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@putz.luiza Bioquímicos ATUAÇÃO PROFISSIONAL Resolução CFN N° 306/2003: Dispõe sobre solicitação de exames laboratoriais na área de nutrição clínica. (“Diário das leis - Dispõe sobre solicitação de exames laboratoriais na ...”) INTRODUÇÃO Os testes de avaliação nutricional fornecem grande parte de dados objetivos, e é de grande importância na identificação de alterações nutricionais. Vão existir fatores que podem interferir e limitar a interpretação dos dados obtidos. ▪ Interpretação de testes únicos, isolados, sem considerar outros parâmetros de avaliação nutricional; Caso o paciente tenha alguma alteração por exemplo em um marcador cancerígeno e o restante dos resultados estão tudo normal e clinicamente está tudo normal, e porque o marcador cancerígeno deu alterado, nós como nutricionista não podemos predizer que esse indivíduo tem câncer ou tumor. Não podemos pegar um item isolado, um parâmetro isolado para poder determinar o diagnóstico do indivíduo, para podermos predizer algo é necessária uma análise em conjunto. ▪ Idade, sexo, estado fisiológico e condições ambientais; ▪ Fatores não-nutricionais, tais como drogas, estresse e injúria; Neste caso podemos citar os medicamentos. Pois a substância pode interferir em tais resultados. ▪ Sensibilidade do método, especificidade e reprodutibilidade; ▪ Efeitos do medicamento. COLETA DE MATERIAL BIOLÓGICO Sangue Urina Fezes Liquor Esperma Secreções HEMATOLOGIA Eritrograma: Avalia a parte da série vermelha do sangue. Leucograma: Exame que avalia a parte da série branca do sangue. A série branca é a série de defesa Coagulograma: Conjunto de exames que são responsáveis pela análise de alterações da coagulação do sangue humano. @putz.luiza O QUE É ERITRÓCITOS? Conhecido como hemácia jovem ou são chamados de glóbulos vermelhos. Quando o eritrócito perde o núcleo, ele é chamado de hemácia. HEMATOPOIESE/HEMOPOESE É o processo em que são formadas as células do sangue. A porção celular do sangue é composta por leucócitos, eritrócitos e plaquetas. DIVISÃO Hemácias (45%): Eritrócitos Leucócitos (Glóbulos Brancos e plaquetas) <1%: Leucócitos neutrófilo, leucócito basófilo, leucócito eosinófilo, linfócito, monócito e plaquetas. Plasma (55%). *Hemoglobina é responsável por se ligar ao oxigênio e se ligar ao ferro. Por isso quando a gente tem um anemia ferropriva, se tem um déficit de atenção, sono, fadiga. Pois não temos ferro o suficiente ligada suficiente na hemoglobina para se ligar ao oxigênio. ERITROGRAMA O Eritrograma é responsável por avaliar os eritrócitos. É verificado o tamanho, formato, intensidade de cor e quantidade de hemoglobina que cada eritrócito possui. Tipo de classificação de anemia: Quanto ao tamanho da hemácia; Quanto à quantidade de hemoglobina. Hemoglobina transporte de O2; Hemácias: H: 4,7 – 6,0 e M: 4,2 – 5,4 x 106 mm³ Hematócrito Volume globular (célula por volume de sangue) %. ÍNDICES HEMATIMÉTRICOS VCM – Volume Corpuscular Médio: Avalia o tamanho médio das hemácias. Se for falar de VCM falamos de microcítica e macrocítica. @putz.luiza HCM – Hemoglobina Corpuscular Média: Avalia a concentração de hemoglobina nas hemácias. Vai estar entre VCM e CHCM, vai ser para confirmar o VCM. Quando se tem uma anemia ferropriva tem-se uma hemácia microcítica e hipocrômica, ou sejam ela vai estar pequena e com pouca cor. Se tem pouca hemoglobina, tem pouco ferro circulante e provavelmente ela vai estar baixa. CHCM – Concentração de hemoglobina corpuscular média: Avalia a porcentagem de hemoglobina em 100mL de hemácias, ou seja, reflete a concentração de hemoglobina dentro de uma hemácia. Com os valores de HCM e CHCM, consegue-se identificar a quantidade de hemoglobina dentro da hemácia e saber se ela é: Hipocromia, Normocromia e Hipercromia. Cromo: Cor. Hipo: Diminuída. Hiper: Aumentada. ANOMALIA DAS HEMÁCIAS Presença de reticulócitos; Alteração da forma: Esferócitos, ovalócitos, falciforme ... Alteração na cor: Hipocromia. Alteração no tamanho: microcitose, macrocitose. → Índice de Anisocitose RDW: É o coeficiente de variação do tamanho dos eritrócitos. Baixo: Talassemia menor, anemia aplásica. Alto: Deficiência de ferro, anemia falciforme, deficiência de vitamina B12 e folato, alcoolismo etc. TIPOS DE ANEMIA Anemia Normocítica: VCM e CHCM estão normais. Perda recente de sangue (anemia hemolítica, aplásica, mielotiscias e as nefrogenicas). Não varia o tamanho da hemácia e nem a cor, apenas tem-se uma diminuição na quantidade de hemácias. Anemia Microcítica – Hipocrômica: Tem-se uma variação no VCM e CHCM, então tem uma diminuição do tamanho e diminuição da cor. Consequentemente tem uma deficiência de ferro por hemorragias prévias, ferroprivas, dieta insuficiente, má absorção, defeito no transporte plasmático, hemocromatose, insuficiência na síntese de globina. Anemia macrocítica – megaloblástica: Tem-se uma alteração de tamanho e indica uma deficiência de B12 e pode ser por conta de uma má absorção intestinal, por conta de um paciente bariátrico. Por conta de não ter fator intrínseco no estomago não tem produção pelo ácido e não tem absorção de vitamina B12 no íleo. *Uso prolongado de metformina depleta vitamina B12, podendo suplementar via sublingual ou então injetável. @putz.luiza A deficiência também de ácido fólico – Dieta e má absorção intestinal, ou então interação medicamentosa (metotrezano, trimetoprima etc.); Necessidades aumentadas pela gravidez podem ocasionar uma anemia. Quando o bebê está requerendo tanto o ácido fólico e B12 e caso não de suplementação a mãe pode ter a anemia. Anemia Não Megaloblástica: São as anemias hiper regenerativas ou ocasionadas pela deficiência de vitamina C ou B (escorbuto e pelagra). *Vitamina C é importante para a formação de glóbulos brancos/leucócitos, glutamina, vitamina D, zinco, arginina ... Ajudam na maturação de linfócitos B e T, então precisamos dessas vitaminas e minerais para conseguir ter essa formação de maturação. Geralmente as proteínas/AA vão formar esses leucócitos. *Melhores formas de suplementos são os quelados ou quelatos porque para a absorção é melhor, então vem ligados a aminoácidos. Exemplo: Ferro junto com um aminoácido. *Então passa intacto ao estomago e chegando ao intestino se quebra e absorvemos o ferro e o aminoácido. *O sulfato ferroso não é bom pois é um sal e chegando ao estomago já é ionizado e já perde parte do sulfato e do ferro. Chegando no intestino o sulfato fica sozinho, provocando constipação e o ferro restante vai ser absorvido. *Então a melhor forma de suplementação de minerais e vitaminas é quando elas estão queladas. *Vitaminas hidrossolúveis o excesso é eliminado. IMPORTANTE Ferropriva: Incapacidade do tecido eritropoético em manter a concentração normal de hemoglobina devido ao suprimento inadequado de ferro. Exames para saber se tem uma anemia ferropriva: Com ferro sérico (ferro circulante) e ferritina sérica (estoque de ferro no fígado). Vitamina B12 (Cianocobalamina): Problemas hereditários, deficiência do fator intrínseco e alterações que envolvem o íleo. Ácido Fólico: Deficiência de ácido fólico ou por algum fator que interfira no metabolismo do ácido fólico, como alcoolismo e fármacos (anticonvulsivantes). ANEMINA POR DEFICIENCIA DE FERRO Ferritina Glicoproteína que armazena de 20 a 25% do ferro do organismo. Marcador de inflamação Então é necessário passar um quelante de ferro para diminuir a ferritina. Para desinflamar o paciente. VR:Mulheres – 10 – 291 ng/mL @putz.luiza Homens - 22 – 322ng/mL Deficiência