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Importância da Educação de Jovens e Adultos

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ANA GABRIELY ALMEIDA E SILVA 
DANIELLE RANGEL
EUCLIDES MANOEL FERREIRA NETO
NATHÁLIA MACHADO
NADJA GRACILIANO DA SILVA 
PRÁTICA INTERDISCIPLINAR: EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
2023
ANA GABRIELY ALMEIDA E SILVA 
DANIELLE RANGEL
EUCLIDES MANOEL FERREIRA NETO
NATHÁLIA MACHADO
NADJA GRACILIANO DA SILVA 
PRÁTICA INTERDISCIPLINAR: EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
Trabalho do Curso de Pedagogia do Centro Universitário Leonardo da Vinci - Uniasselvi como requisito para obtenção de nota para a matéria Prática interdisciplinar: Educação de jovens e adultos . Sob orientação da Profª Aline Moreland
2023
EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS 
INTRODUÇÃO
Este trabalho tem por objetivo aprofundar as discussões sobre a importância do EJA para a educação brasileira e fazer uma breve análise sobre o tempo perdido no processo de ensino aprendizagem de jovens adultos. O EJA tem como objetivo inicial a erradicação do analfabetismo entre a população jovem e adulta que por diversas razões não tiveram acesso à educação regular. 
Nesse sentido o EJA realiza um trabalho social pois desempenha papel crucial pois promove a construção e desenvolvimento de habilidades e competências necessárias para a formação do cidadão, seu pleno exercício da cidadania e formação para o trabalho. A educação é um direito básico assegurado internacionalmente pela Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH) no artigo 26º que diz, “Toda a pessoa tem direito à educação;” Um dos principais propósitos deste artigo é entender a educação como o direito de todos, que deve ser oferecido gratuitamente, e que a mesma ajuda no desenvolvimento da personalidade do indivíduo e reforçar o respeito pelos direitos e liberdades fundamentais. 
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O Ensino de Jovens e Adultos (EJA) desempenha um papel primordial na educação brasileira, uma vez que é uma ferramenta essencial para garantir o direito à educação de pessoas que não tiveram oportunidade de concluir seus estudos na idade regular. A importância do EJA reside em sua capacidade de promover a inclusão social, o desenvolvimento pessoal e a igualdade de oportunidades no país, já que o mesmo tem como finalidade o cumprimento de uma lei simples mais muito importante, pois o artigo 6º da constituição deixa claro que a educação é o direito de todos e p artigo 23º V informa de forma clara que . 
“É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios: V - proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação, à ciência, à tecnologia, à pesquisa e à inovação; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 85, de 2015)
Nesse sentido, o EJA deve ser compreendido como uma oportunidade de transformação e empoderamento dos jovens e adultos que buscam aprimorar seus conhecimentos e habilidades, para enfrentar os desafios do mundo contemporâneo de forma a contribuir para uma sociedade mais justa e crítica. 
“A Educação de Jovens e Adultos (EJA) deve ser vista como um processo de construção de conhecimentos, de habilidades e de valores que são necessários para a compreensão crítica do mundo e para o exercício da cidadania”. (SOUZA, 2017, p.34).
A educação de jovens e adultos vai além da educação formal e abarca vários campos da vida de um indivíduo.
“ A educação de jovens e adultos é um campo de práticas e reflexão que inevitavelmente transborda os limites da escolarização em sentido estrito. Primeiramente, porque abarca processos formativos diversos, onde podem ser incluídas iniciativas visando a qualificação profissional, o desenvolvimento comunitário, a formação política e um sem número de questões culturais pautadas em outros espaços que não o escolar.” (DI PIERRO, JOIA e RIBEIRO 2001)
Mudar o rumo da educação de jovens e adultos no Brasil é difícil e complexo porque não há informações suficientes para diferentes atividades utilizadas. Uma sociedade com educação também tem consciência de seus direitos e responsabilidades, é capaz de pensar criticamente e sobre o precisa melhorar Assim, eles podem mudar sua própria realidade, pensando no bem próprio e comum.
Pensamos que a escola surge como instituição responsável pela educação formal dos cidadãos, quando a sociedade assimila a preocupação com o desenvolvimento pleno do ser humano. Permeada de diferentes práticas, concepções e tradições educativas, a escola influencia diretamente na construção da sociedade que temos. Desta forma, o currículo escolar, insere-se como fator relevante tanto para a construção da sociedade, como para o desenvolvimento do ser humano a ele confiado e o sucesso da aprendizagem. (Kurzawa, 2007) 
Mesmo com toda a importância do EJA, dados de 2019 divulgados pelo IBGE revelam que dos 50 milhões de brasileiros na faixa etária de 14 a 29 anos, pelo menos 20% deles, o equivalente a mais de 10 milhões de pessoas, não haviam completado nenhuma das etapas da educação básica. Entre os motivos, o abandono da escola ou por jamais ter frequentado um estabelecimento de ensino. Entre as razões alegadas para justificar a evasão escolar estavam a necessidade de trabalhar e a própria falta de interesse. No caso das mulheres, destacou-se a questão da gravidez e os afazeres domésticos  
Como consequência, as pessoas que deixam a escola antes de completar o Ensino Médio enfrentam dificuldades para chegar ao mercado de trabalho e quando conseguem ganham salário abaixo da média. Também demonstram sérias dificuldades cognitivas, com memórias e habilidades motoras bem inferiores às das pessoas com melhor escolaridade. Por isso mesmo, somos a favor do fortalecimento cada vez maior do sistema EJA, que tem por finalidade promover a inclusão das pessoas com baixa ou nenhuma escolaridade. 
