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Emylle Pereira – M2 UNDB 
 Tutoria 2 
Palavra-Chave: P1 – Um bom dia de trabalho é aquele que traz desafios!!!
 
 Descrever as estruturas e 
regiões constantes e variáveis dos 
anticorpos e suas relações 
funcionais com o reconhecimento 
dos antígenos. 
Os anticorpos são conhecidos 
comumente como imunoglobulinas 
(proteínas imunes). Existem cinco 
classes de anticorpos ou 
imunoglobulinas, que são descritas 
como imunoglobulina G (IgG), IgM, lgA, 
IgD e IgE. As imunoglobulinas são 
formadas por uma combinação 
de cadeias de peptídeos leves e 
pesadas, sendo a maioria formada por 
duas cadeias leves e duas pesadas. As 
duas cadeias pesadas são cadeias 
maiores, e as duas cadeias leves são 
cadeias menores. Elas estão 
dispostas em formato que lembra a 
letra Y. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cada cadeia leve está ligada a uma 
cadeia pesada por pontes de 
dissulfeto. As cadeias pesadas estão 
ligadas entre si também por meio de 
pontes de dissulfeto. Cada uma das 
 
duas cadeias (leves e pesadas) possui 
uma porção chamada de constante e 
outra chamada de porção 
variável. Temos, portanto, uma região 
constante e uma região variável na 
cadeia leve e uma região constante e 
uma região variável na cadeia pesada. 
A porção variável, como o nome 
indica, muda de um anticorpo para 
outro e é a porção que se liga ao 
antígeno. A especificidade do 
anticorpo é determinada por essa 
porção variável. A porção constante, 
por sua vez, apresenta uma 
sequência de aminoácidos que pouco 
variam de um anticorpo para outro. 
 
Classes dos anticorpos: 
Existem cinco classes distintas de 
anticorpos encontradas na maioria 
dos mamíferos. São 
denominadas IgG, IgA, IgM, IgD e IgE. 
Elas se diferem 
 