de Ferro: <34ng/mL Transferrina (também para desnutrição proteica) Transporta moléculas de ferro circulantes e é um diagnostico diferencial de anemias. Aumentado: Hemocromatose, Hemossiderose, talassemia, ingestão de ferro. Diminuído: Anemia ferropriva e de infecções ou doenças crônicas. A Transferrina é o transportador de ferro. A Transferrina ela encaixa o ferro, para transportar só que o ferro ele só consegue ter um encaixe perfeito se tiver o cobre. Se não tiver o cobre, o ferro não se encaixa ou se estiver saturando demais, ou seja, se tiver cobre de mais o ferro não vai encaixar pois o cobre vai cobrir todo o transportador. Então vai ser necessário um equilíbrio entre cobre, ferro e zinco. *Sempre que for suplementar tem que ter um proporção de funcionabilidade de zinco para cobre. 15 de zinco para 1 de cobre. CTCF: Capacidade total de combinação com o ferro. Que é quanto que o transportador consegue se ligar ao ferro Saturação de Transferrina: Vai diferenciar as causas comuns da anemia. A saturação é o quanto o ferro tem a capacidade de se ligar no transportador. Se eu tenho muito ou pouco, ou seja, se a Transferrina está saturada ou não. ANEMIA POR DEFICIÊNCIA DE FERRO É a anemia que tende a ser hipocrômica microcítica (VCM e CHCM diminuídos) e, geralmente, precedia pelo aumento do RDW (anisocitose). O número de reticulócitos é normal ou pouco aumentado. O ferro sérico é diminuído; a capacidade total de ligação ao ferro aumentada e a saturação da transferrina reduzida. LEUCOGRAMA São os leucócitos e quando se tem o aumento de leucócitos se chama leucocitose que significa processos inflamatórios, infeccioso e leucemia. E quando se tem uma baixa dos leucócitos se tem uma leucopenia que significa uma deficiência da vitamina A, depressão dos tecidos leucopoiéticos por infecção, uso de medicamentos. A série branca é a série de DEFESA. Sempre que tiver o sufixo OSE/ILIA vai ser alta. E sempre que tiver o sufixo ENIA vai ser baixa. GRANULÓCITOS OU POLIMORFONUCLEARES: NEUTRÓFILOS: Neutrofilia – Se tem infecções por bactéria, intoxicações, necrose tecidual. Aumento de neutrófilos Neutropenia – Depressão do tecido mielopoiético por infecção (toxinas bacterianas) ou viral; drogas e @putz.luiza substâncias químicas; doenças hematopoiéticas. Sempre que neutrófilos está baixo geralmente é infecção viral e geralmente se ele estiver alto é infecção bacteriana. EOSINÓFILOS: Eosinofilia: Reações alérgicas e por infecções de parasitos, micoses, alguns tumores. Eosinofilopenia: Anemia perniciosa. Se correlaciona com anemia. BASÓFILOS: Basofilia: Reações alérgicas, necrose, relação ionizante etc. Pode se ter algum problema a nível de inflamação. Basofilopenia: Anemia perniciosa, gravidez, hipertireoidismo, glicocorticoides. LINFÓCITOS: Linfocitose: Infecção por vírus, doença de Crohn, retocolite ulcerativa, hipersensibilidade medicamentosa etc. Linfocitopenia: Doenças infecciosas agudas, quimioterapia, corticosteroides (síndrome de Cushing), LES, insuficiência renal. MONÓCITOS: Monocitose: Infecção por protozoário e na leucemia monocítica, linfomas malignos etc. Monocitopenia: Processos sépticos e nas leucemias mieloide e linfoide. Leucemia – SÉRIA BRANCA É algum defeito na medula óssea. Anemia – SÉRIE VERMELHA COAGULOGRAMA Plaquetas: Fragmento discóide anucleado do citoplasma megacariócito. Não tem núcleo, célula sem núcleo. Coagulação: Processo fisiológico que leva à formação de rede de filamentos de fibrina. A casquinha do machucado é uma rede de fibrina, a cicatriz. Para se formar essa cicatriz é necessário coagular, ter plaquetas. Exames: ▪ Contagem de plaquetas (150.000 – 450.000) ▪ Tempo de coagulação EXAMES – COAGULOGRAMA Tempo de Protrombina (TAP): Monitorar a terapia com anticoagulante; avaliação de