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RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS BASEADAS NA DIETARY REFERENCE INTAKES (DRIs) NOS DIFERENTES CICLOS DA VIDA Aula 4 – Prática Dietética II Prof. Alex Camara Histórico ✓ 1941: Food and Nutrition Board do Institute of Medicine (IOM); ✓ Ingestão dietética recomendada (Recommended dietary allowance) – RDA; ❖Objetivo: Ser um referencial para se alcançar a nutrição adequada e servir como parâmetro para avaliação de mudanças da ingestão alimentar ao longo do tempo. ❖Detectar probabilidades de adequação ou inadequação da ingestão observada. Histórico ✓IOM estabeleceu uma série de investigações e estudos para estabelecer novas recomendações; ✓Estabelecidas conjuntamente pelos Estados Unidos e Canadá, tendo como referência a população destes países e publicadas no período de 1997 à 2004. Histórico DRIS • Substituem as antigas Recommended Dietary Allowances (RDAs) e Dietary Standards/Recommended Nutrient Intakes (RNIs), padrões de referência dos EUA e Canadá respectivamente. Objetivo: não somente a prevenção de deficiências nutricionais, como as antigas RDAs e RNIs, como também a diminuição do risco de doenças crônicas não transmissíveis. NECESSIDADE X RECOMENDAÇÃO QUAL A DIFERENÇA? Necessidade Nutricional “As necessidades nutricionais representam valores fisiológicos individuais requeridos para satisfazer suas funções fisiológicas normais e prevenir sintomas de deficiências. São expressas na forma de médias para grupos semelhantes da população”. Recomendação Nutricional “As quantidades de energia e de nutrientes que devem conter os alimentos consumidos para satisfazer as necessidades de quase todos os indivíduos de uma população sadia. Assim, as recomendações nutricionais baseiam-se nas necessidades de 97,5% da população” Cozzolino, 2009. Recomendações de Nutrientes – ILSI Brasil ✓ Atingir as necessidades nutricionais faz parte de uma dieta equilibrada, cujo objetivo é satisfazer as necessidades nutricionais humanas, entre elas: ❑ Crescimento; ❑ Manutenção; ❑ Reparo Tecidual; e ❑ Desgaste orgânico. ✓ As necessidades variam de acordo com: ❖ Idade, sexo, estatura, peso, estado fisiológico e nível de atividade física Necessidades Nutricionais Cozzolino, 2009. Recomendações de Nutrientes – ILSI Brasil ✓ Necessidade (1,08 mg/dia) x Recomendação (8,0 mg/dia). ❖ Fatores considerados na diferença: ❑ Perdas basais; ❑ Peso; ❑ Biodisponibilidade do nutriente; ❑ Facilitadores/Dificultadores da absorção e; ❑ Perdas menstruais – mulheres. Necessidades x Recomendações Nutricionais – Exemplo (Ferro) Cozzolino, 2009. Recomendações de Nutrientes – ILSI Brasil Dietary References Intakes –DRI(s) As DRIs são valores de referência de ingestão de nutrientes que devem ser utilizados para planejar e avaliar dietas para pessoas saudáveis. Elas incluem tanto as recomendações de ingestão como os limites superiores que devem ser considerados como valores de referência. Cozzolino, 2009. Recomendações de Nutrientes – ILSI Brasil Considerações ✓ Desde que dados específicos em segurança e eficácia existam inclui-se a redução do risco de DCNT na formulação da recomendação nutricional; ✓ Estabeleceram-se níveis máximos de ingestão quando foi possível detectar riscos adversos à