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@putz.luiza 
Bioquímicos 
ATUAÇÃO PROFISSIONAL 
Resolução CFN N° 306/2003: Dispõe 
sobre solicitação de exames 
laboratoriais na área de nutrição 
clínica. (“Diário das leis - Dispõe sobre 
solicitação de exames laboratoriais na 
...”) 
INTRODUÇÃO 
Os testes de avaliação nutricional 
fornecem grande parte de dados 
objetivos, e é de grande importância na 
identificação de alterações nutricionais. 
Vão existir fatores que podem interferir 
e limitar a interpretação dos dados 
obtidos. 
▪ Interpretação de testes únicos, 
isolados, sem considerar outros 
parâmetros de avaliação 
nutricional; 
Caso o paciente tenha alguma 
alteração por exemplo em um 
marcador cancerígeno e o restante dos 
resultados estão tudo normal e 
clinicamente está tudo normal, e 
porque o marcador cancerígeno deu 
alterado, nós como nutricionista não 
podemos predizer que esse indivíduo 
tem câncer ou tumor. 
Não podemos pegar um item isolado, 
um parâmetro isolado para poder 
determinar o diagnóstico do indivíduo, 
para podermos predizer algo é 
necessária uma análise em conjunto. 
▪ Idade, sexo, estado fisiológico e 
condições ambientais; 
▪ Fatores não-nutricionais, tais como 
drogas, estresse e injúria; 
Neste caso podemos citar os 
medicamentos. Pois a substância pode 
interferir em tais resultados. 
▪ Sensibilidade do método, 
especificidade e reprodutibilidade; 
▪ Efeitos do medicamento. 
COLETA DE MATERIAL 
BIOLÓGICO 
 Sangue 
 Urina 
 Fezes 
 Liquor 
 Esperma 
 Secreções 
HEMATOLOGIA 
 Eritrograma: Avalia a parte da série 
vermelha do sangue. 
 Leucograma: Exame que avalia a 
parte da série branca do sangue. A 
série branca é a série de defesa 
 Coagulograma: Conjunto de 
exames que são responsáveis pela 
análise de alterações da coagulação 
do sangue humano. 
@putz.luiza 
 
O QUE É ERITRÓCITOS? 
Conhecido como hemácia jovem ou são 
chamados de glóbulos vermelhos. 
Quando o eritrócito perde o núcleo, ele 
é chamado de hemácia. 
HEMATOPOIESE/HEMOPOESE 
É o processo em que são formadas as 
células do sangue. 
A porção celular do sangue é composta 
por leucócitos, eritrócitos e plaquetas. 
 
 
DIVISÃO 
 
 Hemácias (45%): Eritrócitos 
 Leucócitos (Glóbulos Brancos e 
plaquetas) <1%: Leucócitos 
neutrófilo, leucócito basófilo, 
leucócito eosinófilo, linfócito, 
monócito e plaquetas. 
 Plasma (55%). 
*Hemoglobina é responsável por se 
ligar ao oxigênio e se ligar ao ferro. Por 
isso quando a gente tem um anemia 
ferropriva, se tem um déficit de 
atenção, sono, fadiga. Pois não temos 
ferro o suficiente ligada suficiente na 
hemoglobina para se ligar ao oxigênio. 
ERITROGRAMA 
O Eritrograma é responsável por avaliar 
os eritrócitos. É verificado o tamanho, 
formato, intensidade de cor e 
quantidade de hemoglobina que cada 
eritrócito possui. 
Tipo de classificação de anemia: 
 Quanto ao tamanho da hemácia; 
 Quanto à quantidade de 
hemoglobina. 
 Hemoglobina transporte de O2; 
 Hemácias: 
H: 4,7 – 6,0 e M: 4,2 – 5,4 x 106 mm³ 
 Hematócrito Volume globular 
(célula por volume de sangue) %. 
 
