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IX EHA - ENCONTRO DE HISTÓRIA DA ARTE - UNICAMP 2013
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Ilhas de Carnaval: Coretos carnavalescos como construtores de espaços da folia na 
segunda década do século XX 
Profa. Dra. Helenise Monteiro Guimarães, EBA-UFRJ.
Prof. Dr. Raphael David dos Santos Filho, FAU-UFRJ.
A ornamentação das ruas do Rio de Janeiro no carnaval constituiu-se uma tradição que se expandiu 
junto com a migração da festa do centro da cidade para os subúrbios, sobretudo no inicio do século XX. A 
criação e produção de coretos artisticamente decorados definiram um modelo de ornamentação que se difundiu 
pelos bairros e subúrbios da periferia da cidade, estabelecendo novos ritos da folia. Estas competições, em 
conformidade com o rito agnóstico que caracteriza o carnaval carioca, tem nos coretos suburbanos uma tradição 
mantida até os dias atuais. Este trabalho discute o perfil e significado dessa forma de expressão plástica da 
cultura popular carioca a partir de um registro histórico e iconográfico, representado por exemplares que 
conquistaram notoriedade nos concursos anuais, tais como o de Turyassu, Madureira, Santa Cruz entre outros, 
com o objetivo de contribuir para a o aprofundamento das investigações sobre os territórios efêmeros urbanos 
da cultura popular brasileira.
Apresentação
“Todo e qualquer espaço urbano, por menor e mais insignificante que seja, constrói uma identidade 
espacial, visual e de usos e costumes. Referências são criadas, percursos instaurados, uma imagem se 
forma. A permanência ou não das características básicas do sítio é que determinará a configuração de uma 
simbologia mais perene, algo que sinaliza suas virtudes (e eventualmente seus “defeitos”). Entramos, 
portanto, no caudaloso rio da história e suas marchas e contra marchas, idas e vindas, construções e 
desconstruções.” (Heffener, 2000).
A expansão das vias urbanas e dos transportes no Rio de Janeiro, no inicio do século XX, possibilitou 
a expansão das comemorações carnavalescas e incentivou novas modalidades de competições além das já 
existentes, tais como o desfile das Grandes Sociedades e Ranchos Carnavalescos. 
A criação, produção e execução de coretos artisticamente decorados criaram um modelo de 
ornamentação que se difundiu pelos bairros e subúrbios da cidade, alcançando notoriedade pela capacidade 
inata de incrementar competições.
Essas disputas, que se estendem entre as ruas e mesmo entre as casas nos subúrbios têm nos coretos 
uma tradição de competição estética que é mantida até os dias atuais. Há exemplos de coretos que conquistaram 
notoriedade nos concursos anuais, como o de Turyassu, Madureira, Santa Cruz entre outros. 
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Coretos & coretos de carnaval
Coreto é uma edificação composta de uma cobertura, situada ao ar livre (praças, jardins e outros 
espaços) e de acordo com a tradição urbana brasileira é utilizada para abrigar bandas musicais em concertos 
e festas populares, apresentações políticas e culturais.
Corona e Lemos (1972), definem esta tipologia arquitetônica como sendo uma espécie de côro, 
construído ao ar livre, para concertos musicais. Os mesmo autores lembram que côro é o local da igreja 
onde se juntam os padres para rezar e cantar durante os ofícios religiosos, geralmente, colocado em piso 
sobrelevado, acima da porta de acesso e no começo da nave. Outras vezes, este espaço está situado no fundo 
da capela-mor, segundo a tradição romana. Mário de Andrade afirmava (Corona & Lemos, 1972) que, na zona 
de São Roque (SP), usa-se a forma coreto para designar o tradicional côro das igrejas, que é também o local 
(Corona & Lemos, 1972), nas igrejas, de onde as religiosas assistem os ofícios litúrgicos sem serem vistas pelo 
público que permanece nas naves. 
O côro se localiza em geral sobre um plano superior à nave, que é um espaço livre, no interior das 
igrejas, que vai desde a porta fronteira até o altar-mor ou santuário (Corona & Lemos, 1972), acompanhando 
o desenvolvimento longitudinal da planta da igreja. A disposição espacial da nave é característica da 
procissão religiosa, uma expressão litúrgica assumida culturalmente na forma do desfile de carnaval, como 
conceituado desde o início do século XIX e destacado por Veríssimo et al (2001): 
“Das naves para os adros, daí para as ruas, percorridas por magníficos cortejos, numa simbiose sagrada e 
pagã, um misto de celebração religiosa e festa mundana, visualmente associada aos desfiles carnavalescos 
do século XX [a evolução simbiótica do desfile processional] (...) Este rio de pessoas em transe religioso 
deságua em outros adros ou do ponto de partida, onde esperam barraquinhas da quermesse e autos 
morais, desempenhados por saltimbancos ou por integrantes das corporações de ofício ou irmandades.” 