saúde; ✓ Foram estabelecidas referências de ingestão para componentes alimentares, mesmo que não contemplem conceitos tradicionais de nutrientes. Dietary References Intakes –DRI(s) Dietary References Intakes –DRI(s) Alvo: População saudável e de acordo com gênero e faixa etária. EAR RDA AI UL (Estimated average requirement – EAR) É um valor de ingestão diária de um nutriente que se estima que supra a necessidade de metade (50%) dos indivíduos saudáveis de um determinado grupo de mesmo gênero e estágio de vida. Conseqüentemente, metade da população teria, a esse nível, uma ingestão abaixo de suas necessidades. NECESSIDADE MÉDIA ESTIMADA Cozzolino, 2009. Recomendações de Nutrientes – ILSI Brasil (Estimated average requirement – EAR) A EAR é usada na determinação da RDA e corresponde à mediana da distribuição de necessidades de um dado nutriente para um dado grupo de mesmo gênero e estágio de vida NECESSIDADE MÉDIA ESTIMADA Cozzolino, 2009. Recomendações de Nutrientes – ILSI Brasil (Recommended Dietary Allowances – RDA) A RDA é a ingestão diária de nutriente que é suficiente para atender as necessidades nutricionais de quase todos (97 a 98%) os indivíduos saudáveis de um determinado grupo de mesmo sexo e estágio de vida (estágio de vida considera idade e quando aplicável, gestação e lactação) INGESTÃO DIETÉTICA RECOMENDADA Cozzolino, 2009. Recomendações de Nutrientes – ILSI Brasil Processo de obtenção da RDA INGESTÃO DIETÉTICA RECOMENDADA ✓ O processo para estabelecimento da RDA depende da possibilidade de estabelecer uma EAR. Portanto, se não for possível obter a EAR, o valor de RDA não será estabelecido; ✓ A RDA é situada, considerando a curva normal de distribuição das necessidades, a dois desvios-padrão positivos da EAR. Ou seja: RDA = EAR + 2DP; ✓ Se os dados sobre variabilidade das necessidades forem insuficientes para se calcular seu desvio padrão, assume-se um coeficiente de variação (CV) de 10%. Cozzolino, 2009. Recomendações de Nutrientes – ILSI Brasil RDA = EAR + 2DP OU RDA = 1,2 X EAR INGESTÃO DIETÉTICA RECOMENDADA (Adequate intake – AI): Utilizada quando não há dados suficientes para a determinação da RDA. Pode-se dizer que é um valor prévio à RDA. Baseia-se em níveis de ingestão ajustados experimentalmente ou em aproximações da ingestão observada de nutrientes de um grupo de indivíduos aparentemente saudável. Tendência a superestimar! INGESTÃO ADEQUADA (Upper level – UL) É o valor mais alto de ingestão diária continuada de um nutriente que aparentemente não oferece nenhum efeito adverso à saúde em quase todos os indivíduos de um estágio de vida ou gênero. À medida que a ingestão aumenta para além do UL o risco potencial de efeitos adversos também aumenta. LIMITE SUPERIOR TOLERÁVEL DE INGESTÃO Cozzolino, 2009. Recomendações de Nutrientes – ILSI Brasil (Upper level – UL) O UL não é um nível de ingestão recomendado. O estabelecimento do UL surgiu com o crescimento da prática de fortificação de alimentos e do uso de suplementos alimentares. O UL ainda não está estabelecido para todos os nutrientes. LIMITE SUPERIOR TOLERÁVEL DE INGESTÃO Cozzolino, 2009. Recomendações de Nutrientes – ILSI Brasil LIMITE SUPERIOR TOLERÁVEL DE INGESTÃO Cozzolino, 2009. Recomendações de Nutrientes – ILSI Brasil INDIVÍDUOS