ÍNDICES HEMATIMÉTRICOS 
 VCM – Volume Corpuscular Médio: 
Avalia o tamanho médio das 
hemácias. 
Se for falar de VCM falamos de 
microcítica e macrocítica. 
@putz.luiza 
 HCM – Hemoglobina Corpuscular 
Média: Avalia a concentração de 
hemoglobina nas hemácias. 
Vai estar entre VCM e CHCM, vai ser 
para confirmar o VCM. 
Quando se tem uma anemia ferropriva 
tem-se uma hemácia microcítica e 
hipocrômica, ou sejam ela vai estar 
pequena e com pouca cor. 
Se tem pouca hemoglobina, tem pouco 
ferro circulante e provavelmente ela vai 
estar baixa. 
 CHCM – Concentração de 
hemoglobina corpuscular média: 
Avalia a porcentagem de 
hemoglobina em 100mL de 
hemácias, ou seja, reflete a 
concentração de hemoglobina 
dentro de uma hemácia. 
Com os valores de HCM e CHCM, 
consegue-se identificar a quantidade de 
hemoglobina dentro da hemácia e 
saber se ela é: Hipocromia, 
Normocromia e Hipercromia. 
Cromo: Cor. 
Hipo: Diminuída. 
Hiper: Aumentada. 
ANOMALIA DAS HEMÁCIAS 
 Presença de reticulócitos; 
 Alteração da forma: Esferócitos, 
ovalócitos, falciforme ... 
 Alteração na cor: Hipocromia. 
 Alteração no tamanho: 
microcitose, macrocitose. 
→ Índice de Anisocitose 
RDW: É o coeficiente de variação do 
tamanho dos eritrócitos. 
Baixo: Talassemia menor, anemia 
aplásica. 
Alto: Deficiência de ferro, anemia 
falciforme, deficiência de vitamina B12 
e folato, alcoolismo etc. 
TIPOS DE ANEMIA 
 Anemia Normocítica: VCM e CHCM 
estão normais. Perda recente de 
sangue (anemia hemolítica, 
aplásica, mielotiscias e as 
nefrogenicas). 
Não varia o tamanho da hemácia e nem 
a cor, apenas tem-se uma diminuição 
na quantidade de hemácias. 
 Anemia Microcítica – Hipocrômica: 
Tem-se uma variação no VCM e 
CHCM, então tem uma diminuição 
do tamanho e diminuição da cor. 
Consequentemente tem uma 
deficiência de ferro por hemorragias 
prévias, ferroprivas, dieta insuficiente, 
má absorção, defeito no transporte 
plasmático, hemocromatose, 
insuficiência na síntese de globina. 
 Anemia macrocítica – 
megaloblástica: 
Tem-se uma alteração de tamanho e 
indica uma deficiência de B12 e pode 
ser por conta de uma má absorção 
intestinal, por conta de um paciente 
bariátrico. 
Por conta de não ter fator intrínseco no 
estomago não tem produção pelo ácido 
e não tem absorção de vitamina B12 no 
íleo. 
*Uso prolongado de metformina 
depleta vitamina B12, podendo 
suplementar via sublingual ou então 
injetável. 
@putz.luiza 
A deficiência também de ácido fólico – 
Dieta e má absorção intestinal, ou 
então interação medicamentosa 
(metotrezano, trimetoprima etc.); 
Necessidades aumentadas pela 
gravidez podem ocasionar uma anemia. 
Quando o bebê está requerendo tanto 
o ácido fólico e B12 e caso não de 
suplementação a mãe pode ter a 
anemia. 
 Anemia Não Megaloblástica: 
São as anemias hiper regenerativas ou 
ocasionadas pela deficiência de 
vitamina C ou B (escorbuto e pelagra). 
*Vitamina C é importante para a 
formação de glóbulos 
brancos/leucócitos, glutamina, 
vitamina D, zinco, arginina ... Ajudam 
na maturação de linfócitos B e T, então 
precisamos dessas vitaminas e 
minerais para conseguir ter essa 
formação de maturação. 
Geralmente as proteínas/AA vão 
formar esses leucócitos. 
*Melhores formas de suplementos são 
os quelados ou quelatos porque para a 
absorção é melhor, então vem ligados 
a aminoácidos. Exemplo: Ferro junto 
com um aminoácido. 
*Então passa intacto ao estomago e 
chegando ao intestino se quebra e 
absorvemos o ferro e o aminoácido. 
*O sulfato ferroso não é bom pois é 
um sal e chegando ao estomago já é 
ionizado e já perde parte do sulfato e 
do ferro. Chegando no intestino o 
sulfato fica sozinho, provocando 
constipação e o ferro restante vai ser 
absorvido. 
*Então a melhor forma de 
suplementação de minerais e 
vitaminas é quando elas estão 
queladas. 
*Vitaminas hidrossolúveis o excesso é 
eliminado. 
IMPORTANTE 
 Ferropriva: 
Incapacidade do tecido eritropoético 
em manter a concentração normal de 
hemoglobina devido ao suprimento 
inadequado de ferro. 
Exames para saber se tem uma anemia 
ferropriva: Com ferro sérico (ferro 
circulante) e ferritina sérica (estoque 
de ferro no fígado). 
 Vitamina B12 (Cianocobalamina): 
Problemas hereditários, deficiência 
do fator intrínseco e alterações que 
envolvem o íleo. 
 Ácido Fólico: Deficiência de ácido 
fólico ou por algum fator que 
interfira no metabolismo do ácido 
fólico, como alcoolismo e fármacos 
(anticonvulsivantes). 
ANEMINA POR DEFICIENCIA DE 
FERRO 
 Ferritina 
Glicoproteína que armazena de 20 a 
25% do ferro do organismo. 
Marcador de inflamação 
Então é necessário passar um quelante 
de ferro para diminuir a ferritina. Para 
desinflamar o paciente. 
 VR:Mulheres – 10 – 291 ng/mL 
@putz.luiza 
Homens - 22 – 322ng/mL 
Deficiência de Ferro: <34ng/mL 
 Transferrina (também para 
desnutrição proteica) 
Transporta moléculas de ferro 
circulantes e é um diagnostico 
diferencial de anemias. 
Aumentado: Hemocromatose, 
Hemossiderose, talassemia, ingestão de 
ferro. 
Diminuído: Anemia ferropriva e de 
infecções ou doenças crônicas. 
A Transferrina é o transportador de 
ferro. A Transferrina ela encaixa o 
ferro, para transportar só que o ferro 
ele só consegue ter um encaixe perfeito 
se tiver o cobre. Se não tiver o cobre, o 
ferro não se encaixa ou se estiver 
saturando demais, ou seja, se tiver 
cobre de mais o ferro não vai encaixar 
pois o cobre vai cobrir todo o 
transportador. Então vai ser necessário 
um equilíbrio entre cobre, ferro e zinco. 
*Sempre que for suplementar tem que 
ter um proporção de funcionabilidade 
de zinco para cobre. 15 de zinco para 1 
de cobre. 
CTCF: Capacidade total de combinação 
com o ferro. Que é quanto que o 
transportador consegue se ligar ao 
ferro 
Saturação de Transferrina: Vai 
diferenciar as causas comuns da 
anemia. 
A saturação é o quanto o ferro tem a 
capacidade de se ligar no 
transportador. Se eu tenho muito ou 
pouco, ou seja, se a Transferrina está 
saturada ou não. 
 
