterina, descolamento prematuro de placenta, prolapso 
de cordão, retenção placentária, hemorragia pós-parto, infecção 
e embolia amniótica. 
TABELA 4: COMPLICAÇÕES DECORRENTES DA INDUÇÃO DO PARTO
Taquissistolia
Trabalho de parto prolongado
Sofrimento fetal
Rotura uterina
Descolamento prematuro de placenta
Prolapso de cordão umbilical
Hemorragia pós-parto
Infecção
Embolia amniótica
Estratégia
MED
Indução do Parto e Pós-datismo
Prof. Natalia Carvalho | Resumo Estratégico | Julho 2021 15
OBSTETRICIA
3.0 GESTAÇÃO PÓS-TERMO OU PROLONGADA
CAPÍTULO
Atenção, Estrategista! Falaremos de gravidez pós-termo junto à Indução do trabalho de parto, pois essa é a principal conduta diante de 
uma gravidez prolongada. Então, vamos agora aprender tudo sobre esses assuntos!
As gestações de termo, isto é, a partir de 37 semanas, são classificadas em termo precoce, termo completo, termo tardio e pós-termo, 
conforme pode ser observado na tabela a seguir. 
Termo 
precoce entre 37 0/7 semanas e 38 6/7 semanas de gestação
Termo 
completo entre 39 0/7 semanas e 40 6/7 semanas de gestação
Termo tardio entre 41 0/7 semanas e 41 6/7 semanas de gestação
Pós-termo 42 semanas completas ou mais
Essa classificação é muito importante na prática obstétrica, uma vez que a frequência de eventos neonatais adversos é maior em 
gestações de termo precoce, termo tardio e pós-termo. 
Considera-se gravidez pós-termo ou prolongada aquela com 42 semanas completas, isto é, 294 dias, contados a partir do primeiro 
dia da última menstruação. Orienta-se utilizar as expressões pós-termo ou prolongado em vez de pós-datismo ou pós-matura. Os principais 
fatores de risco para gestação prolongada são: idade materna avançada, paridade, etnia, alterações fetais e placentárias. 
A incidência de nascimentos pós-termo gira em torno de 2,5% , podendo variar de 2 a 14%, a depender de como é feita a estimativa da 
idade gestacional e conduta na gestação pós-termo. O gráfico a seguir mostra a distribuição dos nascimentos por faixa de idade gestacional. 
Termo completo
Termo
precoce
Pré-termo
Termo
tardio
Pós-termo
2,5%
20%
60%
15%
2,5%
36 37 39 40 41 42 44
Observa-se que as menores taxas de óbito fetal e neonatal ocorrem entre 38 e 41 semanas. Após 41 semanas, as taxas de mortalidade 
fetal e neonatal apresentam aumento, sendo o dobro após 42 semanas. 
Nas gestações pós-termo, observa-se também maior incidência de oligoâmnio, síndrome da aspiração meconial, macrossomia fetal, 
índice de Apgar menor que 4 no 5º minuto, maior necessidade de UTI neonatal, tocotraumatismo e cesáreas. 
Estratégia
MED
Indução do Parto e Pós-datismo
Prof. Natalia Carvalho | Resumo Estratégico | Julho 2021 16
OBSTETRICIA
As principais condutas diante de uma gestação pós-termo são: avaliação da vitalidade fetal e indução do parto. 
A vigilância da vitalidade fetal deve ser iniciada a partir de 41 semanas, embora alguns serviços como a FM-USP indiquem o 
acompanhamento do bem-estar fetal a partir de 40 semanas. A avaliação da vitalidade fetal na gestação prolongada deve ser feita com 
cardiotocografia anteparto e perfil biofísico fetal (confira no Livro Avaliação da vitalidade fetal), a cada 2-3 dias até 42 semanas. 
Considera-se a indução do trabalho de parto entre 41 0/7 semanas e 42 0/7 semanas. Os estudos mostram que indução com 41 
semanas, não com 42 semanas, diminui as chances de cesárea, por isso muitos serviços orientam a indução a partir dessa idade gestacional. 
A partir de 42 semanas, deve-se sempre induzir o trabalho de parto, pois a mortalidade fetal e neonatal aumenta consideravelmente a partir 
dessa idade gestacional, não havendo mais benefícios em manter a gestação. O fluxograma a seguir resume a conduta diante na gestação 
prolongada: 
41 semanas
Avaliação da 
vitalidade fetal Indução do parto
Cardiotocografia 
anteparto
Cesárea se contraindicação 
à indução do parto
Aguardar até 42 semanas ou 
induzir com 41 semanas
Perfil biofisico 
fetal
A cada 2-3 dias
Indução do Parto e Pós-datismo
Prof. Natalia Carvalho | Resumo Estratégico | Julho 2021 17
Estratégia
MED
OBSTETRICIA
Baixe na Google Play Baixe na App Store
Aponte a câmera do seu celular para o 
QR Code ou busque na sua loja de apps.
