Buscar

Prévia do material em texto

1 Contribuciones a Las Ciencias Sociales, São José dos Pinhais, v.17, n.6, p. 01-26, 2024 
 
 jan. 2021 
Gerenciamento de resíduos sólidos de serviços de saúde: um estudo de caso 
 
Management of solid waste from health services: a case study 
 
Gestión de residuos sólidos de servicios de salud: un estudio de caso 
 
DOI: 10.55905/revconv.17n.6-126 
 
Originals received: 05/10/2024 
Acceptance for publication: 05/31/2024 
 
Louize Nascimento 
Mestre em Manejo de Solo e Água 
Instituição: Universidade Federal do Ceará (UFC) 
Endereço: Fortaleza, Ceará, Brasil 
E-mail: louizenscmt@gmail.com 
Orcid: https://orcid.org/0000-0002-6083-8417 
 
Débora Silva Marcelino de Sousa 
Mestre em Ambiente, Tecnologia e Sociedade 
Instituição: Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA) 
Endereço: Mossoró, Rio Grande do Norte, Brasil 
E-mail: debora-smarcelino@live.com 
Orcid: https://orcid.org/0000-0002-7665-6941 
 
Jônnata Fernandes de Oliveira 
Doutor em Ciência Animal 
Instituição: Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN) 
Endereço: Mossoró, Rio Grande do Norte, Brasil 
E-mail: jonnata.oliveira@ifrn.edu.br 
Orcid: https://orcid.org/0000-0001-7325-435X 
 
Rogério Taygra Vasconcelos Fernandes 
Doutor em Ciência Animal 
Instituição: Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA) 
Endereço: Mossoró, Rio Grande do Norte, Brasil 
E-mail: rogerio.taygra@ufersa.edu.br 
Orcid: https://orcid.org/0000-0002-2901-3986 
 
Adilson Matheus Borges Machado 
Doutor em Desenvolvimento e Meio Ambiente 
Instituição: Universidade Federal do Maranhão (UFMA) 
Endereço: Pinheiro, Maranhão, Brasil 
E-mail: adilson.borges@ufma.br 
Orcid: https://orcid.org/0000-0002-4838-6913 
 
 
2 Contribuciones a Las Ciencias Sociales, São José dos Pinhais, v.17, n.6, p. 01-26, 2024 
 
 jan. 2021 
Milena Monteiro Feitosa 
Mestre em Economia Rural 
Instituição: Universidade Federal do Ceará (UFC) 
Endereço: Fortaleza, Ceará, Brasil 
E-mail: milenamonteirofeitosa@gmail.com 
Orcid: https://orcid.org/0000-0002-3748-2395 
 
Danielle Peretti 
Doutora em Ecologia de Ambientes Aquáticos Continentais 
Instituição: Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) 
Endereço: Mossoró, Rio Grande do Norte, Brasil 
E-mail: danielleperetti@uern.br 
Orcid: https://orcid.org/0000-0002-5333-9812 
 
Alcigerio Pereira de Queiroz 
Mestre em Geografia 
Instituição: Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA) 
Endereço: Mossoró, Rio Grande do Norte, Brasil 
E-mail: alcigerioqueiroz@gmail.com 
Orcid: https://orcid.org/0000-0001-5212-0184 
 
RESUMO 
O gerenciamento adequado dos resíduos de serviços de saúde (RSS) é importante para proteger 
a saúde pública e o meio ambiente, demandando investigação sobre como esses resíduos são 
gerenciados em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) vinculada ao Sistema Único de Saúde 
(SUS). Este estudo visa caracterizar o gerenciamento de resíduos em uma UBS localizada no 
município de Mossoró, Rio Grande do Norte, Brasil, compreendendo as etapas do processo desde 
a geração até a disposição final. A metodologia empregada incluiu pesquisa bibliográfica, 
abordagem exploratória e análise qualitativa, garantindo uma análise detalhada do tema. Os 
resultados demonstram o compromisso da UBS com a mitigação dos impactos negativos dos 
resíduos, evidenciando práticas alinhadas às normas da ANVISA e CONAMA. A entrevista com 
a gerente destacou a importância de estratégias para minimizar os RSS, incluindo a redução de 
riscos à população e ao meio ambiente, além dos custos associados ao gerenciamento desses 
resíduos. No entanto, foram identificadas lacunas no armazenamento externo, sugerindo a 
necessidade de medidas corretivas para melhorar a segurança e eficiência do processo. As 
conclusões ressaltam a importância da capacitação contínua dos profissionais e da conformidade 
com as normas regulamentadoras para promover uma gestão responsável e sustentável dos RSS 
na UBS, visando à proteção da saúde pública e do meio ambiente. 
 
Palavras-chave: unidade básica de saúde, RSS, saúde pública, sistema único de saúde. 
 
ABSTRACT 
Proper management of healthcare waste (HCW) is crucial to protect public health and the 
environment, demanding investigation into how this waste is managed in a Basic Health Unit 
(BHU) linked to the Unified Health System (SUS). This study aims to characterize waste 
management in a BHU located in the municipality of Mossoró, Rio Grande do Norte, Brazil, 
encompassing the process steps from generation to final disposal. The methodology employed 
 
3 Contribuciones a Las Ciencias Sociales, São José dos Pinhais, v.17, n.6, p. 01-26, 2024 
 
 jan. 2021 
included literature review, exploratory approach, and qualitative analysis, ensuring a detailed 
analysis of the subject. The results demonstrate the BHU's commitment to mitigating the negative 
impacts of waste, highlighting practices aligned with ANVISA and CONAMA standards. The 
interview with the manager emphasized the importance of strategies to minimize HCW, 
including reducing risks to the population and the environment, as well as costs associated with 
waste management. However, gaps in external storage were identified, suggesting the need for 
corrective measures to improve process safety and efficiency. The conclusions emphasize the 
importance of ongoing professional training and compliance with regulatory standards to 
promote responsible and sustainable management of HCW in BHU, aiming to protect public 
health and the environment. 
 
Keywords: basic health unit, HCW, public health, unified health system. 
 
RESUMEN 
La gestión adecuada de los residuos de servicios de salud (RSS) es crucial para proteger la salud 
pública y el medio ambiente, exigiendo investigación sobre cómo se gestionan estos residuos en 
una Unidad Básica de Salud (UBS) vinculada al Sistema Único de Salud (SUS). Este estudio 
tiene como objetivo caracterizar la gestión de residuos en una UBS ubicada en el municipio de 
Mossoró, Rio Grande do Norte, Brasil, abarcando los pasos del proceso desde la generación hasta 
la disposición final. La metodología empleada incluyó revisión bibliográfica, enfoque 
exploratorio y análisis cualitativo, garantizando un análisis detallado del tema. Los resultados 
demuestran el compromiso de la UBS con la mitigación de los impactos negativos de los 
residuos, destacando prácticas alineadas con las normas de ANVISA y CONAMA. La entrevista 
con la gerente enfatizó la importancia de estrategias para minimizar los RSS, incluida la 
reducción de riesgos para la población y el medio ambiente, así como los costos asociados con 
la gestión de estos residuos. Sin embargo, se identificaron deficiencias en el almacenamiento 
externo, lo que sugiere la necesidad de medidas correctivas para mejorar la seguridad y eficiencia 
del proceso. Las conclusiones enfatizan la importancia de la capacitación profesional continua y 
el cumplimiento de normas regulatorias para promover una gestión responsable y sostenible de 
los RSS en la UBS, con el objetivo de proteger la salud pública y el medio ambiente. 
 
Palabras clave: unidad básica de salud, RSS, salud pública, sistema único de salud. 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
A preocupação com a segregação dos Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) é um 
fenômeno recente nas instituições hospitalares e só começou a receber a devida importância 
recentemente com a implementação de legislações específicas (Genário, 2023). Resíduos 
provenientes de unidades de saúde apresentam potencial risco devido à presença de agentes 
infecciosos e substâncias químicas nocivas, representando ameaças tanto para os profissionais 
de saúde quanto para a comunidade em geral (Silva; Hoppe, 2005). Portanto, compreender como 
 