ANEMIA POR DEFICIÊNCIA DE 
FERRO 
É a anemia que tende a ser hipocrômica 
microcítica (VCM e CHCM diminuídos) 
e, geralmente, precedia pelo aumento 
do RDW (anisocitose). O número de 
reticulócitos é normal ou pouco 
aumentado. O ferro sérico é diminuído; 
a capacidade total de ligação ao ferro 
aumentada e a saturação da 
transferrina reduzida. 
LEUCOGRAMA 
São os leucócitos e quando se tem o 
aumento de leucócitos se chama 
leucocitose que significa processos 
inflamatórios, infeccioso e leucemia. 
E quando se tem uma baixa dos 
leucócitos se tem uma leucopenia que 
significa uma deficiência da vitamina A, 
depressão dos tecidos leucopoiéticos 
por infecção, uso de medicamentos. 
A série branca é a série de DEFESA. 
Sempre que tiver o sufixo OSE/ILIA vai 
ser alta. 
E sempre que tiver o sufixo ENIA vai ser 
baixa. 
GRANULÓCITOS OU 
POLIMORFONUCLEARES: 
 NEUTRÓFILOS: 
Neutrofilia – Se tem infecções por 
bactéria, intoxicações, necrose tecidual. 
Aumento de neutrófilos 
Neutropenia – Depressão do tecido 
mielopoiético por infecção (toxinas 
bacterianas) ou viral; drogas e 
@putz.luiza 
substâncias químicas; doenças 
hematopoiéticas. 
Sempre que neutrófilos está baixo 
geralmente é infecção viral e 
geralmente se ele estiver alto é 
infecção bacteriana. 
 EOSINÓFILOS: 
Eosinofilia: Reações alérgicas e por 
infecções de parasitos, micoses, alguns 
tumores. 
Eosinofilopenia: Anemia perniciosa. 
Se correlaciona com anemia. 
 BASÓFILOS: 
Basofilia: Reações alérgicas, necrose, 
relação ionizante etc. 
Pode se ter algum problema a nível de 
inflamação. 
Basofilopenia: Anemia perniciosa, 
gravidez, hipertireoidismo, 
glicocorticoides. 
 LINFÓCITOS: 
Linfocitose: Infecção por vírus, doença 
de Crohn, retocolite ulcerativa, 
hipersensibilidade medicamentosa etc. 
Linfocitopenia: Doenças infecciosas 
agudas, quimioterapia, corticosteroides 
(síndrome de Cushing), LES, 
insuficiência renal. 
 MONÓCITOS: 
Monocitose: Infecção por protozoário e 
na leucemia monocítica, linfomas 
malignos etc. 
Monocitopenia: Processos sépticos e 
nas leucemias mieloide e linfoide. 
Leucemia – SÉRIA BRANCA 
É algum defeito na medula óssea. 
Anemia – SÉRIE VERMELHA 
COAGULOGRAMA 
 Plaquetas: Fragmento discóide 
anucleado do citoplasma 
megacariócito. 
Não tem núcleo, célula sem núcleo. 
 Coagulação: Processo fisiológico 
que leva à formação de rede de 
filamentos de fibrina. 
A casquinha do machucado é uma rede 
de fibrina, a cicatriz. Para se formar 
essa cicatriz é necessário coagular, ter 
plaquetas. 
 Exames: 
▪ Contagem de plaquetas 
(150.000 – 450.000) 
▪ Tempo de coagulação 
EXAMES – COAGULOGRAMA 
 Tempo de Protrombina (TAP): 
Monitorar a terapia com 
anticoagulante; avaliação de função 
hepática, avaliação das alteração da 
coagulação. 
Com a TAP consegue avaliar a 
deficiência dos fatores 7, 10 e 
vitamina K. 
 
