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AULA DESNUTRIÇÃO PDF

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20/03/17
1
Fisiopatologia e dietoterapia na 
Desnutrição 
Ms. Daniela de Araújo medeiros dias
Desnutrição - DEFINIÇÃO 
n OMS (1971): “Gama de condições patológicas com deficiência
simultânea de proteínas e calorias, em variadas proporções, que
acomete preferencialmente crianças de baixa idade, sendo
comumente associada à infecções.”
n Caldwell e col. (1981): “Desnutrição é um estado mórbido
secundário a uma deficiência ou excesso, relativo ou absoluto, de
um ou mais nutrientes essenciais, que se manifesta clinicamente ou
é detectado por meio de testes bioquímicos, antropométricos,
topográficos ou fisiológicos”
1. Elia M. Maidenhead, BAPEN. 2000 2. Lochs H et al. Clin Nutr 2006; 25(2):180-186.
Shikora, JPEN J Parenter Enteral Nutr. 2005; 29(4):288
Waterlow, Lancet 1973; 14;2(7820):87 
Jelliffe, Lancet. 1973; 20;2(7834):905 
Desnutrição
n Estado mórbido secundário a deficiência ou excesso, relativa 
ou absoluta de um ou mais nutrientes essenciais
Jensen GL et al. Clin Nutr. 2010 Apr;29(2):151-3.
“Desnutrição 
Relacionada à 
Inanição”
Fome Crônica, 
sem 
inflamação.
“Desnutrição 
Relacionada à 
Doença Crônica”
Inflamação 
Crônica de 
Grau leve a 
moderado.
“Desnutrição 
Relacionada à Doença 
ou Injúria Aguda”
Inflamação 
aguda, Grave.
1. Elia M. Maidenhead, BAPEN. 2000 2. Lochs H et al. Clin Nutr 2006; 25(2):180-186.
What is malnutrition?
n No universally accepted definition of malnutrition, but 
following definition widely acknowledged (also by 
ESPEN)1-2:
n ‘Malnutrition’ includes both over-nutrition 
(overweight and obesity) as well as under-nutrition
n Here ‘malnutrition’ is used synonymously 
with under-nutrition and nutritional risk
1. Elia M. Maidenhead, BAPEN. 2000 2. Lochs H et al. Clin Nutr 2006; 25(2):180-186.
“A state of nutrition in which a deficiency, excess or imbalance 
of energy, protein, and other nutrients causes measurable 
adverse effects on tissue/body form (body shape, size, and 
composition) and function, and clinical outcome.”
Identifying malnutrition risk
• Nutritional screening identifies individuals who:
• are ‘at-risk’ across the spectrum of nutritional status
• are at risk of adverse outcome and who
• may benefit clinically from nutritional support 
*Unless detrimental or no benefit expected from nutritional support e.g. imminent death.
Patients will only benefit from nutritional screening 
if it results in action* to improve their nutritional care
20/03/17
2
Malnutrition goes undetected and 
untreated
n Lack of routine screening for malnutrition and its
risk factors has meant that the opportunity for 
early intervention, and prevention, is often missed
n Even when found, malnutrition is not always 
appropriately 
treated :
Often less than 50% of patients identified as 
malnourished receive nutritional intervention1-4
1. Lamb CA et al. Br J Nutr 2009; 102(4):571-575 2. Meijers JM et al. Nutrition 2009; 25(5):512-519 3. van Nie-Visser NC et al. Clin Nutr 2009; 4 Supplement 2:45. 4. Meijers JM et al. Nutr 2009; 25(5): 512-519.
Tools to identify malnutrition risk
n Practical, validated tools available to screen for risk 
of malnutrition
n Specifically designed for different patient groups 
and care settings
Examples include:
For hospital and 
community patients 
For older people For adult hospital 
patients
For children
‘MUST’
NRS 2002
Strongkids
However, they are not routinely used, meaning that malnutrition is often missed
Prevalence of malnutrition
Malnutrition is a major 
public health concern that 
frequently goes 
unrecognised and untreated
Population of Europe: 
> 800 million 
1. Ljungqvist O, de Man F. Nutr Hosp 2009; 24:368-70.
An estimated 33 million 
people in Europe are at 
risk of malnutrition1
Malnutrition is prevalent in hospitals 
worldwide 
About 1 in 4 patients in hospital are at risk of 
malnutrition1-7
1. Russell C & Elia M. Redditch, BAPEN. 2008. 2. Russell C & Elia M. Redditch, BAPEN. 2009. 3. Russell C & Elia M. Redditch, BAPEN. 2011. 4. Russell C & Elia M. Redditch, BAPEN. 2012.
