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Câncer gástrico Tutoria 04 - M1 - P4 Objetivos: 01. Citar os tipos de câncer gástrico; - Se desenvolve ao longo de muitos anos. ● Antes do aparecimento do câncer propriamente dito, alterações pré-cancerígenas ocorrem no revestimento interno do estômago (mucosa). Essas alterações precoces raramente causam sintomas, por isso muitas vezes passam despercebidas. - Os cânceres se diferem de acordo com a região do estômago em que está localizado. ● Ex: se o tumor se localiza na junção gastroesofágica são estadiados e tratados como um câncer de esôfago. - Tipos: ● Adenocarcinoma: de 90 a 95% das neoplasias de estômago. Se desenvolvem a partir de células que formam a mucosa (parte mais interna) do estômago. Em glândulas epiteliais secretoras. Difuso e intestinal. ● Linfoma: Cânceres do sistema imunológico que às vezes são encontrados na parede do estômago. O tratamento e o prognóstico dependem do tipo de linfoma. ● Tumor estromal gastrointestinal (GIST): são raros e se iniciam em células da parede do estômago chamadas células intersticiais de Cajal. Alguns são benignos e outros malignos. Podem ser encontrados em várias partes do aparelho digestivo, mas a maioria se encontra no estômago. ● Tumor carcinoide: se originam de células do estômago que produzem hormônios. A maioria não dissemina para outros órgãos. ● Outros tipos: o câncer de células escamosas, carcinoma de pequenas células e leiomiossarcoma também podem começar no estômago, mas são muito raros. h�p://www.oncoguia.org.br/conteudo/sob re-o-cancer/756/132/ http://www.oncoguia.org.br/conteudo/sobre-o-cancer/756/132/ http://www.oncoguia.org.br/conteudo/sobre-o-cancer/756/132/ 02. Entender a etiopatogenia do adenocarcinoma gástrico; Epidemiologia: - Segunda causa de morte por câncer e quarto câncer mais comum no mundo. - Ocorre duas vezes mais em homens. - A razão da mortalidade/incidência é considerada alta. A sobrevida em cinco anos varia em torno de 20% na maioria dos países em desenvolvimento. - Nos últimos 50 anos houve uma queda significativa no número de mortes, isso se deve principalmente ao controle da infecção pelo H. pylori. Etiopatogenia: - Sítio primário: ● O estômago se inicia na junção esofagogástrica (JEG) e vai até o piloro. - Sítios metastáticos: ● Os locais mais comuns são o fígado, a superfície peritoneal e os linfonodos não regionais ou distantes. Metástase para o pulmão e SNC acontecem com menor frequência. Por continuidade podem atingir fígado, cólon transverso, pâncreas ou superfície diafragmática. Fisiopatologia: - Os adenocarcinomas gástricos podem ser classificados por sua aparência: ● Protrusos: O tumor é polipóide ou lembra um cogumelo. ● Penetrantes: O tumor é ulcerado. ● Disseminação superficial: O tumor se espalha ao longo da mucosa ou infiltra superficialmente a parede gástrica. ● Linite plástica O tumor infiltra a parede do estômago com uma reação fibrosa associada que faz com que este se torne um estômago em “garrafa de couro” rígida. ● Miscelânea: o tumor mostra características de ≥ 2 de outros tipos; esta classificação é a maior. - Os tumores protrusos têm melhor prognóstico que os tumores disseminados por produzirem sintomas mais precocemente. 03. Apontar o diagnóstico, quadro clínico, tratamento e prognóstico do CA gástrico; Prognóstico: - Baseia-se essencialmente no seu estadiamento e está relacionado com a profundidade de invasão tumoral e presença de metástases linfonodais. - A abordagem cirúrgica (envolvendo gastrectomia e linfadenectomia) é a única intervenção capaz de prolongar a sobrevida e determinar a cura. ● A principal maneira de classificação (estadiamento) é o TNM (tumor, linfonodo e metástase). Há uma relação entre o prognóstico e o número de linfonodos acometidos por metástase. - O prognóstico é de sobrevida global de 25% ou menos. - A profundidade da invasão da parede gástrica (T) está relacionada com a sobrevida, mas a disseminação para LNs é provavelmente o principal fator prognóstico. Quadro clínico: - Nos estágios mais precoces, não costuma trazer manifestações clínicas ou apresenta sintomas inespecíficos. Os sintomas começam a aparecer com o avanço do tumor. - Perda de peso - Anorexia - Disfagia - Dor epigástrica - Melena - Saciedade precoce - Pode haver sangramento crônico e pode se apresentar como anemia ferropriva, fadiga e mal-estar. - Possíveis achados: massas palpáveis em região epigástrica, vômitos recorrentes e caquexia. - Ao exame físico: presença de linfonodo de Virchow (adenomegalia supraclavicular esquerda) e sinal da irmã Maria José (nódulo endurecido e de crescimento rápido, fissurado e ulcerado na região umbilical). - Se houver metástase: sintomas associados aos principais locais de metástase, como fígado (dor em quadrante superior direito do abdome, icterícia e ascite) e pulmões (hemoptise e tosse). Diagnóstico: - Endoscopia digestiva alta associada a biópsia com citologia tem até 