*O fígado está intrinsicamente 
relacionado com a nossa 
coagulação, pois as nossas 
plaquetas são produzidas no 
fígado. Então quando temos uma 
plaquetopenia, uma baixa de 
plaquetas, e temos que lembrar do 
fígado 
 
 Tempo de Trombina (TT): 
Velocidade com que um coágulo se 
@putz.luiza 
forma. Detectar deficiências ou 
defeitos de fibrinogênio. 
 TTP ativado: 
É indicado nos casos em que há 
uma tendencia à hemorragia, antes 
de intervenções cirúrgicas e no 
controle de terapêutica 
anticoagulante pela heparina. 
 Tempo de tromboplastina parcial: 
Detecta deficiência do fibrinogênio, 
favores: 5, 8, 9, 10, 11 e 12. 
 Fibrinogênio: 
É uma proteína de coagulação 
(fator I) que é produzida pelo 
fígado. Proteína de fase aguda, 
porque a concentração no sague 
aumenta rapidamente em 
processos inflamatórios e 
neoplásticos. 
 
JEJUM DO PACIENTE PELO MENOS 
4 HORAS PARA PODER MEDIR OS 
MARCADORES CITADOS ACIMA 
*Ficar de olho em pacientes que as 
plaquetas estão baixas, tem que ficar 
de olho, pois em alguns casos existem 
a suplementação de OMEGA 3. E o 
ômega 3 é anticoagulante e caso o 
paciente já use medicamentos 
anticoagulantes ou ele já tenha 
tendencia a ter hemorragia, tem que 
tem cuidado com o uso do ÔMEGA 3 
*Se o paciente tiver trombofilia ou que 
tenha tendencia a ter trombose tem 
que suplementar o ÔMEGA 3 pois ele 
vai otimizar/potencializar e evitar a 
formação de um trombo. 
*Retirar o ômega 3 antes de fazer 
cirurgias, para evitar a coagulação. 
 