5. Meijers JM et al. Br J Nutr 2009; 101(3):417-423. 6. Imoberdorf R et al. Clin Nutr 2010; 29(1):38-41. 7. Schindler K et al. Clin Nutr 2010; 29(5):552-559.
Malnutrition is prevalent across a wide 
variety of diseases
Prevalence of malnutrition risk in hospital by 
diagnosis
Republic of Ireland n = 1102 (‘MUST’ medium + high risk), UK n = 7521 (‘MUST’ medium + 
high risk)1, 
The Netherlands n = 8028 (defined by BMI, undesired weight loss, nutritional intake)2. 
1. Russell C & Elia M. Redditch, BAPEN. 2012. 2. Meijers JM et al. Br J Nutr 2009; 101(3):417-423.
Economic consequences of 
malnutrition
Costs of malnutrition
1. Elia M & Russell C. Redditch, BAPEN. 2009 2. House of Commons Health Committee. 2004. 3. Cepton. Munich. 2007.
4. Freyer K et al. Clin Nutr 2012.. 5. Rice N & Normand C. Pub Health Nur. 2011.
Country Costs of 
malnutrition
Note
UK1 €15 billion Public expenditure on malnutrition in 2007
Germany3 €9 billion Additional costs due to malnutrition across all care 
sectors in 2003
The Netherlands4 €1.9 billion Additional costs due to malnutrition in 2011
Republic of Ireland5 €1.4 billion Public expenditure on malnutrition in 2007
20/03/17
3
Domínios da Estrutura Conceitual são Inerentes aos 
Instrumentos de Avaliação Nutricional Recomendados para 
Avaliação do Paciente 
1 – Depleção de 
Reservas
2 – Limitação da 
Ingestão Alimentar
3 – Agentes
Catabólicos
4 – Impacto e 
Resultados
Domínios da Estrutura Conceitual são Inerentes aos 
Instrumentos de Avaliação Nutricional Recomendados para 
Avaliação do Paciente 
1 – Depleção de 
Reservas
2 – Limitação da 
Ingestão Alimentar
3 – Agentes
Catabólicos
4 – Impacto e 
Resultados
Sarcopenia
Desnutrição
Caquexia é desnutrição associada à doença. 
Definida em parte pela presença de doenças de base.
Domínios da Estrutura Conceitual são Inerentes aos 
Instrumentos de Avaliação Nutricional Recomendados para 
Avaliação do Paciente 
1 – Depleção de 
Reservas
2 – Limitação da 
Ingestão Alimentar
3 – Agentes
Catabólicos
4 – Impacto e 
Resultados
Ex.:
- Baixo Peso 
Corpóreo
- Perda de Peso 
Corpóreo
- Perda de Massa 
Magra
- Sarcopenia 
(perda muscular 
severa)
Ex.:
Sintomas 
Impacto 
Nutricional:
- Anorexia
- Disfagia
- Náusea
- Social/ 
Psicológico
Ex.:
- Inflamação
- Carga tumoral
- Resistência à 
insulina
-Corticosteróide
- Comorbidades
Ex.:
- Função física
- Qualidade de 
vida
- Angústia
- Sobrevida
- Resultados do 
tratamento
- Custos
Local Tipo Prevalência
Vieira, Waitzberg et al, Nutrition 1996; 12(7-8):491 
Coats et al, Am Diet Assoc. 1993; 93(1):27
Waitzberg et al, Rev Paul Med. 1983; 101(1):7
Desnutrição Hospitalar
Prevalência
Europa clínico 22 a 30%
Europa cirúrgico 17 a 50%
EUA clínico 44 a 48%
EUA cirúrgico 50 a 65%
Brasil clínico 57%
Canadá cirúrgico 39 a 53%
Faintuch et al, Rev Hosp Clin Fac Med Sao Paulo 1979;34
Hill et al, Lancet 1977; 1:689
Bistrian et al, JAMA 1976; 235:1567
Bistrian et al, JAMA 1974; 230:858
IBRANUTRI 
• Desnutrição Hospitalar
transversal, multicêntrico 
25 hospitais, 12 estados 
rede pública hospitalar (SUS)
35,2%
12,4%
n Idade > 18 anos
n Prospectivo, randomizado 
n Avaliação subjetiva global 
n Análise de prontuário 
Nutrido
Desnutrido moderado
Desnutrido grave
52,4%
Complicações
v20,3% (142 pacientes)
v EN na admissão hospitalar
p < 0.01 / RR=1.60 / CI= 1.20 - 2.14
Mortalidade
v 7,3% (52 pacientes )
v EN na admissão hospitalar