INDIVÍDUOS Avaliação da Ingestão Alimentar de Indivíduos ✓Avaliação da ingestão habitual por meio de inquéritos dietéticos. ✓Recordatório 24 horas é a melhor escolha para diagnóstico dietético (Vitolo)→Mínimo de 2, com intervalo de 1 mês. ✓Para avaliar a probabilidade de inadequação : Ingestão está acima ou abaixo da EAR? EAR ✓Melhor estimativa do requerimento do indivíduo; ✓ A média observada da ingestão melhora a estimativa da ingestão habitual; ✓ Há variação da ingestão no dia a dia. O desvio padrão dessa variação→ Indicador de como a ingestão observada pode desviar da ingestão habitual. EXAMINA A POSSIBILIDADE DE INADEQUAÇÃO ✓Se a ingestão média < EAR = Melhorar a ingestão alimentar/ Consumo inadequado. ✓Ingestão entre EAR e RDA: É provável que seja necessário modifica-la e melhorá-la, mas são necessárias mais evidências. EAR AI ✓Se a média da ingestão alimentar é maior ou igual a AI = provável que a ingestão alimentar esteja adequada. ✓Tabagistas ✓Vegetarianos ✓Maratonistas ✓Uso de medicamentos Diferentes necessidades Ingestão usual acima deste nível tem baixa probabilidade de inadequação ✓AI: Se a média da ingestão de um indivíduo for maior ou igual a AI→ A ingestão provavelmente estará adequada. ✓Ingestão é < AI : Não é possível concluir que a ingestão está insuficiente →Realizar mais inquéritos dietéticos para tomar decisão. AIAvaliação da ingestão alimentar por grupos populacionais ✓Ponto de corte da EAR ✓Não é recomendado o uso da RDA como parâmetro de comparação com a média de ingestão observada no grupo investigado. ✓Deve-se comparar o resultado encontrado com a EAR do nutriente. ✓Se a média de ingestão do grupo está abaixo da EAR→ Provavelmente terá alta prevalência de ingestão inadequada. Avaliação da ingestão alimentar por grupos populacionais ✓ Se o parâmetro for AI →Não é possível estimar a prevalência de inadequação de consumo. ✓ Se a média de ingestão da AI for maior que a referência: pode-se concluir que há baixa prevalência de inadequação. ✓ No mínimo 2 inquéritos dietéticos, não consecutivos e com intervalo mínimo de 1 mês. Avaliação da ingestão alimentar por grupos populacionais UL • O processo que estipula a UL inclui todas as fontes: alimentos, água, suplementos, agentes farmacológicos. 1) Nível em que não se observam efeitos adversos (NOAEL) 2) Menor nível em que se observou algum efeito adverso (LOAEL) 3) Fator de incerteza (UF) NÃO É UM NÍVEL DE INGESTÃO RECOMENDÁVEL!! ✓Nível em que não se observam efeitos adversos (NOAEL): Quantidade mais alta e contínua de ingestão observada em um indivíduo ou grupo de indivíduos sem a apresentação de efeitos adversos. ✓Menor nível em que se observou algum efeito adverso (LOAEL): Quantidade mais Baixa de ingestão contínua e prolongada observada em um indivíduo ou grupo em que se observou algum efeito adverso individuais. UL Cozzolino, 2009. Recomendações de Nutrientes – ILSI Brasil UL Cozzolino, 2009. Recomendações de Nutrientes – ILSI Brasil ✓ Fator de incerteza (UF): É um fator de divisão aplicado sobre o valor encontrado de NOAEL e LOAEL, para se contemplarem as variações individuais ou extrapolações de estudos com animais e se chegar ao valor de UL. ✓Não foi possível determinar a UL de Tiamina, Riboflavina, Vitamina B12, Ácido pantotênico, Biotina e Carotenoides. UL Especificidades UL 1) Magnésio, Folato, Niacina e Vit E: • Nutricionista só deve considerar para computar a ingestão máxima os nutrientes ingeridos por meio de alimentos enriquecidos e suplementos. 