Prévia do material em texto
MENINGOCÓCICA E PNEUMOCÓCICA ALUNAS: ADRIANA PEDROSA PEREIRA JEANE CLEIA SANTOS DOS SANTOS KERLLYANE ANDRESSA RIBEIRO RAMOS NOÊMIA PEREIRA FERNADES PROFESSORA: FRANCIELLY MORAES DISCIPLINA: SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE INTRODUÇÃO Meningite Meningocócica: Infecção bacteriana das membranas que cobrem o cérebro e a medula espinhal. SINTOMAS: Febre alta, dor de cabeça intensa, rigidez do pescoço e confusão mental Podem levar a complicações graves que se não tratada rapidamente com antibióticos incluem danos cerebrais, surdez, amputações e até mesmo a morte. Pode ocorrer de forma epidêmica em áreas com condições de vida lotadas e precárias. Curiosidade: A bactéria Neisseria meningitidis pode estar presente no nariz e garganta de pessoas saudáveis sem causar doença. GOOGLE, 2024 INTRODUÇÃO Pneumonia Pneumocócica: Infecção bacteriana nos pulmões. Causada pela bactéria Streptococcus pneumoniae. Pode ser grave, especialmente em crianças pequenas Sintomas incluem febre, tosse, dificuldade para respirar e dor no peito. Curiosidade: O Streptococcus pneumoniae é uma das principais causas de pneumonia bacteriana, mas também pode causar outras infecções, como sinusite e otite média. GOOGLE, 2024 As medidas preventivas fundamentais para a meningite meningocócica e a pneumonia pneumocócica incluem a vacinação, que é parte integrante dos calendários vacinais recomendados pelas autoridades de saúde. O calendário vacinal estabelece as idades e intervalos ideais para a administração das vacinas, garantindo uma proteção eficaz contra essas doenças, fazendo parte da Campanha Nacional de Multivacinação e é oferecida de forma gratuita pelo Sistema Único de Saúde (SUS). De acordo com o Ministério da Saúde (2024), os calendários vacinais são: Vacinação VACINA PROTEÇÃO CONTRA COMPOSIÇÃO NÚMERO DE DOSES NÚMERO DE DOSES IDADE RECOMENDADA INTERVALO ENTRE AS DOSES INTERVALO ENTRE AS DOSES VACINA PROTEÇÃO CONTRA COMPOSIÇÃO ESQUEMA REFORÇO IDADE RECOMENDADA RECOMENDADO MÍNIMO Pneumocócica 10 - valente Pneumonias, meningites, otites, sinusites pelos sorotipos que compõem a vacina Polissacarídeo capsular de 10 sorotipos de pneumococos 2 doses reforço 1ª dose: 2 meses 2ª dose: 4 meses Reforço: 12 meses 60 dias 30 dias entre a 1ª dose e 2ª dose 60 dias entre a 2ª dose e o reforço Meningocócica C (conjugada) Meningite meningocócica tipo C Polissacarídeos capsulares purificados de Neisseria meninfitidis do sorogrupo C 2 doses reforço 1ª dose: 3 meses 2ª dose: 5 meses Reforço: 12 meses 60 dias 30 dias entre a 1ª dose e 2ª dose 60 dias entre a 2ª dose e o reforço Pneumocócica 23-valente Meningites bacterianas, pneumonias, sinusite e outros Polissacarídeo capsular de 23 sorotipos de pneumococos 2 doses Uma dose a depender da situação vacinal anterior com a PCV 10 A partir de 5 anos para os povos indígenas. A 2ª dose deve ser feita 5 anos após a 1ª dose 5 anos 3 anos Carteira de Vacinação da Criança Pneumocócica 10 - valente (VPC 10 - conjugada) Meningocócica C (conjugada) Pneumocócica 23-valente (VPP 23-(polissacarídica) (para crianças indígenas) Fonte: Ministério da Saúde, 2024. VACINA PROTEÇÃO CONTRA COMPOSIÇÃO NÚMERO DE DOSES NÚMERO DE DOSES IDADE RECOMENDADA INTERVALO ENTRE AS DOSES INTERVALO ENTRE AS DOSES VACINA PROTEÇÃO CONTRA COMPOSIÇÃO ESQUEMA REFORÇO IDADE RECOMENDADA RECOMENDADO MÍNIMO Pneumocócica 23-valente (VPP 23 - (polissacarídica) Meningites bacterianas, pneumonias, sinusite e outros Polissacarídeo capsular de 23 sorotipos de pneumococos 2 doses Uma dose a depender da situação vacinal anterior com a PCV 10 A partir de 5 anos para os povos indígenas. A 2ª dose deve ser feita 5 anos após a 1ª dose 5 anos 3 anos Meningocócica ACWY (MenACWY - conjugada) Meningite meningocócica sorogrupos A, C, W e Y Polissacarídeos capsulares purificados da Neisseria