Waitzberg DL et al, Nutrition 2001; 17: 573-80
IBRANUTRI- DESNUTRIÇÃO, COMPLICAÇÕES E MORTALIDADE
p < 0,01 / OR=2.63 / IC= 1.25 - 5.27
20/03/17
4
HOSPITALIZAÇÃO
IBRANUTRI 
Correia & Waitzberg Clin Nutr 2003;22:235-9
p<0,01
EN NA ADMISSÃO HOSPITALAR - 39 (6,5%)
Desnutridos 13.9 dias (9)
Nutridos 11.9 dias (6)
Desnutrição - Causas
Doença 
Socio
econômicos
Cultural e 
ambiental
Disponibilidade 
de alimentos
Interenações
prolongadas
Prematuridade Desmame precoce
Desnutriçãointra-hospitalar
n Dietas monótonas de baixa aceitação ( 26 % retornam à UAN)
n Iatrogênia (profissionais, exames, hemodiálise, terapia tardia)
n Desnutrição primária: baixo nível sócio-econômico
n Desnutrição secundária: CA, infecção ou doenças crônicas
n ­ tempo de internação - ­ riscos e gravidade da desnutrição
n Tratamentos agressivos (cirurgia, rádio e quimioterapia)
n Distúrbios GI: Patologia ou medicamentos (N/V, Fístulas, D…)
Desnutrição – etiologia 
n Fatores socioeconômicos:
q Pobreza (ingestão insuficiente);
q Ignorância (conceitos errôneos),
q Problemas sociais (alcoolismo, abandono, violência);
q Práticas culturais e sociais (tabus);
n Fatores biológicos:
q Desnutrição materna;
q Doenças infecciosas (D. diarréicas, AIDS);
q Doenças consumptivas (câncer, AIDS); 
q Distúrbios absortivos (DII)
n Fatores ambientais:
n Superpopulações;
n Guerras, secas...
(Diab, 2007)
oferta insuficiente 
de macro e 
micronutrientes
Desnutrição em Cirurgia - Etiologia
doença com
hipermetabolismo 
e hipercatabolismo
perdas
alteração da composição 
corpórea e funções orgânicas
desequilíbrio metabólico
• Tempo de internação hospitalar
• Hospitalização não planejada
• Complicações / Infecções
CONSEQUÊNCIAS CLÍNICAS DA PERDA DE PESO NO PACIENTE 
HOSPITALIZADO
• Qualidade de vida
• Estado funcional
• Reposta a terapia
• Imagem corporal
AUMENTO
DIMINUIÇÃO
20/03/17
5
q Classificação 
q Marasmo 
q Estágio final de caquexia: “Pele e Ossos”
q Depósitos de gordura muito reduzidos
q Depleção intensa de massa magra
q Causas: Falta de alimento, guerra, condições climáticas 
precárias
q Doenças Crônicas: CA, DPOC
q P < 80% PI, PCT< 3mm, CB < 15cm, albumina < 2,8 g/dL;
q Forma de adaptação à desnutrição crônica;
Desnutrição - MARASMO
Desnutrição – crônica
n Kwashiorkor
q Déficit protéico 
q Edema mole, hepatomegalia, hipoalbuminemia 
(<3g/dL), anemia, apatia, alteração de cabelo 
(“sinal de bandeira”) e pele
q Associado a doença de base
q Pode aparentar falsamente um bom estado 
nutricional
q Não adaptação à desnutrição crônica
q Origem: “mal do filho mais velho”
Desnutrição - KWASHIOKOR 
20/03/17
6
Desnutrição 
Principais características das formas graves de desnutrição
Achado clínicos e laboratoriais Marasmo Kwashiorkor
Alterações do crescimento +++ +
Atrofia Muscular +++ +++
Gordura Subcutânea Ausente Presente
Edema Ausente Presente
Dermatose Raro Comum
Alterações do cabelo + +++
Hepatomegalia Raro Comum
At. Física Diminuída Muito diminuída
Albumina sérica Normal Baixa
Água corporal Aumentada Muito aumentada
Anemia Comum Muito comum
Critérios clínicos para diferenciar os três tipos 
de desnutrição 
n •Marasmo 
n perda severa de crescimento; 
n perda marcante de tecido muscular; 
n perda marcante de tecido adiposo 
subcutâneo; 
n sem edema; 
n cabelo escasso, quebradiço e às vezes 
descolorido; 
n a criança é normalmente irritadiça e apática. 
