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20/03/17 1 Fisiopatologia e dietoterapia na Desnutrição Ms. Daniela de Araújo medeiros dias Desnutrição - DEFINIÇÃO n OMS (1971): “Gama de condições patológicas com deficiência simultânea de proteínas e calorias, em variadas proporções, que acomete preferencialmente crianças de baixa idade, sendo comumente associada à infecções.” n Caldwell e col. (1981): “Desnutrição é um estado mórbido secundário a uma deficiência ou excesso, relativo ou absoluto, de um ou mais nutrientes essenciais, que se manifesta clinicamente ou é detectado por meio de testes bioquímicos, antropométricos, topográficos ou fisiológicos” 1. Elia M. Maidenhead, BAPEN. 2000 2. Lochs H et al. Clin Nutr 2006; 25(2):180-186. Shikora, JPEN J Parenter Enteral Nutr. 2005; 29(4):288 Waterlow, Lancet 1973; 14;2(7820):87 Jelliffe, Lancet. 1973; 20;2(7834):905 Desnutrição n Estado mórbido secundário a deficiência ou excesso, relativa ou absoluta de um ou mais nutrientes essenciais Jensen GL et al. Clin Nutr. 2010 Apr;29(2):151-3. “Desnutrição Relacionada à Inanição” Fome Crônica, sem inflamação. “Desnutrição Relacionada à Doença Crônica” Inflamação Crônica de Grau leve a moderado. “Desnutrição Relacionada à Doença ou Injúria Aguda” Inflamação aguda, Grave. 1. Elia M. Maidenhead, BAPEN. 2000 2. Lochs H et al. Clin Nutr 2006; 25(2):180-186. What is malnutrition? n No universally accepted definition of malnutrition, but following definition widely acknowledged (also by ESPEN)1-2: n ‘Malnutrition’ includes both over-nutrition (overweight and obesity) as well as under-nutrition n Here ‘malnutrition’ is used synonymously with under-nutrition and nutritional risk 1. Elia M. Maidenhead, BAPEN. 2000 2. Lochs H et al. Clin Nutr 2006; 25(2):180-186. “A state of nutrition in which a deficiency, excess or imbalance of energy, protein, and other nutrients causes measurable adverse effects on tissue/body form (body shape, size, and composition) and function, and clinical outcome.” Identifying malnutrition risk • Nutritional screening identifies individuals who: • are ‘at-risk’ across the spectrum of nutritional status • are at risk of adverse outcome and who • may benefit clinically from nutritional support *Unless detrimental or no benefit expected from nutritional support e.g. imminent death. Patients will only benefit from nutritional screening if it results in action* to improve their nutritional care 20/03/17 2 Malnutrition goes undetected and untreated n Lack of routine screening for malnutrition and its risk factors has meant that the opportunity for early intervention, and prevention, is often missed n Even when found, malnutrition is not always appropriately treated : Often less than 50% of patients identified as malnourished receive nutritional intervention1-4 1. Lamb CA et al. Br J Nutr 2009; 102(4):571-575 2. Meijers JM et al. Nutrition 2009; 25(5):512-519 3. van Nie-Visser NC et al. Clin Nutr 2009; 4 Supplement 2:45. 4. Meijers JM et al. Nutr 2009; 25(5): 512-519. Tools to identify malnutrition risk n Practical, validated tools available to screen for risk of malnutrition n Specifically designed for different patient groups and care settings Examples include: For hospital and community patients For older people For adult hospital patients For children ‘MUST’ NRS 2002 Strongkids However, they are not routinely used, meaning that malnutrition is often missed Prevalence of malnutrition Malnutrition is a major public health concern that frequently goes unrecognised and untreated Population of Europe: > 800 million 1. Ljungqvist O, de Man F. Nutr Hosp 2009; 24:368-70. An estimated 33 million people in Europe are at risk of malnutrition1 Malnutrition is prevalent in hospitals worldwide About 1 in 4 patients in hospital are at risk of malnutrition1-7 1. Russell C & Elia M. Redditch, BAPEN. 2008. 2. Russell C & Elia M. Redditch, BAPEN. 2009. 3. Russell C & Elia M. Redditch, BAPEN. 