 
EXAMES NA DESNUTRIÇÃO 
 Proteínas Totais: 
 
• Aumento 
Hipergamaglobulinemias 
(inflamação) 
Estados hipovolêmicos (perda de 
sangue) 
• Diminuição PT → DPE 
Síntese hepática reduzida, aumento 
no catabolismo, transferência para 
pool extravascular, variações do 
estado de hidratação, carência por 
zinco. 
*Quando se tem alterações de 
proteínas totais, uma diminuição 
nesta fração. Se estiver baixo pode 
significar depleção proteica. 
 Albumina: 
Proteína mais abundante circulante do 
plasma e dos líquidos extracelulares. 
Tem importância na determinação da 
pressão colóido-osmótica do plasma. 
Transporte de Ca, Cu, AGCL, esteroides, 
remédios etc. 
Vai avaliar o estado nutricional e a 
função hepática. 
A albumina é um marcador de paciente 
crítico. 
Com o aumento da albumina tem-se 
desidratação e infusões de albumina. 
Já com a diminuição uma desnutrição, 
síndromes de má absorção, 
hipertireoidismo, gravidez, doenças 
hepáticas, neoplasias, infecções, edema 
ascite, queimaduras, traumatismo etc. 
@putz.luiza 
PRÉ-ALBUMINA 
 → Ela transporta hormônios da 
tireoide, mas geralmente é saturada 
com a proteína carreadora de retinol e 
com a vitamina A. 
PROTEÍNA TRASNPORTADORA DE 
RETINOL. 
→ Ela transporta a vitamina A na forma 
de retinol. 
Transporta vitamina A dos hepatócitos 
para todos os tecidos, então 
consequentemente vai medir a falta de 
vitamina A, doenças hepáticas e falta 
de zinco. 
 HIPERPROTEINEMIA 
Vomito e diarreia intensos, doença de 
Addison, acidose diabética, mieloma 
múltiplo, LES, cirrose hepática. 
 HIPOPROTEINEMIA 
Enfermidades hepáticas, síndrome 
nefrótica, desnutrição grave, hiper-
hidratação. 
EXAMES DA INFLAMAÇÃO 
 PROTEÍNA C-REATIVA 
É uma proteína de fase aguda pelos 
hepatócitos, induzida pela liberação de 
interleucina 1 e 6 (inflamação no 
corpo), que reflete a ativação de 
inflamação sistêmica. 
Indicação aumentada em: doenças 
inflamatórias, lesão ou necrose tecidual 
(queimaduras, traumatismo, após 
cirurgia, infarto etc. 
Não aumenta em: Doenças imunes, 
gravidez, asma, rejeição de transplante, 
convulsões e angina. 
 VELOCIDADE DE 
HEMOSSEDIMENTAÇÃO(VHS): 
Mede o grau de 
sedimentação de glóbulos 
vermelhos em uma amostra 
de sangue durante um 
período específico. 
 
*A proteína cr é mais 
sensível do que o VSH, 
assim não é tão utilizado. 
 
 OUTROS EXAMES: 
 
▪ Fosfatase alcalina: 
É um marcador que tem 
hepático do ducto biliar 
hepático, então marca 
também inflamação. É um 
dos marcadores para saber 
se as funções hepáticas 
biliares estão boas. 
 
▪ Lactato desidrogenase: 
Em relação ao musculo para 
saber se tem uma 
inflamação, alguma lesão. 
Dessa forma a lactato 
desidrogenase vai aparecer. 
▪ Creatina Fosfoquinase: 
CK e CPK: Vão marcar lesão 
muscular. 
CKMB: Vai ser no musculo 
cardíaco 
Também tem tanto a parte 
cerebral como pulmonar, 
que podem marcar risco de 
uma embolia da creatina 
Fosfoquinase, como 
também de um AVC 
@putz.luiza 
*Para quem treina o CPK sempre vai 
estar alto, por isso para fazer os 
exames de CK e CPK tem que deixar de 
fazer exames por 48 horas. 
GLICEMIA 
Auxilia no diagnóstico de alterações 
dos níveis de glicose no sangue. 
 
