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APG 13 – s7p1 – Pergunta sobre Doença Chagas para o Doctoralia · Termos desconhecidos: · Não há · Definir problema: · Como a doença de chagas pode comprometer o esôfago? · Qual o motivo da necessidade de dilatação? · Brainstorming: · A doença de Chagas acomete as fibras musculares, levando a hipertrofia e posterior destruição, perdendo a função muscular · Em sua fase crônica pode causar alterações no sistema digestório (megacólon e megaesôfago) · Conclusão: · A doença de Chagas afeta vários órgãos além do coração causando complicações · Objetivos: 1. Revisar a fisiopatologia da doença de chagas 2. Entender as alterações no esôfago causada pela doença de chagas 3. Relacionar o megaesôfago com a carcinogênese Doença de Chagas – Fisiopatologia · Agente etiológico: Trypanosoma cruzi · Vetor: Triatoma infestans (barbeiro) Inseto pica o vertebrado e defeca eliminando o tripomastigota → entrada do protozoário na corrente sanguínea → ao entrar nas células se transforma em amastigota → reprodução → transformação em tripomastigota → destruição da célula e retorno a corrente sanguínea → um novo inseto suga o sangue da pessoa contaminada e ingere o tripomastigota → no intestino médio, o tripomastigota se transforma em epimastigota → multiplicam-se e no intestino posterior os epimastigotas se transformam em tripomastigotas novamente → inseto pica o vertebrado e defeca eliminando o tripomastigota Alterações esofágicas - Acalasia: ausência de relaxamento; ausência de peristaltismo no corpo do esôfago - Megaesôfago: alteração anatômica, dilatação do órgão Acalasia idiopática · Não tem etiologia conhecida e vários fatores são apontados em sua etiopatogenia · Alguns casos familiares têm sido descritos – raros · Teoria infecciosa – um vírus neurotrópico poderia provoca lesões histopatológicas vistas na acalasia – associação com vírus do sarampo, varicela-zóster e pólio · Associação com doenças neurológicas, como Parkinson e ataxia cerebelar · Exposição a toxinas, entre elas, o gás de guerra · Teoria imunológica – devido a presença de infiltrado de linfócitos T entre as células mioentéricas e a frequente associação entre AC idiopática e o antígeno de histocompatibilidade da classe II Acalasia chagásica · Trabalhos realizados por Koeberle identificaram a forma amastigota do T. cruzi na musculatura do esôfago em pacientes com essa alteração · A desnervação que se segue ocorre em vários níveis e de maneira irregular ao longo do tubo digestivo, com redução do número de células nervosas do plexo mioentérico (atua no controle do peristaltismo), que repercute na fisiologia motora de vários segmentos · Sua consequência é maior no esôfago e cólon, em função da fisiologia dos órgãos · Duas teorias tentam explicar o fenômeno da destruição do plexo mioentérico pela atuação dos parasitos: · Neurotóxica – substâncias neurolíticas liberadas da forma amastigota do T. cruzi destruiriam o neurônio; essa destruição ocorreria na fase aguda da doença, e suas consequências surgiriam meses ou anos após · Autoimune – liberação de antígenos a partir da forma amastigota, que se depositariam nas células neuronais, sensibilizando-as. A partir daí, se desenvolveria a resposta imunológica com liberação de autoanticorpos contra as células sensibilizadas, com sua consequente destruição *Já foram encontrados anticorpos antineurônio e antimiocárdio no soro de pacientes e de animais portadores da doença de Chagas Fisiopatologia · Substrato fisiopatológico: desnervação esofágica, caracterizada pela destruição do plexo mioentérico do esôfago, havendo evidências também de degeneração de fibras aferentes vagais e do núcleo dorsal motor do vago · No EEI (esfíncter esofágico inferior), o relaxamento é ausente ou incompleto, com perda dos neurônios inibitórios do plexo mioentérico que contém os neurotransmissores óxido nítrico (peristaltismo) e peptídeo intestinal vasoativo · Além disso, um complexo mecanismo envolvendo a coordenação entre o sistema nervoso, musculatura lisa, células intersticiais de Cajal e neuromediadores é perdido · Em geral, observa-se aumento da pressão basal do EEI, pois a via excitatória colinérgica está preservada e os mecanismos inibidores estão ausentes · Alterações da motilidade são encontradas tanto na AC idiopática quanto na chagásica, mas há certas diferenças quanto à expressão da degeneração do plexo · Na AC idiopática, a desnervação parece ser predominantemente pré-ganglionar com hipersensibilidade do EEI à gastrina e aumento da pressão basal do EEI · Na AC chagásica, há hiposensibilidade a este hormônio com pressão do EEI menor do que na AC idiopática, sugerindo anormalidades tanto nas vias inibitórias como nas excitatórias · No corpo do esôfago, ocorre perda da peristalse, traduzida por ausência de contrações · Essa aperistalse não é muito compreendida e a relacionam com a perda do gradiente de latência ao longo do corpo esofágico · Com o passar do tempo, o esôfago vai se