2011. 4. Russell C & Elia M. Redditch, BAPEN. 2012. 5. Meijers JM et al. Br J Nutr 2009; 101(3):417-423. 6. Imoberdorf R et al. Clin Nutr 2010; 29(1):38-41. 7. Schindler K et al. Clin Nutr 2010; 29(5):552-559. Malnutrition is prevalent across a wide variety of diseases Prevalence of malnutrition risk in hospital by diagnosis Republic of Ireland n = 1102 (‘MUST’ medium + high risk), UK n = 7521 (‘MUST’ medium + high risk)1, The Netherlands n = 8028 (defined by BMI, undesired weight loss, nutritional intake)2. 1. Russell C & Elia M. Redditch, BAPEN. 2012. 2. Meijers JM et al. Br J Nutr 2009; 101(3):417-423. Economic consequences of malnutrition Costs of malnutrition 1. Elia M & Russell C. Redditch, BAPEN. 2009 2. House of Commons Health Committee. 2004. 3. Cepton. Munich. 2007. 4. Freyer K et al. Clin Nutr 2012.. 5. Rice N & Normand C. Pub Health Nur. 2011. Country Costs of malnutrition Note UK1 €15 billion Public expenditure on malnutrition in 2007 Germany3 €9 billion Additional costs due to malnutrition across all care sectors in 2003 The Netherlands4 €1.9 billion Additional costs due to malnutrition in 2011 Republic of Ireland5 €1.4 billion Public expenditure on malnutrition in 2007 20/03/17 3 Domínios da Estrutura Conceitual são Inerentes aos Instrumentos de Avaliação Nutricional Recomendados para Avaliação do Paciente 1 – Depleção de Reservas 2 – Limitação da Ingestão Alimentar 3 – Agentes Catabólicos 4 – Impacto e Resultados Domínios da Estrutura Conceitual são Inerentes aos Instrumentos de Avaliação Nutricional Recomendados para Avaliação do Paciente 1 – Depleção de Reservas 2 – Limitação da Ingestão Alimentar 3 – Agentes Catabólicos 4 – Impacto e Resultados Sarcopenia Desnutrição Caquexia é desnutrição associada à doença. Definida em parte pela presença de doenças de base. Domínios da Estrutura Conceitual são Inerentes aos Instrumentos de Avaliação Nutricional Recomendados para Avaliação do Paciente 1 – Depleção de Reservas 2 – Limitação da Ingestão Alimentar 3 – Agentes Catabólicos 4 – Impacto e Resultados Ex.: - Baixo Peso Corpóreo - Perda de Peso Corpóreo - Perda de Massa Magra - Sarcopenia (perda muscular severa) Ex.: Sintomas Impacto Nutricional: - Anorexia - Disfagia - Náusea - Social/ Psicológico Ex.: - Inflamação - Carga tumoral - Resistência à insulina -Corticosteróide - Comorbidades Ex.: - Função física - Qualidade de vida - Angústia - Sobrevida - Resultados do tratamento - Custos Local Tipo Prevalência Vieira, Waitzberg et al, Nutrition 1996; 12(7-8):491 Coats et al, Am Diet Assoc. 1993; 93(1):27 Waitzberg et al, Rev Paul Med. 1983; 101(1):7 Desnutrição Hospitalar Prevalência Europa clínico 22 a 30% Europa cirúrgico 17 a 50% EUA clínico 44 a 48% EUA cirúrgico 50 a 65% Brasil clínico 57% Canadá cirúrgico 39 a 53% Faintuch et al, Rev Hosp Clin Fac Med Sao Paulo 1979;34 Hill et al, Lancet 1977; 1:689 Bistrian et al, JAMA 1976; 235:1567 Bistrian et al, JAMA 1974; 230:858 IBRANUTRI • Desnutrição Hospitalar transversal, multicêntrico 25 hospitais, 12 estados rede pública hospitalar (SUS) 35,2% 12,4% n Idade > 18 anos n Prospectivo, randomizado n Avaliação subjetiva global n Análise de prontuário Nutrido Desnutrido moderado Desnutrido grave 52,4% Complicações v20,3% (142 pacientes) v EN na admissão hospitalar p < 0.01 / RR=1.60 / CI= 1.20 - 2.14 Mortalidade v 7,3% (52 pacientes ) v EN na admissão hospitalar Waitzberg DL et al, Nutrition 2001; 17: 573-80 IBRANUTRI- DESNUTRIÇÃO, COMPLICAÇÕES E MORTALIDADE p < 0,01 / OR=2.63 / IC= 1.25 - 5.27 20/03/17 4 HOSPITALIZAÇÃO IBRANUTRI Correia & Waitzberg Clin Nutr 2003;22:235-9 p<0,01 EN NA ADMISSÃO HOSPITALAR - 39 (6,5%) Desnutridos 13.9 dias (9) Nutridos 11.9 dias (6) Desnutrição - Causas Doença Socio econômicos Cultural e ambiental Disponibilidade de alimentos Interenações prolongadas Prematuridade Desmame precoce Desnutriçãointra-hospitalar n Dietas monótonas de baixa aceitação ( 26 % retornam à UAN) n Iatrogênia (profissionais, exames, hemodiálise, terapia tardia) n Desnutrição primária: baixo nível sócio-econômico n Desnutrição secundária: CA, infecção ou doenças crônicas n tempo de internação - riscos e gravidade da desnutrição n Tratamentos agressivos (cirurgia, rádio e quimioterapia) n Distúrbios GI: Patologia ou medicamentos (N/V, Fístulas, D…) Desnutrição – etiologia n Fatores socioeconômicos: q Pobreza (ingestão insuficiente); q Ignorância (conceitos errôneos), q Problemas sociais (alcoolismo, abandono, violência); q Práticas culturais e sociais (tabus); n Fatores biológicos: q Desnutrição materna; q Doenças infecciosas (D. diarréicas, AIDS); q Doenças consumptivas (câncer, AIDS); q Distúrbios absortivos (DII) n Fatores ambientais: n Superpopulações; n Guerras, secas... (Diab, 2007) oferta insuficiente de macro e micronutrientes Desnutrição em Cirurgia - Etiologia doença com hipermetabolismo e hipercatabolismo perdas alteração da composição corpórea e funções orgânicas desequilíbrio metabólico • Tempo de internação hospitalar • Hospitalização não planejada • Complicações / Infecções CONSEQUÊNCIAS CLÍNICAS DA PERDA DE PESO NO PACIENTE HOSPITALIZADO • Qualidade de vida • Estado funcional • Reposta a terapia • Imagem corporal AUMENTO DIMINUIÇÃO 20/03/17 5 q Classificação q Marasmo q Estágio final de caquexia: “Pele e Ossos” q Depósitos de gordura muito reduzidos q Depleção intensa de massa magra q Causas: Falta de alimento, guerra, condições climáticas precárias q Doenças Crônicas: CA, DPOC q P < 80% PI, PCT< 3mm, CB < 15cm, albumina < 2,8 g/dL; q Forma de adaptação à desnutrição crônica; Desnutrição - MARASMO Desnutrição – crônica n Kwashiorkor q Déficit protéico q Edema mole, hepatomegalia, hipoalbuminemia (<3g/dL), anemia, apatia, alteração de cabelo (“sinal de bandeira”) e pele q Associado a doença de base q Pode aparentar falsamente um bom estado nutricional q Não adaptação à desnutrição crônica q Origem: “mal do filho mais velho” Desnutrição - KWASHIOKOR 20/03/17 6 Desnutrição Principais características das formas graves de desnutrição Achado clínicos e laboratoriais Marasmo Kwashiorkor Alterações do crescimento +++ + Atrofia Muscular +++ +++ Gordura Subcutânea Ausente Presente Edema Ausente Presente Dermatose Raro Comum Alterações do cabelo + +++ Hepatomegalia Raro Comum At. Física Diminuída Muito diminuída Albumina sérica Normal Baixa Água corporal Aumentada Muito aumentada Anemia Comum Muito comum Critérios clínicos para diferenciar os três tipos de desnutrição n •Marasmo n perda severa de crescimento; n perda marcante de tecido muscular; n perda marcante de tecido adiposo subcutâneo; n sem edema; n cabelo escasso, quebradiço e às vezes descolorido; n a criança é normalmente irritadiça e apática. Critérios clínicos para diferenciar os três tipos de desnutrição Kwashiorkor npredomina em crianças acima de 2 anos de idade; napresenta edema; nlesões típicas de pele; ncabelo descolorido; napatia, anorexia; nfígado gorduroso e aumentado; nhipoalbuminemia; Kwashiorkor marasmático napresenta os sintomas supracitados mais edema. Resumindo.... n Kwashiorkor: quando o fornecimento calórico esta adequado, mas faltam proteínas. n Marasmo: quando há uma deficiência global tanto em proteínas como em calorias. n •Mista: quando há uma deficiência global tanto em proteínas como em calorias e a presença de edema. n Classificação n Leve x Moderada x Severa q Leve: n ~80-90% do PI (ASPEN, 1993); n Albumina: 3,0-3,5g/dL (DUARTE, 2002); n IMC 17-18,4 Kg/m² (OMS, 1998); q Moderada: n ~70-79% do PI (ASPEN, 93); n Albumina: 2,5-< 3g/dL; (DUARTE, 2002); n IMC 16-16,99 Kg/m² (OMS, 1998); q Severa ou grave: n < 60% do PI (ASPEN, 93); n Albumina: 2,4-1,9g/dL; (DUARTE, 2002); n IMC <16 Kg/m² (OMS, 1998); edema, risco infecção, def. cicatrização; n PP > 10% nos 6m; Desnutrição (Diab, 2007) 20/03/17 7 n Classificação : n Aguda x crônica n Primária à jejum ou inanição q falta ou deficiência de fornecimento de