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Impugnação à contestação

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EXCELENTÍSSIMO JUIZ DE DIREITO DO ___ JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE PASÁRGADA/SP
Processo nº: xxxxxxx-xx.xxxx.x.xx.xxxx
	INDÚSTRIA DE CALÇADOS CHULÉ, já devidamente qualificada nos autos do processo em epígrafe, vem apresentar 
	IMPUGNAÇÃO A CONTESTAÇÃO 
	que faz em face de SHOPPING CANABRAVA pelas razões de direito que passa a expor a seguir
I – RESUMO DAS ALEGAÇÕES
	Em apertada síntese, discorre a ré em sede de contestação à inicial que a parte autora é parte ilegítima para propositura da ação referente ao furto ocorrido no dia 16 de março de 2017, fazendo-o de forma a duvidar da veracidade do ocorrido, o que por si só já demonstra a ausência de respeito tanto ao processo, quanto as partes e até mesmo ao juízo diante do abastado acervo probatório já juntado aos autos. 
II – IMPUGANAÇÃO DAS PRELIMINARES 
Preliminarmente, em sede de contestação, a requerida levantou a tese da ausência de legitimidade ativa ou interesse processual.
No entanto, tal alegação não merece ser acolhida, ao passo que João Paquinha se encontrava a trabalho, representando a empresa INDÚSTRIA DE CALÇADOS CHULÉ, ora requerente, sendo que os objetos subtraídos eram de propriedade da requerente e cedidos a João, pois se tratavam de instrumentos de trabalho, de maneira que todos os prejuízos foram suportados pela requerente. 
Portanto, não restam dúvidas de a requerente é parte legítima para a propositura da ação.
III – IMPUGNAÇÃO DO MÉRITO
· Impugnação a alegação de responsabilidade subsidiária
A ré alega não possuir responsabilidade ou mesmo possuir no máximo responsabilidade subsidiária o que não deve prosperar diante da situação em que a é claramente possível constatar a relação entre o estacionamento e o shopping, ora, um não é mais que extensão do outro, ainda que administrado por terceiro, mas a condição de ganho, de aferição de lucro de ambas estão intimamente ligadas configurando portanto a responsabilidade solidária, estando conforme entendimento sumulado pelo STJ no verbete de número 130. 
· Impugnação a alegação de ausência de dano material
Por conseguinte, a requerida afirma que não concorda com o valor da indenização por danos morais, vez que a requerente não é proprietária do veículo e que também não participou ativamente do evento danoso. 
Razão não assiste a requerida, isto porque, em que pese o veículo não pertencer a requerida, o sócio João Paquinha havia o alugado para fins laborais, de maneira que a requerente teve que suportar o valor referente à franquia do seguro do veículo, visto que o mesmo sofreu alguns danos.
Ademais, em relação aos objetos subtraídos do interior do veículo, verifica-se que os mesmos pertenciam a requerente e eram cedidos a João como instrumentos de trabalho, de forma que tal prejuízo também foi experimentado pela requerente.
Assim, resta incontroverso a existência de dano material, devendo a requerida ser condenada ao pagamento de indenização nos termos requeridos na inicial.
· Impugnação a alegação de ausência de dano moral
Conforme mencionado pela própria requerida, existem alguns requisitos para a caracterização do dano moral, os quais estão indubitavelmente presentes. Ora, o representante da requerente utilizou o serviço de estacionamento da requerida, pensando que o veículo e seus pertences estariam seguros. No entanto, a requeria inobservou todos os deveres de cuidado e permitiu que um terceiro adentrasse no estacionamento, danificasse o veículo e subtraísse os objetos pertencentes a requerente que estavam sob os cuidados de João Paquinha. Ademais, ressalte-se que os objetos subtraídos continham material publicitário da requente, a qual seria representada por João Paquinha em uma conferência. Deste modo, sem o referido material, a requerente não pôde participar do evento e consequentemente experimentou uma lesão irreparável a sua imagem.
IV - REQUERIMENTO FINAL 
	
	Ante o exposto, verifica-se que os argumentos trazidos na peça contestatória revelam-se insuficientes e ineficazes para rechaçar os pedidos formulados pelo Autor, pelo que se ratifica, em sua inteireza, o teor da pretensão trazida pela parte autora no petitório inaugural, para o fim de que sejam julgados procedentes os pedidos, nos exatos termos da inicial, tendo-se por impugnada a contestação apresentada, requerendo, desde já, que sejam ratificados os argumentos explanados na inicial, sendo julgada totalmente procedente a ação. 
	Protesta pelos meios de prova admissíveis 
	Nestes Termos,
	Pede e espera deferimento
Brene Pereira Silva
OAB/MG
Jhonatan Alves Pereira 
OAB/MG
Iasmyn Hortência da Silva
OAB/MG 
Allef Batista Oliveira
OAB/MG

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