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Livro Produção e Operação Conceitos Administrativos Aplicados-páginas-17

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ENGENHARIA DE PRODUÇÃO 
PRODUÇÃO E OPERAÇÃO: CONCEITOS ADMINISTRATIVOS APLICADOS 
AULA 6: PROJETO DO POSTO DE TRABALHO 
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5. Flexibilização do trabalho: a autonomia do trabalho, como uma das formas 
de melhoria da satisfação, qualidade e produtividade, contribuiu para o 
desencadeamento de um processo mais complexo, dinâmico e moderno que 
alterou as relações trabalhistas tradicionais. Trata-se do trabalho flexível, que 
pode envolver a flexibilização do tempo, da tarefa e do local de trabalho: 
 
a. Tempo flexível: cresce a cada dia o número de empresas que 
disponibilizam jornadas de trabalho flexíveis, tanto com relação à 
duração bem como em relação ao horário de trabalho. Um exemplo de 
trabalho em tempo flexível é executado por um professor universitário, 
contratado para jornadas de trabalho que variam de uma a quarenta 
horas semanais. Os horários de aula podem variar de período para 
período e as atividades fora de sala de aula, quando houver, podem ser 
realizadas em horários determinados pelo próprio professor. Os contratos 
de trabalho temporários também são um exemplo de flexibilização com 
relação ao tempo. 
 
b. Flexibilização de local: um setor de projeto de matrizes de corte e 
estampagem de uma indústria de produtos metalúrgicos, por exemplo, 
pode terceirizar projetos de determinadas matrizes para seus próprios 
funcionários realizarem em casa em seu período de folga. Os setores de 
serviço são os principais representantes de trabalhos com flexibilização 
de local. Uma promotora de vendas de uma empresa trabalhará em 
inúmeros pontos de venda. A tecnologia da informação passou a permitir 
que uma série de trabalhos ou tarefas possa ser feita de casa (home 
office). Um executivo pode elaborar, analisar e enviar relatórios de sua 
própria casa, um professor pode elaborar e enviar planos de aula, 
trabalhos e exercícios aos alunos, bem como lançar notas de provas no 
sistema da faculdade a partir de sua própria residência. 
 
 
 
 
ENGENHARIA DE PRODUÇÃO 
PRODUÇÃO E OPERAÇÃO: CONCEITOS ADMINISTRATIVOS APLICADOS 
AULA 6: PROJETO DO POSTO DE TRABALHO 
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(2) As várias consequências do trabalho repetitivo levaram, nos últimos anos, 
ao desenvolvimento de diferentes formas de organizar e reestruturar o trabalho de 
montagem e outros trabalhos seriais similares. Essas tentativas foram feitas na 
indústria, por intermédio de intervenções ergonômicas, conforme exemplificam as 
situações de trabalho abaixo. 
Exemplo 1: A montagem completa de calculadoras eletrônicas era feita em 
torno de uma bancada redonda, com oito postos, mas apenas com seis operadores, 
de forma que havia sempre dois postos vazios. A resultante acumulação dos 
componentes forçava os operadores a trocarem de lugar frequentemente. 
Exemplo 2: Um componente eletrônico era originalmente montado em uma 
linha de montagem de seis postos sucessivos, ocupados por seis trabalhadores. No 
novo plano, um operador desempenhava, sozinho, as seis operações e era 
responsável pela qualidade da montagem inteira. 
KROEMER, K. H. E.; GRANDJEAN, E. Manual de ergonomia: adaptando o 
trabalho ao homem. Porto Alegre: Bookman, 2005. 5. ed. p.180 (com adaptações). 
Acerca do tema acima, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre 
elas. 
O principal objetivo das mudanças exemplificadas é dar ao operador mais 
liberdade de ação, reduzindo o tédio e tornando o trabalho mais gratificante, 
permitindo a ele desenvolver todo o seu potencial, o que pode ser constatado com 
maior êxito no exemplo 1. 
PORQUE 
No exemplo 1, a rotação de trabalhadores entre diferentes atividades de 
operação de montagem reduziu o risco de tédio, adequando a dificuldade do trabalho 
com as capacidades do trabalhador, enquanto, no exemplo 2, o trabalhador passou 
a atuar em uma sucessão de atividades diferentes, cada uma solicitando dele 
diferentes habilidades e maior responsabilidade. 
 