pesander
Emylle Pereira – M2 UNDB 
em tamanho, carga, sequência de 
aminoácidos e conteúdo de 
carboidratos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dentre essas classes de anticorpos, 
duas merecem destaque: a IgM e a 
IgG. 
IgG é a classe de anticorpos 
encontrada em maior quantidade no 
nosso corpo. Estima-se que 75% dos 
anticorpos de uma pessoa normal 
sejam do tipo IgG. Essa imunoglobulina, 
que também apresenta subclasses, 
apresenta diversas funções, porém é 
importante destacar sua proteção ao 
feto. Essa proteção é garantida 
porque essa é a única imunoglobulina 
que pode atravessar a placenta e 
chegar ao feto. A classe IgM indica 
anticorpos formados durante 
a resposta primária e são os primeiros 
que se formam em resposta a 
patógenos complexos. 
A IgA é uma imunoglobulina encontrada 
em secreções, como saliva, lágrima e 
fluidos nasais. A IgD, por sua vez, 
constitui menos de 1% das 
imunoglobulinas presentes no 
plasma, mas são encontradas em 
grande quantidade na membrana do 
linfócito B. Essa imunoglobulina 
relaciona-se com a diferenciação dos 
linfócitos B induzida pelo antígeno. 
A IgE é encontrada em 
concentrações muito baixas no soro 
e está relacionada com processos 
alérgicos, sendo responsável por 
desencadear a liberação de histamina 
(mediador químico que possui ação 
vasodilatadora) e enzimas. 
Como os anticorpos são produzidos? 
Os anticorpos são produzidos pelos 
plasmócitos, que são formados pela 
diferenciação dos linfócitos B. O 
processo inicia-se quando antígenos 
específicos entram em contato com 
os linfócitos B específicos no tecido 
linfoide. A partir desse contato, os 
linfócitos B específicos são ativados 
e passam por uma série de divisões 
celulares, formando um clone, que é 
uma população de células 
idênticas àquela que as originou. Esse 
processo é conhecido como seleção 
clonal e ocorre nos linfócitos T. 
Emylle Pereira – M2 UNDB 
Algumas das células da população que 
foi formada originam células 
efetoras, que são células de vida 
curta e que, no caso dos linfócitos 
B, são responsáveis pela secreção dos 
anticorpos, os quais são secretados 
na linfa e levados para o sangue 
circundante. Essas células efetoras 
são os plasmócitos. 
As outras células no clone tornam-
se células de memória, que, 
diferentemente das células efetoras, 
possuem uma vida mais longa. Essas 
células de memória tornam-se 
efetoras caso o organismo tenha 
contato novamente com o mesmo 
antígeno. 
Vale destacar que os antígenos, em 
sua grande maioria, ativam os 
linfócitos B e os linfócitos T ao 
mesmo tempo. Algumas das células T 
formadas recebem a denominação 
de células auxiliares e são as 
responsáveis por produzir substâncias 
que ativam os linfócitos B 
específicos. Isso faz com que a 
produção de anticorpos pelos 
linfócitos B seja maior. 
Como os anticorpos atuam no corpo? 
Os anticorpos são glicoproteínas que 
atuam contra os agentes invasores 
de diferentes formas. Podemos 
classificar essa ação em duas 
formas: o ataque direto e a ativação 
do sistema do complemento. 
No ataque direto, os anticorpos ligam-
se ao antígeno e podem provocar 
sua aglutinação, precipitação, 
neutralização e lise. Na aglutinação, os 
anticorpos fazem com que partículas 
com antígenos em suas superfícies 
unam-se. Na precipitação, os 
anticorpos fazem com que o 
complexo antígeno-anticorpo torne-
se insolúvel e precipite-se. Na 
neutralização, os anticorpos cobrem 
os locais em que os antígenos se 
ligariam à célula hospedeira, 
neutralizando sua ação. Na lise, por 
sua vez, o anticorpo é capaz de 
provocar a ruptura (lise) da 
membrana de agentes celulares. 
Vale destacar que essas ações 
diretas, geralmente, não garantem a 
proteção do corpo contra o 
organismo invasor, necessitando da 
ativação do sistema do complemento 
(sistema formado por diferentes 
proteínas), que amplifica essas ações. 
Essa ativação do sistema do 
complemento pode levar, por 
exemplo, à opsonização, que é um 
processo em que os anticorpos se 
ligam ao antígeno e garantem 
que este seja reconhecido por 
macrófagos e neutrófilos, os 
Emylle Pereira – M2 UNDB 
quais farão sua fagocitose 
(englobamento da partícula e sua 
posterior digestão). O complemento 
também pode provocar a lise da 
célula, que é um dos efeitos mais 
marcantes do sistema de 
complemento, bem como pode 
provocar a aglutinação, neutralização, 
quimiotaxia (movimentação de células 
em direção a um gradiente químico) 
de neutrófilos e macrófagos, entre 
outros efeitos. 
Interação Antígeno-Anticorpo: ocorre 
por meio de superfícies 
complementares nas quais existem 
um epítopo (do antígeno) e um sítio 
de ligação do anticorpo (o parátopo). 
Todas as regiões hiper variáveis das 
cadeias pesada e leve participam 
dessa interação. 
O reconhecimento do antígeno pelo 
anticorpo envolve a formação de 
uma ligação não covalente e 
reversível. Diversos tipos de 
interações ao anticorpo podem 
contribuir para a ligação do antígeno 
ao anticorpo, incluindo forças 
eletrostáticas, pontes de hidrogênio, 
forças de van der Waals e 
interações hidrofóbicas. 
A relativa importância de cada uma 
destas interações depende das 
estruturas do sítio de ligação de cada 
anticorpo e do determinante 
antigênico. A força de ligação entre 
um único sítio de combinação de um 
anticorpo e um epítopo do antígeno é 
chamada de afinidade. Esta é a soma 
das forças de atração e repulsão 
resultantes da ligação entre o 
parátopo e seu epítopo. 
Pelo fato de cada anticorpo ter 
quatro cadeias polipeptídicas e dois 
sítios de ligação de antígenos, eles 
são potencialmente multivalentes (ou 
polivalentes) na sua reação com o 
antígeno. Os antígenos, por sua vez, 
podem ser monovalentes (pequenos 
grupos químicos e haptenos, por 
exemplo) 
ou multivalentes (microrganismos, por 
exemplo). 
A força pela qual um anticorpo 
multivalente se liga a um antígeno é 
chamada de avidez para diferenciá-la 
da afinidade, que é determinada pela 
ligação de um fragmento do 
anticorpo monovalente a um único 
epítopo antigênico. Em situações 
fisiológicas, a avidez é mais relevante 
do que a afinidade, pois os anticorpos 
são, pelo menos, bivalentes, e na 
maioria das vezes os antígenos são 
multivalentes. 
Emylle Pereira – M2 UNDB 
 Confrontar os diferentes tipos 
de células apresentadoras deantígenos. 
Embora alguns antígenos possam 
estimular diretamente a resposta 
imunitária, as células T da resposta 
da imunidade adquirida requerem 
tipicamente que as células 
apresentadoras de antígenos (CAAs) 
apresentem peptídeos dos antígenos 
no interior das moléculas do 
complexo MHC. 
Os antígenos intracelulares (p. ex., 
vírus) podem ser processados e 
apresentados às células T CD8 
citotóxicas por qualquer célula 
nucleada do organismo, visto que 
todas as células nucleadas expressam 
moléculas MHC classe I. Codificando 
as proteínas que interferem nesse 
processo, alguns vírus (p. ex., 
citomegalovírus) podem esquivar-se 
da eliminação. 
Os antígenos extracelulares (p. ex., 
de muitas bactérias) precisam ser 
processados em peptídeos e formar 
complexos com as moléculas de 
superfície do MHC de classe II nas 
células apresentadoras de antígenos 
“profissionais” (especializadas em 
apresentar antígenos para linfócitos 
T) para serem reconhecidos pelos 
linfócitos T CD4 (Th) auxiliares. As 
células a seguir expressam 
constitutivamente moléculas de MHC 
de classe II e, portanto, agem como 
as chamadas CAAs “profissionais”: 
• Células dendríticas 
• Monócitos 
• Macrófagos 
• Células B 
 