função hepática, avaliação das alteração da coagulação. Com a TAP consegue avaliar a deficiência dos fatores 7, 10 e vitamina K. *O fígado está intrinsicamente relacionado com a nossa coagulação, pois as nossas plaquetas são produzidas no fígado. Então quando temos uma plaquetopenia, uma baixa de plaquetas, e temos que lembrar do fígado Tempo de Trombina (TT): Velocidade com que um coágulo se @putz.luiza forma. Detectar deficiências ou defeitos de fibrinogênio. TTP ativado: É indicado nos casos em que há uma tendencia à hemorragia, antes de intervenções cirúrgicas e no controle de terapêutica anticoagulante pela heparina. Tempo de tromboplastina parcial: Detecta deficiência do fibrinogênio, favores: 5, 8, 9, 10, 11 e 12. Fibrinogênio: É uma proteína de coagulação (fator I) que é produzida pelo fígado. Proteína de fase aguda, porque a concentração no sague aumenta rapidamente em processos inflamatórios e neoplásticos. JEJUM DO PACIENTE PELO MENOS 4 HORAS PARA PODER MEDIR OS MARCADORES CITADOS ACIMA *Ficar de olho em pacientes que as plaquetas estão baixas, tem que ficar de olho, pois em alguns casos existem a suplementação de OMEGA 3. E o ômega 3 é anticoagulante e caso o paciente já use medicamentos anticoagulantes ou ele já tenha tendencia a ter hemorragia, tem que tem cuidado com o uso do ÔMEGA 3 *Se o paciente tiver trombofilia ou que tenha tendencia a ter trombose tem que suplementar o ÔMEGA 3 pois ele vai otimizar/potencializar e evitar a formação de um trombo. *Retirar o ômega 3 antes de fazer cirurgias, para evitar a coagulação. EXAMES NA DESNUTRIÇÃO Proteínas Totais: • Aumento Hipergamaglobulinemias (inflamação) Estados hipovolêmicos (perda de sangue) • Diminuição PT → DPE Síntese hepática reduzida, aumento no catabolismo, transferência para pool extravascular, variações do estado de hidratação, carência por zinco. *Quando se tem alterações de proteínas totais, uma diminuição nesta fração. Se estiver baixo pode significar depleção proteica. Albumina: Proteína mais abundante circulante do plasma e dos líquidos extracelulares. Tem importância na determinação da pressão colóido-osmótica do plasma. Transporte de Ca, Cu, AGCL, esteroides, remédios etc. Vai avaliar o estado nutricional e a função hepática. A albumina é um marcador de paciente crítico. Com o aumento da albumina tem-se desidratação e infusões de albumina. Já com a diminuição uma desnutrição, síndromes de má absorção, hipertireoidismo, gravidez, doenças hepáticas, neoplasias, infecções, edema ascite, queimaduras, traumatismo etc. @putz.luiza PRÉ-ALBUMINA → Ela transporta hormônios da tireoide, mas geralmente é saturada com a proteína carreadora de retinol e com a vitamina A. PROTEÍNA TRASNPORTADORA DE RETINOL. → Ela transporta a vitamina A na forma de retinol. Transporta vitamina A dos hepatócitos para todos os tecidos, então consequentemente vai medir a falta de vitamina A, doenças hepáticas e falta de zinco. HIPERPROTEINEMIA Vomito e diarreia intensos, doença de Addison, acidose diabética, mieloma múltiplo, LES, cirrose hepática. HIPOPROTEINEMIA Enfermidades hepáticas, síndrome nefrótica, desnutrição grave, hiper- hidratação. EXAMES DA INFLAMAÇÃO PROTEÍNA C-REATIVA É uma proteína de fase aguda pelos hepatócitos, induzida pela liberação de interleucina 1 e 6 (inflamação no corpo), que reflete a ativação de inflamação sistêmica. Indicação aumentada em: doenças inflamatórias, lesão ou necrose tecidual (queimaduras, traumatismo, após cirurgia, infarto etc. Não aumenta em: Doenças imunes, gravidez, asma, rejeição de transplante, convulsões e angina. VELOCIDADE DE HEMOSSEDIMENTAÇÃO(VHS): Mede o grau de sedimentação de glóbulos vermelhos em uma amostra de sangue durante um período específico. *A proteína cr é mais sensível do que o VSH, assim