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Câncer de estômago

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O câncer de estômago está associado ao baixo nível econômico, ocorre em maior incidência na 6ª década e 
é mais prevalente no sexo masculino. É bastante incidente no Japão e no Chile, no Brasil está associado a 
região Norte e Nordeste. Está em declínio constante nas últimas décadas 
A etiopatogenia é multifatorial, dependente de fatores ambientais e fatores do hospedeiro. Entre os fatores 
ambientais, inclui alimentos defumados, sal, nitritos e nitratos, tabagismo e H.pylori. E os fatores 
relacionados ao hospedeiro, temos gastrectomia prévia, pólipos adenomatosos (neoplasia epitelial 
benigna), anemia perniciosa, gastrite atrófica e metaplasia intestinal 
Inflamação crônica → gastrite atrófica → metaplasia (substituição de um tecido normal por outro normal, só 
que originário de outro órgão) → displasia → anaplasia 
Os fatores de risco genético incluem grupo sanguíneo tipo A, história familiar, ativação de oncogenes (c-met, 
k-sam e c-erbB2), inativação de genes de supressão tumoral (p16 e p53) e redução da molécula de adesão 
celular E-cadeherina 
 
 
 
• Possui papel relevante na gênese da úlcera péptica, levando ao rompimento da barreira gástrica mucosa. 
O H.pylori altera a barreira de muco do estômago que protege contra o ácido produzido na região, isso 
faz com quem a mucosa seja agredida, podendo progredir para uma metaplasia 
• O H.pylori é um co-fator provável da oncogênese do carcinoma gástrico, porém, são necessários estudos 
para avaliar seu papel causal no carcinoma gástrico 
 
 
 
• Tipo histológico: adenocarcinoma (mais frequente), linfoma, tumores estromais (GIST) e neuroendócrinos 
• Localização: mais frequente na região antro-pilórica, seguida por pequena curvatura, cárdia, outras 
porções e todo o estômago 
• Classificação de Bormann: o tumor pode ser polipoide, ulcerado, úlcero-infiltrativo, difusamente 
infiltrativo 
• Disseminação: infiltração direta (podendo ser por continuidade quando o câncer acomete um órgão que 
habitualmente está conectado com o estômago – duodeno e esôfago; ou por contiguidade quando a 
infiltração ocorre em um órgão que não está conectado habitualmente com o estômago – pâncreas, 
fígado, baço, cólon transverso), via linfática, vias sanguíneas (principalmente ao fígado por conta do 
sistema-porta, seguido por pulmão) ou implantes peritoneais (quando o tumor atinge a serosa, ocorre 
infiltração por continuidade, descamando o epitélio que atingem qualquer região peritoneal – chamado 
de carcinomatose peritoneal; essas células tem atração pela região do ovário, por isso, costuma dar 
metástase no ovário, chamado de tumor de Krukenberg) 
 
 
 
• A sintomatologia do câncer de estômago é incaracterística, com dor epigástrica, plenitude pós-prandial 
(por conta do crescimento do tumor, causando obstrução), anorexia, eructações, perda de peso, fraqueza, 
náuseas e vômitos, disfagia (por invasão do estômago e continuidade), hematêmese e melena 
• No exame físico, observa-se anemia, desnutrição (caquexia), massa abdominal palpável ou visível, 
hepatomegalia com superfície nodular (chamado de fígado em saco de batata – ocorre por conta de 
Câncer de estômago 
H.PYLORI 
ANATOMIA PATOLÓGICA 
DIAGNÓSTICO 
metástase) , ascite, gânglio em fossa supra-clavicular (nódulo de Virchow), toque retal (metástase em 
fundo de saco) e toque vaginal (metástases ovarianas) 
• Entre os exames complementares, pode ser solicitado 
raio X contrastado e endoscopia digestiva alta e biópsia 
• Para estadiamento, solicita-se tomografia abdominal 
toracica e laparoscopia exploratória do peritônio 
 
 
 
• Cirurgia curativa – gastrectomia subtotal radical para 
tumores do antro (uma vez que tem uma porção grande de estômago sadio, grande margem de 
segurança); gastrectomia total radical para tumores do corpo, tumores do fundo e tumores da cárdia 
o O tratamento cirúrgico é contraindicado em casos de mal estado geral, comorbidades de difícil 
compensação (cardiopatias, pneumopatias e outras) e metástases disseminadas 
• As cirurgias paliativas são gastrectomia sem linfadenectomia e gastroenteroanastomose 
• A terapia neoadjuvante ou adjuvante é baseada em quimioterapia e radioterapia 
 
 
 
 
TRATAMENTO

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