(Veríssimo et al, 2001).
O coreto, edificado nas praças e outros locais abertos e públicos, entretanto, inverte a lógica do mesmo 
elemento tipológico instalado no interior das igrejas. Neste caso, embora o côro ainda se instale em um 
plano superior ao entorno, o coreto assegura uma visibilidade de 360o, e inverte o ponto de observação, 
estabelecendo uma perspectiva central, própria dos bailes carnavalescos, onde se destacam a banda, geralmente 
sobre um palco ou praticável, e o público. 
O coreto de carnaval como tipologia plástica, se refere, em geral, à decoração aplicada à tipologia 
arquitetônica de coreto: a decoração, a música de carnaval, o entorno aberto e preenchido pelos foliões, são 
elementos que identificam o coreto do carnaval carioca. Mas, este nem sempre era apoiado em um coreto 
arquitetônico, por vezes era uma peça independente, construída para um fim: na Avenida Rio Branco, por 
exemplo, construíram-se dezenas deles, montados em madeira e desmontáveis. Esta característica enfatiza, 
em primeiro lugar, o caráter de obra arquitetônica e, em segundo lugar, a sua transitoriedade desse tipo de 
construção. De qualquer modo, a sua função era de abrigar as bandinhas e os grupos de foliões mais chiques. 
Os coretos de carnaval se expandem, progressivamente, para os subúrbios da cidade e, nos bairros, 
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passam a ter um valor simbólico e pontual a cada ano. Kevin Linch (2001), explica esse fato quando analisa 
a identificação do homem com a cidade em que vive e, sobretudo, à sua paisagem. Linch (2001) afirma que 
certos lugares podem se tornar tão carregados de significados que constituem um poderoso foco de atenção 
justamente por estarem saturados de “uma longa história cultural e religiosa”.
Ao chamar a atenção para o papel ambiental da paisagem, ele afirma que “o ambiente conhecido por 
seus nomes e familiar a todos oferece o material para lembranças e símbolos comuns que unem o grupo e 
permitem que os membros se comuniquem entre si”. Para Linch, esta relação entre paisagem e ambiente se 
aproxima muito de uma ideia de decoração urbana carnavalesca capaz de criar a “cidade metafórica” a que se 
refere Michel de Certeau (Guimarães, 2006). 
A cidade engalanada, ordenada em projetos, seria a forma de fixar na memória a imagem de uma 
festa urbana da qual ela mesma constituía o símbolo maior. Guimarães (2006) destaca o papel metonímico 
da decoração, onde ela anuncia a festa e que o coreto carnavalesco é uma metáfora do mundo carnavalizado 
sobreposto a paisagem urbana do cotidiano. Ou seja, o coreto está muito associado a historia da ornamentação 
urbana da cidade no sentido em que ele foi o suporte, nos subúrbios, de um movimento estético carnavalesco 
que fluiu, historicamente, do centro para a periferia. Na rua D. Zulmira (Maracanã), por exemplo, desfilavam 
os mesmos grupos carnavalescosque brigavam no espaço nobre do centro da cidade, “batalhas” que se repetem 
nos coretos de Turyassu, Santa Cruz e outros. 
Guimarães (2006) assertiva que os coretos artísticos reeditavam em seus bairros a formação dos 
núcleos existentes nos centros, do mesmo modo que as batalhas de confete, que atraíam a população que 
assim, circulava entre o centro e a periferia. Enquanto que no centro da cidade a construção de coretos foi 
substituída pela decoração de espaços públicos, nos subúrbios eles tinham o papel de centralizar a festa (anos 
30), ganhando importância cada vez maior ate os anos 60.
Outra razão para a “decadência” está ligada ao fator econômico, fatal também para as espetaculares 
decorações nos anos 90. Só que com os coretos ela ocorre de forma mais vagarosa, porque para muitos bairros 
eles estimulavam o crescimento do comercio local. Já no centro da cidade, além do crescimento do trafego, o 
custo da decoração foi inviabilizado pela Prefeitura.
A tipologia que podemos observar na construção destes coretos segue os modelos de ornamentação 
já estabelecidos no centro da cidade, tanto pelas decorações das ruas do centro, como pelas decorações dos 
interiores dos salões de bailes, tais como o a decoração do Baile da Cidade realizado no Teatro Municipal.