meningitidis dos sorogrupo A, C, W e Y 1 dose - 11 a 14 anos - - Carteira de Vacinação do Adolescente Pneumocócica 23-valente (VPP 23-(polissacarídica) Meningocócica ACWY (MenACWY- conjugada) Fonte: Ministério da Saúde, 2024. Meningite Meningocócica: Vacinação contra sorogrupos comuns de Neisseria meningitidis é essencial. Além da vacinação, é importante praticar higiene pessoal, como lavar as mãos regularmente e evitar compartilhar objetos pessoais, para reduzir a transmissão da doença. Pneumonia Pneumocócica: A vacina pneumocócica é uma estratégia fundamental, especialmente para proteger crianças contra os principais sorotipos de Streptococcus pneumoniae. Além da vacinação, manter ambientes bem ventilados ajuda a reduzir o risco de infecções respiratórias. Evitar a exposição ao fumo passivo e promover hábitos saudáveis, como uma dieta equilibrada. Prevenção CASOS CLÍNICOS Caso Clínico 1: Meningite Meningocócica em Adolescente Paciente: J., sexo masculino, 15 anos de idade. História Clínica: O paciente foi levado ao pronto-socorro pelos pais devido a febre alta, dor de cabeça intensa e confusão mental. Ele estava sonolento e irritado, não conseguia tolerar a luz e apresentava rigidez no pescoço. Os pais relataram que esses sintomas começaram subitamente há cerca de 12 horas. Exame Físico: Ao examinar, o enfermeiro observou sinais de irritação meníngea, como rigidez de nuca, sinais de Kernig e Brudzinski positivos, além de petéquias disseminadas pelo corpo. Investigação: Foram solicitados exames laboratoriais, incluindo hemograma completo, bioquímica sérica e análise do líquor através de punção lombar. Os resultados mostraram leucocitose com desvio à esquerda no hemograma e pleocitose no líquor, com predominância de neutrófilos. A coloração de Gram do líquor revelou a presença de diplococos Gram-negativos. Diagnóstico: Com base nos achados clínicos e laboratoriais, João foi diagnosticado com meningite meningocócica, causada pela bactéria Neisseria meningitidis. Tratamento: O paciente foi imediatamente iniciado em terapia antimicrobiana com ceftriaxona intravenosa, além de receber suporte clínico para controle da febre e hidratação adequada. Evolução: Após alguns dias de tratamento, ele apresentou melhora dos sintomas neurológicos e não desenvolveu complicações graves. Ele foi liberado para acompanhamento ambulatorial e orientações sobre a importância da vacinação contra meningite meningocócica. Assistência no caso clínico 1. Avaliação cuidadosa dos sinais vitais e sintomas neurológicos, incluindo rigidez de nuca e sinais de irritação meníngea. Observação da presença de petéquias disseminadas pelo corpo, um sinal característico da meningite meningocócica. Colaboração na coleta de amostras para exames laboratoriais, como hemograma completo e análise do líquor por punção lombar. Importância dos exames laboratoriais na confirmação do diagnóstico e início do tratamento com ceftriaxona intravenosa. Papel crucial na administração dos medicamentos prescritos, controle da febre e manutenção da hidratação adequada do paciente durante o tratamento. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM BASEADA NOS CASOS CLÍNICOS CASOS CLÍNICOS Caso Clínico 2: Pneumonia Pneumocócica em Criança Paciente: A., sexo feminino, 4 anos de idade. História Clínica: A paciente foi levada ao pronto-socorro pelos pais devido a tosse persistente com expectoração amarelada, febre moderada e dificuldade para respirar. Os pais relataram que esses sintomas começaram gradualmente há cerca de uma semana, após ela ter estado em contato com colegas de escola que estavam resfriados. Exame Físico: Ao examinar, o enfermeiro observou sinais de desconforto respiratório, taquipneia, e sibilos audíveis em ausculta pulmonar. A criança também apresentava retrações intercostais durante a respiração. Investigação: Foi solicitada