Prévia do material em texto
THAYANNE GUSMÃO, GO, P6 2 TRABALHO DE PARTO PREMATURO: livro Rezende – para estudar PARTO PREMATURO: · Risco aumentado de complicações respiratórias, gastrointestinais e no neurodesenvolvimento · SIR: síndrome da angústia respiratória · Doença pulmonar crônica · Enterocolite necrosante · Hemorragia intraventricular e paralisia cerebral RECÉM- NASCIDO PRÉ TERMO (<37 semanas): · Pré-termo extremo: <28 semanas (5%) · Muito pré-termo: 28 a 30 semanas (15%) · Pré-termo precoce: 31 a 33 semanas (20%) · Pré-termo tardio: 34 a 36 semanas (60%) OBS: Termo: 37-41 semanas; Pós termo: após 41 semanas BAIXO PESO AO NASCER: · Baixo peso: <2500g · Muito baixo peso: <1500g · Baixo peso extremo: <1000g DETERMINISMO DO TRABALHO DE PARTO PREMATURO: · Contratilidade uterina (“Dor nas costas que vai para o pé da barriga”): deve ter 3 contrações. Coloca a paciente em decúbito dorsal, coloca a mão espalmada no abdômen da paciente e sente a contratura da paciente e ela deve ter as contrações · Colo apagado, consistência endurecida, mediano e com dilatação · Após a visualização da contratilidade faz o exame do toque vaginal e · Amadurecimento do colo do útero (apagamento / dilatação) · Ativação da membrana/decidual TRABALHO DE PARTO PREMATURO: · Resposta materna: aumento das citocinas e quimiocitocinas aumenta a prostaglandina, infiltração de neutrófilos aumentam a metaloproteinase que faz com que haja amadurecimento do colo uterino · Colonização bacteriana coriodecidual (endotoxinas e exotoxinas) · Resposta fetal: aumento do hormônio liberador de corticotrofina, aumento da produção de cortisol ETIOLOGIA: · Colonização bacteriana coriodecidual com liberação de endotoxinas e exotoxinas · Parto pré-termo espontâneo (25%) · RPM (45%): rotura prematura das membranas · Complicação materna/fetal (30%) FATORES DE RISCO PARA PARTO PRÉ-TERMO: · História prévia de parto pré-termo · Tabagismo · Drogas ilícitas · Estresse · Abuso físico PROCESSOS PATOLÓGICOS IMPLICADOS NO PARTO PRÉ-TERMO: · Vaginose bacteriana: corrimento fétido – deve-se colher a citologia da gestante para saber qual o agente etiológico concorre para o trabalho de parto prematuro. Como tratar? Clindamicina 300mg, VO, 2x 12/12h citologia de 16 a 22 semanas de gravidez concorre para um trabalho prematuro · Infecções maternas: pielonefrite, pneumonia, apendicite e doença periodontal · Coriomnionite · Sobredistensão uterina (fibra muscular bem distendida): malformações uterinas, polidrâmnio, gravidez gemelar · Sangramento vaginal: placenta prévia, descolamento prematuro da placenta · Insuficiência cervical: conização, dilatações cervicais repetidas AMEAÇA DE PARTO PRÉ-TERMO: · Contrações uterina rítmicas e dolorosas com frequência de 3/30 minutos, persistindo no mínimo por 1 hora PODE FAZER O EXAME DE CARDIOTOPOGRAFIA – ele capta as contrações uterina (é realizado em 40 minutos) PREVENÇÃO E TRATAMENTO: tocolítico – impede que o trabalho de parto evolua em 48h · Salbutamol · Nifedipino: droga de escolha muito eficaz, preço acessível e VO – 30mg sublingual e 20 mg de 8/8hr até cessar o trabalho de parto prematuro · Cerclagem · Tocolídico + corticóide!!!! Paciente com incompetência istmo cervical: faz a cerclagem – não pode haver infecção – faz um ponto no colo uterino e quando a paciente chegar a 37 semanas, tira a cerclagem e a paciente vai evoluir para o parto normal CONTRAINDICAÇÕES DE TOCÓLISE: vai perder muito líquido e pode ser que a paciente sofra sofrimento fetal · Morte fetal · Anomalia fetal · Sofrimento fetal · Pré-eclâmpsia/eclampsia: não impede o trabalho de parto · Sangramento materno e instabilidade hemodinâmica · Corioamnionite · Ruptura prematura das membranas pré termo (RPMP) ULTRASSONOGRAFIA DE COLO UTERINO Entre 20 e 24 semanas · Colo uterino com <20mm é indicação de progesterona 200mg/dia via vaginal até 34 a 36 semanas Em pacientes com história de parto pré-terom: · Recomenda-se uso de progesterona 200mg/dia a partir de 16 semanas · Entre 16 e 24 semanas deve-se realizar USG TVG e, se o colo estiver menor que 25mm, está indicada cerclagem cervical SULFATO DE MAGNÉSIO NA NEUROPROTEÇÃO · Reduz a paralisia cerebral em torno de 30% · Indicado na gestação entre 23 e 32 semanas · 4 horas antes da interrupção · Iniciar: MgSO4 4-6g IV, em 20 a 30 minutos · Manutenção: 1-2g/h, IV ate o parto ou no máximo por 12-24 h ASSISTÊNCIA AO PARTO · Geralmente indicamos cesariana; mas no pré-termo entre 24 e 34 semanas em apresentação cefálica, a cesariana aumenta o risco