4 Contribuciones a Las Ciencias Sociales, São José dos Pinhais, v.17, n.6, p. 01-26, 2024 
 
 jan. 2021 
esses resíduos são gerenciados em uma Unidade Básica de Saúde (UBS)exclusivamente 
vinculada ao Sistema Único de Saúde (SUS) é de extrema importância para garantir a segurança 
e a eficácia dos procedimentos de descarte e tratamento (Reichardt et al., 2021). 
A Unidade Básica de Saúde desempenha um papel central no atendimento primário à 
saúde da população, muitas vezes sendo a primeira instância de cuidados médicos para os 
indivíduos (Doege; Matthies; Brilinger, 2024). A forma como os resíduos são gerenciados nessas 
unidades não apenas influencia diretamente a segurança dos pacientes e dos profissionais de 
saúde, mas também reflete a qualidade e a eficiência dos serviços oferecidos pelo SUS (Sousa et 
al., 2021). Investigar o gerenciamento de resíduos de saúde pode fornecer informações valiosas 
sobre o funcionamento do sistema de saúde pública e as medidas necessárias para sua melhoria 
(Ventura; Reis; Takayanagui, 2010). 
Além disso, a Unidade Básica de Saúde exclusivamente vinculada ao SUS enfrenta 
desafios específicos em relação ao gerenciamento de resíduos, considerando as limitações de 
recursos financeiros e técnicos comuns a muitas instituições de saúde pública no Brasil (Rizzon; 
Nodari, 2015). Compreender como essas instituições lidam com os resíduos de serviços de saúde 
é essencial para identificar áreas de melhoria e desenvolver estratégias eficazes de gestão de 
resíduos que sejam acessíveis e sustentáveis dentro do contexto do sistema de saúde pública 
brasileiro (e.g. Souza; Oliveira; Sartori, 2015). 
A caracterização do gerenciamento de resíduos de serviços de saúde (RSS) em uma UBS 
específica é fundamental para garantir a segurança e a saúde da comunidade atendida por esse 
serviço (Moreschi et al., 2014). Resíduos de serviços de saúde podem conter materiais biológicos 
contaminados, produtos químicos perigosos e outros resíduos que representam riscos 
significativos para a saúde pública se não forem tratados adequadamente (Gomes; Esteves, 
2012). Logo, compreender como esses resíduos são manipulados e descartados na UBS é 
essencial para prevenir possíveis contaminações e danos à saúde dos pacientes e profissionais de 
saúde (Justiniano et al., 2020). 
Além dos riscos diretos à saúde, o gerenciamento inadequado de RSS também pode 
causar danos ao meio ambiente, contaminando o solo, a água e o ar (Garcia; Zanetti-Ramos, 
2004). Como parte integrante da comunidade, uma UBS tem a responsabilidade ambiental de 
garantir que seus resíduos sejam tratados de maneira segura e sustentável, minimizando seu 
impacto negativo nos ecossistemas naturais (Afonso et al., 2016). Portanto, caracterizar o 
 
5 Contribuciones a Las Ciencias Sociales, São José dos Pinhais, v.17, n.6, p. 01-26, 2024 
 
 jan. 2021 
gerenciamento de RSS na UBS não apenas protege a saúde pública, mas também contribui para 
a preservação ambiental e o desenvolvimento sustentável da região (Moreira; Günther, 2016). 
Além disso, a caracterização do gerenciamento de RSS em uma unidade de saúde pode 
fornecer informações importantes para aprimorar as políticas e práticas de gestão de resíduos em 
unidades de saúde semelhantes em todo o país (Carvalho et al., 2021). Ao identificar boas 
práticas e desafios enfrentados pela UBS em questão, os resultados desta pesquisa podem 
informar a elaboração de diretrizes e estratégias mais eficazes para o gerenciamento de resíduos 
de saúde em nível nacional, contribuindo assim para a promoção da saúde pública e da 
sustentabilidade ambiental em todo o Brasil (Melo et al., 2013). 
Portanto, o objetivo geral deste estudo é caracterizar o gerenciamento de resíduos de 
serviços de saúde (RSS) em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) localizada no município de 
Mossoró, Rio Grande do Norte, Brasil. Especificamente, busca-se entender como esses resíduos 
são tratados e descartados na UBS, identificando as diferentes etapas desse processo, desde a 
geração até a disposição final. A pesquisa adota uma abordagem exploratória, buscando obter 
uma compreensão abrangente do tema por meio da observação direta e do levantamento de dados 
existentes na literatura científica e em fontes regulatórias. 
 
2 REFERENCIAL TEÓRICO 
 
2.1 FUNDAMENTAÇÃO CONCEITUAL: GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE 
SERVIÇOS DE SAÚDE (RSS) 
 
Considerando a complexidade inerente ao gerenciamento de resíduos de serviços de 
saúde (RSS), é fundamental compreender que esse processo não se limita apenas ao descarte de 
materiais, mas envolve uma série de procedimentos e práticas meticulosamente planejados e 
executados (Ferreira, 1995). Desde a coleta até a disposição final, cada etapa do processo requer 
atenção especial, considerando a diversidade de resíduos gerados em diferentes contextos. A 
classificação dos resíduos em categorias como infectantes, perfurocortantes, químicos e 
radioativos (Silva et al., 2017), ressalta a necessidade de abordagens específicas e protocolos 
bem definidos para cada tipo de material (Arruda Junior; Almeida; Oesterreich, 2023). 
 
6 Contribuciones a Las Ciencias Sociales, São José dos Pinhais, v.17, n.6, p. 01-26, 2024 
 
 jan. 2021 
A importância do gerenciamento adequado dos RSS reside no potencial risco que esses 
resíduos representam para a saúde pública (aos pacientes, aos trabalhadores da saúde, à 
comunidade em geral) e ao meio ambiente (Silva; Sperling; Barros, 2014). Resíduos infectantes, 
por exemplo, podem conter agentes patogênicos, como vírus, bactérias e parasitas, que podem 
causar infecções e doenças se não forem devidamente tratados (Bordin; Stedile; Schneider, 
2020). Da mesma forma, os resíduos químicos podem conter substâncias tóxicas e 
carcinogênicas, representando uma ameaça à saúde humana e ao meio ambiente se não forem 
manipulados corretamente (e.g. Mota et al., 2004). 
Além dos impactos diretos à saúde, o gerenciamento inadequado dos RSS também pode 
resultar em danos ambientais significativos (Cafure; Patriarcha-Graciolli, 2015). A contaminação 
do solo, da água e do ar por substâncias químicas perigosas provenientes dos RSS pode 
comprometer a qualidade ambiental e ameaçar a biodiversidade local (Figueiredo et al., 2020). 
É fundamental uma maior mobilização por parte dos estabelecimentos de saúde para debater a 
legislação e buscar soluções para os problemas, por meio de iniciativas como capacitação e 
educação contínua, com o objetivo de prevenir situações de risco (Gallotti et al., 2017). 
 
2.2 REVISÃO DA LITERATURA: GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE 
SAÚDE (RSS) 
 
Uma das preocupações globais que tem provocado questionamentos é a produção 
constante e ininterrupta de resíduos sólidos, devido aos diversos riscos que representam para a 
sociedade e ao meio ambiente (Ferrareze et al., 2005). A revisão da literatura sobre o 
gerenciamento de resíduos de serviços de saúde (RSS) revela uma variedade de estudos que 
abordam métodos, práticas e desafios nessa área crucial (Barros et al., 2020; Rosa; Mathias; 
Komat, 2015; Shinzato et al., 2010; Souza et al., 2007). Muitos desses estudos enfatizam a 
necessidade de abordagem integrada e abrangente no gerenciamento de RSS, que inclui desde a 
identificação dos tipos de resíduos até a implementação de medidas de controle e monitoramento 
eficazes (Coelho, 2007; Ferreira et al., 2014; Souza; Canciglieri Jr, 2021; Zajac et al., 2016). 
A partir de 2004, a ANVISA adotou alguns critérios para o gerenciamento adequado dos 
Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) por meio da Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 306 
(Brasil, 2004). Esses critérios incluíram a classificação dos tipos de resíduos, bem como as etapas 
 
7 Contribuciones a Las Ciencias Sociales, São José dos Pinhais, v.17, n.6, p. 01-26, 2024 
 
 jan. 2021 
de segregação, acondicionamento, armazenamento, transporte e destinação final, estabelecendo-
as como estratégias essenciais para os serviços de saúde. Os RSS são classificados conforme o 
seu grau de risco, de acordo com a Resolução CONAMA nº 358/2005 (Brasil,2005), sendo: 
 
O Grupo A compreende resíduos biológicos que apresentam risco de contaminação, 
como materiais infectantes e perfurocortantes. Já o Grupo B abrange os resíduos 
químicos, incluindo produtos farmacêuticos vencidos e substâncias tóxicas. Os resíduos 
radioativos são designados ao Grupo C, constituídos por materiais contaminados com 
substâncias radioativas, como reagentes e equipamentos médicos. Por fim, o Grupo D 
engloba os resíduos comuns, sem risco biológico, químico ou radioativo, como papel, 
plástico e restos de alimentos. Esta classificação proporciona diretrizes claras para o 
tratamento adequado de cada tipo de resíduo, garantindo a segurança dos profissionais 
de saúde, pacientes e meio ambiente (Brasil, 2005). 
 
O Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS) surge como uma 
ferramenta essencial para a gestão eficaz dos resíduos sólidos na área da saúde (Albuquerque et 
al., 2021). Este plano deve ser abrangente, contemplando minuciosamente todas as etapas do 
manejo dos resíduos, tanto dentro quanto fora das instalações do estabelecimento de saúde (Bagio 
et al., 2013). Seu propósito central é mitigar os riscos de exposição ocupacional associados ao 
manuseio desses resíduos, ao mesmo tempo em que busca elevar os padrões de qualidade na 
prestação de assistência aos pacientes (Mendonça et al., 2017). A integração do PGRSS às 
práticas cotidianas das instituições de saúde é fundamental para garantir um ambiente seguro 
para os profissionais e promover o bem-estar dos pacientes (Macedo et al., 2013). 
Nos últimos anos, a pesquisa na área de RSS tem se intensificado, com um foco crescente 
na identificação de boas práticas e soluções inovadoras para os desafios enfrentados nesse campo, 
especialmente em unidades de saúde ligadas ao Sistema Único de Saúde (SUS) (Aleixo; Braga, 
2022; Vieira, 2020). Estudos recentes têm investigado métodos avançados de segregação e coleta 
de resíduos, explorando tecnologias emergentes para o tratamento e disposição final desses 
materiais (Kizima et al., 2023; Souza et al., 2013; Stedile et al., 2018). Além disso, há uma ênfase 
na implementação de estratégias de capacitação e educação para profissionais de saúde e equipes 
de gestão de resíduos, visando melhorar a conscientização e a conformidade com as diretrizes 
regulatórias (Nunes et al., 2012; Ortiz, 2018). 
Entretanto, a literatura também aponta uma série de desafios persistentes no 
gerenciamento de RSS, incluindo a escassez de recursos financeiros e técnicos, infraestrutura 
limitada e falta de conscientização e treinamento adequados entre os profissionais de saúde 
 
8 Contribuciones a Las Ciencias Sociales, São José dos Pinhais, v.17, n.6, p. 01-26, 2024 
 
 jan. 2021 
(Bento et al., 2017; Sena et al., 2021). Questões relacionadas à legislação ambiental e à segurança 
ocupacional também são áreas de preocupação e debate contínuos (Freitas; Silva, 2012). De 
acordo com Portugal e Moraes (2020), alguns aspectos da nova resolução carecem de clareza, o 
que pode resultar em seu descumprimento e falta de eficácia. 
Em unidades de saúde ligadas ao SUS, esses desafios podem ser ainda mais acentuados 
devido às limitações de financiamento e à complexidade do sistema de saúde pública no Brasil, 
a inexecução do Plano de Gerenciamento dos Resíduos dos Serviços de Saúde (PGRSS), a falta 
de atitudes gerenciais positivas e educação continuada (e.g. Maders; Cunha, 2015). Portanto, é 
crucial que pesquisas futuras continuem a explorar maneiras de superar esses desafios e promover 
melhores práticas de gerenciamento de RSS que garantam a segurança dos pacientes, dos 
profissionais de saúde e do meio ambiente (Mekaro; Moraes; Uehara, 2022). 
 
2.3 QUADRO NORMATIVO E INSTITUCIONAL: GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS 
SÓLIDOS DE SAÚDE (RSS) NO BRASIL 
 
No Brasil, o gerenciamento de RSS é regulado por um amplo quadro normativo e 
institucional que abrange políticas, regulamentações e diretrizes em diferentes níveis 
governamentais (Salomão et al., 2022). A Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 222/2018 
da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) é uma das principais normativas federais 
que estabelecem as diretrizes gerais para o gerenciamento de RSS em todo o país. Além da RDC 
nº 222/2018, outras regulamentações, como a Norma Regulamentadora NR-32 do Ministério do 
Trabalho e Emprego, complementam o quadro regulatório do gerenciamento de RSS no Brasil 
(Lima; Migani, 2022). Essas normas visam garantir a segurança e saúde dos trabalhadores da 
saúde que lidam com os resíduos gerados em seus locais de trabalho (Silva; Rodrigues, 2020). 
As Resoluções nº 306 da ANVISA, de 2004, e nº 358 do CONAMA, de 2005, visam à 
harmonização entre os órgãos regulatórios sobre os resíduos de serviços de saúde no Brasil 
(Brasil, 2005). Elas transferem a responsabilidade do manejo para os geradores e exigem a 
implementação de um plano de gerenciamento adequado (Lasch; Wolff, 2010). Esse plano inclui 
uma série de procedimentos destinados a minimizar os riscos à saúde e a preservar tanto a saúde 
pública quanto o meio ambiente, resguardando os recursos naturais (Santos; Souza, 2012). Em 
nível estadual e municipal, diversos estados e municípios brasileiros possuem suas próprias 
 
9 Contribuciones a Las Ciencias Sociales, São José dos Pinhais, v.17, n.6, p. 01-26, 2024 
 
 jan. 2021 
regulamentações e diretrizes para o gerenciamento de RSS, que complementam as normativas 
federais (Zamoner, 2008). Essas regulamentações são adaptadas às necessidades locais e visam 
garantir a eficácia e segurança no manejo dos RSS em cada região do país (Cruz, 2023). 
No que diz respeito às responsabilidades das instituições de saúde, a legislação brasileira 
estabelece que estas têm o dever de garantir o gerenciamento adequado dos resíduos por elas 
gerados (Camargo et al., 2009). Isso inclui a implementação de planos de gerenciamento de 
resíduos, a capacitação de funcionários, a manutenção de infraestrutura adequada e o 
cumprimento das normas e regulamentos vigentes (e.g. Camargo; Melo, 2017). O 
descumprimento dessas obrigações pode acarretar em sanções administrativas e até mesmo 
penais, dependendo da gravidade da infração (Silva, 2012). 
 
3 METODOLOGIA 
 
O estudo foi realizado em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) localizada no município 
de Mossoró, Rio Grande do Norte, Brasil. A metodologia do estudo foi delineada para atender 
aos objetivos propostos, empregando diferentes técnicas de pesquisa para uma abordagem 
abrangente e detalhada do tema. Inicialmente, foi realizada uma pesquisa bibliográfica, que 
consistiu em um levantamento de informações a partir de diversas fontes, como livros, revistas, 
artigos e sites de internet (Sousa; Oliveira; Alves, 2021), garantindo uma base sólida de 
conhecimento sobre o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde (RSS). 
Além da pesquisa bibliográfica, o estudo adotou uma abordagem exploratória, permitindo 
uma maior familiaridade do pesquisador com o tema investigado (Souza et al., 2020). Essa etapa 
foi essencial para compreender a complexidade do gerenciamento de RSS na UBS. Para a coleta 
de dados, foi realizada uma análise qualitativa, que se preocupou em explorar aspectos mais 
profundos e subjetivos relacionados ao gerenciamento de RSS (e.g. Minayo; Deslandes, Gomes, 
2016). Essa análise concentrou-se nos significados, motivações, aspirações, crenças e valores 
envolvidos no processo, utilizando como referencial teórico a abordagem qualitativa. 
Quanto aos aspectos éticos da pesquisa, foi assegurada a transparência e o respeito aos 
envolvidos. Inicialmente, foi apresentado o objetivo do estudo à gerente da UBS, solicitando sua 
autorização para coleta de dados e realização de observações in loco. Adicionalmente, foi obtido 
 
10 Contribuciones a Las Ciencias Sociales, São José dos Pinhais, v.17, n.6, p. 01-26, 2024 
 
 jan. 2021consentimento para a publicação das informações e fotografias da unidade, resguardando a 
privacidade e a confidencialidade das informações coletadas. 
A coleta de dados foi realizada por meio de entrevista com a gerente, conforme 
preconizado por Martins (2004). A entrevista proporcionou uma oportunidade para obter 
informações detalhadas sobre o gerenciamento de RSS na unidade, incluindo práticas, 
procedimentos e desafios enfrentados. É importante ressaltar que não foram obtidos dados 
específicos sobre a quantidade de resíduos gerados e seus tratamentos durante a entrevista. 
 
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
Os procedimentos adotados para o gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde 
(RSS) na Unidade Básica de Saúde (UBS) são essenciais para mitigar os potenciais impactos 
negativos desses resíduos no meio ambiente e na saúde pública (Doege; Matthies; Brilinger, 
2024; Reichardt et al., 2021). É fundamental priorizar a não geração, minimização e o 
reaproveitamento dos resíduos, conforme preconizado pela legislação vigente e pelas diretrizes 
de boas práticas (Erdtmann et al., 2004). Nesse sentido, a temática dos RSS vai além da mera 
transmissão de doenças infecciosas, abrangendo também a proteção da saúde dos trabalhadores 
e a preservação ambiental (Bordin; Stedile; Schneider, 2020). 
A entrevista realizada com a gerente da Unidade Básica de Saúde (UBS) evidenciou a 
importância de estratégias para minimizar os resíduos de saúde (RSS), visando reduzir os riscos 
à população e ao meio ambiente, bem como os custos associados ao gerenciamento desses 
resíduos (Cafure; Patriarcha-Graciolli, 2015). A Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) Nº 
306, de 7 de dezembro de 2004, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), 
estabelece um conjunto de etapas para o gerenciamento adequado dos RSS, que incluem desde a 
segregação até a disposição final (Brasil, 2004). 
No âmbito da UBS, o manuseio dos resíduos de saúde é conduzido de forma a garantir a 
segurança e a higiene tanto dos profissionais responsáveis quanto dos pacientes e do ambiente 
(Sousa et al., 2021). É crucial o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) durante o 
manuseio externo dos resíduos, seguindo as diretrizes estabelecidas pela Associação Brasileira 
de Normas Técnicas (ABNT, 1993) na Norma Brasileira Regulamentadora (NBR) 12.809. Vale 
ressaltar que o manejo dos RSS varia de acordo com o porte da unidade de saúde, sendo 
 
11 Contribuciones a Las Ciencias Sociales, São José dos Pinhais, v.17, n.6, p. 01-26, 2024 
 
 jan. 2021 
necessário adaptar as etapas do processo conforme o volume de resíduos gerados, conforme as 
recomendações da legislação pertinente (Costa; Batista, 2016). 
 