As células dendríticas estão 
presentes na pele (como células de 
Langerhans), linfonodos e em tecidos 
por todo o corpo. Na pele, agem 
como CAA, capturando e antígeno 
deslocando-se até os linfonodos, 
onde podem ativar linfócitos T. As 
células dendríticas foliculares são de 
linhagem diferente, pois não 
expressam moléculas do MHC da 
classe II e, por isso, não apresentam 
antígeno para as células Th. Elas não 
são fagocíticas; possuem receptores 
para a região Fc da immunoglobulina 
(Ig) G e para o complemento, o que 
as torna aptas a se ligarem a 
imunocomplexos e apresentá-los às 
células B nos centros germinativos 
dos linfonodos secundários. 
Os monócitos circulantes são os 
precursores dos macrófagos 
teciduais. Migram para os tecidos e lá, 
em aproximadamente 8 h, 
diferenciam-se em macrófagos em 
decorrência da ação do M-CSF, 
Emylle Pereira – M2 UNDB 
secretado por diversos tipos 
celulares (p. ex., células endoteliais e 
fibroblastos). Nos locais de infecção, 
as células T ativadas secretam 
citocinas [p. ex., interferon-
gama[INF-gama], as quais induzem a 
produção do fator inibidor de 
migração de macrófagos, prevenindo 
a saída dessas células do local. 
Macrófagos são ativados por 
citocinas (p. ex., IFN gama, 
interleucina (IL)-4 e IL-13) e por 
vários componentes microbianos (p. 
ex., lipopolissacarídeos). Os 
macrófagos ativados agem 
destruindo os microrganismos 
intracelulares e secretando IL-10 e 
fator de necrose tumoral (FNT) alfa. 
Com base nos diferentes perfis de 
expressão gênica, foram 
identificados subtipos de macrófagos 
(p. ex., M1, M2), que desempenham 
diferentes papéis na amplificação ou 
limitação da resposta inflamatória. 
A principal função dos linfócitos B é 
transformar-se em células 
plasmáticas, que produzem e 
secretam anticorpos. 
 Relacionar as vias das 
diferentes classes de MHC com a 
apresentação de diversas classes 
de proteínas. 
O MHC é por definição conhecido 
como um locus gênico responsável 
pela codificação de estruturas 
proteicas que fazem a apresentação 
de antígenos aos linfócitos T, 
promovendo a proliferação dessas 
células e consequente resposta 
imunológica própria. O antígeno 
leucocitário humano, ou HLA, é assim 
denominado porque além da 
sinalização de agentes agressores 
para os linfócitos, essas proteínas 
promovem o reconhecimento do que 
é próprio pelas nossas células T, 
impedindo que ocorra fenômenos de 
autoimunidade. Antes de 
compreendermos como o MHC 
funciona, é necessário entender 
alguns termos importantes e que 
valem serem relembrados. 
Células apresentadoras de antígeno: 
As células apresentadoras de 
antígeno, ou simplesmente APCs, são 
células que fazem a comunicação 
entre as células do sistema imune 
inato e adaptativas. Dentre alguns 
exemplos desses componentes 
celulares, nós temos as células 
dendríticas, macrófagos e linfócitos 
B. A partir da apresentação de 
antígenos ocorre a ativação de 
reação inflamatória inata para 
liberação de citocinas, enquanto ao 
mesmo tempo há a apresentação 
para as células T, do sistema 
Emylle Pereira – M2 UNDB 
adaptativo, iniciarem seu processo de 
defesa. 
Processamento antigênico: O 
processamento antigênico é uma das 
etapas envolvidas na apresentação 
das estruturas proteicas antigênicas 
aos linfócitos. A função desse 
mecanismo é modificar a proteína 
encontrada no meio extracelular ou 
intracelular para que ela possa se ligar 
à molécula do MHC e ser apresentada 
para o MHC. Esse processo é 
fundamental, principalmente, em 
antígenos bacterianos, uma vez que 
nossas células não conseguem 
apresentar a estrutura primária 
encontrada. Portanto, a conversão e 
modificação em um composto viável 
está diretamente relacionada com a 
capacidade dos linfócitos de 
desencadearem uma resposta 
imunológica efetiva. 
Moléculas do MHC: Como foi 
mencionado anteriormente, o MHC é 
responsável pela expressão de 
proteínas em células específicas para 
apresentar antígenos. Essas moléculas 
são divididas em duas classes, a 1 e a 
2. Cada tipo de classe possui suas 
características diferenciais, como tipo 
de antígenos a serem reconhecidos, 
resposta celular induzida, conexão ao 
subtipo de linfócito adequado 
e loci genético. As moléculas do MHC 
contêm, basicamente, uma fenda de 
ligação, o domínio tipo imunoglobulina, 
para a ligação dos linfócitos, e o 
domínio transmembranar. 
MHC de classe 1: As moléculas do MHC 
do tipo 1 são estruturas proteicas 
associadas à membrana presentes em 
todas as células do nosso corpo. 
Quanto à resposta imune elas são 
responsáveis pela combate de 
antígenos intracelulares e fazem 
apresentação aos linfócitos do tipo 
CD8, que possuem características 
citotóxicas, portanto, no momento da 
ação celular, ocorre uma indução à 
apoptose, melhor esclarecida 
posteriormente. 
Quanto à estrutura dessas moléculas, 
elas são constituídas por 2 cadeias 
polipeptídicas, ligadas de forma não-
covalente, formada pelas proteínas 
alfa, com seus 3 domínios, alfa 1, alfa 
2 e alfa 3, e beta, apresentada como 
beta 2 microglobulina. Entre os 
domínios alfa 1 e alfa 2 temos as 
fendas para a ligação dos antígenos, 
que nesse caso, reconhece peptídeos 
de até 30 aminoácidos. Como 
estamos falando de um MHC do tipo 1, 
que se liga aos linfócitos CD8, a 
estabilidade da ligação é feita na 
porção alfa 3 dessa proteína. 
Emylle Pereira – M2 UNDB 
Figura 1 – Os diagramas esquemáticos 
(à esquerda) e modelos (à direita) da 
estrutura cristalina das moléculas do 
MHC classe I. Há fendas de ligação de 
peptídeos e regiões constantes que 
se ligam ao CD8 ao domínio α3 da 
molécula classe I (ABBAS, 2014). 
 
