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DERMATOSES - SAUDE DA CRIANÇA E DA MULHER

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Ana de Luca
DERMATOSES
Pediculose
Doença contagiosa exclusiva do homem. 
Classificada como um tipo de infecção de pele. 
Está presente há milhares de anos em todos os países do mundo. 
Ocorre na forma de surtos acometendo famílias, comunidades, escolas e creches.
Agente etiológico:
Se alimentam exclusivamente de sangue.
Pediculus humanus capilares.
Não possuem asas → contágio por contato direto.
Preferem ambientes quentes, escuros, úmidos e cabelos limpos para depositarem seus ovos.
Lêndeas:
São os ovos do piolho. 
Se aderem na base dos fios do cabelo, por meio de uma substância semelhante a cola produzida pelo inseto. 
O verão pode acelerar a eclosão de lêndeas e o ciclo de vida inseto.
Ciclo:
Sinais e sintomas:
Coceira na cabeça, inicialmente atrás das orelhas e nuca. 
Presença de piolhos e lêndeas nos fios e próximo à raiz do cabelo.
Sintomas e sinais clínicos:
A coceira pode ocasionar feridas que são portas à entrada de infecções bacterianas, como impetigo, além do aparecimento de gânglios e stress que leva ao baixo rendimento escolar.
A infestação de piolhos pode causar anemia.
Tratamento medicamentoso:
Grau de recomendação A: Permetrina a 1%.
A loção é o veículo preferido aos xampus. 
Lave o cabelo com xampu, enxágue-o e enxugue com a toalha.
Deixe o produto agir por 10 minutos.
Passe o pente fino para a remoção dos piolhos e das lêndeas.
Enxágue o cabelo com água.
Se ainda houver piolhos após 7 dias da primeira aplicação, aplicar o medicamento pela segunda vez.
Ficar atenta, pois as feridas de coceira são porta de entrada para outros microorganismos. 
Dermatite atópica
Doença de pele mais freqüente na infância (15% das crianças atingidas com problemas dermatológicos). 
Lesões eczematosas e pruriginosas recorrentes. 
Associada a história pessoal e/ ou familiar de bronquite asmática ou rinite alérgica.
Etiopatogenia:
Fatores Genéticos.
Fatores Fisiológicos (pele seca).
Fatores Imunológicos (aumento de IgE), deficiência na imunidade celular.
Fatores Psicológicos.
Quadro clínico:
Prurido.
Dermografismo branco (linha branca em vez de eritematosa à pressão linear sobre a pele).
Língua geográfica.
Eczema numular.
Linha de Dennei-Morgan- prega infra palpebral.
Sinal de Hertogue - rarefação ou ausência do terço distal dos supercílios.
Dermatite das fraldas
Frequente nos primeiros meses de vida e se não tratada pode durar muito tempo e dar lugar a complicações secundárias, principalmente candidíase e piodermites. 
Causas: 
Excesso de cuidados higiênicos, como ensaboamento excessivo. 
Cuidados higiênicos insuficientes. 
Fraldas lavadas com detergentes líquidos ou em pó, não enxaguadas suficientemente.
Complicações:
Candidíase: uso abusivo de corticóides tópicos. 
Infecção bacteriana.
Diagnóstico clínico e diferencial:
Eritema de grau e intensidade variáveis, com vesiculação, associado a lesões edematosas, papulosas e descamativas.
Localização: superfícies convexas das nádegas, região genital, parte superior das coxas e hipogástrio. 
Lesões poupam as dobras e apresentam-se nas áreas correspondentes ao contato com as fraldas ou calça plástica.
Diagnóstico diferencial: dermatite seborreica e psoríase.
A forma clássica por conta da urina ácida e fezes. Preserva o local das fraldas → poupa as dobras cutâneas. Tratamento: trocar mais vezes a fralda, passar creme com vitaminas, limpar com água.
Quando as lesões não poupam as dobras cutâneas: infecção secundária. Principal etiologia: fungos → passar creme antifúngico → óxido de zinco + vit A e D + creme antifúngico como óxido de zinco + nistatina. Quando for bacteriana (mais exsudato) trata com creme antibiótico.