4.1 SEGREGAÇÃO, ACONDICIONAMENTO E IDENTIFICAÇÃO 
 
No processo de segregação, a UBS adota práticas alinhadas com as diretrizes da 
Resolução RDC Nº 306/04 da ANVISA (Brasil, 2004), que preconiza a separação dos resíduos 
no momento e local de sua geração, levando em consideração suas características e riscos 
associados (Justiniano et al., 2020). Os profissionais da unidade realizam essa segregação de 
forma cuidadosa, garantindo a eficácia do processo (Silva et al., 2017). A conformidade com as 
etapas de acondicionamento e identificação é observada, com a disponibilização de caixas e sacos 
específicos para coleta seletiva, de acordo com os tipos de resíduos gerados (e.g. Arruda Junior; 
Almeida; Oesterreich, 2023). 
No contexto da UBS, o acondicionamento dos resíduos é realizado de acordo com as 
recomendações da ANVISA (Brasil, 2004), visando evitar vazamentos e ações de punctura e 
ruptura. A atenção dada aos tipos de sacos e recipientes utilizados é evidente, especialmente no 
caso dos materiais perfurocortantes, que são acondicionados em caixas resistentes a perfurações 
e devidamente identificadas. Essa prática está alinhada com as orientações de especialistas, como 
mencionado por Takayanagui (2005). 
A identificação dos resíduos complementa o processo de acondicionamento, permitindo 
que sejam reconhecidos de acordo com seu grupo, conforme preconizado pela legislação vigente. 
Na UBS, os resíduos são identificados de maneira clara e objetiva, facilitando a gestão e 
garantindo a segurança dos profissionais envolvidos. Além disso, a capacidade dos recipientes 
de acondicionamento é adequada à geração diária de cada tipo de resíduo, conforme relatado pela 
gerente da unidade (Figura 1). 
Os resíduos do Grupo A, que incluem materiais infectantes, são segregados diretamente 
na fonte geradora, com acondicionamento em sacolas específicas e lacradas. Essa prática é 
realizada com atenção aos protocolos de segurança, visando evitar contaminações e garantir a 
integridade dos profissionais envolvidos. A preocupação com a segregação e a identificação dos 
resíduos demonstra o comprometimento da equipe com a segurança e a saúde pública. 
 
12 Contribuciones a Las Ciencias Sociales, São José dos Pinhais, v.17, n.6, p. 01-26, 2024 
 
 jan. 2021 
Em relação aos resíduos do Grupo B, como medicamentos vencidos, a UBS adota 
medidas para sua devolução aos fornecedores, conforme estabelecido pela legislação ambiental. 
Esses resíduos são considerados de alto risco devido às suas características químicas, exigindo 
cuidados específicos durante o manuseio e a destinação final. A atenção aos resíduos do Grupo 
D, com a remoção diária das lixeiras e o acondicionamento adequado, reflete o compromisso da 
UBS com a gestão responsável dos resíduos de saúde. 
 
Figura 1. Resíduos sólidos de saúde (RSS) armazenados em sacos e caixa na Unidade Básica de Saúde (UBS) 
localizada no município de Mossoró, Rio Grande do Norte, Brasil. 
 
Fonte: Elaboradas pelos próprios autores. 
 
No que diz respeito aos resíduos do Grupo E, como os materiais radioativos, a UBS adota 
medidas rigorosas para sua coleta e armazenamento, em conformidade com as normas 
estabelecidas pela RDC Nº 306/04 da ANVISA (Brasil, 2004). A enfermeira responsável pela 
coleta e armazenamento desses resíduos é treinada para lidar com substâncias radioativas de 
forma segura, minimizando os riscos para os profissionais e o meio ambiente (e.g. Figueiredo et 
al., 2020). Essa abordagem reflete a importância dada pela UBS à gestão de todos os tipos de 
resíduos de saúde, independentemente de seu grau de periculosidade. 
 
 
13 Contribuciones a Las Ciencias Sociales, São José dos Pinhais, v.17, n.6, p. 01-26, 2024 
 
 jan. 2021 
4.2 ARMAZENAMENTO INTERNO 
 
O armazenamento interno dos resíduos na UBS revelou-se organizado e eficiente, 
especialmente em relação aos resíduos do Grupo D, que são acondicionados em recipientes 
apropriados, como lixeiras com tampa com pedal e lixeiras comuns. Essa disposição estratégica, 
observada nos banheiros, corredores e cozinha da UBS, contribui não apenas para a manutenção 
de um ambiente limpo e seguro, mas também para a redução do risco de acidentes e para a 
facilitação do manejo adequado dos resíduos (Figura 2). 
 
Figura 2. Armazenamento interno dos Resíduos Sólidos de Saúde (RSS) na cozinha (A) e no corredor da cozinha 
(B) da Unidade Básica de Saúde (UBS) localizada no município de Mossoró, Rio Grande do Norte, Brasil. 
 
Fonte: Elaboradas pelos próprios autores. 
 
A coleta interna dos resíduos é realizada pelos auxiliares de serviços gerais, cuja função 
é zelar pelo ambiente e conduzir os resíduos comuns para o local adequado. Esses profissionais 
desempenham um papel fundamental na integridade do ambiente de trabalho, assegurando que 
os resíduos sejam corretamente acondicionados e identificados. A utilização de sacos brancos e 
a identificação adequada dos resíduos são procedimentos essenciais para garantir a conformidade 
com as normas estabelecidas pela ABNT (1993). Os procedimentos adotados para os RSS na 
UBS estão alinhados com as diretrizes da NBR 12809 da ABNT (1993), que preconizam a não 
permissão de rompimentodos recipientes e a realização imediata de limpeza e desinfecção em 
caso de acidente ou derramamento. Essas práticas refletem o compromisso da UBS em manter 
um ambiente de trabalho seguro e em conformidade com as regulamentações vigentes. 
 
A B 
 
14 Contribuciones a Las Ciencias Sociales, São José dos Pinhais, v.17, n.6, p. 01-26, 2024 
 
 jan. 2021 
4.3 ARMAZENAMENTO EXTERNO 
 
O processo de armazenamento externo dos resíduos sólidos de saúde (RSS) na Unidade 
Básica de Saúde (UBS) foi realizado de maneira cautelosa, com remanejamento dos resíduos por 
um funcionário designado para essa função. Essa prática é fundamental para garantir a segurança 
e a integridade dos resíduos, uma vez que são transferidos para um local fechado, afastado das 
áreas de circulação de pessoas não autorizadas e protegido contra intempéries ambientais, como 
a exposição ao sol e à chuva (Figura 3). 
No entanto, durante a observação, foi constatado que a sala de armazenamento externo 
apresentava algumas lacunas em relação às boas práticas de gestão de resíduos. Um aspecto 
relevante foi a ausência de ventilação adequada, pois a sala não possuía janelas, o que poderia 
comprometer a circulação do ar e a dissipação de odores. Além disso, a falta de identificação da 
sala, por meio de cores, símbolos e frases, não atendia às exigências relacionadas à identificação 
do conteúdo e aos riscos específicos de cada grupo de RSS, conforme preconizado pela Fundação 
Nacional de Saúde (Brasil, 2019). 
 
Figura 3. Abrigo externo para armazenamento dos Resíduos Sólidos de Saúde (RSS) na Unidade Básica de Saúde 
(UBS) localizada no município de Mossoró, Rio Grande do Norte, Brasil. 
 
Fonte: Elaboradas pelos próprios autores. 
 
A importância de um abrigo de resíduos fechado e devidamente identificado é destacada 
pela Fundação Nacional de Saúde (Brasil, 2019), que recomenda que a chave desse abrigo seja 
 
15 Contribuciones a Las Ciencias Sociales, São José dos Pinhais, v.17, n.6, p. 01-26, 2024 
 
 jan. 2021 
guardada em local conhecido apenas pela equipe responsável pela coleta, transporte e 
armazenamento externo, bem como pela equipe encarregada da lavagem e higienização. Essas 
medidas visam garantir a segurança e a gestão adequada dos resíduos, minimizando os riscos de 
contaminação e acidentes durante o processo de manipulação e armazenamento externo dos RSS. 
Para melhorar as condições de armazenamento externo dos resíduos na UBS, sugere-se a 
implementação de medidas corretivas, como a instalação de sistemas de ventilação adequada na 
sala de armazenamento externo, visando garantir a circulação adequada do ar e a dissipação de 
odores. Além disso, é fundamental a adoção de uma identificação clara e padronizada da sala, 
conforme as normas e regulamentações estabelecidas, para facilitar a rápida identificação do 
local por parte dos funcionários autorizados e garantir a conformidade com as diretrizes 
normativas. Essas melhorias contribuirão para aprimorar a segurança e eficiência do processo de 
armazenamento externo dos resíduos sólidos de saúde na UBS, promovendo uma gestão mais 
adequada e sustentável dos RSS. 
 