Inicialmente realizados pelos morados dos locais, passariam a ser idealizados por artistas especialmente 
contratados para esta finalidade, estimulados principalmente pelo patrocínio oficial do governo o que acirraria 
a competição entre os bairros. Desta forma são inseridos no programa turístico da cidade que englobava as 
demais competições. Pela sua grandiosidade, tornam-se verdadeiras alegorias fixas, dotados de movimento, 
luzes e vibrante colorido, fazendo referência a temas que ano a ano rivalizavam na originalidade e ousadia.
Até hoje, existem coretos e coretos de carnaval: em 2007, o Concurso Coretos de Bairros, aconteceu 
por toda a cidade e com a participação dos moradores de cada bairro, responsáveis pela decoração e animação 
do coreto.
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A premiação enfocou a criatividade, o colorido, a iluminação e a empolgação. Neste ano, foram 
vencedores e premiados, o Coreto Pan Folia Rio 2007, de Magalhães Bastos, em primeiro lugar, seguido por 
Com Fé e Alegria, Santa Cruz No Auge da Bruxaria, em segundo lugar (Diário do Rio, 2007).
A constatação da permanência cultural, tanto do coreto (arquitetônico) quanto o de carnaval, indica 
que se está defronte a dois conceitos – coreto e coreto de carnaval - quando o primeiro (arquitetônico) é o 
lugar, o espaço e a estrutura que recebe, sustenta e apóia o coreto de carnaval, que é uma alegoria estética da 
forma carnavalesca.
Estes aspectos implicam em que: 
• A forma - planta, cobertura e volumetria e outros - dessa tipologia arquitetônica influi na composição 
estética do coreto de carnaval, pelas suas características arquitetônicas próprias (plantas e coberturas 
circulares ou poligonais) e entorno visual de 360o, o que propicia, dessa forma, a concentração do 
público, bandas e foliões, em um espaço público que é preparado para esse motivo, para esse fim 
(o Carnaval).
• Quando o coreto for construído, exclusivamente, para os dias de carnaval, como lembra Guimarães 
(2006), ainda neste caso, o projeto do suporte (a forma como foi construído) certamente era 
sincrônico com a arquitetura ordinária do momento em que a edificação foi concebida e, portanto, 
também neste caso a interferência da arquitetura sobre o coreto artístico era inevitável.
• A discursividade do carnaval se altera: ao contrário da procissão/desfile, tradição que remonta os 
primeiros carnavais, se assiste á concentração, ao adensamento da folia em torno de um foco, um 
lugar de celebração, reconstituindo-se, no coreto, as origens religiosas da festa, em uma liturgia 
que lembra a ideia de celebração. 
A decoração do coreto de carnaval, a alegoria espaço-tempo, segue as tendências do momento em 
que é concebida. Portanto, guarda uma temporalidade apesar da imutabilidade de sua estrutura de sustentação 
e suporte, o coreto. Logo, o transitório é a Arte e não a Arte-Arquitetura, que se transforma assim, e 
momentaneamente, em coisa entre coisas, pela decoração e aplicação de arte sobre a arte, em experiência 
estética (Pareyson, 2001) e objeto, o coreto de carnaval. 
Essas ponderações abrem duas vias analíticas: por um lado é possível construir um exame crítico a 
cerca dos estilos e tendências estéticas do coreto de carnaval. Ou seja, é possível construir uma historiografia 
dos estudos e propostas para este tipo de elemento estético, embora a sua decadência como equipamento 
(transitório) urbano, seja visível.
Uma das razões para que o coreto artisticamente decorado perdesse sua força não foi, somente, o fato 
de ser algo do passado, mas porque a decoração per si fluiu para a Avenida Rio Branco e a Presidente Vargas 
e tornou-se o ponto central da ornamentação carnavalesca, somada ao espetáculo crescente das escolas de 
samba (Guimarães, 2006). Entretanto, é factível a avaliação do tipo de influência - positiva (abrangente) ou 
negativa (restritiva) - que a tipologia arquitetônica (coreto) oferece sobre a alegoria carnavalesca (coreto do 
carnaval).
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Como a decoração (carnavalesca) caracteriza o coreto de carnaval, emerge a questão do adorno na 
Arquitetura, porque o Movimento Moderno da Arquitetura Brasileira (século XX), um estilo progressivamente 
discutido e assumido pela Academia (em 1931, Lúcio Costa assume o cargo de diretor da Escola Nacional 
de Belas-Artes), sempre foi enfaticamente contrário ao adorno: “Mankind loves everything that serves his 
comfort. He hates everything that wants to tear him from his habitual and safe position and that bothers him. 