O mais importante é a limpeza local.
Dermatite seborreica
Manifestação eritemato-escamosa da pele, ligada a fator constitucional, de origem genética. 
Etiopatogenia: 
Hormonais: maior atividade das glândulas sebáceas no período neonatal até os 6 meses de vida ( andrógenos).
Infecções ou focos bacterianos.
Distúrbios hormonais.
Eritrodermia de Leiner (hipoproteinemia e anemia).
Diagnóstico clínico: 
Eritema e descamação.
Escamas facilmente destacáveis.
Coloração branco- amarelada.
Regiões: couro cabeludo, pavilhões auriculares, conduto auditivo externo, dobras retro- auriculares, dobras de pele e região médio-torácica anterior e posterior.
Áreas amareladas, descamadas, em placas. Caspinhas.
Cróstea látea pode ser local para infecções secundárias. Tratar com óleos para deixar a cróstea menor.
Estrófulo
Comum em nosso meio, acomete preferencialmente crianças da cor branca entre 2 e 7 anos, ocorrendo em ambos os sexos.
Pode atingir lactentes e adolescentes. 
Reação de hiperssensibilidade a picadas de insetos.
Etipatogenia: 
Reação de hipersensibilidade a diversos agentes (picadas de insetos, mosquitos e pulgas). 
Antecedentes atópicos pessoais e familiares.
Lesões vesiculosas com maculas.
Quadro clínico:
Aparecimento súbito de úrticas, a maioria apresentando pápula central, com alguns milímetros de diâmetro, cobertas por vesículas.
Prurido está presente, podendo chegar a perturbar o sono e causar mal estar.
Evolui por surtos de intensidade variável, tende a cura após 1 a 2 anos, por dessensibilização específica natural por exposições repetidas ao alérgenos.
Complicação: infecção secundária. 
Diagnóstico diferencial: escabiose, varicela (polimorfismo).
Varicela tem polimorfismos de lesão ao mesmo tempo, estrófulo não.
Miliária
Secreção das glândulas sudoríparas é bloqueada pela obstrução da parte intraepidérmica do canal sudoríparo. 
Frequente no período neonatal: imaturidade relativa dos dutos sudoríparos. 
Formas clínicas: miliária cristalina e miliária rubra.
Aspecto clínico:
Lesão eritemato-papulosa, vesículas de 1 a 4 mm de diâmetro, sobre um fundo eritematoso. Podem apresentar aspecto pustuloso, porém sem infecção secundária (Estafilococos).
Calor úmido, falta de ventilação, doenças febris, tecidos sintéticos.
Brotoeja.
Em locais de sudorese. Glândula suborreica imatura.
Cuidado com colocar muita roupa na criança.
Piodermites
Infecções cutâneas produzidas por germes piogênicos (Estafilococo plasma coagulase positivo ,Estreptococo beta hemolítico). 
Rompe o equilíbrio entre o hospedeiro e o agente bacteriano.
Evolução rápida e aguda (ardor e prurido). 
Muito comum na infância (lesões pruriginosas).
Micoses superfíciais
Fungos (pele, cabelo, pelos e unhas).
Alta contagiosidade.
Formas: 
Tinha de couro cabeludo.
Tinha da pele glabra (dermatofitoses).
Tinha dos pés.
Ptiríase versicolor: não é tão localizada. Infecção fúngica. Pra ter certeza:
Sinal de Zileri = estiramento com esfacelamento da queratina.
Sinal de Besnier = raspado com o dedo ou unha.
Tratar com medicação antifúngica.
Dermatofitose.
Doença mongólica → comum em asiáticos.
Não pode descartar infecções congênitas em quadros dermatológicos graves.
Ptiriase alba: lesão hipocrômica. Comum nas peles ressecadas e negras. Tratamento a longo prazo.
Urticária: eritematosas. Podem ser disseminadas ou em placas. Normalmente tem história pregressa tipo comer camarão, pózinho do miojo (corante), tang, antiinflamatório → alérgenos.
Dermografismo: comum em pacientes atópicos.

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