4.4 COLETA E TRANSPORTE EXTERNOS, DISPOSIÇÃO FINAL 
 
A coleta externa dos resíduos sólidos de saúde (RSS) na Unidade Básica de Saúde (UBS) 
é realizada por um servidor público em parceria com a prefeitura municipal de Mossoró, Rio 
Grande do Norte, Brasil. De acordo com a gestora, esse serviço ocorre regularmente nas 
segundas-feiras, quartas-feiras e sextas-feiras e é conduzido de forma meticulosa, sem que os 
resíduos entrem em contato com o ambiente da unidade, sendo depositados diretamente no carro 
coletor especializado para aquele tipo de material. 
No que se refere à disposição final dos resíduos, destaca-se que estes são encaminhados 
para o aterro sanitário da cidade, bem como para empresas especializadas no gerenciamento 
adequado de RSS. Essa etapa é crucial para evitar danos socioambientais, uma vez que os 
resíduos de saúde possuem alto potencial de contaminação. Qualquer falha no processo de 
gerenciamento desses resíduos pode expor os funcionários da unidade, os catadores e os 
profissionais da limpeza urbana a riscos significativos, além de contaminar o meio ambiente e 
contribuir para a propagação de doenças por meio de vetores, colocando em perigo a saúde da 
população em geral (Bagio et al., 2013). 
 
16 Contribuciones a Las Ciencias Sociales, São José dos Pinhais, v.17, n.6, p. 01-26, 2024 
 
 jan. 2021 
Diante dos riscos associados ao gerenciamento inadequado de RSS, é fundamental que as 
práticas adotadas na UBS sejam pautadas pela responsabilidade e pela adoção de medidas 
preventivas. Conforme destacado por Castro et al. (2014) em seu estudo sobre o gerenciamento 
de resíduos em um hospital de pequeno porte, a inadequação no descarte dos resíduos sólidos de 
saúde em conformidade com as normas vigentes é uma realidade preocupante. O tratamento 
inadequado dos efluentes dos serviços de saúde, destaca-se como um problema ambiental não 
resolvido no Brasil (Sodré; Lemos, 2018). 
Ainda de acordo com Sodré e Lemos (2018), são necessários avanços significativos no 
gerenciamento de resíduos sólidos de saúde. Portanto, é crucial que os órgãos reguladores 
forneçam um suporte legal eficaz e que as autoridades fiscalizadoras desempenhem seu papel, 
enquanto se espera um reconhecimento por parte dos serviços geradores da importância de um 
manejo adequado de seus resíduos. Nesse contexto, a capacitação e a informação dos 
profissionais responsáveis pelo manuseio e descarte dos resíduos tornam-se imprescindíveis para 
garantir a segurança e a eficácia das práticas de gerenciamento de RSS nas unidades de saúde 
(e.g. Camargo; Melo, 2017), promovento assim o bem-estar da população em geral, como 
também do meio ambiente. 
 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Com base nos resultados apresentados, é evidente que a Unidade Básica de Saúde (UBS) 
adota práticas alinhadas com as diretrizes da Resolução RDC Nº 306/04 da ANVISA (Brasil, 
2004) no que diz respeito ao processo de segregação dos resíduos. A segregação é realizada de 
forma cuidadosa e eficiente pelos profissionais da UBS, garantindo a separação dos resíduos no 
momento e local de sua geração, levando em consideração suas características e riscos 
associados. Além disso, a conformidade com as etapas de acondicionamento e identificação dos 
resíduos é observada, com a disponibilização de caixas e sacos específicos para coleta seletiva, 
de acordo com os tipos de resíduos gerados. 
A preocupação com a segurança e integridade dos resíduos também é evidente no 
acondicionamento dos mesmos, seguindo as recomendações da ANVISA (Brasil, 2004) para 
evitar vazamentos e ações de punctura e ruptura. Destaca-se a atenção dada aos materiais 
perfurocortantes, que são acondicionados em caixas resistentes a perfurações e devidamente 
 
17 Contribuciones a Las Ciencias Sociales, São José dos Pinhais, v.17, n.6, p. 01-26, 2024 
 
 jan. 2021 
identificadas, conforme mencionado por Takayanagui (2005). A identificação clara dos resíduos 
complementa o processo de acondicionamento, facilitando sua gestão e garantindo a segurança 
dos profissionais envolvidos. 
Em relação aos resíduos de cada grupo, a UBS adota medidas específicas para garantir 
sua gestão responsável. Os resíduos do Grupo A, considerados materiais infectantes, são 
segregados na fonte geradora e acondicionados em sacolas específicas e lacradas, demonstrando 
o compromisso da equipe com a segurança e a saúde pública. Os resíduos do Grupo B, como 
medicamentos vencidos, são devolvidos aos fornecedores de acordo com a legislação ambiental, 
enquanto os resíduos do Grupo D são removidos diariamente e acondicionados adequadamente, 
refletindo o compromisso da UBS com a gestão responsável dos resíduos de saúde. Já os resíduos 
do Grupo E, como materiais radioativos, são coletadose armazenados com rigor, seguindo as 
normas estabelecidas pela ANVISA (Brasil, 2004) e contando com profissionais treinados para 
lidar com essas substâncias de forma segura. 
No que diz respeito ao armazenamento interno, a Unidade Básica de Saúde (UBS) 
demonstrou ser organizada e eficiente, especialmente em relação aos resíduos do Grupo D. A 
disposição estratégica das lixeiras na UBS contribui não apenas para a manutenção de um 
ambiente limpo e seguro, mas também para a redução do risco de acidentes e para a facilitação 
do manejo adequado dos resíduos. A coleta interna é realizada pelos auxiliares de serviços gerais, 
que desempenham um papel fundamental na integridade do ambiente de trabalho, garantindo que 
os resíduos sejam corretamente acondicionados e identificados, conforme as diretrizes da NBR 
12809 da ABNT (Brasil, 1993). 
No que concerne ao armazenamento externo, embora o processo seja realizado de maneira 
cautelosa, foram identificadas lacunas em relação às boas práticas de gestão de resíduos. A 
ausência de ventilação adequada e a falta de identificação da sala representam desafios a serem 
superados para garantir a segurança e eficiência do processo de armazenamento externo dos 
resíduos sólidos de saúde na UBS. Recomenda-se a implementação de medidas corretivas, como 
a instalação de sistemas de ventilação adequada e a adoção de uma identificação clara e 
padronizada da sala, para promover uma gestão mais adequada e sustentável dos RSS. 
Por fim, a coleta externa dos resíduos é conduzida de forma meticulosa e os resíduos são 
encaminhados para a disposição final no aterro sanitário da cidade e em empresas especializadas. 
No entanto, é fundamental que as práticas adotadas na UBS sejam pautadas pela responsabilidade 
 
18 Contribuciones a Las Ciencias Sociales, São José dos Pinhais, v.17, n.6, p. 01-26, 2024 
 
 jan. 2021 
e pela adoção de medidas preventivas, visando minimizar os riscos de contaminação e acidentes 
durante todo o processo de gerenciamento dos resíduos. A capacitação e informação dos 
profissionais envolvidos são imprescindíveis para garantir a segurança e eficácia das práticas de 
gerenciamento de RSS (Reis et al., 2013). 
 
 
19 Contribuciones a Las Ciencias Sociales, São José dos Pinhais, v.17, n.6, p. 01-26, 2024 
 
 jan. 2021 
REFERÊNCIAS 
 
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. Manuseio de resíduos de serviços de 
saúde. NBR 12809. Rio de Janeiro, 1993. Disponível em: 
<https://portal.antt.gov.br/documents/359178/57c77ba6-bdb4-750f-fa5c-ae16b1f76c7f>. 
Acesso em: 12 mai. 2024. 
 
AFONSO, Tarcisio et al. Consciência ambiental, comportamento pró-ambiental e qualidade de 
gerenciamento de resíduos em serviços de saúde. Revista de Gestão Ambiental e 
Sustentabilidade, v. 5, n. 3, p. 106-119, 2016. DOI: https://doi.org/10.5585/geas.v5i3.631 
 
ALBUQUERQUE, João Victor Brilhante de et al. PGRSS: uma ferramenta para a capacitação 
e bem-estar da comunidade. Revista Multidisciplinar de Educação e Meio Ambiente, v. 2, n. 
2, p. 7-7, 2021. DOI: https://doi.org/10.51189/rema/1226 
 
ALEIXO, Leeds Queiroz de Vilar; BRAGA, Risete Maria Queiroz Leão. Gerenciamento de 
resíduos de serviços de saúde em aldeias indígenas maranhenses. Research, Society and 
Development, v. 11, n. 3, p. e21211326352, 2022. DOI: https://doi.org/10.33448/rsd-
v11i3.26352 
 
ARRUDA JUNIOR, Luiz Mario de; ALMEIDA, Vera Luci de; OESTERREICH, Silvia 
Aparecida. Do diagnóstico à implementação: princípios para a elaboração de um plano de 
gerenciamento de resíduos de serviços de saúde. Observatório de la Economía 
Latinoamericana, v. 21, n. 11, p. 22411-22436, 2023. DOI: 
https://doi.org/10.55905/oelv21n11-206 
 
BAGIO, Jéssica Carvalho et al. O plano de gerenciamento de resíduos de serviço de saúde. 
Revista Metropolitana de Sustentabilidade, v. 3, n. 2, p. 4-22, 2013. Disponível em: 
<https://revistaseletronicas.fmu.br/index.php/rms/article/view/183/pdf_1>. Acesso em: 12 mai. 
2024. 
 