nutrientes ao organismo, ausência de determinantes consumptivos – REDUÇÃO NA TAXA METABÓLICA n Secundária à stress metabólico q hiperatividade metabólica, consumo tecidual, desnutrição grave e rápida – AUMENTO NA TAXA METABÓLICA Desnutrição n Inanição Aguda (24-72 hs) q Objetivo: Manter glicemia q Glicogenólise para céls glicose-dependentes q ↓Gasto energético: ↓ 20-30% consumo de O2; q Hipoglicemia; q 1°- 24h: exaustão glicogênio hepático (75g) e muscular (150g); q ↓ insulina, contra-reguladores = gliconeogênese (glicerol, lactato e aa); q Processo interrompido por alimento ou adaptação (s/ injúria); Processo adaptativo metabólico na Desnutrição (Diab, 2007) n Inanição aguda x crônica n Inanição crônica (>72hs) q Objetivo: manter proteínas viscerais/corporais q Depleção de PTN > 40% = morte q I) Mobilização de gordura e ¯ degradação protéica q II) Cérebro se adapta à corpos cetônicos à acetose metabólica q A morte é por fragilização diafragmática, pneumonia ou outro processo infeccioso; o tempo depende do tamanho das reservas adiposas. Processo adaptativo metabólico na Desnutrição (Diab, 2007) n Principais alterações fisiológicas: q Alterações endócrinas: inibição dos hormônio anabólicos e aumento dos catabólicos q Alteração no sistema imunológico: ¯ linfócitos ¯ resposta imune q Alterações hematológicas e transporte de O2 q Alterações nas funções cardiovascular e renal q Alteração na função respiratória q Alteração no sistema digestório Consequências da Desnutrição (Diab, 2007) n Alterações no sistema digestório q TGI e pâncreas se atrofiam q Redução da secreção gástrica, pancreática e biliar q Atrofia da mucosa e redução da motilidade e aplainamento das vilosidades e atraso na renovação q Menor secreção de ácidos biliares e desconjugação bacteriana de sais biliares q Aumento do crescimento bacteriano (superpopulação) Consequências da Desnutrição (Diab, 2007) n Características que indicam mau prognóstico em caso de DEP q Taquicardia severa, sinais de insuficiência cardíaca e/ou respiratória. q Proteína totais abaixo de 3g/dL. q Icterícia clínica, hiperbilirrubinemia e/ou transaminases francamente elevadas. q Extensas lesões cutâneas esfoliativas ou exudativas, úlceras de decúbito profundas. q Hipoglicemia ou hipotermia. (TORUN, B; CHEW,F.Desnutrição energético-protéica IN:SHILLS Tratado de Nutrição Moderna na Saúde e na Doença, V.2, 9.a.ed, Manole,2003. P.1044.) Desnutrição (Diab, 2007) 20/03/17 8 EVOLUÇÃO NUTRICIONAL E PROGNÓSTICO DO PACIENTE DESNUTRIDO Desnutrição é frequente Aumenta a morbi-mortalidade, tempo de internação e custos do paciente internado Desnutrição tem repercussão no prognóstico clínico Correia e Waitzberg. Clin Nutr 2003;22:235–9; Amaral et al. J Hum Nutr Diet.2008;21,575–583. Correia e Waitzberg. Clin Nutr 2003;22:235–9; Amaral et al. J Hum Nutr Diet.2008;21,575–583. EVOLUÇÃO NUTRICIONAL E PROGNÓSTICO DO PACIENTE DESNUTRIDO TRIAGEM RISCO NUTRICIONAL ADEQUAR EN INTERVIR NO PACIENTE DESNUTRIDO • PRÁTICA OBRIGATÓRIA • AVALIAÇÃO NUTRICIONAL TORNA-SE MANDATÓRIA • EVITAR A DESNUTRIÇÃO HOSPITALAR • EQUIPE MULTIDISCIPLINAR CAPACITADA • TERAPIA NUTRICIONAL ESPECIALIZADA EXAME FÍSICO ¢¢ Perda de massa muscular: �� Músculos da região das têmporas; �� Músculo da clavícula; �� Músculo dos ombros (junção); �� Músculo da escápula; �� Músculos das costelas inferiores; �� Músculo do dorso da mão (músculos interósseos); �� Músculos da região interna da perna; �� Quadríceps; �� Panturrilha. 