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mais extraordinária mudança ocorrida na produção de suínos e o que mais contribuiu para o incremento na produtividade. A fêmea suína moderna produz...

mais extraordinária mudança ocorrida na produção de suínos e o que mais contribuiu para o incremento na produtividade. A fêmea suína moderna produz leitegadas cada vez mais numerosas (mais de 14 leitões/ parto) e desmama 30 leitões/fêmea/ano (LUM et al., 2013). No cenário da suinocultura mundial, o Brasil é um dos protagonistas e ocupa a quarta posição no ranking mundial de produção, com 3,75 milhões de toneladas por ano, e também no de exportação de carne suína, totalizando 697 mil toneladas anualmente. Cerca de 18,5% da produção brasileira de carne suína é exportada para mais de 70 países, incluindo mercados exigentes, como é o caso do Japão e da Coreia do Sul (ABPA, 2018). A abertura de novos mercados a cada ano somada à manutenção de antigos compradores de carne suína brasileira refletem a qualidade e a robustez da atividade suinícola nacional. No contexto econômico, a indústria suinícola brasileira é importante geradora de divisas. Isso fica claro quando observamos o PIB da atividade em 2015, que foi de R$ 62,57 bilhões. No mesmo ano, o segmento produtivo foi responsável pela geração de 126 mil empregos diretos e mais de 900 mil indiretos (NEVES et al., 2016), o que demonstra a importância socioeconômica da atividade. Leal et al. (2018) destacaram que, mesmo com a consolidação e o desenvolvimento da suinocultura brasileira nas áreas de nutrição, genética e sanidade, ainda existem alguns obstáculos a serem superados em determinados setores da cadeia produtiva, como a aquisição e o preço de insumos. Vencidos os desafios, o Brasil poderá expressar sua vocação para o agronegócio em totalidade e figurar como grande liderança mundial na produção de suínos, com reais avanços econômicos e sociais para o país. 5.2 Mercado interno Entre 2014 e 2018, as exportações brasileiras de carne suína tiveram crescimento anual médio de 6,6%. Em 2019, expectativas baseadas no atual ritmo das exportações apontaram para um crescimento de 13% (MARTINS et al., 2019). Nesse cenário, foram os problemas na produção chinesa que sustentaram o crescimento, devido à Peste Suína Africana (PSA), que será abordada no próximo subtópico. Segundo Martins et al. (2019), a participação chinesa nas exportações brasileiras aumentou de 24,6%, em 2018, para 31,5% nos dez primeiros meses de 2019. Até outubro de 2019, essas exportações cresceram 38,7% em relação ao mesmo período de 2018. Em volume, o incremento foi de 51,4 mil toneladas. Com base nas médias dos embarques feitos até outubro de 2019, projetou-se que as exportações para a China responderiam por mais de 90% do aumento nas exportações de carne suína do Brasil. Para 2022, as expectativas de produção são de que se mantenham as médias dos seis primeiros meses para o restante do ano. Assim, o país pode encerrar 2022 com quase 5,1 milhões de toneladas (4% a mais que 2021) (ABPA, 2021). Em termos comparativos, o consumo de carne suína per capita brasileiro é menor que o de carne bovina e de frango (KRABBE et al., 2013). As estatísticas em torno da demanda por carne suína demonstram que, nas últimas décadas, houve um aumento significativo do consumo de carne de aves, ao passo que em relação à carne suína o consumo foi mais moderado (MIELI et al., 2011). Assim, na economia doméstica, diferentemente de outras nações do mundo, a carne suína ainda tem um espaço significativo para crescimento, em razão do mercado ser considerado competitivo e atrativo para o produtor (KRABBE et al., 2013). Outros fatores são a demanda externa e o consumo crescente de carne processada suína. Vale destacar que, com o aumento da população e do poder aquisitivo decorrente de programas governamentais, o consumo de carne suína apresentou crescimento nos últimos anos. Ao mesmo tempo, ações estratégicas foram adotadas pelos produtores e integradores para ampliar a gama de consumidores dessa carne. 5.3 Mercado externo Apesar de não ser consumida por parte significativa da população mundial por motivos religiosos (principalmente muçulmanos, hindus, judeus e adventistas), a carne suína ocupou o segundo lugar no ranking das carnes mais produzidas e consumidas em 2017. Na tabela, note que, entre 2005 e 2015, a produção mundial de carne suína cresceu, em média, 1,6% ao ano, percentual superior ao verificado, no mesmo período, em carne bovina (0,4% ao ano), mas inferior ao ocorrido em pescados (2,3% ao ano) e em carne de frango (3,5% ao ano). A quantidade relativa de carne suína negociada internacionalmente é menor que a das demais carnes (somente 6,5% de exportações sobre o total), fato que pode ser creditado ao protecionismo baseado em segurança alimentar e às restrições de natureza religiosa. Refletindo o baixo comércio internacional, os cinco maiores produtores mundiais de carne suína são também os maiores consumidores. Em 2015, China, União Europeia (UE) e Estados Unidos foram responsáveis por cerca de 80% da produção e do consumo mundial da carne suína, como evidenciado na tabela a seguir. A Rússia foi a quarta maior consumidora de carne suína, em 2015, e a quinta maior produtora (importadora líquida), enquanto o Brasil foi o quinto maior consumidor e o quarto maior produtor mundial (exportador líquido). Os países exibidos na tabela foram aqueles que tiveram maior incremento proporcional de produção na última década, acima da média mundial (GUIMARÃES et al., 2017). Guimarães et al. (2017) constataram que o consumo de carne suína no mundo tem se expandido mais aceleradamente nos países emergentes, enquanto nos desenvolvidos segue de maneira relativamente estável. No cenário atual, a China segue como a maior produtora, seguida pela União Europeia. O Brasil ocupa ainda a quarta posição, segundo o Anuário da Suinocultura de 2022. Em 2021, a dinâmica da suinocultura permaneceu vinculada aos impactos da Peste Suína Africana (PSA) e às oscilações de mercado, com destaque para a demanda chinesa e a competitividade brasileira. Com base no texto apresentado, analise as seguintes afirmativas: I. A suinocultura brasileira é uma das principais do mundo, ocupando a quarta posição tanto em produção quanto em exportação de carne suína. II. O Brasil tem se destacado no mercado interno e externo de carne suína, com crescimento significativo nas exportações para a China. III. O consumo per capita de carne suína no Brasil é maior do que o de carne bovina e de frango. IV. A produção mundial de carne suína tem crescido de forma mais acelerada nos países desenvolvidos do que nos emergentes. V. A quantidade relativa de carne suína negociada internacionalmente é maior do que a das demais carnes. Agora, assinale a alternativa CORRETA: a) Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas. b) Apenas as afirmativas II, III e IV estão corretas. c) Apenas as afirmativas III, IV e V estão corretas. d) Apenas as afirmativas I, IV e V estão corretas.
I. A suinocultura brasileira é uma das principais do mundo, ocupando a quarta posição tanto em produção quanto em exportação de carne suína.
II. O Brasil tem se destacado no mercado interno e externo de carne suína, com crescimento significativo nas exportações para a China.
III. O consumo per capita de carne suína no Brasil é maior do que o de carne bovina e de frango.
IV. A produção mundial de carne suína tem crescido de forma mais acelerada nos países desenvolvidos do que nos emergentes.
V. A quantidade relativa de carne suína negociada internacionalmente é maior do que a das demais carnes.
a) Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas.
b) Apenas as afirmativas II, III e IV estão corretas.
c) Apenas as afirmativas III, IV e V estão corretas.
d) Apenas as afirmativas I, IV e V estão corretas.