 
 
 
 
ENGENHARIA DE PRODUÇÃO 
PRODUÇÃO E OPERAÇÃO: CONCEITOS ADMINISTRATIVOS APLICADOS 
AULA 6: PROJETO DO POSTO DE TRABALHO 
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(2) As várias consequências do trabalho repetitivo levaram, nos últimos anos, 
ao desenvolvimento de diferentes formas de organizar e reestruturar o trabalho de 
montagem e outros trabalhos seriais similares. Essas tentativas foram feitas na 
indústria, por intermédio de intervenções ergonômicas, conforme exemplificam as 
situações de trabalho abaixo. 
Exemplo 1: A montagem completa de calculadoras eletrônicas era feita em 
torno de uma bancada redonda, com oito postos, mas apenas com seis operadores, 
de forma que havia sempre dois postos vazios. A resultante acumulação dos 
componentes forçava os operadores a trocarem de lugar frequentemente. 
Exemplo 2: Um componente eletrônico era originalmente montado em uma 
linha de montagem de seis postos sucessivos, ocupados por seis trabalhadores. No 
novo plano, um operador desempenhava, sozinho, as seis operações e era 
responsável pela qualidade da montagem inteira. 
KROEMER, K. H. E.; GRANDJEAN, E. Manual de ergonomia: adaptando o 
trabalho ao homem. Porto Alegre: Bookman, 2005. 5. ed. p.180 (com adaptações). 
Acerca do tema acima, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre 
elas. 
O principal objetivo das mudanças exemplificadas é dar ao operador mais 
liberdade de ação, reduzindo o tédio e tornando o trabalho mais gratificante, 
permitindo a ele desenvolver todo o seu potencial, o que pode ser constatado com 
maior êxito no exemplo 1. 
PORQUE 
No exemplo 1, a rotação de trabalhadores entre diferentes atividades de 
operação de montagem reduziu o risco de tédio, adequando a dificuldade do trabalho 
com as capacidades do trabalhador, enquanto, no exemplo 2, o trabalhador passou 
a atuar em uma sucessão de atividades diferentes, cada uma solicitando dele 
diferentes habilidades e maior responsabilidade. 
 
 
 
 
 
ENGENHARIA DE PRODUÇÃO 
PRODUÇÃO E OPERAÇÃO: CONCEITOS ADMINISTRATIVOS APLICADOS 
AULA 6: PROJETO DO POSTO DE TRABALHO 
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Acerca dessas asserções, assinale a opção correta. 
A. As duas asserções são proposições verdadeiras, mas a segunda não é uma 
justificativa correta da primeira. 
B. As duas asserções são proposições verdadeiras e a segunda é uma 
justificativa correta da primeira. 
C. A primeira asserção é uma proposição verdadeira, e a segunda, uma 
proposição falsa. 
D. A primeira asserção é uma proposição falsa, e a segunda, uma proposição 
verdadeira. 
E. Tanto a primeira quanto a segunda asserções são proposições falsas. 
Resolução: 
A primeira afirmação é falsa, pois o maior êxito é constatado no exemplo 2. 
A segunda afirmação também é falsa. O trecho que explica sobre o exemplo 2 
está correto. Entretanto, a explicação do exemplo 1 está errada. O trecho 
“adequando a dificuldade do trabalho com as capacidades do trabalhador” é na 
verdade o oposto: segundo o exemplo 1, a empresa forçou os operadores a trocarem 
de lugar frequentemente devido à acumulação dos componentes, ou seja, a 
capacidade do trabalhador que teve que se adequar às dificuldades do trabalho. O 
correto então seria “adequando as capacidades do trabalhador à dificuldade do 
trabalho”. 
Portanto, ambas as asserções são falsas. Alternativa ‘E’. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ENGENHARIA DE PRODUÇÃO 
PRODUÇÃO E OPERAÇÃO: CONCEITOS ADMINISTRATIVOS APLICADOS 
AULA 7: MEDIDAS DE TRABALHO COM ESTUDO DE CASO 
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AULA 7 
MEDIDAS DE TRABALHO COM ESTUDO DE CASO 
 
Considerando apenas uma tomada de tempo não é suficiente para se 
determinar o tempo de uma atividade. É necessário que se façam várias tomadas de 
tempo para obtenção de uma média aritmética destes tempos. A questão é: quantas 
tomadas de tempo são necessárias para que a média obtida seja estatisticamente 
aceitável? 
Na prática, para determinar o tempo padrão de uma peça ou de uma operação 
são realizadas entre 10 e 20 cronometragens. Entretanto, a maneira correta para 
determinaro número de cronometragens (ou número de ciclos a serem 
cronometrado) N é deduzida na seguinte fórmula estatística: 
 
N = (
Z ∙ R
Er ∙ d2 ∙ x̅
)
2
 
 
Em que: 
N = número de ciclos a serem cronometrados. 
Z = coeficiente de distribuição normal para uma probabilidade determinada. 
R = amplitude da amostra (distância entre o maior e o menor valor). 
Er = erro relativo da medida. 
d2 = coeficiente em função do número de cronometragens realizadas 
preliminarmente. 
x̅ = média dos valores das observações. 
 
 
 
Número de cronometragens

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