Critérios clínicos para diferenciar os três tipos 
de desnutrição
Kwashiorkor 
npredomina em crianças acima de 2 anos de idade; 
napresenta edema; 
nlesões típicas de pele; 
ncabelo descolorido; 
napatia, anorexia; 
nfígado gorduroso e aumentado; 
nhipoalbuminemia;
Kwashiorkor marasmático 
napresenta os sintomas supracitados mais edema. 
Resumindo....
n Kwashiorkor: quando o fornecimento calórico 
esta adequado, mas faltam proteínas. 
n Marasmo: quando há uma deficiência global 
tanto em proteínas como em calorias. 
n •Mista: quando há uma deficiência global 
tanto em proteínas como em calorias e a 
presença de edema. 
n Classificação 
n Leve x Moderada x Severa
q Leve:
n ~80-90% do PI (ASPEN, 1993);
n Albumina: 3,0-3,5g/dL (DUARTE, 2002);
n IMC 17-18,4 Kg/m² (OMS, 1998);
q Moderada:
n ~70-79% do PI (ASPEN, 93);
n Albumina: 2,5-< 3g/dL; (DUARTE, 2002); 
n IMC 16-16,99 Kg/m² (OMS, 1998);
q Severa ou grave:
n < 60% do PI (ASPEN, 93);
n Albumina: 2,4-1,9g/dL; (DUARTE, 2002); 
n IMC <16 Kg/m² (OMS, 1998); edema, risco infecção, def. cicatrização;
n PP > 10% nos 6m;
Desnutrição 
(Diab, 2007)
20/03/17
7
n Classificação :
n Aguda x crônica 
n Primária à jejum ou inanição 
q falta ou deficiência de fornecimento de nutrientes ao organismo, 
ausência de determinantes consumptivos – REDUÇÃO NA 
TAXA METABÓLICA
n Secundária à stress metabólico
q hiperatividade metabólica, consumo tecidual, desnutrição grave e 
rápida – AUMENTO NA TAXA METABÓLICA
Desnutrição 
n Inanição Aguda (24-72 hs)
q Objetivo: Manter glicemia
q Glicogenólise para céls glicose-dependentes
q ↓Gasto energético: ↓ 20-30% consumo de O2;
q Hipoglicemia;
q 1°- 24h: exaustão glicogênio hepático (75g) e muscular 
(150g); 
q ↓ insulina, ­ contra-reguladores = gliconeogênese (glicerol, 
lactato e aa);
q Processo interrompido por alimento ou adaptação (s/ 
injúria);
Processo adaptativo metabólico na Desnutrição 
(Diab, 2007)
n Inanição aguda x crônica
n Inanição crônica (>72hs)
q Objetivo: manter proteínas viscerais/corporais 
q Depleção de PTN > 40% = morte
q I) Mobilização de gordura e ¯ degradação protéica
q II) Cérebro se adapta à corpos cetônicos à acetose 
metabólica
q A morte é por fragilização diafragmática, pneumonia ou 
outro processo infeccioso; o tempo depende do tamanho 
das reservas adiposas.