Essa pergunta também está no material:

2 01 Apostila da UC 11 Mercado de Nutrição e Alimentação Animal (1)
264 pág.

Administração de Unidade de Alimentação e Nutrição - Uan Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Minas GeraisInstituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Minas Gerais

Respostas

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Vamos analisar cada afirmativa: I. A suinocultura brasileira é uma das principais do mundo, ocupando a quarta posição tanto em produção quanto em exportação de carne suína. Verdadeiro, conforme mencionado no texto, o Brasil ocupa a quarta posição no ranking mundial de produção e exportação de carne suína. II. O Brasil tem se destacado no mercado interno e externo de carne suína, com crescimento significativo nas exportações para a China. Verdadeiro, o texto destaca o crescimento das exportações brasileiras de carne suína para a China. III. O consumo per capita de carne suína no Brasil é maior do que o de carne bovina e de frango. Falso, o texto menciona que o consumo per capita de carne suína no Brasil é menor do que o de carne bovina e de frango. IV. A produção mundial de carne suína tem crescido de forma mais acelerada nos países desenvolvidos do que nos emergentes. Falso, o texto menciona que o consumo de carne suína tem se expandido mais aceleradamente nos países emergentes. V. A quantidade relativa de carne suína negociada internacionalmente é maior do que a das demais carnes. Falso, o texto menciona que a quantidade relativa de carne suína negociada internacionalmente é menor que a das demais carnes. Portanto, as afirmativas corretas são I e II. A alternativa que contém essas afirmativas é: a) Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas.

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