 Teste Oral de Tolerância à glicose 
(TOTG): 
Permite verificar o quanto a glicose 
aumenta no sangue após a ingestão de 
uma solução contendo um tipo especial 
de açúcar (glicose). 
Primeiramente se tem a primeira coleta 
do paciente, que é quando ele vai estar 
em jejum, faz se a coleta do sangue em 
jejum, depois vem a primeira dosagem 
da glicose. 
1 ou mais coletas de sangue para novas 
dosagens da glicose. 
*É um exame que prediz se o indivíduo 
está com diabetes ou não. Pois a 
glicemia quando tomamos em jejum 
tem que estar normal. Então quando 
tomar em média depois de duas horas 
a glicemia tem que estar abaixo de 
140, a glicemia tem que cair e não 
permanecer aumentada. 
CURVA GLICEMICA E CURVA 
GLICO-INSULINEMICA. 
As curvas glicêmica e glico-insulinêmica 
são as curvas que vão medir tanto a 
insulina quanto a glicemia. 
É importante pedir a glico-insulinêmica 
pois vai dar para checar junto com a 
glicose se a insulina também está 
aumentando ou diminuindo. Checar 
também se não está tendo uma 
resistência à insulina. 
HEMOGLOBINA GLICOSILADA 
(HBG) 
É quando se tem uma reação de 
glicação ou de glicosilação entre o 
aminoácido valina que está na hemácia, 
ele se liga ao açúcar não redutor que é 
a glicose. 
*Muita glicose entrando no sangue, 
que acaba não conseguindo entrar na 
célula. A hemácia circulante, existe a 
valina dentro dessa hemácia então a 
glicose GLICA, neste aminoácido e 
acaba se ligando nessa hemácia. É um 
preditor muito bom em até 3 meses, 
pois o tempo de meia vida de uma 
hemácia é de 3 meses, conseguindo 
dizer como está o comportamento 
alimentar daquele indivíduo. 
*Na hemoglobina glicada, temos a 
hemácia e temos a valina (um 
aminoácido) que se liga à glicose, 
chamando assim de reação de reação. 
GLICEMIA CAPILAR 
É a glicemia que se mede na hora. 
Antes, durante ou após os exercícios. 
É aplicado quando se tem uma suspeita 
de hipo ou hiperglicemia. 
Não é utilizado para determinação de 
DM2, apenas para o CONTROLE. 
@putz.luiza 
*Bom recomendar pedir a de insulina 
também, pois a insulina de jejum diz 
como que o pâncreas está atuando. 
Então pedindo a glicemia de jejum 
junto com a de insulina, dá para 
predizer como que o paciente está 
atuando. 
*A insulina de jejum vai até dois e 
meio até vinte e quatro. Então quando 
o paciente está com os níveis 
chegando já em 10/13/15 já é bom 
ficar em alerta. Não pode deixar 
chegar em 24, pois uma insulina de 
jejum boa é quando está em torno de 
4/6/7, pois o pâncreas vai liberar 
pouca insulina para manter uma 
glicemia de 80. 
Então não adianta a insulina estar em 
24 e a glicose estar 80, pois o pâncreas 
vai estar trabalhando/liberando muita 
insulina à muito custo para manter 80 
no sangue. Então a resistência 
insulínica já é considerada subclínica e 
se não ter um cuidado o indivíduo vai 
estar diabético. 
Dá para reverter com alimentação, a 
alimentação vai conseguir diminuir 
essa glicose e conseguir diminuir a 
quantidade dele, então não precisa 
liberar tanta insulina para manter a 
glicemia. 
FRUTOSAMINA 
É semelhante à hemoglobina glicada a 
diferença é que é realizado com a 
frutose. 
É muito utilizado para 
acompanhamento clínico do diabético, 
associado ou não ao exame do HbG. 
Vai avaliar o controle metabólico dos 
níveis glicêmicos 2 a 3 semanas 
anteriores ao teste. 
VALOR DE REFERÊNCIA: 205 a 285. 
EXAMES PARA DISLIPIDEMIAS 
São os: Triglicerídeos, colesterol total, 
HDL, LDL, VDL. 
Quando for passar um exame de 
sangue não dá para ultrapassar de 12 a 
14 horas. 
 Exame de triglicérides: 
É exame de reconhecimento e 
tratamento das hiperlipoproteinemias, 
ou seja, de um aumento dessas 
lipoproteínas. 
Vai constituir as principais frações dos 
quilomícrons das VLDL e pequena parte 
das IDL presentes no plasma sanguíneo. 
*VLDL é o quilomícron precursor para 
a formação de LDL. 
*O VLDL se transforma em IDL, o IDL 
tem um tempo de vida muito curto e 
se transforma em LDL. O LDL é um dos 
marcadores que temos no sangue, que 
seria a “fração ruim” do nosso 
colesterol. Pois o LDL tem o papel de 
tirar gordura do fígado e colocar nos 
tecidos, sendo um risco cardiovascular. 
*O HDL retira das artérias para colocar 
nos tecidos, para colocar novamente 
no fígado para metabolizar. 
O triglicérides vão ser influenciado pelo 
hábitos dietéticos recentes, consumo 
de álcool, variação de peso corpora, 
exercício físico. 
 