Processo adaptativo metabólico na 
Desnutrição 
(Diab, 2007)
n Principais alterações fisiológicas:
q Alterações endócrinas: inibição dos hormônio anabólicos e 
aumento dos catabólicos
q Alteração no sistema imunológico: ¯ linfócitos ¯ resposta imune
q Alterações hematológicas e transporte de O2
q Alterações nas funções cardiovascular e renal
q Alteração na função respiratória
q Alteração no sistema digestório
Consequências da Desnutrição 
(Diab, 2007)
n Alterações no sistema digestório 
q TGI e pâncreas se atrofiam
q Redução da secreção gástrica, pancreática e biliar
q Atrofia da mucosa e redução da motilidade e 
aplainamento das vilosidades e atraso na renovação
q Menor secreção de ácidos biliares e desconjugação 
bacteriana de sais biliares
q Aumento do crescimento bacteriano (superpopulação) 
Consequências da Desnutrição 
(Diab, 2007)
n Características que indicam mau prognóstico em caso 
de DEP
q Taquicardia severa, sinais de insuficiência cardíaca e/ou 
respiratória.
q Proteína totais abaixo de 3g/dL.
q Icterícia clínica, hiperbilirrubinemia e/ou transaminases 
francamente elevadas.
q Extensas lesões cutâneas esfoliativas ou exudativas, úlceras de 
decúbito profundas.
q Hipoglicemia ou hipotermia.
(TORUN, B; CHEW,F.Desnutrição energético-protéica IN:SHILLS Tratado de Nutrição 
Moderna na Saúde e na Doença, V.2, 9.a.ed, Manole,2003. P.1044.)
Desnutrição 
(Diab, 2007)
20/03/17
8
EVOLUÇÃO NUTRICIONAL E 
PROGNÓSTICO DO PACIENTE 
DESNUTRIDO
Desnutrição é frequente
Aumenta a morbi-mortalidade, 
tempo de internação e custos do 
paciente internado
Desnutrição tem repercussão no 
prognóstico clínico
Correia e Waitzberg. Clin Nutr 2003;22:235–9; Amaral et al. J Hum Nutr Diet.2008;21,575–583. Correia e Waitzberg. Clin Nutr 2003;22:235–9; Amaral et al. J Hum Nutr Diet.2008;21,575–583.
EVOLUÇÃO NUTRICIONAL E PROGNÓSTICO DO PACIENTE 
DESNUTRIDO
TRIAGEM RISCO NUTRICIONAL ADEQUAR EN
INTERVIR NO PACIENTE DESNUTRIDO
• PRÁTICA 
OBRIGATÓRIA 
• AVALIAÇÃO 
NUTRICIONAL 
TORNA-SE 
MANDATÓRIA
• EVITAR A 
DESNUTRIÇÃO 
HOSPITALAR
• EQUIPE MULTIDISCIPLINAR CAPACITADA 
• TERAPIA NUTRICIONAL ESPECIALIZADA
EXAME FÍSICO
¢¢ Perda	de	massa	muscular:
�� Músculos	da	região	das	têmporas;
�� Músculo	da	clavícula;
�� Músculo	dos	ombros	(junção);
�� Músculo	da	escápula;
�� Músculos	das	costelas	inferiores;
�� Músculo	do	dorso	da	mão	(músculos	interósseos);
�� Músculos	da	região	interna	da	perna;
�� Quadríceps;
�� Panturrilha.