BARROS, Paula Montenegro Gonçalves de Alencar et al. Percepção dos profissionais de saúde 
quanto a gestão dos resíduos de serviço de saúde. Revista Ibero-Americana de Ciências 
Ambientais, v. 11, n. 1, p. 201-210, 2020. DOI: https://doi.org/10.6008/CBPC2179-
6858.2020.001.0019 
 
BENTO, Deonízio Gercy et al. O gerenciamento de resíduos de serviço de saúde sob a ótica 
dos profissionais de enfermagem. Texto & Contexto-Enfermagem, v. 26, n. 1, p. e6680015, 
2017. DOI: https://doi.org/10.1590/0104-07072017006680015 
 
BORDIN, Ricardo; STEDILE, Nilva Lúcia Rech; SCHNEIDER, Vania Elisabete. 
Gerenciamento de resíduos veterinários em laboratórios de ensaio para anemia infecciosa 
equina. Brazilian Journal of Animal and Environmental Research, v. 3, n. 2, p. 345-357, 
2020. Disponível em: 
<https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJAER/article/view/8818/7549>. Acesso 
em: 13 mai. 2024. 
 
 
20 Contribuciones a Las Ciencias Sociales, São José dos Pinhais, v.17, n.6, p. 01-26, 2024 
 
 jan. 2021 
BRASIL. Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT. Manuseio de resíduos de 
serviços de saúde. NBR 12809. Rio de Janeiro, 1993. Disponível em: 
<https://portal.antt.gov.br/documents/359178/57c77ba6-bdb4-750f-fa5c-ae16b1f76c7f>. 
Acesso em: 12 mai. 2024. 
 
BRASIL. Agência Nacional DE Vigilância Sanitária - ANVISA. Resolução nº 306, de 07 de 
dezembro de 2004. Dispõe sobre o Regulamento Técnico para o gerenciamento de 
resíduos de serviços de saúde. Disponível em: 
<https://antigo.anvisa.gov.br/documents/33852/271855/RDC+222+de+Mar%C3%A7o+de+20
18+COMENTADA/edd85795-17a2-4e1e-99ac-df6bad1e00ce?version=1.0 >. Acesso: 12 mai. 
2024. 
 
BRASIL. Fundação Nacional de Saúde: Manual de Saneamento. Brasília: Fundação 
Nacional de Saúde, 2019. Disponível em: 
<https://repositorio.funasa.gov.br//handle/123456789/506>. Acesso em: 12 mai. 2024. 
 
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Conselho Nacional do Meio Ambiente ‑ CONAMA. 
(2005) Resolução nº 358, de 29 de abril de 2005. Dispõe sobre o tratamento e a disposição 
final dos resíduos dos serviços de saúde e dá outras providências. Publicada no DOU nº 84, de 
4 de maio de 2005, Seção 1, p. 63‑65. Disponível em: 
<http://conama.mma.gov.br/index.php?option=com_sisconama&task=documento.download&i
d=4129>. Acesso em: 12 mai. 2024. 
 
CAFURE, Vera Araujo; PATRIARCHA-GRACIOLLI, Suelen Regina. Os resíduos de serviço 
de saúde e seus impactos ambientais: uma revisão bibliográfica. Interações (Campo Grande), 
v. 16, n. 2, p. 301-314, 2015. DOI: https://doi.org/10.1590/151870122015206 
 
CAMARGO, Maria Emilia et al. Resíduos Sólidos de Serviço de Saúde: um estudo sobre o 
gerenciamento. Scientia Plena, v. 5, n. 7, 2009. Disponível em: 
<https://scientiaplena.org.br/sp/article/view/637>. Acesso em: 12 maio. 2024. 
 
CAMARGO, Ândrea Regina de; MELO, Ismail Barra Nova. A percepção profissional sobre o 
gerenciamento dos resíduos de serviços de saúde em unidades básicas e ambulatórios de saúde 
em um município da Região Metropolitana de Sorocaba, SP, Brasil. O Mundo da Saúde, v. 
41, n. 4, p. 633-643, 2017. DOI: https://doi.org/10.15343/0104-7809.20174104633643 
 
CARVALHO, Rita Belo de et al. Gerenciamento dos resíduos dos serviços de saúde em um 
hospital no Rio Grande do Sul. Revista Estudo & Debate, v. 28, n. 2, p. 87-102, 2021. DOI: 
https://doi.org/10.22410/issn.1983-036X.v28i2a2021.2705 
 
CASTRO, Révia Ribeiro et al. Gerenciamento dos resíduos de serviços de saúde em um 
hospital de pequeno porte. Revista da Rede de Enfermagem do Nordeste, v. 15, n. 5, p. 860-
868, 2014. Disponível em: <http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/11409>. Acesso em: 12 
mai. 2024. 
 
COELHO, Nádia Maria Gusmão Pontes. Gerenciamento de resíduos de serviços de saúde: 
manejo dos resíduos potencialmente infectantes e perfurocortantes em unidades de 
 
21 Contribuciones a Las Ciencias Sociales, São José dos Pinhais, v.17, n.6, p. 01-26, 2024jan. 2021 
internação da criança, adulto e pronto-socorro de hospitais públicos no Distrito Federal. 
2007. 156 f. Dissertação (Mestrado em Ciências da Saúde) - Universidade de Brasília, Brasília, 
2007. Disponível em: <http://www.realp.unb.br/jspui/handle/10482/3325>. Acesso em: 12 mai. 
2024. 
 
COSTA, Vanessa Menezes; BATISTA, Nelson Jorge Carvalho. Gerenciamento de resíduos de 
serviço de saúde: uma revisão integrativa. Saúde em Foco, v. 3, n. 1, p. 124-145, 2016. 
Disponível em: <http://www4.unifsa.com.br/revista/index.php/saudeemfoco/article/view/952>. 
Acesso em: 12 mai. 2024. 
 
CRUZ, Julia Silva da. Ações na saúde ambiental para a redução de riscos à saúde humana. 
2023. 26 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Tecnologia em Gestão Hospitalar) - Escola de 
Saúde, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2023. Disponível em: 
<https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/56372>. Acesso em: 13 mai. 2024. 
 
DOEGE, Márcia Evânia; MATTHIES, Elaine; BRILINGER, Caroline Orlandi. O acolhimento 
nas ubss como estratégia de gestão para efetivar o direito à saúde. Revista Eletrônica da OAB 
Joinville, v. 1, p. 176-197, 2024. Disponível em: 
<https://revista.oabjoinville.org.br/edicoes/revista-eletronica-da-oab-joinville-ano-10--vol-1---
2024.pdf#page=176>. Acesso em: 12 mai. 2024. 
 
ERDTMANN, Bernadette Kreutz. Gerenciamento dos resíduos de serviço de saúde: 
biossegurança e o controle das infecções hospitalares. Texto & Contexto-Enfermagem, v. 13, 
p. 86-93, 2004. DOI: https://doi.org/10.1590/S0104-07072004000500010 
 
FERRAREZE, Maria Verônica Guilherme et al. Gerenciamento de resíduos de serviços de 
saúde: avaliação de um centro de terapia intensiva. REME-Revista Mineira de Enfermagem, 
v. 9, n. 2, p. 133-139, 2005. Disponível em: 
<https://periodicos.ufmg.br/index.php/reme/article/view/50837/42835>. Acesso em: 12 mai. 
2024. 
 
FERREIRA, Eduardo Rodrigues et al. Gestão Integrada e Gerenciamento de Resíduos de 
Serviços de Saúde na UGRHI-PP. Revista Geográfica Acadêmica, v. 8, n. 1, p. 81-93, 2014. 
Disponível em: <https://revista.ufrr.br/rga/article/view/2985/1722>. Acesso em: 12 mai. 2024. 
 
FERREIRA, João Alberto. Resíduos sólidos e lixo hospitalar: uma discussão ética. Cadernos 
de Saúde Pública, v. 11, n. 2, p. 314-320, 1995. DOI: https://doi.org/10.1590/S0102-
311X1995000200015 
 
FIGUEIREDO, Graciete da Silva et al. Resíduos de serviços de saúde (RSS) e seus impactos 
ambientais: desafios para a gestão e gerenciamento no Brasil. Brazilian Journal of 
Development, v. 6, n. 9, p. 71162-71179, 2020. DOI: https://doi.org/10.34117/bjdv6n9-529 
 
FREITAS, Iara de Moura; SILVA, Maria Aparecida da. A Importância do Gerenciamento de 
Resíduos do Serviço de Saúde na Proteção do Meio Ambiente. Revista de Ciências 
Ambientais e Saúde, v. 39, n. 4, p. 493-505, 2012. DOI: 
https://doi.org/10.18224/est.v39i4.2663 
 
22 Contribuciones a Las Ciencias Sociales, São José dos Pinhais, v.17, n.6, p. 01-26, 2024 
 
 jan. 2021 
GALLOTTI, Fernanda Costa Martins et al. Gerenciamento de resíduos de serviços de saúde: 
conhecimento da equipe de enfermagem. Caderno De Graduação - Ciências Biológicas E Da 
Saúde - UNIT - SERGIPE, v. 4, n. 2, p. 168-168, 2017. Disponível em: 
<https://periodicos.set.edu.br/cadernobiologicas/article/view/4600/2502>. Acesso em: 12 mai. 
2024 
 
GARCIA, Leila Posenato; ZANETTI-RAMOS, Betina Giehl. Gerenciamento dos resíduos de 
serviços de saúde: uma questão de biossegurança. Cadernos de Saúde Pública, v. 20, n. 3, p. 
744-752, 2004. Disponível em: 
<https://www.scielosp.org/article/ssm/content/raw/?resource_ssm_path=/media/assets/csp/v20n
3/11.pdf>. Acesso em: 12 mai. 2024. 
 
