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Vacinas:	como	estaria	a	humanidade	sem	esses	guerreiros	em	defesa	de	nosso	organismo? 265
Biologia
vez que a imunidade adquirida persiste por longo período de tempo devido 
à constante produção do antígeno dentro da célula hospedeira e à capaci-
dade destas de estimularem linfócitos de memória imunológica”. 
Em termos econômicos, técnicos e logísticos, as vacinas de DNA ofe-
recem uma série de vantagens quando comparadas com as vacinas clás-
sicas, especialmente se considerarmos a sua utilização nas condições ofe-
recidas pelos países em desenvolvimento. 
O custo de produção das vacinas gênicas em larga escala é significa-
tivamente menor do que o custo de produção das vacinas recombinantes, 
peptídeos sintéticos e outras. O controle de qualidade é mais fácil, e a co-
mercialização não necessita de uma rede de refrigeração, pois estas vaci-
nas são estáveis à temperatura ambiente. 
Estes fatores facilitam o transporte, a distribuição e o estabelecimen-
to de amplos programas de imunizações em regiões de difícil acesso. As 
técnicas de biologia molecular permitem que se façam modificações na se-
qüências gênicas ou de DNA no sentido de melhorar a resposta imunoló-
gica. 
Estas manipulações genéticas podem dar subsídios para um melhor 
entendimento das relações entre estrutura e função dos antígenos frente à 
resposta imune desenvolvida. 
A vacina de DNA (ou vacina gênica) pode ser aplicada por via intramus-
cular e a imunidade que confere persiste por longo período de tempo, gra-
ças à constante produção do antígeno dentro das células dos indivíduos 
vacinados. Esse fato dispensa revacinações(...).
Fonte: SILVA (1997, p. 32-34).
Muitas outras instituições também vêm pesquisando novas vacinas, 
como a Rede Genoma de Minas Gerais, da qual participam sete insti-
tuições mineiras de pesquisa. Esta Rede fez o seqüen-
ciamento do genoma de todas as fases de desenvolvi-
mento do Schistosoma mansoni, parasita responsável 
pela esquitossomose. Esse foi o ponto de partida so-
bre a viabilidade da produção de uma vacina contra a 
doença. O desenvolvimento de vacina contra a esqui-
tossomose sempre foi uma tarefa difícil devido, prin-
cipalmente, ao ciclo de vida do parasita, que é muito 
complexo.
A biotecnologia, que traz perspectivas na bus-
ca de vacinas, pode levar também à eliminação do 
Trypanossoma cruzi em pessoas já infectadas. É tam-
bém vista como uma alternativa no tratamento de dis-
túrbios cardíacos de pacientes com a doença de Cha-
gas, transmitida pelas fezes que o barbeiro deposita ao 
picar uma pessoa para sugar seu sangue.
O Schistosoma mansoni Na foto, o é a fêmea e o , o ma-
cho. Brasileiros decifram DNA do verme da ‘barriga d’água’ e 
novos estudos apontam caminhos para a criação de drogas e 
vacinas contra esquistossomose. Mapas do DNA ativo do pa-
rasita abrem caminhos para a criação de vacinas. No futuro 
próximo, a integração das análises em larga escala permitirão 
entender melhor o parasita e elaborar novas estratégias para 
um tratamento mais eficiente. Fonte: www.fiocruz.br
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Implicações	dos	Avanços	Biológicos	no	Fenômeno	VIDA266
Ensino	Médio
Você sabia que quando o seu sistema imunológico conhece o antí-
geno de uma determinada doença, você está imune a essa doença? An-
tes de existirem as vacinas, a única maneira de se tornar imune a uma 
doença era adoecendo e, com sorte, sobrevivendo a ela. Isso é chama-
do “imunidade naturalmente adquirida”. 
As vacinas fornecem “imunidade artificialmente adquirida”, são uma 
forma mais fácil e menos arriscada de aumentar a imunidade. As vaci-
nas estão entre os poucos medicamentos capazes de prevenir a ocor-
rência de uma doença, em vez de curá-la depois que ocorre. 
As vacinas não apenas protegem você, mas também protegem as 
pessoas à sua volta. Com o seu sistema imune ativado pela vacina,ao 
entrar em contato com o microorganismo causador, você fica contagia-
do por um curto período de tempo, ou mesmo aborta a infecção, im-
pedindo, portanto, a transmissão da doença. 
Da mesma forma, quando outras pessoas estão vacinadas, a chan-
ce de lhe transmitirem uma doença é menor. Portanto, as vacinas pro-
tegem não apenas uma pessoa, mas toda a comunidade. Quando uma 
certa proporção de pessoas está vacinada contra uma doença, todo o 
grupo se torna mais protegido, mesmo quem não tomou a vacina. Es-
sa “cobertura vacinal” confere a “imunidade comunitária”. Daí a impor-
tância de você participar das campanhas de vacinação.
Vacinas: como estaria a humanidade sem esse auxílio para a defe-
sa de nosso organismo?
Após este estudo, você já pode responder como estaria a humani-
dade sem o auxílio das vacinas para a defesa de nosso organismo?
Campanha de vacinação, Secre-
taria de Estado da Saúde, Gover-
no do Estado do Paraná. Fonte: 
www.saude.pr.gov.br. 
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