não é tão utilizado. OUTROS EXAMES: ▪ Fosfatase alcalina: É um marcador que tem hepático do ducto biliar hepático, então marca também inflamação. É um dos marcadores para saber se as funções hepáticas biliares estão boas. ▪ Lactato desidrogenase: Em relação ao musculo para saber se tem uma inflamação, alguma lesão. Dessa forma a lactato desidrogenase vai aparecer. ▪ Creatina Fosfoquinase: CK e CPK: Vão marcar lesão muscular. CKMB: Vai ser no musculo cardíaco Também tem tanto a parte cerebral como pulmonar, que podem marcar risco de uma embolia da creatina Fosfoquinase, como também de um AVC @putz.luiza *Para quem treina o CPK sempre vai estar alto, por isso para fazer os exames de CK e CPK tem que deixar de fazer exames por 48 horas. GLICEMIA Auxilia no diagnóstico de alterações dos níveis de glicose no sangue. Teste Oral de Tolerância à glicose (TOTG): Permite verificar o quanto a glicose aumenta no sangue após a ingestão de uma solução contendo um tipo especial de açúcar (glicose). Primeiramente se tem a primeira coleta do paciente, que é quando ele vai estar em jejum, faz se a coleta do sangue em jejum, depois vem a primeira dosagem da glicose. 1 ou mais coletas de sangue para novas dosagens da glicose. *É um exame que prediz se o indivíduo está com diabetes ou não. Pois a glicemia quando tomamos em jejum tem que estar normal. Então quando tomar em média depois de duas horas a glicemia tem que estar abaixo de 140, a glicemia tem que cair e não permanecer aumentada. CURVA GLICEMICA E CURVA GLICO-INSULINEMICA. As curvas glicêmica e glico-insulinêmica são as curvas que vão medir tanto a insulina quanto a glicemia. É importante pedir a glico-insulinêmica pois vai dar para checar junto com a glicose se a insulina também está aumentando ou diminuindo. Checar também se não está tendo uma resistência à insulina. HEMOGLOBINA GLICOSILADA (HBG) É quando se tem uma reação de glicação ou de glicosilação entre o aminoácido valina que está na hemácia, ele se liga ao açúcar não redutor que é a glicose. *Muita glicose entrando no sangue, que acaba não conseguindo entrar na célula. A hemácia circulante, existe a valina dentro dessa hemácia então a glicose GLICA, neste aminoácido e acaba se ligando nessa hemácia. É um preditor muito bom em até 3 meses, pois o tempo de meia vida de uma hemácia é de 3 meses, conseguindo dizer como está o comportamento alimentar daquele indivíduo. *Na hemoglobina glicada, temos a hemácia e temos a valina (um aminoácido) que se liga à glicose, chamando assim de reação de reação. GLICEMIA CAPILAR É a glicemia que se mede na hora. Antes, durante ou após os exercícios. É aplicado quando se tem uma suspeita de hipo ou hiperglicemia. Não é utilizado para determinação de DM2, apenas para o CONTROLE. @putz.luiza *Bom recomendar pedir a de insulina também, pois a insulina de jejum diz como que o pâncreas está atuando. Então pedindo a glicemia de jejum junto com a de insulina, dá para predizer como que o paciente está atuando. *A insulina de jejum vai até dois e meio até vinte e quatro. Então quando o paciente está com os níveis chegando já em 10/13/15 já é bom ficar em alerta. Não pode deixar chegar em 24, pois uma insulina de jejum boa é quando está em torno de 4/6/7, pois o pâncreas vai liberar pouca insulina para manter uma glicemia de 80. Então não adianta a insulina estar em 24 e a glicose estar 80, pois o pâncreas vai estar trabalhando/liberando muita insulina à muito custo para manter 80 no sangue. Então a resistência insulínica já é considerada subclínica e se não ter um cuidado o indivíduo vai estar diabético. Dá para reverter com alimentação, a alimentação vai conseguir diminuir essa glicose e conseguir diminuir a quantidade dele, então não precisa liberar tanta insulina para manter