20/03/17
9
Tabela. Características clínicas proposta para diagnosticar a desnutrição em adultos no âmbito hospitalar 
Característica clínica
Desnutrição Aguda Desnutrição Crônica Desnutrição Mista ou Crônica 
Agudizada
Moderada Severa Moderada Severa Moderada Severa
1. Ingestãoenergética
< 75% 
requerimento de 
estimativa de 
energia > 7 dias
< 50% 
requerimento de 
estimativa de 
energia
≥ 5 dias
< 75% 
requerimento de 
estimativa de 
energia ≥ 1 mês
< 75% 
requerimento de 
estimativa de 
energia ≥ 1 mês
< 75% 
requerimento de 
estimativa de 
energia ≥ 3 meses
< 50% 
requerimento de 
estimativa de 
energia
≥ 1 mês
2.Interpretação da perda de
peso % Tempo % Tempo % Tempo % Tempo % Tempo % Tempo
1 -2 1 
semana
>2 1 
semana
5 1mês >5 1mês 5 1mês >5 1mês
5 1 mês >5 1 mês 7,5 3 meses >7,5 3 meses 7,5 3 meses >7,5 3 
meses
7,5 3 meses > 7,5 3 meses 10 6 meses >10 6 meses 10 6 meses >10 6 
meses
20 1 ano >20 1 ano 20 1 ano >20 1 ano
3.Gordura corporal
Médio Moderado Médio Severo Médio Severo
4.Massa muscular
Médio Moderado Médio Severo Médio Severo
5. Acúmulo de líquido
Médio Moderado Médio Severo Médio Severo
6. Força do aperto de mão N/A mensurável 
reduzida
N/A mensurável 
reduzida
N/A mensurável 
reduzida
20/03/17
10
DIETOTERAPIA - Desnutrição 
n Fases do tratamento:
n 1ª Fase
q Correção dos distúrbios hidreletrolíticos (H2O, 
Na, K, Mg, P) 
q Manutenção da glicemia
q Edema X desidratação
q Controle das infecções
q Estabilização hemodinâmica
n Fases do tratamento:
n 2ª Fase: dietoterapia 
q Recuperar o estado nutricional (peso, reserva energética e 
massa muscular magra) – META: em g/KgPA – CURTO, MÉDIO 
E LONGO PRAZO
q Estimular o apetite.
q Regularizar a função gastrintestinal.
q Colaborar na reidratação.
q Promover educação nutricional.
Dietoterapia Desnutrição 
n Fases do tratamento:
n 2ª Fase: dietoterapia 
q Estimativa de ingestão conforme condições clínicas 
Desnutrição 
Condição Kcal/Kg/dia
Perda de peso 20-25
Manutenção de peso (sem 
stress)
25-30
Ganho de peso (sem stress) 30-35
Cirurgia eletiva em geral 32
Politrauma 40
Sepse 25-30
n Fases do tratamento:
n 2ª Fase: dietoterapia 
q Estimativa de ingestão conforme condições clínicas
Desnutrição 
Condição Proteína (g/Kg/dia)
Normal e sem stress 1,0-1,5
Cirurgia eletiva sem 
complicações
1,0-,1,2
Stress moderado 1,2-1,5
Stress grave (trauma, sepse, 
respiração artificial)
1,5-2,0
Queimadura > 60% da SCQ > 2,5
n Dieta oral adaptada às condições do 
paciente acrescida de suplemento nutricional. 
n Módulos de Nutrição Enteral por via oral 
(“NEVO”) 
n Fórmulas artesanais hipercalóricas e/ou 
hiperprotéicas
n TNE 
n NPT
OUTRAS RECOMENDAÇÕES
q Evoluir CONSISTÊNCIA e densidade nutricional 
lentamente (recuperação morfológica e funcional 
do TGI)
q Evitar grandes VOLUMES (desconforto gástrico)
q FRACIONAMENTO
q Aparência, odor, ambiente onde se faz a refeição
RECOMENDAÇÕES 
20/03/17
11
Fase 2- Reabilitação (hospitalar e 
após alta)
• Atenção à hidratação
• Corrigir as deficiências nutricionais específicas (Ferro sim)
• ↑ alimentação p/ recuperação do peso (melhora do apetite)
• Estimulação emocional e sensorial
• Preparar para alta (treinar cuidador alimentação e cuidados básicos)
Fase 3- Acompanhamento
(ambulatorial)
• Aumentar alimentação p/ recuperação do peso
• Estimulação emocional e sensorial
Prescrição dietoterápica
• Dificuldades encontradas para nutrir o 
paciente:
– Baixa tolerância à grandes volumes;
– Complicações clinicas;
– Diarréias e vômitos;
– Alta demanda nutricional;
Iniciar DEVAGAR!!!
Estudo dirigido
n a) Quais são as principais causas da desnutrição 
intrahospitalar? 
n b) Cite as principais consequências da falta de 
adoção de medidas preventivas para evitar ou 
corrigir a desnutrição intrahospitalar. 
n c) Aponte três situações clínicas em que o 
nutricionista poderá ser responsabilizado pela 
desnutrição iatrogênica. 
n d) Apresente ações que possam reverter os dados 
alarmantes apresentados no IBRANUTRI. 
