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Diabetes, Hipertensão e Obesidade

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1
Nutrição em casos de Diabetes, 
Hipertensão Arterial e Obesidade
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA
CENTRO EDUCACIONAL DO OESTE
CURSO DE ENGENHARIA DE ALIMENTOS
DISCIPLINA: NUTRIÇÃO
PROFESSORA: ANDRÉIA ZILIO DINON
Diminuição da desnutrição em adultos e aumento de obesos é a
tendência no país desde os anos 80.
A prevalência de obesidade mórbida na população brasileira é de
2% em Homens e 4% EM Mulheres (3% da população geral)
SBCB2008.
TRANSIÇÃO NUTRICIONAL
Segundo POF-IBGE (2003) – famílias de baixo poder aquisitivo
estão mais expostas à obesidade.
Comprar alimentos de baixa qualidade nutricional e elevada
densidade energética – a preços mais acessíveis – é mais viável
economicamente que adquirir verduras, frutas, legumes e carnes
magras.
%
Transição nutricional no Brasil.
0
15
30
45
Deficit de
peso
Excesso de
peso
Deficit de
peso
Excesso de
peso
POF 1974-5
PNSN 1989
POF 2002-3
Homens Mulheres
0
2
4
6
8
10
12
14
Homens Mulheres
1975 1989 1997 2003
%
Tendência de obesidade em adultos brasileiros
IMC ≥30. 
Monteiro C & Conde WL. Arq Bras Endocrinol Metab 1999; 43: 1586-196
Ministério da Saúde - 2006
Avaliação do consumo alimentar global e 
regional (Kcal per capita por dia)
REGIÃO 1964-66 1974-76 1984-86 1997-99 2015 2030 
Mundo 2358 2435 2655 2803 2940 3050 
Países em 
Desenvolv. 
2054 2152 2450 2681 2850 2980 
Am. Latina 
e Caribe 
2393 2546 2689 2824 2980 3140 
Países 
industrial. 
2947 3065 3206 3380 3440 3500 
Leste Ásia 1957 2105 2559 2921 3060 3190 
Sul Ásia 2017 1986 2205 2403 2700 2900 
Países em 
transição 
3222 3385 3379 2906 3060 3180 
 
 
WHO/FAO, 2003
0
1
2
3
4
5
6
7
1971-72 1998-99
cereais processados caldos e molhos embutidos
biscoitos refrigerante doces
%
Participação relativa (%) dos alimentos 
processados na disponibilidade total de energia 
entre 1971-72 e 1998-99, São Paulo, 2006.
Claro, et. al, 2007
2
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
1971-72 1998-99
arroz polido pães feijão macarrão batata
%
Participação relativa (%) dos alimentos básicos 
selecionados na disponibilidade total de energia 
entre 1971-72 e 1998-99, São Paulo, 2006.
Claro, et. al, 2007
0
1
2
3
4
5
6
1971-72 1998-99
frutas e sucos naturais legumes verduras
%
Participação relativa (%) de frutas e hortaliças na 
disponibilidade total de energia entre 1971-72 e 
1998-99, São Paulo, 2006.
Claro, et. al, 2007
0
5
10
15
20
1971-72 1998-99
carnes leite e derivados
ovos alimentos processados
misturas industrializada
%
Participação relativa (%) de carnes, ovos, leite e 
alimentos processados na disponibilidade total 
de energia entre 1971-72 e 1998-99, São Paulo, 
2006.
Claro, et. al, 2007
ALIMENTAÇÃO
ATIVIDADE FÍSICA
DESEQUILÍBRIO ENERGÉTICO
A Síndrome Metabólica é uma 
condição de risco para o 
desenvolvimento de doença 
aterosclerótica sistêmica, em 
especial a coronariana, e esta 
relacionada ao desenvolvimento do 
Diabetes tipo 2
SÍNDROME METABÓLICA
Arq Bras Endocrinol Metab, 50:400-07;2006
• Prevalência: 20 a 25% na população normal.
• A redução da ação insulínica pode estar
acompanhada de um grupo de alterações
metabólicas e cardiovasculares.