 
@putz.luiza 
 Exame de colesterol: 
Vai avaliar o risco para o 
desenvolvimento das doenças arterial 
coronariana. 
Vão compor principalmente LDL. 
 
▪ Hipercolesterolemia: 
Vai se dividir em vários tipos de 
doenças, podendo ser genética ou 
não. 
Hipercolesterolemia familiar, 
aterosclerose, DM, síndrome 
nefrótica, hipotireoidismo, doenças 
colestáticas do fígado. 
A concentração de colesterol pode 
ser influenciada por: Dieta, 
exercícios físicos, idade, sexo, raça. 
O nível de colesterol sérico, junto 
com a hipertensão e o diabetes e o 
fumo são fortes fatores de risco de 
aterosclerose e doença arterial 
coronariana. 
COLESTEROL HDL E LDL 
 HDL: 
É ação protetora contra a doença 
arterial coronariana, pois atuam 
especialmente no retorno do 
colesterol dos tecidos periféricos para 
o fígado, por isso o HDL tem que estar 
em maior quantidade. 
 
 
 LDL: 
São proteínas mais aterogênicas, 
então o LDL leva o colesterol que está 
no fígado para os tecidos. E não é 
bom os níveis estarem altos pois 
acaba o risco de aterosclerose 
coronariana, ou seja, um infarto. 
O LDL quando vem em nosso exame é 
calculado pela diferença entre 
colesterol total – o HDL – o valor de 
triglicerídeos ÷ 5 
*Quando temos pacientes com 
hipergliceridemia, ou seja, valores 
acima de 400, ou temos uma 
hepatopatia colestática crônica, DM 
e síndrome nefrótica. O ideal é que 
seja avisado para o laboratório, para 
fazerem a medição direta, porque o 
laboratório faria por diferença e o 
resultado vai ser errado. 
▪ Dieta influencia nesses exames? 
Sim. Temos que manter o hábito 
alimentar para fazer os exames. 
Manter dieta habitual, estado 
metabólico e massa corpórea estáveis 
por pelo menos 2 semanas antes da 
realização do exame. 
Evitar a ingestão de álcool e de 
gordura em excesso, além de 
atividade física intensa nas 24 a 72 
horas que antecedem a coleta de 
sangue. 
 
@putz.luiza 
PERFIL HEPÁTICO 
Vai avaliar as alterações 
hepatocelulares e hepatobiliares. 
 Exames do perfil hepático 
AST E ALT, que são os TGO e TGP. 
Quando se tem uma alteração em 
TGO e TGP e GGT, indica uma 
alteração no fígado. Então se der 
normal em AST E ALT, o problema é 
no fígado. 
Mas se TGP e TGO der alterado não 
pode predizer que o problema é no 
fígado, pois TGO que está presente no 
musculocardíaco, então as vezes é 
necessário pedir um CPK, CK para 
saber se tem alguma lesão 
esquelética, ou um CKMB para saber 
se tem alguma lesão cardíaca, para 
realmente predizer se foi no fígado ou 
se foi no coração ou se foi por 
exemplo no musculo esquelético. 
O principal marcador hepático é o 
GGT. 
 GGT: 
Vai estar envolvido com o 
metabolismo do álcool. 
O GGT está indicado em doenças 
inflamatórias e lesão hepática e está 
significativamente elevada nas 
doenças obstrutivas das vias biliares. 
Tem sido recomendada como método 
de triagem para o alcoolismo. 
 Fosfatase Alcalina: 
Totalmente excretada pela bile, 
marcador importante para processos 
obstrutivos hepáticos. 
Marcar se tem uma obstrução ou não. 
 Bilirrubinas: 
Avalia as icterícias e doenças hepáticas 
obstrutivas. 
Só se pede o exame se vermos que o 
paciente está com problema hepático 
biliar ou até mesmo pancreático. 
▪ B. Direta: 
Vai avaliar a integridade fisiológica do 
hepatócitos e da permeabilidade das 
vias biliares intra e extra-hepáticas, 
doenças hereditárias, dano celular 
hepático. 
▪ B. Indireta: 
Vai avaliar a capacidade de depuração 
do fígado. Estão ligados a captação 
e/ou conjugação hepática, doenças 
hemolíticas. 
▪ B. Total: 
Vai estar correlacionado com doença 
hepatocelular e pancreática. 
PROVAS DE FUNÇÃO RENAL 
Ureia Sérica 
Creatinina Sérica 
Ácido Úrico Sérico 
 Exame de Uréia: 
Ureia vai avaliar a função renal, ela é 
sintetizada pelo fígado. As vezes a ureia 
pode estar elevada e não é por conta 
do excesso de proteína, pode ser por 
conta da desidratação. 
É sintetizada no fígado a partir do 
catabolismo das proteínas e excretado 
pelos rins. 
 