PROCESSAMENTO DE ANTÍGENOS: Com o 
antígeno no meio intracelular, como é 
o caso de proteínas virais ou 
bactérias intracelulares, ocorre a 
marcação desses compostos por 
proteínas celulares, as ubiquitinas. 
Essas proteínas marcadas 
prosseguem para a degradação no 
proteassoma, que fragmenta esses 
compostos externos em resíduos 
menores. Os fragmentos se ligam ao 
TAP, transportadoras associadas ao 
processamento de antígeno, que 
estão no retículo endoplasmático 
rugoso (RER), e fazem o transporte 
de até 16 aminoácidos. 
Concomitantemente, as proteínas do 
MHC estão sendo produzidas também 
no RER, e quando estiverem prontas 
irão se ligar ao antígeno. Entretanto, 
essas proteínas são produzidas com 
tempos diferentes, e para não haver 
perda de produção, até a formação 
de cada uma das cadeias, há a ligação 
com as chaperonas, que se ligam na 
cadeia alfa e se desprendem até 
formar a beta microglobulina. Após a 
formação das moléculas do MHC mais 
o processamento antigênico no 
proteassoma, temos a sua ligação no 
RER, e posterior direcionamento para 
o Golgi. Em seguida, esse complexo vai 
para a membrana para se ligarem aos 
linfócitosCD8. 
 