de SAR e baixo índice de Apgar, quando comparada ao parto vaginal PROXILAXIA CONTRA ESTREPTOCOCOS GRUPO B: realizada antes do parto · Soab anal · Cultura de secreção vaginal · Sepse neonatal de fetos a termo estreptococo grupo B provoca · Penicilina G cristalina 5milhoes de unidades em bolus, seguida de 2,5 milhoes de unidades, IV, a cada 4H · Ampicilina – segunda droga de escolha ASSITêNCIA IMEDIATA AO RN PT: · Ligadura do cordão · Índice de apgar · Aspiração · Aquecimento · Reanimação CORTICOIDES ANTENATAIS: estimula a síntese e a liberação de Surfactante no alvéolo pulmonar faz a maturação pulmonar acontecer · BETAMETASONA é o de escolha- 12mg, IM, dose única em 48 horas/ em duas doses com intervalo de 24h · DEXAMETASONA – 6mg de 12/12h por 48h · Diminui a incidência de SAR, síndrome da membrana hialina, desconforto respiratório (falta – rever) AMNIORREXE PREMATURA MEMBRANAS E LÍQUDIO AMNIÓTICO: · Protege contra choque mecânico e térmico · Ambiente estéril · Desenvolvimento do feto FUNÇÕES DO LÍQUIDO AMNIÓTICO: · Movimentação fetal e flutuação do cordão umbilical · Favorece desenvolvimento muscular, dos sistemas urinário e digestivo e crescimento fetal · Determina o aumento da pressão luminar na arvore traqueobrônquica, durante os movimentos respiratórios fetais, favorecendo o desenvolvimento pulmonar ETIOLOGIA DA RPMO (ROTURA PREMATURA DAS MEMBRANAS OVULARES): · Sobredistensão uterina · Fatores mecânicos · Alteração da integridade cervical · Diminuição da atividade imunológica bactericida do liquido amniótico COMPLICAÇÕES DA RPMO 1- MATERNAS: corioamnionite, endometrite, bacteremia 2- NEONATAIS: hipoplasia pulmonar, paralisia cerebral, prematuridade, infecção neonatal AVALIAÇÃO DA GESTANTE: · Determinação da IG · Confirmação do diagnóstico · Avaliação de infecção materna e/ou fetal · Avaliação da vitalidade fetal · Hospitalização CONFIRMAÇÃO DO DIAGNSÓTICO DE RPMO · Teste do papel de nitrazina · Teste do fenol vermelho · Avaliação direta do Ph · Proteína-1 ligada ao fator de crescimento insulina-simile (IGFPB-1) · Detecção da alfamicroglobulina-1 placentária · Arborização do muco cervical AVALIAÇÃO DE INFECÇÃO MATERNA E/OU FETAL Os principais agentes envolvidos na coriomnionite: · Estretptococos do grupo B · Gardenerela vaginallis · Mycoplasma · Ureaplasma · Escherichia coli · Bacterioides · Niesseria gonorrhoea FATORES DE RISCO PARA CORIOAMNIONITE · Número de exames vaginais durante o trabalho de parto · Duração do trabalho de parto · RPMO mais que 24 horas · Colonização materna por estreptococos do grupo B · Líquido meconial DIAGNÓSTICO DE CORIOAMNIONITE · Taquicardia materna/fetal · Útero irritável · Secreção purulenta pelo orifício externo do colo uterino · Leucocitose · Diminuição abrupta de líquido amniótico, do movimento fetal · Ausência de movimento respiratório no perfil biofísico fetal · Aumento maior que 20# da proteína C reativa · Febre CORIOAMNIONITE- TTO: · Ampicilina 2g por via intravenosa 6/6h + Gentamicina 1,5mg/Kg IV 8/8h · Clindamicina 900 mg, IV, 8/8h ou metronidazol 500mg, IV, 8/8h para cobertura anaeróbica se realizada cesárea AVALIAÇÃO DE VITALIDADE FETAL 1- CARDIOTOGRAFIA 2- PERFIL BIOFÍSICO FETAL HOSPITALIZAÇÃO CORTICOTERAPIA · Em idades gestacionais inferiores a 32 semanas, desde que afastada a possibilidade de corioamnionite · Ciclo único de Betametasona, na dose de Betametasona 12mg por VI, em duas doses com intervalo de 24 horas · Diminui a incidência da síndrome da membrana hialina, desconforto respiratório, hemorragiaintraventricular, enterocolite necrosante em RN pré-termo com IG < 34 sem ANTIBIOTICOPROFILAXIA EM RPMO (VISA POSTERGAÇÃO DO PARTO E REDUÇÃO DA MORBIDADE NEONATAL · Ampicilina, 2g, IV, 6/6h por 48h · Azitromicina, 1g, vo, DU · Amoxicilina, 500mg, VO, 8/8h por 5 dias CONDUTA NA RPMO PRÉ-VIÁVEL < 24 SEMANAS · Monitorar a infecção: sugere a interrupção · USG para avaliar o oligodramnio, havendo oligodramnio persistente sugerir interrupção CONDUTA NA RPMO 24 A 33 SEMANAS · Tratamento expectante · Hospitalização · Monitoramento da infecção/feto · Repouso relativo no leito/pélvico · Corticoide (48h) · Antibiótico profilático · Cultura GBS: · Neuroproteção fetal com MgSO4 CONDUTA NA RPMO APÓS 36 SEMANAS NEUROPROTEÇÃO · Está indicado na gestação entre 23 e 32 semanas, reduz 30% paralisia cerebral · Iniciar: MgSO4, 4-6g, IV, em 20-30 minutos · Manutenção: MgSO4, 1-2g/h, IV, até o parto ou no máximo por 12-24h INTERRUPÇÃO DA GRAVIDEZ · Corioamnionite · DPP · Comprometimento da vitalidade fetal