And thus he loves the building and hates art.” (Ornament and Crime; 1938; in: Loos e Opel, 1997) . 
Essa estética de negação do adorno, do elemento decorativo na arquitetura pode explicar a ausência 
de elementos das artes aplicadas aos “novos coretos” (cf., Pórtico do Patriarca, projeto de Paulo Mendes 
da Rocha e Eduardo Colonelli, 1992). Entretanto, cabe perguntar se esta concepção minimalista inaugurada 
pelo Movimento Moderno, de exclusão do adorno, não teria consolidado, culturalmente, uma reinterpretação 
desfavorável à concepção do coreto do carnaval. Assim, este por se constituir a partir do adereço, perdeu 
espaço no ambiente cultural, por remeter ao passado, ao antigo e por esse motivo, sendo desprezado como 
lugar de celebração da festa. 
A base moderna da Arquitetura, mesmo em suas concepções pósteras, reafirma a superficialidade do 
adorno, fenômeno que justificaria a pecha de “passado” ao coreto de carnaval e inclusive, possivelmente, a 
essa forma de carnaval de rua. 
O crescimento no número de desfiles de bandas e blocos de carnaval no Rio de Janeiro confirma a 
tendência contemporânea de desfile, de celebração através do cortejo, da procissão. Este fenômeno cultural se 
deve ao fato provável de que ao antigo locus de celebração, o coreto (público, na praça e nos jardins públicos) 
foi negado o status de modernidade e contemporaneidade que a decoração carnavalesca lhe atribuiu, através 
do adorno, durante décadas de arte e história. 
A negação, em meados do século XX, de valor à decoração que justificava a existência (transitória) do 
coreto de carnaval no imaginário popular, de fato pode ter contribuído para relegar esse lugar de rito à História 
e ao passado. 
A celebração da folia hoje acontece através da forma de desfile processional (Veríssimo et al., 2001), 
que prescinde de decoração: para participar é suficiente ao folião a camiseta da banda ou do bloco, o que 
uniformiza os sonhos ea alegria, para participar da festa. Esta transformação no rito de celebração certamente 
explica a pequena repercussão do carnaval nos coretos suburbanos cariocas e permite supor, pelo viés da 
discussão estética, uma das razões do eclipse do carnaval popular nas ruas da Cidade do Rio de Janeiro. 
Para recuperar a centralidade quase perdida, foi necessária a retomada das ruas do centro resgatando 
praticas e representações de origens diferentes, agora consolidadas como um carnaval “civilizado”. É neste 
sentido que a oficialização do carnaval na década de 30 terá seu papel como um novo patamar de representações 
culturais que se alinharão com os interesses do poder público e dos grupos determinados a conquistar cada 
vez mais os espaços nobres da cidade e valorizar aqueles que, situados nas adjacências, começavam a atrair 
novos contingentes de foliões.
No século XX o movimento de moradores, artistas e posteriormente dos poderes públicos, só fez 
ampliar, ano após ano, o raio de influencia de uma “arte sazonal e de efemeridades” na sociedade carioca por 
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meio de um vigoroso investimento. Estas “batalhas” como mais comumente eram conhecidas, materializaram 
na cidade, uma arquitetura efêmera que contou com a construção de coretos carnavalescos, que além de 
refletirem o universo competitivo da festa urbana, também revelavam as múltiplas trajetórias de grupos que 
queriam transformar a capital carioca num palco de folias, onde o colorido, as multi-formas, a pluralidade de 
sentidos, as divergentes relações temporais, os ideários e os estranhamentos geográficos consubstanciavam-
se numa paisagem que somente e, sobretudo, uma manifestação popular como o carnaval seria capaz de 
engendrar.
Figura 1: Coreto da Penha Circular, 1958
Figura 2: Coreto de Madureira, 1958
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Referências bibliograficas
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brasileira. Rio de Janeiro: Ediouro, p.184, 2001.
Currículo Resumido
Helenise Monteiro Guimarães, Departamento de História e Teoria da Arte. EBA-UFRJ, Doutora em Ciências 
(Artes Visuais - Escola de Belas Artes) heleng46@gmail.com.
Raphael David dos Santos Filho, Departamento de Tecnologia da Construção. FAU-UFRJ, Doutor em Ciências 
(Geografia – PPGG/UFRJ) raphaelfilho@gmail.com.
mailto:heleng46@gmail.com
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