• HAS; hipertrigliceridemia; redução do HDL-
colesterol; intolerância aos carboidratos,
obesidade central; hiperuricemia e doença
cardiovascular
SÍNDROME METABÓLICA
SBD, 2006
3
• Sobrepeso: IMC ≥ 25 Kg/m2 ou cintura
>102cm em homens e >88cm em mulheres.
• Hábitos de vida sedentários.
• Glicemia de jejum ≥100mg/dl.
Fatores de risco para o desenvolvimento da 
Síndrome Metabólica
• Idade acima de 40 anos.
SBD, 2006
• História pessoal de diabetes gestacional.
• Diagnóstico de hipertensão arterial,
dislipidemia ou doença cardiovascular.
• História familiar de diabetes tipo 2,
hipertensão arterial ou doença
cardiovascular.
Fatores de risco para o desenvolvimento da 
Síndrome Metabólica
• Presença de síndrome dos ovários
policísticos.
“Diferentes propostas para 
caracterização da Síndrome 
Metabólica”
OMS – Organização Mundial da Saúde -1998
NCEP – National Cholesterol Education Program - 2001
AACE – Associação Americana de Endocrinologistas - 2003
EGIR – European Group for the Study of Insulin
Resistance - 1999
OMS NCEP-ATPIII AACE/ACE EBIR
Uso de anti-
hipertensivos ou 
PA≥140/90mmHg
Uso de anti-
hipertensivos ou 
PA≥130/85mmHg
PA≥130/85mmHg PA≥140/90mmHg 
ou o uso de anti-
hipertensivo
TG≥150mg/dl
HDL <35 (H)
<39mg/dl (M)
TG≥150mg/dl
HDL <40 (H)
e < 50mg/dl (M)
TG≥150mg/dl
HDL <40 (H)
e < 50mg/dl (M)
TG≥150mg/dl ou
HDL <40mg/dl ou 
trat. para 
dislipidemia
IMC ≥30Kg/m2
e(ou) C/Q >0,9 (H) 
e >0,85 (M)
Cintura >102cm (H) 
e >88cm (M) -
Cintura ≥94cm (H) 
e ≥80cm (M)
DM2 ou tolerância 
à glicose 
diminuída ou RI
Glicemia de jejum 
≥110mg/dl
Jejum 110-
125mg/dl ou 2 
horas após TOTG 
>140mg/dl
Glicemia de jejum 
≥110mg/dl e 
<126mg/dl
DM2 ou TG ou RI e 
mais duas 
alterações
Três alterações Não estabelece Hiperinsulinemia
jejum e mais duas 
alterações 
AVALIAÇÃO DA RESISTÊNCIA INSULÍNICA
HOMA – IR (Homeostasis Model Assessment)
Glicemias entre 140-199mg/dl, 2 horas após a
ingestão de 75g de glicose ou
Glicemias de jejum entre 100-125mg/dl sugerem
a presença de RI.
Arq Bras Endocrinol Metab vol 50 2006:208-215
Valores da Circunferência da cintura (cm) 
considerados como risco para doenças 
associadas a Obesidade
 RISCO 
ELEVADO 
RISCO MUITO 
ELEVADO 
MULHERES ≥≥≥≥80 ≥≥≥≥88 
HOMENS ≥≥≥≥94 ≥≥≥≥102 
 
 Fonte: NCEP - 2001
4
MEDIDA DA CIRCUNFERÊNCIA DA CINTURA OUTROS FATORES QUE CONTRIBUEM PARA O
DESENVOLVIMENTO DA SÍNDROME METABÓLICA
ALIMENTAÇÃO 
Aumento 
consumo de 
fibras
Quantidade de 
açúcar ingerida
Alto índice 
glicêmico 
Framingham Offspring Study;
Diabetes Care 2004; 538-46
Resistência à
insulina
Menor Resistência
à insulina
TRATAMENTOS CONSERVADORES
NÃO-FARMACOLÓGICOS DA SÍNDROME METABÓLICA
Reduzem a obesidade visceral e a RI.
MUDANÇAS NO ESTILO DE VIDA:
Dietoterapia, exercício regular e cessar o fumo.
Melhoram o perfil lipídico e controle glicêmico.
Controlam a pressão arterial.
Arq Bras Endocrinol Metab 2006:400-07
ATIVIDADE FÍSICA
150 minutos/semana.