a glicemia. FRUTOSAMINA É semelhante à hemoglobina glicada a diferença é que é realizado com a frutose. É muito utilizado para acompanhamento clínico do diabético, associado ou não ao exame do HbG. Vai avaliar o controle metabólico dos níveis glicêmicos 2 a 3 semanas anteriores ao teste. VALOR DE REFERÊNCIA: 205 a 285. EXAMES PARA DISLIPIDEMIAS São os: Triglicerídeos, colesterol total, HDL, LDL, VDL. Quando for passar um exame de sangue não dá para ultrapassar de 12 a 14 horas. Exame de triglicérides: É exame de reconhecimento e tratamento das hiperlipoproteinemias, ou seja, de um aumento dessas lipoproteínas. Vai constituir as principais frações dos quilomícrons das VLDL e pequena parte das IDL presentes no plasma sanguíneo. *VLDL é o quilomícron precursor para a formação de LDL. *O VLDL se transforma em IDL, o IDL tem um tempo de vida muito curto e se transforma em LDL. O LDL é um dos marcadores que temos no sangue, que seria a “fração ruim” do nosso colesterol. Pois o LDL tem o papel de tirar gordura do fígado e colocar nos tecidos, sendo um risco cardiovascular. *O HDL retira das artérias para colocar nos tecidos, para colocar novamente no fígado para metabolizar. O triglicérides vão ser influenciado pelo hábitos dietéticos recentes, consumo de álcool, variação de peso corpora, exercício físico. @putz.luiza Exame de colesterol: Vai avaliar o risco para o desenvolvimento das doenças arterial coronariana. Vão compor principalmente LDL. ▪ Hipercolesterolemia: Vai se dividir em vários tipos de doenças, podendo ser genética ou não. Hipercolesterolemia familiar, aterosclerose, DM, síndrome nefrótica, hipotireoidismo, doenças colestáticas do fígado. A concentração de colesterol pode ser influenciada por: Dieta, exercícios físicos, idade, sexo, raça. O nível de colesterol sérico, junto com a hipertensão e o diabetes e o fumo são fortes fatores de risco de aterosclerose e doença arterial coronariana. COLESTEROL HDL E LDL HDL: É ação protetora contra a doença arterial coronariana, pois atuam especialmente no retorno do colesterol dos tecidos periféricos para o fígado, por isso o HDL tem que estar em maior quantidade. LDL: São proteínas mais aterogênicas, então o LDL leva o colesterol que está no fígado para os tecidos. E não é bom os níveis estarem altos pois acaba o risco de aterosclerose coronariana, ou seja, um infarto. O LDL quando vem em nosso exame é calculado pela diferença entre colesterol total – o HDL – o valor de triglicerídeos ÷ 5 *Quando temos pacientes com hipergliceridemia, ou seja, valores acima de 400, ou temos uma hepatopatia colestática crônica, DM e síndrome nefrótica. O ideal é que seja avisado para o laboratório, para fazerem a medição direta, porque o laboratório faria por diferença e o resultado vai ser errado. ▪ Dieta influencia nesses exames? Sim. Temos que manter o hábito alimentar para fazer os exames. Manter dieta habitual, estado metabólico e massa corpórea estáveis por pelo menos 2 semanas antes da realização do exame. Evitar a ingestão de álcool e de gordura em excesso, além de atividade física intensa nas 24 a 72 horas que antecedem a coleta de sangue. @putz.luiza PERFIL HEPÁTICO Vai avaliar as alterações hepatocelulares e hepatobiliares. Exames do perfil hepático AST E ALT, que são os TGO e TGP. Quando se tem uma alteração em TGO e TGP e GGT, indica uma alteração no fígado. Então se der normal em AST E ALT, o problema é no fígado. Mas se TGP e TGO der alterado não pode predizer que o problema é no fígado, pois TGO que está presente no musculocardíaco, então as vezes é necessário pedir um CPK, CK para saber se tem alguma lesão esquelética, ou um CKMB para saber se tem alguma lesão cardíaca, para realmente predizer se foi no fígado ou se foi no coração ou se foi por exemplo