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Aminotransferases: Função e Valores

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Aminotransferases
Luana Queiroz Campos
Marcela de Oliveira Cunha
Sandy Queiroz Campos
Sobre
As aminotransferases ou transaminases são enzimas intracelulares presentes, sobretudo, no citoplasma dos hepatócitos, sendo responsáveis pela metabolização de algumas proteínas. Em virtude disso, são enzimas de grande interesse clínico, sendo marcadores úteis para diagnóstico e monitoramento das doenças do fígado.
Estas enzimas catalisam reações químicas nas células, nas quais um grupo de amino é transferido de uma molécula doadora a uma molécula recipiente. Consequentemente, disto deriva o nome “transaminases”.
Reações
As aminotransferases catalisam a transferência reversível dos grupos amino de um aminoácido para o a-cetoglutarato, formando cetoácido e ácido glutâmico. Estas reações requerem piridoxal fosfato como coenzima.
As reações catalisadas pelas aminotransferases (transaminases) exercem papéis centrais tanto na síntese como na degradação de aminoácidos. Além disso, como estas reações envolvem a interconversão dos aminoácidos a piruvato ou ácidos dicarboxílicos, atuam como uma ponte entre o metabolismo dos aminoácidos e carboidratos.
ALT: alanina aminotransferase
Também chamada de TGP (transaminase glutâmica pirúvica). 
São encontradas no citoplasma dos hepatócitos (células do fígado).
AST: aspartato aminotransferase.
Também chamada de TGO (transaminase glutâmico oxaloacética).
São encontradas no citoplasma e mitocôndrias do hepatócito, e em outros órgãos além do fígado, como músculos esquelético e cardíaco, rins, pâncreas, eritrócitos e pulmões. Já que ela está presente em outros órgãos, quando seus níveis se elevam, é mais sujeito a indicação de danos não-hepáticos.
As duas principais aminotransferases são a 
alanina aminotransferase (ALT) e a aspartato aminotransferase (AST):
Esta diferença tem auxiliado no diagnóstico e prognóstico de doenças hepáticas, os quais investigam a origem deste dano hepatocelular, seja ela de drogas tóxicas, infecções, hepatites virais, álcool, dentre outros.
Aumento das 
Aminotransferases
Lesões ou destruição das células hepáticas liberam estas enzimas, normalmente presentes nos hepatócitos, para a circulação.
Em dano hepatocelular leve a forma predominante no soro é citoplasmática, enquanto em lesões graves há liberação da enzima mitocondrial, elevando a relação AST/ALT.
Algumas consequências dessas elevações incluem:
HEPATITE
CANCÊR
INSUFIÊNCIA CARDIACA
CIRROSE HEPÁTICA
CONSUMO DE ALCOOL
Valores de referência 
DETERMINAÇÃO DE TRANSAMINASES
Bula
Transaminase AST (tgo) cinética
FINALIDADE 
Método para a determinação da Aspartato Amino Transferase (AST ou
TGO). Teste cinético, somente para uso diagnóstico in vitro.
PRINCÍPIO DE AÇÃO 
Metodologia: Cinética (UV) Determinação cinética (UV) da AST segundo a
reação:
A AST catalisa a transferência de grupos Amina do Aspartato para o  
Cetoglutarato, levando à formação de Glutamato e Oxalacetato. 
O Oxalacetato em presença do MDH reage com o NADH, reduzindo-se a 
Malato e o NADH oxida-se a NAD+. A velocidade de oxidação é 
proporcional à atividade da AST na amostra.
REAGENTES 
Reagente Nº 1 - Substrato - Conservar entre 2 e 8ºC. Contém: Tampão Tris (pH 7,8), LDH, MDH, L-Aspartato, Azida Sódica, e estabilizante. 
Reagente Nº 2 - Coenzima - Conservar entre 2 e 8ºC. Contém: Alfa-Cetoglutarato, NADH, Azida Sódica e estabilizante.
AMOSTRAS 
Soro ou plasma colhido com EDTA ou Heparina, obtido livre de hemólise. A enzima é estável durante 3 dias entre 2 e 8ºC e 3 meses a -20ºC 9.
DESCRIÇÃO DO PROCESSO 
PREPARAÇÃO DO REAGENTE DE TRABALHO 
Misturar 4 partes do Reagente Nº 1 com 1 parte do Reagente Nº 2. O Reagente de Trabalho é estável 72 horas entre 15 e 30ºC e 14 dias entre 2 e 8ºC. 
CONDIÇÕES DE REAÇÃO 
É condição indispensável o uso de cubeta termostatizada a 37ºC, caminho óptico de 1 cm e leitura em 340 nm (334 - 365 nm). 
TÉCNICA 
A Bioclin recomenda, para uso do kit, utilizar como calibrador o kit Biocal e como soro controle os kits Biocontrol N e P Bioclin. Adicionar 100 L de Amostra a 1,0 mL do Reagente de Trabalho, misturar e transferir para cubeta termostatizada à 37ºC e esperar 1 minuto. Fazer a leitura inicial, disparando simultaneamente o cronômetro. Repetir as leituras após 1, 2 e 3 minutos. Calcular a média das diferenças de absorbância por minuto (A/min.) e utilizar para cálculo do resultado.
CALCULO
INTERFERENTES 
Nenhuma interferência foi observada por Bilirrubina até 19 mg/dL, Hemoglobina até 45 mg/dL, Triglicerídeos até 650 mg/dL e Piruvato até 0,2 mmol/L.
Os resultados serão expressos em U/L. Para uma variação média na absorbância ≥ 0,15 em 340 nm e 334 nm ou ≥ 0,080 em 365 nm, repetir a determinação, diluindo a amostra com NaCl 0,85%. Multiplicar o resultado obtido pelo fator de diluição.
Obrigada!
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