20/03/17 9 Tabela. Características clínicas proposta para diagnosticar a desnutrição em adultos no âmbito hospitalar Característica clínica Desnutrição Aguda Desnutrição Crônica Desnutrição Mista ou Crônica Agudizada Moderada Severa Moderada Severa Moderada Severa 1. Ingestãoenergética < 75% requerimento de estimativa de energia > 7 dias < 50% requerimento de estimativa de energia ≥ 5 dias < 75% requerimento de estimativa de energia ≥ 1 mês < 75% requerimento de estimativa de energia ≥ 1 mês < 75% requerimento de estimativa de energia ≥ 3 meses < 50% requerimento de estimativa de energia ≥ 1 mês 2.Interpretação da perda de peso % Tempo % Tempo % Tempo % Tempo % Tempo % Tempo 1 -2 1 semana >2 1 semana 5 1mês >5 1mês 5 1mês >5 1mês 5 1 mês >5 1 mês 7,5 3 meses >7,5 3 meses 7,5 3 meses >7,5 3 meses 7,5 3 meses > 7,5 3 meses 10 6 meses >10 6 meses 10 6 meses >10 6 meses 20 1 ano >20 1 ano 20 1 ano >20 1 ano 3.Gordura corporal Médio Moderado Médio Severo Médio Severo 4.Massa muscular Médio Moderado Médio Severo Médio Severo 5. Acúmulo de líquido Médio Moderado Médio Severo Médio Severo 6. Força do aperto de mão N/A mensurável reduzida N/A mensurável reduzida N/A mensurável reduzida 20/03/17 10 DIETOTERAPIA - Desnutrição n Fases do tratamento: n 1ª Fase q Correção dos distúrbios hidreletrolíticos (H2O, Na, K, Mg, P) q Manutenção da glicemia q Edema X desidratação q Controle das infecções q Estabilização hemodinâmica n Fases do tratamento: n 2ª Fase: dietoterapia q Recuperar o estado nutricional (peso, reserva energética e massa muscular magra) – META: em g/KgPA – CURTO, MÉDIO E LONGO PRAZO q Estimular o apetite. q Regularizar a função gastrintestinal. q Colaborar na reidratação. q Promover educação nutricional. Dietoterapia Desnutrição n Fases do tratamento: n 2ª Fase: dietoterapia q Estimativa de ingestão conforme condições clínicas Desnutrição Condição Kcal/Kg/dia Perda de peso 20-25 Manutenção de peso (sem stress) 25-30 Ganho de peso (sem stress) 30-35 Cirurgia eletiva em geral 32 Politrauma 40 Sepse 25-30 n Fases do tratamento: n 2ª Fase: dietoterapia q Estimativa de ingestão conforme condições clínicas Desnutrição Condição Proteína (g/Kg/dia) Normal e sem stress 1,0-1,5 Cirurgia eletiva sem complicações 1,0-,1,2 Stress moderado 1,2-1,5 Stress grave (trauma, sepse, respiração artificial) 1,5-2,0 Queimadura > 60% da SCQ > 2,5 n Dieta oral adaptada às condições do paciente acrescida de suplemento nutricional. n Módulos de Nutrição Enteral por via oral (“NEVO”) n Fórmulas artesanais hipercalóricas e/ou hiperprotéicas n TNE n NPT OUTRAS RECOMENDAÇÕES q Evoluir CONSISTÊNCIA e densidade nutricional lentamente (recuperação morfológica e funcional do TGI) q Evitar grandes VOLUMES (desconforto gástrico) q FRACIONAMENTO q Aparência, odor, ambiente onde se faz a refeição RECOMENDAÇÕES 20/03/17 11 Fase 2- Reabilitação (hospitalar e após alta) • Atenção à hidratação • Corrigir as deficiências nutricionais específicas (Ferro sim) • ↑ alimentação p/ recuperação do peso (melhora do apetite) • Estimulação emocional e sensorial • Preparar para alta (treinar cuidador alimentação e cuidados básicos) Fase 3- Acompanhamento (ambulatorial) • Aumentar alimentação p/ recuperação do peso • Estimulação emocional e sensorial Prescrição dietoterápica • Dificuldades encontradas para nutrir o paciente: – Baixa tolerância à grandes volumes; – Complicações clinicas; – Diarréias e vômitos; – Alta demanda nutricional; Iniciar DEVAGAR!!! Estudo dirigido n a) Quais são as principais causas da desnutrição intrahospitalar? n b) Cite as principais consequências da falta de adoção de medidas preventivas para evitar ou corrigir a desnutrição intrahospitalar. n c) Aponte três situações clínicas em que o nutricionista poderá ser responsabilizado pela desnutrição iatrogênica. n d) Apresente ações que possam reverter os dados alarmantes apresentados no IBRANUTRI. Consequences of malnutrition for individuals n Markedly increased morbidity and mortality rates1-2 q Malnourished patients experience more complications than well nourished patients; the risk of infection is more than three times greater in hospitalised malnourished patients2-3 n Associated with poorer quality of life1 q Malnutrition has a particularly high adverse impact in the older person4 impairing function, mobility and independence5 n Malnutrition has an adverse impact on growth and development in children 1,5 1. Stratton RJ et al. Wallingford: CABI Publishing; 2003. 