no musculo esquelético. O principal marcador hepático é o GGT. GGT: Vai estar envolvido com o metabolismo do álcool. O GGT está indicado em doenças inflamatórias e lesão hepática e está significativamente elevada nas doenças obstrutivas das vias biliares. Tem sido recomendada como método de triagem para o alcoolismo. Fosfatase Alcalina: Totalmente excretada pela bile, marcador importante para processos obstrutivos hepáticos. Marcar se tem uma obstrução ou não. Bilirrubinas: Avalia as icterícias e doenças hepáticas obstrutivas. Só se pede o exame se vermos que o paciente está com problema hepático biliar ou até mesmo pancreático. ▪ B. Direta: Vai avaliar a integridade fisiológica do hepatócitos e da permeabilidade das vias biliares intra e extra-hepáticas, doenças hereditárias, dano celular hepático. ▪ B. Indireta: Vai avaliar a capacidade de depuração do fígado. Estão ligados a captação e/ou conjugação hepática, doenças hemolíticas. ▪ B. Total: Vai estar correlacionado com doença hepatocelular e pancreática. PROVAS DE FUNÇÃO RENAL Ureia Sérica Creatinina Sérica Ácido Úrico Sérico Exame de Uréia: Ureia vai avaliar a função renal, ela é sintetizada pelo fígado. As vezes a ureia pode estar elevada e não é por conta do excesso de proteína, pode ser por conta da desidratação. É sintetizada no fígado a partir do catabolismo das proteínas e excretado pelos rins. @putz.luiza Exame de uremia: ▪ Uremia Pré-renal: Quando se tem a ureia elevada antes de ter uma doença renal, pode estar correlacionado com doenças como: Hemorragia gastrointestinal, hemorragias, ICC grave, dieta rica em proteínas, febre, hemorragia gastrointestinal etc. ▪ Uremia Renal: Vai estar relacionado a doença aguda ou crônica (glomérulo nefrite). ▪ Uremia Pós-renal: Pode ser por conta de obstruções do trato urinário (cálculos). ▪ Valores diminuídos na uréia: Hepatopatia grave. CREATININA É excretado na urina derivada da hidrólise não-enzimática irreversível da creatina e da fosfocreatina. Se a creatinina está mais baixa e a taxa de filtração glomerular está alta quer dizer que o rim está filtrando bem. E ao contrário o rim vai forçar muito para filtrar e não é bom. Pode ser avaliada no soro e em outros líquidos biológicos (urina) Hipercreatinemia: ▪ Hipercreatinemia Pré-renal: Doenças e lesões musculares, acidose diabética, uso excessivo de diuréticos, ICC. ▪ Hipercreatinemia renal: Doenças renais (lesões glomerulares e tubulares). ▪ Hipercreatinemia pós-renal: Obstruções do trato urinário (hipertrofia prostática e compressões dos ureteres). EXAMES DE ÁCIDO ÚRICO Vai avaliar a função renal e condições metabólicas como gota. É um composto derivado do catabolismo das purinas (adenina e guanina) Muita frutose aumenta o ácido úrico. Está diretamente associado a dieta, sexo, obesidade e classe social. Hiperuricemia: Podem ser causadas por Gota, doenças renais (IRC), drogas (diuréticos benzotiazídicos), álcool, exercícios intensos, toxemia da gravidez e DM (cetoacidose) Também por: Síndromes mieloproliderativas, leucemia linfocítica crônica, mieloma, psoríase etc. Terapia com drogas citotóxicas, obesidade, cardiopatias aterosclerótica, diabete mellitus, hipertensão arterial. URIANÁLISE Importante na interpretação clínica. Vai ser para avaliar a cor, pH, densidade, saber se existe alguma infecção. @putz.luiza HORMÔNIOS DA TIREÓIDE TSH E TRH. T3 E T4 TSH – Hormônio tireoestimulante. Produz T3 e T4. Para ter a formação de T3 e T4 é necessário IODO e para se ter a reação do T4 perdendo um iodo para se transformar em T3, vai existir uma reação deiodinase, o corpo preciso tanto de iodo que vai ser necessário também o selênio, pois existe uma enzima chamada seleniometionina e tanto como IODO e tanto SELÊNIO são importantes para a atividade tireóidea.