Prévia do material em texto
MICOBACTÉRIAS ● São bactérias que têm parede celular atípica ou diferente; ● A parede celular possui alto teor de lipídeos- altamente hidrofóbico; ● Não se aplica coloração de gram para micobactérias; ● Estão associadas a: tuberculose e hanseníase; ● São fracamente gram +, então não se coram bem no método de gram, então se usam uma coloração ziehl- neelsen; ● Quando coradas, resistem fortemente à descoloração, mesmo quando submetidas a ácidos fortemente diluídos e ao álcool absoluto; ● Essas bactérias são denominadas de bacilos álcool-ácido-resistentes (BAAR); ● O alto teor lipídico das micobactérias confere à esta a álcool-ácido resistência, que impede a coloração das bactérias pela técnica de Gram,normalmente utilizada; ● A característica álcool-ácido-resistente é conferida a essas bactérias devido ao alto teor de lipídeos estruturais na parede celular, que causa uma grande hidrofobicidade, que dificulta a ação de corantes aquosos; TUBERCULOSE ● Causada pelo Mycobacterium tuberculosis; ● Doença que compromete os pulmões; ● Para se contaminar tem que ter um tempo de contato de 100 a 200 hrs; ● É um bacilo; ● Via de infecção: inalatória ou por inoculação direta do bacilo; Caso o macrófago alveolar não consiga deter o MO efetivamente (desconhecimento antigênico ou depressão imunológica), o bacilo se multiplica e lesa o tecido. Tuberculose primária ● Derrame pleural; ● Linfonodomegalias hilares ou mediastinais; Sintomas da Tuberculose Pulmonar ● Tosse com ou sem secreção; ● Febre baixa, geralmente à tarde; ● Suor noturno; ● Falta de apetite; ● Cansaço; ● Perda de peso; ● Dor no peito; ● Sangramento das vias aéreas; Pode ter co- infecção HIV/ tuberculose, haja visto que com HIV há falha na imunidade celular o que favorece a infecção pelo mycobacterium. Métodos diagnósticos ● Exame clínico: sintomas , exame físico; ● Exame radiológico de tórax:imagens sugestivas; ● Prova tuberculínica (PPD) – reação de Mantoux. Reação intradérmica que verifica se o indivíduo teve ou não contato com o bacilo. Diagnóstico laboratorial ● Baciloscopia: pesquisa de bacilos álcool-ácido resistentes (BAAR) em esfregaços da amostra; ● Cultura: isolamento e multiplicação de BAAR , a partir da semeadura em meios de cultura específicos para micobactérias. Obrigatória para todas outras amostras que não escarro. ● Detecção por biologia molecular: pesquisa do bacilo ou de genes de resistência aos antibióticos; Tratamento ● O tratamento inicial e preferencial: rifampicina(R), isoniazida(H) e pirazinamida(Z). Vacina BCG ● A vacina BCG tem por finalidade substituir a infecção natural, potencialmente patogênica, por um primo- infecção artificial e inofensiva, ocasionada por bacilo não virulento; HANSENÍASE ● Causada pelo Mycobacterium leprae; ● Esse bacilo é capaz de infectar grande número de pessoas (alta infectividade), mas poucos adoecem (baixa patogenicidade); ● A hanseníase é uma doença que se manifesta por meio de sinais e sintomas dermatoneurológicos como lesões de pele e de nervos periféricos, principalmente nos olhos, nas mãos e nos pés. O seu diagnóstico é essencialmente clínico e epidemiológico; ● De alta infectividade; Transmissão ● Contato direto e prolongado com um doente; ● Indivíduos que foram infectados e a resposta imunológica foi de células T do tipo Th1 e Th1 não desenvolvem a hanseníase; Já indivíduos que ativaram as células T do tipo Th2 e T reguladoras/ Treg o paciente corre o risco de desenvolver a hanseníase. ● Formas clínicas diferentes: como a tuberculóide e as outras ela falou rápido; ● Pesquisa do bacilo é bem chata, daí tu vai faz incisão na lâmina de bisturi; Sinais e Sintomas Dermatológicos: ● Manchas esbranquiçadas ou avermelhadas – alteração na cor da pele, sem relevo; ● Pápulas – lesão sólida, com elevação superficial e circunscrita; ● Tubérculos – lesão sólida, elevada (caroços externos); ● Infiltrações – alteração na espessura da pele, de forma difusa; ● Nódulos – lesão sólida, mais palpável que visível (caroços internos). Neurológicos: ● Neurites- processos inflamatórios dos nervos periféricos; ● A neurite, geralmente, é um processo agudo acompanhado de dor intensa e edema; ● Dor e/ou espessamento dos nervos periféricos; ● Diminuição e/ou perda de sensibilidade nas áreas inervadas por esses nervos, principalmente nos olhos, nas mãos e nos pés. Formas clínicas Forma indeterminada ● Manchas esbranquiçadas na pele; ● Alteração da sensibilidade térmica; ● Não há comprometimento de nervos; Forma tuberculóide ● Lesões em placa na pele, com bordas bem delimitadas, eritematosas. ● Apresenta queda de pelos e alteração das sensibilidades térmica, dolorosa e tátil. Forma virchowiana ● Disseminação de lesões de pele que podem ser eritematosas, infiltrativas, de limites imprecisos, brilhantes e de distribuição simétrica; ● Nos locais em que a infiltração for mais acentuada podem se formar pápulas, tubérculos, nódulos e placas chamadas genericamente de hansenomas; Forma dimorfa ● Clinicamente oscila entre as manifestações da forma tuberculóide e as da forma virchowiana. Diagnóstico ● O diagnóstico da hanseníase é basicamente clínico, baseado nos sinais e sintomas detectados no exame de toda a pele, olhos, palpação dos nervos, avaliação da sensibilidade superficial e da força muscular dos membros superiores e inferiores. ● Baciloscopia; Tratamento ● Paucibacilares: rifampicina, dapsona; ● Multibacilares: rifampicina, dapsona e clofazimina;