Consequences of malnutrition for 
individuals
n Markedly increased morbidity and mortality rates1-2
q Malnourished patients experience more complications 
than well nourished patients; the risk of infection is 
more than three times greater in hospitalised 
malnourished patients2-3
n Associated with poorer quality of life1
q Malnutrition has a particularly high adverse impact in 
the older person4 impairing function, mobility and 
independence5
n Malnutrition has an adverse impact on growth and 
development in children 1,5
1. Stratton RJ et al. Wallingford: CABI Publishing; 2003. 2. Sorensen J et al. Clin Nutr 2008; 27(3):340-349. 3. Schneider SM et al. Br J Nutr 2004; 92(1):105-111. 4. Stratton RJ et al. Br J Nutr 2006; 95(2):325-330.
5. Elia M & Russell C. Redditch, BAPEN. 2009.
Malnutrition is associated with 
increased morbidity
n Malnutrition is associated with increased morbidity 
in acute and chronic disease including:
q Development of pressure ulcers1
q Poor wound healing1
q Post-operative complications such as acute renal 
failure, pneumonia and respiratory failure1
q Increased risk of infection2
1. Norman K et al. Clin Nutr 2008; 27(1):5-15. 2. Schneider SM et al. Br J Nutr 2004; 92(1):105-111. 
20/03/17
12
Recommendations for action• Identifying 
• Malnutrition
• National nutrition policy addressing under-nutrition as well as 
obesity/overweight
• Routine screening for vulnerable groups built into national nutrition 
policies
• Validated screening tools routinely used
• Appropriate equipment (weighing scales, stadiometers) available
• Agreement about who is responsible for performing screening
• Evidence-based guidance (including nutritional care plans) used to 
take action following screening and for monitoring
• Prevalence • Commitment made to systematically measure the prevalence of 
malnutrition
• A common approach taken to measuring and documenting 
malnutrition and risk of malnutrition, enabling comparisons to be 
made
• Causes • Evidence based approaches for nutritional care plans should be used 
taking account of causes
• Consequences • Awareness raised about the negative consequences of malnutrition 
for patients, healthcare providers and for society
• Evidence based screening programmes used to ensure malnutrition is 
identified early and appropriate action taken
Recommendations for action
Benefits of 
ONS
• A wealth of evidence is available that 
demonstrates the benefits of ONS. This should 
be translated into practice to ensure that 
patients who need nutritional intervention 
receive it in a timely and appropriate manner
Guidance • Guidance on managing malnourished patients 
or patients at risk of malnutrition should reflect 
current evidence and should provide clear and 
practical advice about how and when to use 
different forms of nutritional intervention, 
including ONS
Good Practice • Examples of good practice should be shared 
widely to facilitate the implementation of 
nutritional guidelines and ensure best use of 
resources.
Note
n This presentation is based on a report synthesising relevant information on 
the rationale for and value of ONS to provide stakeholders with an up-to-
date and practical summary of the evidence base:
http://www.medicalnutritionindustry.com/mni-publications/
n This document is an updated version of previous reports prepared in 2009 
and 2010. A pragmatic approach was used to identify relevant publications 
and material for inclusion. This document draws on the key elements of a 
comprehensive systematic review of the evidence base for the 
management of disease related malnutrition published in 20031. It builds on 
it by adding recent data on the prevalence, causes and consequences of 
malnutrition as well as the nutritional, functional, clinical and economic 
benefits of ONS. It now includes new data from outside Europe, as well as 
data examining the paediatric area. 
n This document includes a unique collation of relevant guidelines relating to 
ONS, as well as examples of implementation of guidelines and good 
practice. We recognize there are gaps - either real gaps or due to difficult 
accessibility of documentation. We hope this will be the starting point to 
encourage further documentation andsharing of information
n Therefore, this report represents work in progress as unpublished data may 
not be included, trials are ongoing and further guidelines and good practice 
may be in development
"A mente que se abre a uma nova 
idéia jamais voltará ao seu tamanho 
original." 
Albert Einstein
Obrigada, por sua atenção!

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