99% de precisão. ● Através da endoscopia é possível classificar macroscopicamente a lesão através das categorias de Bourmann: - Exame baritado: exame de raio-x do cólon que permite ver os contornos da sua luz e suspeitar de eventuais problemas em sua parede. É capaz de sugerir malignidade. Pode ser realizado como exame de triagem. Pode ser chamado serigrafia. Tratamento: - Cirúrgico: é uma doença locorregional. Ou seja, na ausência de metástase, é indicada a ressecção cirúrgica curativa, incluindo exérese do tumor com margens cirúrgicas amplas e bordas de secção livres de neoplasia, remoção de linfonodos regionais, ressecção de órgãos e/ou estruturas ou segmentos de órgãos envolvidos por contiguidade e remoção de ambos os omentos, da lâmina anterior do mesocólon transverso e do peritônio pré-pancreático - Terapias adicionais: ● Quimioterapia pós-cirúrgica e paliativo. Ela reduz complicações, como perfuração gástrica e sangramentos, e de sintomas. h�ps://www.sanarmed.com/resumos-ade nocarcinoma-gastrico-fatores-de-risco-s intomas-diagnostico-e-tratamento h�ps://repositorio.ufmg.br/bitstream/184 3/BUBD-9ZCPK8/3/disserta__o_tadeu_4_ 21.01.pdf 04.Conhecer os fatores de risco para o desenvolvimento do CA gástrico; - Hábitos de vida: ● Tabagismo ● Tipo de dieta: alta ingestão de alimentos mal conservados ou com https://www.sanarmed.com/resumos-adenocarcinoma-gastrico-fatores-de-risco-sintomas-diagnostico-e-tratamento https://www.sanarmed.com/resumos-adenocarcinoma-gastrico-fatores-de-risco-sintomas-diagnostico-e-tratamento https://www.sanarmed.com/resumos-adenocarcinoma-gastrico-fatores-de-risco-sintomas-diagnostico-e-tratamento https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-9ZCPK8/3/disserta__o_tadeu_4_21.01.pdf https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-9ZCPK8/3/disserta__o_tadeu_4_21.01.pdf https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-9ZCPK8/3/disserta__o_tadeu_4_21.01.pdf grande quantidade de nitratos; baixo consumo de vitamina A e C, frutas com substâncias antioxidantes e proteínas. - Antecedentes do paciente: ● A infecção por Helicobacter pylori aumenta em até 6 vezes o aparecimento desse adenocarcinoma, através da gastrite e hipocloridria (diminuição da produção de ácido clorídrico, o que aumenta o pH estomacal). H. pylori: ● Principal fator de risco ambiental; ● Atinge 60% da população em geral, mas em pacientes com câncer gástrico é mais comum (84%). ● Sua presença eleva em cerca de 6 vezes o risco de tumor: é considerado carcinógeno tipo 1. ● Infecta o revestimento mucoso do estômago. ● ● Anemia perniciosa, que leva a atrofia de células parietais do fundo gástrico produtoras de fator intrínseco e ácido clorídrico, e consequente hipocloridria. ● A gastrite predispõe a úlcera gástrica persistente, que pode tornar o paciente mais propenso à neoplasia. ● Pacientes que foram submetidos a gastrectomia parcial, por causa do refluxobiliar ao remanescente gástrico apresentaram 3 vezes mais chances de desenvolver o câncer. ● História familiar ● A presença de pólipos gástricos adenomatosos possui risco proporcional ao tamanho do pólipo. 05. Esclarecer o estadiamento do adenocarcinoma gástrico; Estadiamento: - É o principal fator que define prognóstico e tratamento proposto. - T, N e M são agrupados de acordo com seus prognósticos: ● Estádio I: cânceres pequenos ou menos profundamente invasivos, cm LN negativo; ● Estádio II e III: tumores maiores com extensão a LN; ● Estádio IV: metástases à distância no momento do diagnóstico. ● Estádio O: carcinoma in situ. 06. Relacionar os hábitos de vida ao aparecimento do câncer gástrico. A dieta é um fator predisponente para o desenvolvimento do câncer gástrico: - Alimentos ricos em sal ou conservados em sal. Eles podem aumentar o risco de cronicidade da infecção pelo H. pylori apoiando de forma sinérgica com a bactéria. - Uma alimentação pobre em vitaminas A e C, carnes ou peixes. - Alto consumo de nitrato, alimentos defumados, enlatados, conservantes e corantes. - Compostos nitrogenados (principalmente nitratos e nitritos) são utilizados na indústria alimentícia no processamento do produto. Isso porque têm ação inibidora e impedem o crescimento do grupo clostridium (bactérias gram-positivas). Esse grupo é responsável pelas infecções e intoxicações dos alimentos. ● Quando o nitrito é adicionado em carnes, ele reage com as aminas secundárias e origina N-nitrosaminas, que são capazes de gerar um cátion nitrogênio que quando reage com o ácido desoxirribonucleico pode causar mutações nas células do corpo. h�p://www.uece.br/wp-content/uploads/s ites/82/2021/07/Consumo-de-embutidos- x-C%C3%A2ncer.pdf E caderina http://www.uece.br/wp-content/uploads/sites/82/2021/07/Consumo-de-embutidos-x-C%C3%A2ncer.pdf http://www.uece.br/wp-content/uploads/sites/82/2021/07/Consumo-de-embutidos-x-C%C3%A2ncer.pdf http://www.uece.br/wp-content/uploads/sites/82/2021/07/Consumo-de-embutidos-x-C%C3%A2ncer.pdf