GENÁRIO, Bruna da Costa Pereira. Gestão dos Resíduos de Serviços de Saúde. Importância e 
Consequências. Revista Souza Marques, v. 21, n. 40, p. 87-100, 2023. Disponível em: 
<https://revista.souzamarques.br/index.php/REVISTA_SOUZA_MARQUES/article/view/557/
649>. Acesso em: 13 mai. 2024 
 
GOMES, Luciana Paulo; ESTEVES, Roger Vinicius Rosa. Análise do sistema de 
gerenciamento dos resíduos de serviços de saúde nos municípios da bacia hidrográfica do Rio 
dos Sinos, Rio Grande do Sul, Brasil. Engenharia Sanitária e Ambiental, v. 17, n. 4, p. 377-
384, 2012. DOI: https://doi.org/10.1590/S1413-41522012000400004 
 
JUSTINIANO, Graciele Pinheiro de Morais et al. Riscos ocupacionais e os resíduos de 
serviços de saúde em centro cirúrgico. Revista SOBECC, v. 25, n. 1, p. 25-32, 2020. DOI: 
https://doi.org/10.5327/Z1414-4425202000010005 
 
KIZIMA, Fabiane Matsumoto de Souza et al. HCWM System: um software de apoio ao 
gerenciamento de resíduos de serviços de saúde. Research, Society and Development, v. 12, 
n. 8, p. e10312842915, 2023. DOI: https://doi.org/10.33448/rsd-v12i8.42915 
 
LASCH, Felipe do Amaral; WOLFF, Delmira Beatriz. Gerenciamento de resíduos de serviços 
de saúde: um estudo de caso. Disciplinarum Scientia. Série: Naturais e Tecnológicas, v. 11, 
n. 1, p. 64-86, 2010. Disponível em: 
<https://periodicos.ufn.edu.br/index.php/disciplinarumNT/article/view/1267/1199>. Acesso 
em: 12 mai. 2024. 
 
LIMA, Erick Michel de; MIGANI, Eric José. As consequências da inobservância da NR 32-
saúde e segurança do trabalho nos estabelecimentos de saúde. Revista Ibero-Americana de 
Humanidades, Ciências e Educação, v. 8, n. 3, p. 1195-1213, 2022. DOI: 
https://doi.org/10.51891/rease.v8i3.4694 
 
MACEDO, Juice Ishie et al. Gerenciamento de resíduos de serviços de saúde em um 
Hemocentro do estado do Paraná. Brazilian Journal of Environmental Sciences 
(RBCIAMB), n. 27, p. 55-60, 2013. Disponível em: 
<https://www.rbciamb.com.br/Publicacoes_RBCIAMB/article/view/298/252>. Acesso em: 12 
mai. 2024. 
 
 
23 Contribuciones a Las Ciencias Sociales, São José dos Pinhais, v.17, n.6, p. 01-26, 2024 
 
 jan. 2021 
MADERS, Gláucia Regina; CUNHA, Helenilza Ferreira Albuquerque. Análise da gestão e 
gerenciamento dos resíduos de serviços de saúde (RSS) do Hospital de Emergência de Macapá, 
Amapá, Brasil. Engenharia Sanitária e Ambiental, v. 20, n. 3, p. 379-388, 2015. DOI: 
https://doi.org/10.1590/S1413-41522015020000137607 
 
MARTINS, Rosilda Baron. Metodologia Científica: Como tornar mais agradável a elaboração 
de trabalhos acadêmicos. Juruá Editora, 2004. 287 p. 
 
MEKARO, Karen Sayuri; MORAES, Adriani Izabel de Souza; UEHARA, Sílvia Carla da 
Silva André. Gerenciamento de resíduos de serviços de saúde na rotina dos enfermeiros da 
atenção básica à saúde. REME-Revista Mineira de Enfermagem, v. 26, p. e-142, 2022. DOI: 
https://doi.org/10.35699/2316-9389.2022.38658 
 
MELO, Charliene Pinto de et al. Estudo descritivo sobre o gerenciamento de resíduos de 
serviços de saúde no município de Jataí, Goiás, 2010. Epidemiologia e Serviços de Saúde, v. 
22, n. 3, p. 517-524, 2013. DOI: http://dx.doi.org/10.5123/S1679-49742013000300017 
 
MENDONÇA, Isabela Vieira dos Santos et al. Gerenciamento de resíduos de serviços de 
saúde: uma questão de planejamento. Revista de Pesquisa em Saúde, v. 18, n. 1, p. 7-12, 
2017. Disponível em: 
<http://periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/revistahuufma/article/view/7873/4852>. 
Acesso em: 12 mai. 2024. 
 
MINAYO, Maria Cecília de Souza; DESLANDES, Suely Ferreira; GOMES, Romeu. Pesquisa 
social: teoria, método e criatividade. Editora Vozes Limitada, 2016. 96 p. 
 
MOREIRA, Ana Maria Maniero; GÜNTHER, Wanda Maria Risso. Gestión de residuos sólidos 
en las unidades básicas de salud: aplicación de instrumento facilitador. Revista Latino-
Americana de Enfermagem, v. 24, p. e2768, 2016. DOI: https://doi.org/10.1590/1518-
8345.0646.2768 
 
MORESCHI, Claudete et al. A importância dos resíduos de serviços de saúde para docentes, 
discentes e egressos da área da saúde. Revista Gaúcha de Enfermagem, v. 35, n. 2, p. 20-26, 
2014. DOI: https://doi.org/10.1590/1983-1447.2014.02.43998 
 
MOTA, Soraya Mameluque et al. Impacto dos resíduos de serviços de saúde sobreo homem e 
o meio ambiente. Arquivos em Odontologia, v. 40, n. 2, p. 159-73, 2004. Disponível em: 
<https://www.odonto.ufmg.br/revista/wp-content/uploads/sites/10/2016/06/AEO-v40-n2-arch5-
2004.pdf>. Acesso em: 12 mai. 2024. 
 
NUNES, Thais da Silva Peniche et al. Gerenciamento de resíduos de serviços de saúde: uma 
revisão de literatura. Revista de Pesquisa Cuidado é Fundamental Online, p. 57-60, 2012. 
DOI: https://doi.org/10.9789/2175-5361.2012.v0i0.57-60 
 
ORTIZ, Cilene de Oliveira. Educação ambiental no processo de gestão dos resíduos de 
serviço de saúde: Hospital Universitário Dr. Miguel Riet Corrêa Jr - HU FURG. 2018. 95 
f. Dissertação (Mestrado em Educação Ambiental) - Instituto de Educação, Universidade 
 
24 Contribuciones a Las Ciencias Sociales, São José dos Pinhais, v.17, n.6, p. 01-26, 2024 
 
 jan. 2021 
Federal do Rio Grande, Rio Grande, 2018. Disponível em: 
<https://repositorio.furg.br/handle/123456789/11379>. Acesso em: 12 mai. 2024. 
 
PORTUGAL, Adilio Campos; MORAES, Luiz Roberto Santos. Aspectos legais quanto ao 
gerenciamento de resíduos de serviços de saúde (rss): estudo comparado entre a RDC ANVISA 
nº 222/2018 e a RDC ANVISA nº 306/2004. Revista Eletrônica de Gestão e Tecnologias 
Ambientais, v. 8, n. 1, p. 101-117, 2020. DOI: https://doi.org/10.9771/gesta.v8i1.34517 
 
REICHARDT, Letícia Geniqueli et al. Percepção ambiental sobre o gerenciamento de resíduos 
dos serviços de saúde em uma Unidade Básica de Saúde no município de Fraiburgo, Santa 
Catarina, Brasil. Nature & Conservation, v. 14, n. 3, p.224-232, 2021. DOI: 
https://doi.org/10.6008/CBPC2318-2881.2021.003.0019 
 
REIS, Mariangela Andrade et al. Conhecimento, prática e percepção sobre o gerenciamento de 
resíduos de serviços de saúde em estabelecimentos médicos veterinários de Salvador, Bahia. 
Revista Brasileira de Saúde e Produção Animal, v. 14, n. 2, p. 287-298, 2013. Disponível 
em: <https://www.scielo.br/j/rbspa/a/xCH5hPL9LZHBTkr77tv4mLP/?format=pdf&lang=pt>. 
Acesso em: 12 mai. 2024. 
 