2. Sorensen J et al. Clin Nutr 2008; 27(3):340-349. 3. Schneider SM et al. Br J Nutr 2004; 92(1):105-111. 4. Stratton RJ et al. Br J Nutr 2006; 95(2):325-330. 5. Elia M & Russell C. Redditch, BAPEN. 2009. Malnutrition is associated with increased morbidity n Malnutrition is associated with increased morbidity in acute and chronic disease including: q Development of pressure ulcers1 q Poor wound healing1 q Post-operative complications such as acute renal failure, pneumonia and respiratory failure1 q Increased risk of infection2 1. Norman K et al. Clin Nutr 2008; 27(1):5-15. 2. Schneider SM et al. Br J Nutr 2004; 92(1):105-111. 20/03/17 12 Recommendations for action• Identifying • Malnutrition • National nutrition policy addressing under-nutrition as well as obesity/overweight • Routine screening for vulnerable groups built into national nutrition policies • Validated screening tools routinely used • Appropriate equipment (weighing scales, stadiometers) available • Agreement about who is responsible for performing screening • Evidence-based guidance (including nutritional care plans) used to take action following screening and for monitoring • Prevalence • Commitment made to systematically measure the prevalence of malnutrition • A common approach taken to measuring and documenting malnutrition and risk of malnutrition, enabling comparisons to be made • Causes • Evidence based approaches for nutritional care plans should be used taking account of causes • Consequences • Awareness raised about the negative consequences of malnutrition for patients, healthcare providers and for society • Evidence based screening programmes used to ensure malnutrition is identified early and appropriate action taken Recommendations for action Benefits of ONS • A wealth of evidence is available that demonstrates the benefits of ONS. This should be translated into practice to ensure that patients who need nutritional intervention receive it in a timely and appropriate manner Guidance • Guidance on managing malnourished patients or patients at risk of malnutrition should reflect current evidence and should provide clear and practical advice about how and when to use different forms of nutritional intervention, including ONS Good Practice • Examples of good practice should be shared widely to facilitate the implementation of nutritional guidelines and ensure best use of resources. Note n This presentation is based on a report synthesising relevant information on the rationale for and value of ONS to provide stakeholders with an up-to- date and practical summary of the evidence base: http://www.medicalnutritionindustry.com/mni-publications/ n This document is an updated version of previous reports prepared in 2009 and 2010. A pragmatic approach was used to identify relevant publications and material for inclusion. This document draws on the key elements of a comprehensive systematic review of the evidence base for the management of disease related malnutrition published in 20031. It builds on it by adding recent data on the prevalence, causes and consequences of malnutrition as well as the nutritional, functional, clinical and economic benefits of ONS. It now includes new data from outside Europe, as well as data examining the paediatric area. n This document includes a unique collation of relevant guidelines relating to ONS, as well as examples of implementation of guidelines and good practice. We recognize there are gaps - either real gaps or due to difficult accessibility of documentation. We hope this will be the starting point to encourage further documentation andsharing of information n Therefore, this report represents work in progress as unpublished data may not be included, trials are ongoing and further guidelines and good practice may be in development "A mente que se abre a uma nova idéia jamais voltará ao seu tamanho original." Albert Einstein Obrigada, por sua atenção!