uma radiografia de tórax, que revelou uma área de consolidação pulmonar no lobo inferior direito, compatível com pneumonia. Uma amostra de escarro foi coletada para cultura e sensibilidade, confirmando a presença de Streptococcus pneumoniae. Diagnóstico: Com base nos sintomas, exame físico e resultados dos exames complementares, foi diagnosticada compneumonia pneumocócica. Tratamento: Ela foi admitida para tratamento hospitalar com antibióticos intravenosos, oxigenoterapia e suporte clínico para controle da febre e da dificuldade respiratória. Evolução: Após alguns dias de tratamento, a paciente apresentou melhora significativa dos sintomas respiratórios e radiológicos, sendo liberada para acompanhamento ambulatorial com orientações sobre a importância da vacinação contra pneumonia pneumocócica e da prevenção de recorrências. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM BASEADA NOS CASOS CLÍNICOS Assistência no caso clínico 2. Avaliação minuciosa dos sintomas respiratórios, incluindo taquipneia, sibilos audíveis em ausculta pulmonar e retrações intercostais durante a respiração. Auxílio na coleta de amostras para cultura e sensibilidade, confirmando Streptococcus pneumoniae como agente causador da pneumonia. Trabalho em conjunto para iniciar o tratamento com antibióticos intravenosos, oxigenoterapia e suporte clínico para controle da febre e dificuldade respiratória. Monitoramento próximo da evolução clínica da paciente durante todo o período de internação. Liberação da paciente para acompanhamento ambulatorial após melhora significativa dos sintomas respiratórios e radiológicos. Considerações finais A vacinação é crucial na prevenção da meningite meningocócica e pneumonia pneumocócica em crianças e adolescentes, conforme os calendários vacinais recomendados. Além da vacinação, a educação em saúde, hábitos higiênicos e busca por atendimento médico são essenciais na prevenção dessas doenças. A assistência de enfermagem desempenha um papel vital nesse contexto, desde a avaliação inicial até o acompanhamento e orientação dos pacientes. A colaboração multidisciplinar e a conscientização da população são fundamentais para proteger a saúde e melhorar a qualidade de vida. Referências BRASIL. Fundação Oswaldo Cruz – Fiocruz. Doença pneumocócica: sintomas, transmissão e prevenção. Instituto de Tecnologia em imunológicos – BIO-Manguinhos, 2022. Disponível em: https://www.bio.fiocruz.br/index.php/br/doenca-pneumococicasintomas-transmissao-e-prevencao. Acesso em: 6 abr. 2024. BRASIL. Ministério da Saúde. Calendário Nacional de Vacinação da Criança, 2024. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/vacinacao/calendariotecnico/calendario-tecnico-nacional-de-vacinacao-da-crianca. Acesso em: 6 abr. 2024. BRASIL. Ministério da Saúde. Calendário Nacional de Vacinação do Adolescente, 2024. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/vacinacao/calendariotecnico/calendario-tecnico-nacional-de-vacinacao-do-adolescente. Acesso em: 6 abr. 2024. DANDARA, Luana. É preciso vacinar: o risco representado pela queda da cobertura vacinal contra meningite. Fundação Oswaldo Cruz – Fiocruz, 2022. Disponível em: https://portal.fiocruz.br/noticia/o-risco-representado-pela-queda-brusca-da-coberturavacinal-contra-meningite. Acesso em: 6 abr. 2024. SBIM. Doença meningocócica (DM). Sociedade Brasileira de Imuninazações, 2023. Disponível em: https://familia.sbim.org.br/doencas/doenca-meningococica-dm. Acesso em: 6 abr. 2024. image1.png image2.svg image2.png image4.svg image3.png image6.svg image4.png image8.svg image5.png image6.png image7.png image10.svg image8.png image12.svg image9.png image10.png image11.png image16.svg image12.png image13.png image14.png image15.png image16.png image17.png image18.png image19.png image20.png image26.svgimage21.png image28.svg image22.png image30.svg