Caminhadas de 10 a 12 Km/semana.
O exercício é o fator chave da manutenção do peso e
para a preservação da massa magra.
Os indivíduos devem começar a praticar atividade
física.
O objetivo primário da terapia nutricional na SM é limitar a
ingestão de gorduras saturadas.
Alguns estudos mostraram efeitos benéficos da dieta
mediterrânea, melhorando a sensibilidade insulínica.
Dietas hiperglicídicas estão associadas ao aumento de
triglicérides, bem como à redução de HDL-col.
TRATAMENTO DIETOTERÁPICO NA SM
Alimentos com alto teor de Índice Glicêmico (IG) diminuem a
sensibilidade à insulina.
Dietas com baixo IG estão associadas a um menor risco de
desenvolvimento de diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares
e alguns tipos de câncer.
Os alimentos com baixo IG são ricos em fibras alimentares, em
especial as fibras solúveis.
As fibras alimentares melhoram a resposta glicêmica e as
concentrações de insulina prandial.
TRATAMENTO DIETOTERÁPICO NA SM
As concentrações de insulina em jejum são menores em
indivíduos que relatam maior ingestão de fibras.
5
O aporte protéico assemelha-se ao da população geral, com
ênfase no consumo de proteínas como a soja e o peixe.
O objetivo é diminuir a ingestão de gorduras saturadas e
colesterol.
A substituição de proteína de origem animal por proteína de
soja diminui as concentrações sanguíneas de colesterol total e
LDL-col.
TRATAMENTO DIETOTERÁPICO NA SM
Deve-se limitar o consumo de sal. O excesso de sódio, além de
elevar a pressão arterial e aumenta a calciúria.
ÍNDICE GLICÊMICO – é um indicador baseado na
habilidade da ingestão do carboidrato de um dado
alimento elevar os níveis de glicose sanguínea pós-
prandial, comparado com um alimento de referência
ÍNDICE GLICÊMICO DOS 
ALIMENTOS
Índice glicêmico
Alto 
(>85)
Índice glicêmico
Moderado
(60-85)
Índice glicêmicoBaixo
(<60)
Alimentos com IG alto 
(>85)
Alimentos com IG 
moderado (60-85)
Alimentos com IG 
baixo (<60)
Pão branco -101
Bolos – 87
Crackers - 99
All Bran – 60
Musli – 80
Aveia – 78
Leite integral – 39
Leite desnatado – 46
Iogurte com açúcar - 48
Biscoitos – 90
Sorvete -85
Banana – 83
Kiwi – 75
Iogurte com adoçante – 27
Maçã – 52
Corn-flakes – 119
Mingau de aveia – 87
Manga – 80
Laranja – 62
Suco de maçã – 58
Damasco seco – 44
Trigo cozido – 105
Farinha de trigo – 99
Suco de laranja – 74
Pêssego enlatado – 67
Pêra – 54
Lentilhas - 38
Cuscus – 93
Milho – 98
Tapioca – 115
Arroz branco – 81
Arroz integral – 79
Arroz parboilizado – 68
Soja (feijão) – 23
Spaguete – 59
Batata cozida – 121
Batata frita – 107
Batata doce - 88
Feijão cozido – 69
Inhame – 73
Amendoim – 23
Sopa de tomate – 54
Mel – 104
Glicose – 138
Sacarose – 87
Chocolate – 84
Pipoca – 79
Lactose – 65
Frutose – 32
Sopa de feijão – 84
Ervilhas - 68
FAO/OMS - 1998
Carbohydrates in Human Nutrition
Glicose-138
Pão branco-101
Risco relativo para DM segundo tercil de fibras de cereais 
e índice glicêmico. 
Schulze et al. Am J Clin Nutr. 2004; 80:348-56.
ELABORAÇÃO DO PLANO ALIMENTAR
Composição da dieta (NCEP - 2001) macronutrientes
– Carboidratos: 50 a 60% 
– Proteínas: 15 a 20% 
– Gorduras: 25 a 35%; sendo
• 7% de gordura saturada
• 10% de gordura poliinsaturada
• 20% de gordura monoinsaturada
Jama 2001; 2486-97
NOVO MODELO DE PIRÂMIDE DE ALIMENTOS
6
ELABORAÇÃO DO PLANO ALIMENTAR
• CARBOIDRATOS:
Cereais integrais, frutas, legumes, hortaliças
e leguminosas (feijões).