2) Cálcio, selênio, ferro, vit C, D, A: • Para estes nutrientes deve-se computar os nutrientes ingeridos por meio de alimentos naturais, enriquecidos e de suplementos. ✓ Recomenda-se que no dia a dia, pessoas não tenham ingestão muito próximas a UL → Poderia afetar indivíduos mais sensíveis metabolicamente. Especificidades UL Aplicação das DRIs na avaliação e planejamento de dietas Indivíduos EAR: Não deve ser utilizada como meta! Usada para avaliar adequação Deve-se utilizar a RDA como META ao se realizar um plano alimentar para um indivíduo! Ou usar a AI na ausência da RDA. Inquéritos alimentares/DRIs Avaliação bioquímica Avaliação Clínica Avaliação antropométrica Avaliação da Ingestão Alimentar De forma prática, como interpretar Ingestão em relação a EAR Interpretação QUALITATIVA sugerida < EAR Ingestão inadequada > EAR e < RDA Risco de inadequação Muitos dias de observação: > ou = RDA Ingestão adequada Poucos dias de observação: > RDA Ingestão adequada Ingestão em relação a AI Interpretação QUALITATIVA sugerida > ou = AI A ingestão média provavelmente está adequada se avaliada por um grande número de dias < AI A adequação da ingestão não pode ser determinada Ingestão em relação a UL Interpretação QUALITATIVA sugerida > ou = UL Há um risco potencial de efeitos adversos < UL A ingestão é provavelmente segura Exemplo de Avaliação Ca (mg) Fe (mg) B1 (mg) B2 (mg) B3 (mg) Vit C (mg) EAR - 8,1 0,9 0,9 11 60 AI 1000 - - - - - UL 2500 45 - - 35 2000 Quantidade ingerida 820 0,78 1,2 1,1 16 85 Interpretação ? ? ? ? ? ? VAMOS FAZER JUNTOS? Exemplo de Avaliação Ca (mg) Fe (mg) B1 (mg) B2 (mg) B3 (mg) Vit C (mg) EAR - 8,1 0,9 0,9 11 60 AI 1000 - - - - - UL 2500 45 - - 35 2000 Quantidade ingerida 820 0,78 1,2 1,1 16 85 Interpretação Inadequado Inadequado Adequado Adequado Adequado Adequado Aplicação das DRIs na avaliação e planejamento de dietas Grupos Não se considera a RDA. A EAR deve ser utilizada como diretriz para promover baixa prevalência de ingestão inadequada. AI - Utilizada para meta de consumo diário. Grande Variabilidade interpessoal DRI - Macronutrientes ✓ DRI : Acceptable Macronutrient Distribuition Range (AMDR) Esses intervalos de distribuição de macronutrientes estão associados com o risco reduzido de doenças crônicas, proporcionando ingestão recomendada de outros nutrientes essenciais. Faixa de Distribuição de Macronutrientes (como percentuais de energia total diária) Macronutrientes Crianças Crianças Adultos 1 -3 anos 4 -18 anos 30-60 anos Lipídios 30 - 40% 25 -35% 20 – 35% Ácido graxo poliinsaturados w-6 5 -10% 5 -10% 5 -10% Ácido graxo poliinsaturados w-3 0,6 -1,2% 0,6 -1,2% 0,6 -1,2% Carboidratos 45 -65% 45 -65% 45 -65% Proteínas 5 -20% 10 -30% 10 – 35% Macronutrientes (AMDR – IOM, 2002/2005) Colesterol dietético Menor ingestão dietética possível dentro de uma dieta adequada. Ácidos graxos trans Menor ingestão dietética possível dentro de uma dieta adequada. Ácidos graxos saturados Menor ingestão dietética possível dentro de uma dieta adequada. Açúcar de adição ≤ 25% da energia