 
 
 
 
Figura 2 – Via do processamento 
intracelular dos antígenos proteicos 
intracelulares no MHC classe 1. 
MHC de classe II: Em conseguinte, 
temos as moléculas do MHC do tipo 2, 
que são formadas por 2 cadeias alfa 
e 2 beta, fazendo com que haja a 
ligação de antígenos com uma maior 
quantidade de aminoácidos, a número 
de 50, o que é extremamente 
vantajoso, uma vez que essas 
Emylle Pereira – M2 UNDB 
moléculas se ligam a antígenos 
extracelulares que são estruturas 
maiores. A ligação do linfócito CD4 no 
MHC para estabilizá-lo é feita a nível 
da porção beta 2. É importante 
ressaltar que, diferentemente do MHC 
do tipo I, as moléculas do tipo II não 
estão expressas em todas as células 
nucleadas, apenas em um grupo delas, 
com destaque para as células 
dendríticas, linfócitos B e linfócitos T. 
PROCESSAMENTO DE ANTÍGENOS: O 
processamento das proteínas 
antigênicas inicia pela fagocitose, que 
permite a sua fragmentação em 
estruturas proteicas menores. 
Enquanto isso, no retículo 
endoplasmático rugoso temos a 
síntese da molécula do MHC, com 
auxílio das proteínas chaperonas que 
ajudam na estabilização molecular. 
Para impedir a ligação da molécula 
com outros antígenos sintetizados a 
nível do RER, temos a ligação da 
cadeia invariante + CLIP (peptídeo de 
cadeia constante), que irão manter o 
sítio de ligação da molécula recém-
sintetizada. Depois disso, temos a 
ligação das vesículas que continham 
as estruturas proteicas menores do 
antígeno que entrou na célula com o 
MHC do tipo II. Nesse ponto, as cadeias 
do lisossomo quebram parte da cadeia 
invariante, dissociando a ligação, e 
permitindo a formação da 
apresentação do antígeno via MHC. 
 
 
 
 
 
 
Figura 2 – Via do processamento 
intracelular dos antígenos proteicos 
intracelulares no MHC classe 2. 
Coestimuladores: Vimos anteriormente 
que todas as nossas células possuem 
MHC do tipo 1, e que portanto, estão 
em constante apresentação de 
peptídeos. Mas você deve estar se 
perguntando, por que nós humanos 
não desencadeamos um processo de 
autoimunidade? A resposta para essa 
pergunta é explicada pelos 
coestimuladores. Essas estruturas 
são responsáveis por diferenciar um 
antígeno próprio de um agressor, uma 
vez que só se manifestam na 
presença de antígenos estranhos. 
Portanto, durante a apresentação das 
nossas células nucleadas com o MHC 
de classe 1, com antígenos próprios, 
não teremos a ativação dos linfócitos 
porque não teremos o sinal dos 
coestimuladores. No entanto, no 
acoplamento de antígenos estranhos, 
Emylle Pereira – M2 UNDB 
os coestimuladores são expressos, 
desencadeando a resposta linfocitária. 
Relação com transplantes: Esse texto 
foi iniciado com uma indagação que 
pode ser muito comum dentro do 
ambiente médico, principalmente no 
acadêmico, sobre os motivos que 
levam a demora de transplantes em 
todo o mundo mesmo com 
tecnologias avançadas. O que ocorre 
é que, para realizar esse 
procedimento, é necessário observar 
se há histocompatibilidade entre 
doador e receptor. Por ser MHC 
diferentes, uma vez que essas 
estruturas são únicas para cada 
indivíduo, o corpo pode começar a 
sintetizar anticorpos anti-HLA, que 
podem reagir contra esse órgão 
como se fosse um corpo estranho. 
Dessa forma, o paciente sofrerá 
com um processo inflamatório 
intenso e em alguns casos, rejeição 
do órgão.

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