O importante é a recomendação para o aumento
da ingestão de carboidratos complexos, 
principalmente fibras (20 a 30g/dia), e o 
controle da ingestão de alimentos com alto IG
CARBOIDRATOS
� A escolha de frutas e vegetais (verduras e
legumes) deve ser variada.
2 a 4 porções de frutas/dia.
3 a 4 xícaras de verduras ou legumes/dia (crus e cozidos).
Priorizar os cereais integrais e alimentos com baixo índice
glicêmico.
• PROTEÍNAS:
– Proteínas de origem animal: carnes, peixes,
ovos, leite e derivados - (iogurtes, queijos).
– Proteínas de origem vegetal (feijão, soja e
derivados, ervilha, lentilha, grão de bico,
castanhas, amendoim).
ELABORAÇÃO DO PLANO ALIMENTAR
PROTEÍNAS
� As carnes vermelhas apresentam teores mais elevados
de gordura saturada (7,3g%) e de colesterol (85mg/%).
� Deve-se priorizar os peixes pois apresentam em
média 2,9g% de gordura saturada e 68mg/% de
colesterol.
� As concentrações séricas de LDL-colesterol podem ser
reduzidas em até 5% com dietas pobres em gorduras
saturadas e colesterol contendo 25g diárias de proteína da
soja (1,3g% de gordura saturada e 0mg% de colesterol).
• GORDURAS:
– Gorduras saturadas: manteiga, carnes
gordas, creme de leite, queijos amarelos,
gordura de coco, gordura hidrogenada (trans)
»Gorduras poliinsaturadas: óleos
vegetais (milho; soja; girassol)
»Gorduras monoinsaturadas: óleo de
oliva, canola, gordura do abacate
ELABORAÇÃO DO PLANO ALIMENTAR GORDURAS
Os lipídios que mais contribuem para o aumento do LDL-
colesterol são os os ácidos graxos trans isômeros e, em
menor grau, o colesterol dietético.
A gordura trans está associada à alteração na ação da
insulina, com diminuição da tolerância à glicose e elevação
da glicemia de jejum.
Os ácidos graxos trans são produzidos durante o
processo de hidrogenação dos óleos vegetais.
7
GORDURAS
O alto consumo de ácidos graxos trans aumenta o risco
de doenças cardiovasculares e diabetes tipo 2.
Ocorre modificação no perfil lipídico, diminuindo as
concentrações de HDL-col e aumentado as de LDL-col.
Países industrializados consomem entre 4 a 7% de
gordura trans/dia. A recomendação da OMS é de menos
de 1% do Valor Energético Total (2000Kcal=2,2g).
GORDURAS TRANS
Usada em larga escala a partir da década de 80, para 
aumentar o prazo de validade dos alimentos e deixá-los 
mais crocantes ou cremosos.
Seu consumo não deve ultrapassar 1% do total de calorias 
diárias (OMS) = 2000Kcal =2,2g/dia:
1 pcte grande=
triplo do limite
diário trans
2 unidades=
55% mais limite
diário trans
1 pcte grande=
60% mais limite
diário trans
1 donut=
Dobro do limite
diário trans
1 colher sopa=
limite
diário trans
GORDURAS
A ingestão de colesterol deve ser inferior a 200mg/dia
(NCEP).
As gorduras monoinsaturadas fortalecem as partículas
de LDL-col, tornado-as menos propensa à oxidação,
diminuem as concentrações de colesterol total e
promovem efeitos benéficos no HDL-col.
A dieta mediterrânea, rica em cereais não refinados,
frutas, vegetais e com elevada proporção de gorduras
monoinsaturadas parece atenuar o risco cardiovascular
de indivíduos com SM.
A dieta deve priorizar alimentos com baixo teor de gordura
saturada e ácidos graxostrans para evitar a SM.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A dieta deve conter alimentos de baixo índice glicêmico e
com ingestão adequada de fibras.
Deve-se manter tanto o IMC como a CC dentro da
normalidade.
Deve-se estimular a atividade físca.
Deve-se evitar o aumento da gordura visceral
OBRIGADA!

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