total. Macronutrientes (AMDR – IOM, 2002/2005) Não foram estabelecidas AI, RDA, ou UL para lipídios Carboidratos (AMDR – IOM, 2002/2005) Baseada na quantidade MÍNIMA média de glicose utilizada pelo cérebro FIBRAS (AMDR – IOM, 2002/2005) SBC (2005) – 20 a 30 g/dia de fibras para adultos Não está definido AMDR e UL Proteínas (AMDR – IOM, 2002/2005) RDA para homens e mulheres acima de 18 anos de idade é de 0,8g/kg/dia de proteína de boa qualidade Água e Eletrólitos Água e Eletrólitos NaCl/Sal – Sódio representa 40% UL -2,3g/ adultos 2300 mg < 6 gramas de sal/dia. Outras recomendações de SÓDIO Sódio WHO (2003) < 2000mg/dia Recomendação de Cloreto de Sódio (SAL) Referência Recomendação SBAN (1990) < 6g/dia WHO (2003) < 5g/dia SBC (2005) < 6g/dia Demais Recomendações Recomendações de MACRONUTRIENTES em função da porcentagem do valor energético total (VET) Nutrientes SBAN (1990) WHO (2003) DRI-AMDR (2002) SBC (2005) Proteína 10 a 12% 10 a 15% 10 a 35% - Idosos: 12 a 14% Carboidratos 60 a 70% 55 a 75% 45 a 65% 50 a 60% CHO simples limitar < 10% < 25% - Lipídeo Total 20 a 25% 15 a 30% 20 a 35% 25 a 35% AG saturado ≤ 8% < 10% não definido < 10% < 7% se LDL ↑ AG mono > 8% a diferença não definido ≤ 20% AG poli 3% 6 a 10% não definido ≤ 10% AG linoléico n-6 - 5 a 8% 5 a 10% - AG linolênico n-3 - 1 a 2% 0,6 a 1,2% - AG trans - < 1% Colesterol < 100mg/1000kcal < 300mg/dia - < 300mg/dia < 200mg/dia (se LDL ↑) ANVISA: recomendação máxima PORTARIA Nº 40, DE 13 DE JANEIRO DE 1998 ANVISA: recomendação máxima PORTARIA Nº 40, DE 13 DE JANEIRO DE 1998 ANVISA: recomendação máxima PORTARIA Nº 40, DE 13 DE JANEIRO DE 1998 LIMITAÇÕES DO USO DAS DRIs ✓ Os valores mostrados baseiam-se nas necessidades da população dos Estados Unidos e Canadá; ✓ Não há registros ou bancos de dados atualizados de inquéritos dietéticos da população brasileira, logo, não é possível conhecer a variabilidade na ingestão dos nutrientes; ✓ O uso das DRIs garante a ingestão adequada de determinado nutriente? LIMITAÇÕES DO USO DAS DRIs ✓ Não é possível determinar exatamente se a ingestão supre as necessidades do indivíduo→ necessidades diferentes entre os indivíduos→ No entanto, a média de ingestão individual durante um longo período de tempo pode garantir a ingestão adequada a longo prazo; ✓ Logo, usando as recomendações propostas pelas DRIs, determina-se a probabilidade da ingestão do micronutriente estar adequada; Ferramentas para avaliação do estado nutricional como forma de avaliar, aproximadamente, se a ingestão supre a necessidade. Exercícios: 1) Calcule a distribuição de macronutrientes de um homemde 30 anos que possui uma dieta de 2750 Kcal. Considere: CHO = 50%, PTN= 20%, LIP=30% 2) Calcule a distribuição de macronutrientes de uma adolescente de 15 anos com uma ingestão calórica de 1800 Kcal. Considere: CHO = 60%, PTN= 15%, LIP=25%. 3) Qual a necessidade nutricional de vitamina A e folato de uma mulher de 32 anos? Referências VITOLO, M.R. Nutrição - Da Gestação ao Envelhecimento. 1ª Edição, Ed. Rubio, 2008. Institute of Medicine (IOM). Dietary Reference Intakes: applications in dietary assessment. Washington, DC, 2000. Institute of Medicine (IOM). Dietary Reference Intakes: The Essencial Guide to Nutrient Requeriments. Washington, DC, 2006. OBRIGADO