Baixe o app Estratégia MED
Preparei uma lista exclusiva de questões com os temas dessa aula!
Acesse nosso banco de questões e resolva uma lista elaborada por mim, pensada para a sua aprovação.
Lembrando que você pode estudar online ou imprimir as listas sempre que quiser.
Resolva questões pelo computador
Copie o link abaixo e cole no seu navegador 
para acessar o site
Resolva questões pelo app
Aponte a câmera do seu celular para 
o QR Code abaixo e acesse o app
https://estr.at/syqL
https://estr.at/syqL
Estratégia
MED
Indução do Parto e Pós-datismo
Prof. Natalia Carvalho | Resumo Estratégico | Julho 2021 18
OBSTETRICIA
CAPÍTULO
5.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. ACOG Committee on Practice Bulletins – Obstetrics. ACOG Practice Bulletin No. 107: Induction of labor. Obstet Gynecol 2009, pp. 114-386. 
Reaffirmed, 2019.
2. ALFIREVIC, Z.; AFLAIFEL, N.; WEEKS, A. Oral misoprostol for induction of labour. Cochrane Database of Syst. Rev., 2014.CD-RON 001338.
3. CEARÁ. Protocolo clínico – Indução do trabalho de parto (2017). Hospitais Universitários Federais, Universidade federal do Ceará, 2017. 
4. DE VAAN, M.D.; TEN EIKELDER, M.L.; JOZWIAK, M. et al. Mechanical methods for induction of labour. Cochrane Database of Syst. Rev., 
2019. 10 CD-RON 001233.
5. GHOSH, A; LATTEY, K.R.; KELLY, A.J. Nitric oxide donors for cervical ripening and induction of labour. Cochrane Database of Syst. Rev., 
2016. 12 CD-RON 006901.
6. HOFMEYR, G.J.; GÜLMEZOGLU, A.M.; PILEGGi, C. Vaginal misoprostol for cervical ripening and induction of labour. Cochrane Database of 
Syst. Rev., 2010. CD-RON 000941.
7. KAVANAGH J.; KELLY A.J.; Thomas, J. Hyaluronidase for cervical ripening and induction of labour. Cochrane Database of Syst. Rev., 2006. 
CD-RON 003097.
8. MATO GROSSO DO SUL. Caderno de atenção ao pré-natal (2018). Secretaria do Estado da Saúde do Paraná, 2018. 
9. MATO GROSSO DO SUL. Protocolos de obstetrícia HU – Indução do trabalho de parto (2018). Fundação Universidade Federal do Mato 
Grosso do Sul, 2018. 
10. MORON, A.F. Obstetrícia. 1ª ed. Manole, 2011.
11. RIO DE JANEIRO. Rotinas assistenciais da maternidade escola Indução do trabalho de parto. Universidade Federal do Rio de Janeiro. 
12. TANG, J.; KAPP, N.; DRAGOMAN M. de Souza J.P. WHO recommendations for misoprostol use for obstetric and gynecologic indications. 
Int J Gynaecol Obstet: 2013, p. 121-186.
13. THOMAS, J.; FAIRCLOUGH, A.; KAVANAGH, J.; KELLY, A.J. Vaginal prostaglandin (PGE2 and PGF2a) for induction of labour at term. Cochrane 
Database of Syst. Rev., 2014. CD-RON 003101.
14. ZUGAIB. Obstetrícia. 4ª ed. Manole, 2020. 
Estratégia
MED
Indução do Parto e Pós-datismo
Prof. Natalia Carvalho | Resumo Estratégico | Julho 2021 19
OBSTETRICIA
CAPÍTULO
6.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Chegamos ao final de mais um resumo, você conseguiu! 
Para fixar seus conhecimentos, não deixe de resolver as questões desse tema no nosso sistema de questões. 
Se você quer se aprofundar mais, veja nosso livro digital sobre indução do parto e gestação prolongada! 
Lembre-se de que aqui no Estratégia MED temos o Fórum de Dúvidas!
Se você tiver qualquer dúvida ou dificuldade, tanto com a teoria quanto com a resolução das questões, você pode se comunicar comigo 
sempre que achar necessário, e estarei a postos para ajudá-lo. 
Conte comigo nesta jornada!
Natália Carvalho
natalia.carvalho@estrategiamed.com.br
mailto:natalia.carvalho@estrategiamed.com.br
Estratégia
MED
Indução do Parto e Pós-datismo
Prof. Natalia Carvalho | Resumo Estratégico | Julho 2021 20
OBSTETRICIA
https://med.estrategiaeducacional.com.br/
https://med.estrategiaeducacional.com.br/
	1.0 INDUÇÃO DO TRABALHO DE PARTO 
	2.0 MAPA MENTAL
	3.0 GESTAÇÃO PÓS-TERMO OU PROLONGADA
	4.0 LISTA DE QUESTÕES
	5.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
	6.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Mais conteúdos dessa disciplina