De acordo com Freire (2005, p. 45), “a Educação de Jovens e Adultos (EJA) é uma ação política em que todos os envolvidos se tornam sujeitos do processo educativo, aprendendo juntos e construindo juntos os conhecimentos necessários para a compreensão do mundo e para a transformação da realidade”. 
Para Paulo Freire a educação deve fazer parte de um processo reflexivo e crítico para que possa se formar cidadãos autônomos e de pensamento crítico apto a realizar um julgamento imparcial e assim atuar ativamente na construção de uma sociedade mais justa e igualitária. 
Além disso, segundo Freire (1996), a educação de jovens e adultos é um processo de conscientização, em que o educando se torna crítico e capaz de participar ativamente na transformação de sua realidade social. 
Também, segundo Lima (2018), a Educação de Jovens e Adultos (EJA) é uma modalidade de ensino que tem como objetivo a democratização do acesso à educação e à cultura, possibilitando a formação de sujeitos críticos e participativos na sociedade. 
É importante ressaltar que o EJA não deve ser apenas uma alternativa para aqueles que não concluíram a educação básica na idade regular, mas também uma oportunidade de valorizar a diversidade de experiências e conhecimentos dos alunos. É necessário que o ensino seja contextualizado, relevante e estimule a participação ativa dos estudantes, levando em consideração suas vivências e necessidades.
“A educação de jovens e adultos não pode se limitar a um processo de transferência de conhecimentos, mas deve ser um processo de conscientização crítica dos educandos em relação à sua realidade. É preciso que os educandos sejam capazes de perceber as estruturas sociais que os oprimem e, a partir disso, desenvolver a capacidade de agir para transformar a realidade em que vivem. Essa é uma educação que parte do conhecimento do mundo dos educandos e que se baseia no diálogo, na reflexão e na ação transformadora.” (FREIRE, 2005, p. 81)
Nesse sentido, a importância do EJA para a educação brasileira é inegável. Ao oferecer uma segunda chance de educação a jovens e adultos, promovendo a inclusão social, a formação integral, a educação ao longo da vida e o combate ao analfabetismo, o EJA contribui para uma sociedade mais justa, igualitária e preparada para os desafios do mundo contemporâneo.
 “O Conhecimento é produtodas relações dos seres humanos entre si e com o mundo. Nestas relações, homens e mulheres são desafiados a encontrar soluções para situações para as quais é preciso dar respostas adequadas. Para isto, precisam reconhecer a situação, compreendê-la, imaginar formas alternativas de responder e selecionar a resposta mais adequada.” (Freire, 2005)
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Por fim, a EJA, também denominada educação popular ou educação de adultos, é um modelo educacional amplo e complexo cuja legitimidade no campo da educação precisa ser debatida. Este trabalho acadêmico sobre o tema da educação de jovens e adultos revelou-se específico e amplo, pois podemos constatar pela discussão que os problemas não dizem respeito apenas a essa modalidade de educação, mas também a educação em geral. A educação é um direito de todos e não pode ser escondida de quem dela precisa.
CONCLUSÃO
A educação de jovens e adultos se propôs a tentar “reajustar” um país que abandona a escola antes de concluir a educação básica, para que pouquíssimas disciplinas permaneçam naquele contexto por um determinado período. Porém, esqueceu-se que cada sujeito possui sua história, e cada um possui um “relacionamento” com a escola. Antes era apenas uma educação reparadora, mas hoje também aproxima os sujeitos do ensino, e ainda valoriza esse tipo de conciliação como ensino de qualidade, para que não fique “acomodado” depois da EJA. Descobriu-se que, como eles eram pessoas fora da sala de aula há muito tempo, seu ritmo de aprendizado havia mudado por conta dos anos longe da escola e até mesmo do impacto da escola em suas vidas. Todas as disciplinas, independentemente da idade, podem ser aprendidas, porém, a velocidade do mundo, a quantidade de informações que precisamos saber todos os dias e a mistura de disciplinas de diferentes idades em uma mesma sala de aula agrava a “demora” de aprendizagem de alguns alunos. Contudo, mesmo com crianças e adolescentes da mesma faixa etária que nunca pararam de aprender e estão no estágio certo para sua idade, mesmo nas salas de aula haverá aprendizes mais lentos e aprendizes mais rápidos.
 Alguns ficarão à vontade com um ou outro assunto ou assunto, outros ficarão à vontade com todos os outros, mas ainda terão dificuldade com tudo, mas quem sabe não perderão o interesse. Cada caso é diferente. Cada sujeito tem sua própria cultura, história de vida e história escolar. Todos esses fatores devem ser considerados antes de julgar se um aluno é "mais inteligente" do que outro. E isso não se terá da noite para o dia. Às vezes levarão meses e, ainda assim, alguns, sairão sem que seu “tempo de aprendizagem” tenha sido compreendido.
REFERÊNCIAS:
SOUZA, R. Educação de Jovens e Adultos: desafios e perspectivas. São Paulo: Cortez, 2017.
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia Necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 2005.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 47ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005.
LIMA, J. C. Educação de Jovens e Adultos (EJA): reflexões sobre o processo de ensino aprendizagem. Rio de Janeiro: Wak, 2018. 
Kurzawa, Gléce . ANTUNES. Helenise Sangoi. O DESAFIO DA CONSTRUÇÃO DO CURRÍCULO NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS. Rio grande do sul. 2007
DI PIERRO, Maria Clara. JÓIA . Orlando. RIBEIRO. Vera Masagão. VISÕES DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS NO BRASIL. São Paulo. 2001

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