RIZZON, Fernanda; NODARI, Cristine Hermann; REIS, Zaida Cristiane dos. Desafio no 
gerenciamento de resíduos em serviços públicos de saúde. Revista de Gestão em Sistemas de 
Saúde, v. 4, n. 1, p. 40-54, 2015. DOI: https://doi.org/10.5585/rgss.v4i1.141 
 
ROSA, Chennyfer Dobbins Paes da; Mathias, Denise; Komata, Claudia da Cunha. Custo de 
Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (RSS): Estudo de Caso da Unidade de 
Terapia Intensiva de Infectologia de Um Hospital Público em São Paulo. Revista de Gestão 
Ambiental e Sustentabilidade, v, 4, n. 2, p. 127–143, 2015. DOI: 
https://doi.org/10.5585/geas.v4i2.289 
 
SALOMÃO, Cátia Helena Damando et al. Evidências do gerenciamento de resíduos dos 
serviços de saúde na atenção primária. Revista de Enfermagem do Centro-Oeste Mineiro, v. 
12, p. e4648, 2022. DOI: https://doi.org/10.19175/recom.v12i0.4648 
 
SANTOS, Maíra Azevedo dos; SOUZA, Anderson de Oliveira. Conhecimento de enfermeiros 
da Estratégia Saúde da Família sobre resíduos dos serviços de saúde. Revista Brasileira de 
Enfermagem, v. 65, n. 4, p. 645-652, 2012. DOI: https://doi.org/10.1590/S0034-
71672012000400014 
 
SENA, Raquel Maria de et al. Gerenciamento de resíduos de saúde no Brasil: Desafios de 
gestores e profissionais de saúde. Research, Society and Development, v. 10, n. 4, p. 
e14510413960, 2021. DOI: https://doi.org/10.33448/rsd-v10i4.13960 
 
SHINZATO, Marjolly Priscilla et al. Análise preliminar de riscos sobre o gerenciamento dos 
resíduos de serviços de saúde de uma instituição de ensino em Mato Grosso do Sul: estudo de 
caso. Revista Brasileira de Saúde Ocupacional, v. 35, n. 122, p. 340-352, 2010. DOI: 
https://doi.org/10.1590/S0303-76572010000200016 
 
 
25 Contribuciones a Las Ciencias Sociales, São José dos Pinhais, v.17, n.6, p. 01-26, 2024 
 
 jan. 2021 
SILVA, Carlos Ernando da; HOPPE, Alessandro Eduardo. Diagnóstico dos resíduos de 
serviços de saúde no interior do Rio Grande do Sul. Engenharia Sanitária e Ambiental, v. 10, 
n. 2, p. 146-151, 2005. DOI: https://doi.org/10.1590/S1413-41522005000200008 
 
SILVA, Denise Felício; SPERLING, Eduardo Von; BARROS, Raphael Tobias de 
Vasconcelos. Avaliação do gerenciamento dos resíduos de serviços de saúde em municípios da 
região metropolitana de Belo Horizonte (Brasil). Engenharia Sanitária e Ambiental, v. 19, n. 
3, p. 251-262, 2014. DOI: https://doi.org/10.1590/S1413-41522014019000000452 
 
SILVA, Lorena Emanuelle da Silva Santos et al. Gerenciamento dos resíduos de serviços de 
saúde: atenção básica e hospitalar. Revista Gestão & Saúde, v. 8, n. 2, p. 318-337, 2017. 
Disponível em: <https://periodicos.unb.br/index.php/rgs/article/view/3730/3406>. Acesso em: 
12 mai. 2024. 
 
SILVA, Livania Santos; RODRIGUES, Magali Silva. Diagnóstico dos resíduos de serviço de 
saúde gerados em uma unidade básica de saúde, à luz da resolução ANVISA-RDC Nº 
222/2018. ScientiaTec, v. 7, n. 2, p. 78-112, 2020. DOI: 
https://doi.org/10.35819/scientiatec.v7i2.3448 
 
SILVA, Tatiane Oliveira. Waste Management Public Health Services in the city of Goiânia-
GO: A case study. 2012. 123 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Exatas e da Terra) - 
Pontifícia Universidade Católica de Goiás, GOIÂNIA, 2012. Disponível em: 
<https://tede2.pucgoias.edu.br/handle/tede/2797>. Acesso em: 12 mai. 2024. 
 
SODRÉ, Manoela Sobreira; LEMOS, Carlos Fernando. O Gerenciamento dos resíduos de 
serviços de saúde no Brasil. ForScience, v. 6, n. 2, p. e422, 2018. DOI: 
https://doi.org/10.29069/forscience.2018v6n2.e422 
 
SOUSA, Angélica Silva de; OLIVEIRA, Guilherme Saramago de; ALVES, Laís Hilário. A 
pesquisa bibliográfica: princípios e fundamentos. Cadernos da FUCAMP, v.20, n.43, p.64-83, 
2021. Disponível em: <https://revistas.fucamp.edu.br/index.php/cadernos/article/view/2336>. 
Acesso em: 13 mai. 2024. 
 
SOUSA, Samuel da Silva et al. Gerenciamento de resíduos sólidos de serviços de saúde em 
unidades básicas de saúde (UBS) no extremo Sul do Estado do Pará. The Journal of 
Engineering and Exact Sciences, v. 7, n. 1, p. 12143-01-09e, 2021. DOI: 
https://doi.org/10.18540/jcecvl7iss1pp12143-01-09e 
 
SOUZA, Claudia de et al. Segregação de resíduos nos serviços de saúde: a educação ambiental 
em um hospital-escola. Cogitare Enfermagem, v. 12, n. 2, p. 183-188, 2007. DOI: 
http://dx.doi.org/10.5380/ce.v12i2.6803 
 
SOUZA, Frank Pavan de et al. Viabilidade da aplicação da logística reversa no gerenciamento 
dos resíduos dos serviços de saúde: um estudo de caso no hospital x. Exatas & Engenharias, 
v. 3, n. 6, p. 56-72, 2013. DOI: https://doi.org/10.25242/885X306201310 
 
 
26 Contribuciones a Las Ciencias Sociales, São José dos Pinhais, v.17, n.6, p. 01-26, 2024 
 
 jan. 2021 
SOUZA, Márcia Regina Cordeiro de; CANCIGLIERI JR, Osíris. Práticas sustentáveis em 
gestão de resíduos de serviços de saúde: uma revisão. MIX Sustentável, v. 7, n. 2, p. 41-56, 
2021. DOI: https://doi.org/10.29183/2447-3073.MIX2021.v7.n2.41-56 
 
SOUZA, Rodrigo Ayres de et al. Avaliação de qualidade da assistência pré-natal prestada pelo 
enfermeiro: pesquisa exploratória. Online Brazilian Journal of Nursing, v. 19, n. 3, p. 1-10, 
2020. DOI: https://doi.org/10.17665/1676-4285.20206377 
 
SOUZA, Tania Cristina; OLIVEIRA, Cristiane Frizzo de; SARTORI, Hiram Jackson Ferreira. 
Diagnóstico do gerenciamento de resíduos de serviços de saúde em estabelecimentos públicos 
de municípios que recebem Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços ecológico no 
Estado de Minas Gerais. Engenharia Sanitária e Ambiental, v. 20, n. 4, p. 571-580, 2015. 
DOI: https://doi.org/10.1590/S1413-41522015020040132781 
 
STEDILE, Nilva Lúcia Rech et al. A aplicação do modelo FPSEEA no gerenciamento de 
resíduos de serviço de saúde. Ciência & Saúde Coletiva, v. 23, n. 11, p. 3683-3694, 2018. 
DOI: https://doi.org/10.1590/1413-812320182311.19352016 
 
TAKAYANAGUI, Angela Maria Magosso. 2005. Gerenciamentode resíduos de serviços de 
saúde. In: PHILIPPI JÚNIOR, A. (Ed.). Saneamento, saúde e ambiente: fundamentos para 
um desenvolvimento sustentável. Barueri: Manole. p. 324-374. 
 
VENTURA, Katia Sakihama; REIS, Luisa Fernanda Ribeiro; TAKAYANAGUI, Angela Maria 
Magosso. Avaliação do gerenciamento de resíduos de serviços de saúde por meio de 
indicadores de desempenho. Engenharia Sanitária e Ambiental, v. 15, n. 2, p. 167-176, 2010. 
DOI: https://doi.org/10.1590/S1413-41522010000200009 
 
VIEIRA, Isabelle Cristina de Oliveira. Análise do conhecimento sobre gerenciamento de 
resíduos de serviços de saúde adquiridos pelos residentes multiprofissionais em saúde. 
2020. 76 f. Dissertação (Mestrado em Ensino da Saúde) - Faculdade de Medicina, Programa de 
Pós-Graduação em Ensino da Saúde, Universidade Federal de Alagoas, Maceió, 2020. 
Disponível em: <https://www.repositorio.ufal.br/handle/riufal/7470>. Acesso em: 12 mai. 
2024. 
 
ZAJAC, Maria Antonietta Leitão et al. Gerenciamento de residuos de servicos de saude (RSS) 
em um hospital público: Experiencia de intervencao por parte de uma universidade. 
International Journal of Health Management Review, v. 2, n. 2, p. 44-62, 2016. DOI: 
https://doi.org/10.37497/ijhmreview.v2i2.67 
 
ZAMONER, Maristela. Modelo para avaliação de planos de gerenciamento de resíduos de 
serviços de saúde (PGRSS) para Secretarias Municipais da Saúde e/ou do Meio Ambiente. 
Ciência & Saúde Coletiva, v. 13, n. 3, p. 1945-1952, 2008. DOI: 
https://doi.org/10.1590/S1413-81232008000600030

Mais conteúdos dessa disciplina