 
@putz.luiza 
 Exame de uremia: 
 
▪ Uremia Pré-renal: 
Quando se tem a ureia elevada antes 
de ter uma doença renal, pode estar 
correlacionado com doenças como: 
Hemorragia gastrointestinal, 
hemorragias, ICC grave, dieta rica em 
proteínas, febre, hemorragia 
gastrointestinal etc. 
▪ Uremia Renal: 
Vai estar relacionado a doença aguda 
ou crônica (glomérulo nefrite). 
▪ Uremia Pós-renal: 
Pode ser por conta de obstruções do 
trato urinário (cálculos). 
▪ Valores diminuídos na uréia: 
Hepatopatia grave. 
CREATININA 
É excretado na urina derivada da 
hidrólise não-enzimática irreversível da 
creatina e da fosfocreatina. 
Se a creatinina está mais baixa e a taxa 
de filtração glomerular está alta quer 
dizer que o rim está filtrando bem. 
E ao contrário o rim vai forçar muito 
para filtrar e não é bom. 
Pode ser avaliada no soro e em outros 
líquidos biológicos (urina) 
 Hipercreatinemia: 
 
▪ Hipercreatinemia Pré-renal: 
Doenças e lesões musculares, acidose 
diabética, uso excessivo de diuréticos, 
ICC. 
▪ Hipercreatinemia renal: 
Doenças renais (lesões glomerulares e 
tubulares). 
▪ Hipercreatinemia pós-renal: 
Obstruções do trato urinário 
(hipertrofia prostática e compressões 
dos ureteres). 
EXAMES DE ÁCIDO ÚRICO 
Vai avaliar a função renal e condições 
metabólicas como gota. 
É um composto derivado do 
catabolismo das purinas (adenina e 
guanina) 
Muita frutose aumenta o ácido úrico. 
Está diretamente associado a dieta, 
sexo, obesidade e classe social. 
 Hiperuricemia: 
Podem ser causadas por Gota, doenças 
renais (IRC), drogas (diuréticos 
benzotiazídicos), álcool, exercícios 
intensos, toxemia da gravidez e DM 
(cetoacidose) 
Também por: Síndromes 
mieloproliderativas, leucemia linfocítica 
crônica, mieloma, psoríase etc. 
Terapia com drogas citotóxicas, 
obesidade, cardiopatias aterosclerótica, 
diabete mellitus, hipertensão arterial. 
URIANÁLISE 
Importante na interpretação clínica. 
Vai ser para avaliar a cor, pH, 
densidade, saber se existe alguma 
infecção. 
 
 
@putz.luiza 
HORMÔNIOS DA TIREÓIDE 
TSH E TRH. T3 E T4 
TSH – Hormônio tireoestimulante. 
Produz T3 e T4. 
Para ter a formação de T3 e T4 é 
necessário IODO e para se ter a reação 
do T4 perdendo um iodo para se 
transformar em T3, vai existir uma 
reação deiodinase, o corpo preciso 
tanto de iodo que vai ser necessário 
também o selênio, pois existe uma 
enzima chamada seleniometionina e 
tanto como IODO e tanto SELÊNIO são 
importantes para a atividade tireóidea.

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