dilatando, surgindo então o megaesôfago, alteração anatômica consequente ao distúrbio funcional – a progressão da acalasia sem tratamento, ocorre uma obstrução à passagem do bolo alimentar, aumentando a pressão no interior do corpo do esôfago e levando a retenção do material não ingerido = dilatação · APG 13 – s7p1 – Pergunta sobre Doença Chagas para o Doctoralia · Termos desconhecidos: § Não há · Definir problema: § C omo a doença de chagas pode comprometer o esôfago? § Q ual o motivo da necessidade de dilatação? · Brainstorming: § A doença de Chagas acomete as fibras musculares, levando a hipertrofia e posteri or destruição, perdendo a função muscular § E m sua fase crônica pode causar alterações no sistema digestório (megacólon e megaesôfago) · Conclusão: § A doença de Chagas afeta vários órgãos além do coração causando complicações · Objetivos: 1. Revisar a fisiopatologia da doença de chagas 2. E ntender as alterações no esôfago causada pela doença de chagas 3. R elaciona r o megaesôfago com a carcinogênese Doença de Chagas – Fisiopatologia · Agente etiológico: Trypanosoma c ruzi · Vetor: Triatoma infestans (barbeiro) Inseto pica o vertebrado e defeca eliminando o tripomastigota ? entrada do protozoário na corrente sanguínea ? ao entrar nas células se transform a em amastigota ? reprodução ? transformação em tripomastigota ? destruição da célula e retorno a corrente sanguínea ? um novo inseto suga o sangue da pessoa contaminada e ingere o tripomastigota ? no intestino médio, o tripomastigota se transforma em epimast igota ? multiplicam - se e no intestino posterior os epimastigotas se transformam em tripomastigotas novamente ? inseto pica o vertebrado e defeca eliminando o tripomastigota Altera ções esofágicas - Acalasia: ausência de relaxamento; ausência de peristaltismo no corpo do esôfago - Megaesôfago: alteração anatômica, dilatação do órgão Acalasia idiopática · N ão tem etiologia conhecida e vários fatores são apontados em sua e tiopatogenia § A lguns casos familiares têm sido descritos – raros § T eoria infecciosa – um vírus neurotrópico poderia provoca lesões histopatológicas vistas na acalasia – associação com ví rus do sarampo, varicela - zóster e pólio § A ssociação com doenças neurológicas, como Parkinson e ataxia cerebelar § E xposição a toxinas, entre elas, o gás de guerra § T eoria imunológica – devido a presença de infiltrado de linfócitos T entre as células m ioentéricas e a frequente associação entre AC idiopática e o antígeno de histocompatibilidade da classe II Acalasia chagásica · T rabalhos realizados por Koeberle identificaram a forma amastigotado T. cruzi na musculatura do esôfago em pacientes com essa a lteração APG 13 – s7p1 – Pergunta sobre Doença Chagas para o Doctoralia Termos desconhecidos: Não há Definir problema: Como a doença de chagas pode comprometer o esôfago? Qual o motivo da necessidade de dilatação? Brainstorming: A doença de Chagas acomete as fibras musculares, levando a hipertrofia e posterior destruição, perdendo a função muscular Em sua fase crônica pode causar alterações no sistema digestório (megacólon e megaesôfago) Conclusão: A doença de Chagas afeta vários órgãos além do coração causando complicações Objetivos: 1. Revisar a fisiopatologia da doença de chagas 2. Entender as alterações no esôfago causada pela doença de chagas 3. Relacionar o megaesôfago com a carcinogênese Doença de Chagas – Fisiopatologia Agente etiológico: Trypanosoma cruzi Vetor: Triatoma infestans (barbeiro) Inseto pica o vertebrado e defeca eliminando o tripomastigota ? entrada do protozoário na corrente sanguínea ? ao entrar nas células se transforma em amastigota ? reprodução ? transformação em tripomastigota ? destruição da célula e retorno a corrente sanguínea ? um novo inseto suga o sangue da pessoa contaminada e ingere o tripomastigota ? no intestino médio, o tripomastigota se transforma em epimastigota ? multiplicam-se e no intestino posterior os epimastigotas se transformam em tripomastigotas novamente ? inseto pica o vertebrado e defeca eliminando o tripomastigota Alterações esofágicas - Acalasia: ausência de relaxamento; ausência de peristaltismo no corpo do esôfago - Megaesôfago: alteração anatômica, dilatação do órgão Acalasia idiopática Não tem etiologia conhecida e vários fatores são apontados em sua etiopatogenia Alguns casos familiares têm sido descritos – raros Teoria infecciosa – um vírus neurotrópico poderia provoca lesões histopatológicas vistas na acalasia – associação com vírus do sarampo, varicela-zóster e pólio Associação com doenças neurológicas, como Parkinson e ataxia cerebelar Exposição a toxinas, entre elas, o gás de guerra Teoria imunológica – devido a presença de infiltrado de linfócitos T entre as células mioentéricas e a frequente associação entre AC idiopática e o antígeno de histocompatibilidade da classe II Acalasia chagásica Trabalhos realizados por Koeberle identificaram a forma amastigota do T. cruzi na musculatura do esôfago em pacientes com essa alteração