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Praia - Costão Rochoso
Variação vertical das zonas 
A zona entre marés (temporariamente submersa e temporariamente emersa) da praia, representa um limite entre o oceano e o continente, assim sendo ela fica exposta ao ar em determinados momentos do dia, fazendo com haja uma ampla variação de fatores físicos. Com isso, é necessário considerar quatro fatores nas praias 
Dessecação – exposição ao ar 
Insolação – aumento da temperatura devido ao Sol
Chuvas – alteração na salinidade
Ondas – impacto físico causado pelas ondas
Características do costão rochoso
· As comunidades se encontram sobre o substrato, então são bem visíveis
· O ambiente é densamente habitado
· Competição por espaço
· Os organismos tem que estar fixos ao ambiente (tanto plantas quanto animais) 
Esses ambiente são bem iluminados, então são extremamente propícios para as plantas poderem fazer fotossíntese 
Zonação dos organismos 
A distribuição dos organismos se deve por meio da distribuição de bandas horizontais paralelas a água que vem de encontro as rochas. Essas bandas vão possuir altas densidades de algumas espécies e ausência total de outras. Então são faixas definidas que são separadas pela distância da maré, ou seja, o que as diferencia é o tempo em que ficam expostas e cobertas pelas ondas. 
A zonação é sobretudo baseada em espécies sésseis, apesar de incluir alguns animais móveis que têm tendência para apresentar zonação. Os animais móveis deslocam-se usualmente com a maré ou refugiam-se em poças de água, durante a maré vazia.
Zona supra-litoral (ou Supra-marés) - A zona de transição entre o ambiente terrestre e o ambiente marinho, zona supra-litoral (ou supramareal), é a banda mais estreita e localiza-se imediatamente acima da linha da maré alta. Recebe os salpicos de água quando as ondas embatem contra a rocha (que serão mais intensos quanto mais exposta for a região) e sofre submersão apenas durante as tempestades ou marés vivas. Poucas espécies suportam este tipo de ambiente e é comumente ocupada por Líquenes incrustantes de cor negra (na nossa Costa a espécie Verrucaria maura) parecendo por vezes alcatrão, Algas verde-azuis (Cianofíceas) e alguns Gastrópodes (Littorina neritoides = Melaraphe neritoides)
Zona meso-litoral (ou Entre-marés) - Aqui, a diversidade e abundância de espécies é superior à da zona anterior. Apesar da espécie Littorina neritoides poder aqui aparecer em grandes densidades, as espécies mediolitorais típicas, que primeiro surgem e que estão presentes em toda a sua extensão com elevadas densidades, são Cirrípedes (Crustáceos), na nossa Costa as espécies Chthamalus stellatus e C. montagui (Cracas). Na parte mais baixa do médio litoral e abaixo da cintura de Chthamalus surgem, formando densos aglomerados em muitas regiões, os mexilhões (Mytilus galloprovincialis). Na nossa Costa, o limite inferior do médio litoral é marcado pela alga calcária, Lithophyllum lichenoides (= L. tortuosum) que desaparece quando o hidro dinamismo atinge um valor mínimo. Em zonas em que este fator é baixo surge, perto do limite superior do médio litoral, um líquen de cor escura (castanho escuro, negro), Lichina pygmaea sendo o limite inferior marcado pela alga Fucus spiralis. Nestas zonas, Balanus perforatus (Crustáceo, Cirrípede) espécie que aparece também associado ao médio litoral, apresenta nesta situação densos aglomerados.
Zona infra-litoral (ou Infra-marés) – Finalmente a zona infra litoral estende-se desde o limite inferior do medi litoral até uma profundidade compatível com a existência de algas fotófilas (algas que exigem bastante iluminação para se desenvolverem) ou das angiospérmicas marinhas (Zostera, por ex.), que na nossa Costa rondará os 20 a 25 metros de profundidade. Apenas uma pequena região da zona superior do infra litoral descobre durante a maré vazia. O infra litoral é a zona de maior diversidade quer animal quer vegetal e é caracterizada sobretudo pela distribuição de algas.
Obs. A zonação intertidal dos organismos não é determinada simplesmente pela amplitude de marés, mas sim por um conjunto de fatores físicos e biológicos. O limite inferior de uma zona é usualmente determinado por fatores biológicos enquanto que o limite superior é usualmente definido por fatores físicos e a capacidade que as diferentes espécies possuem para lidar com a exposição ao ar, as variações de temperatura, de salinidade, de oxigénio, de humidade, etc. No entanto há que considerar que o limite superior de uma espécie é também fruto de um conjunto de fatores biológicos, como a ausência de alimento ou a pressão devida à predação.
Ação mecânica das ondas
As regiões do costão rochoso também podem ser divididas de acordo com a ação mecânica das ondas 
Zona de impacto - Primeiro local atingido pela onda quando a mesma se quebra sobre a rocha
Zona de varredura – O local que é varrido pela água acima de onde a onda impactou 
Zona de vaporização – Local atingido pelas partículas de água, que foram vaporizadas após a varredura
 
Obs. Quanto mais inclinado o costão, mais estreitas são suas zonas.
Exemplos de organismos mais comuns por zona no Brasil (expecificamente em SP)
Supralitoral 
Algas azuis (ou cianoficeas) - vivem em simbiose com liquens e respiram nitrogenio do ar para fazer sua fotossintese, devido a essa adaptação elas conseguem se manter em zonas inóspitas para outras algas. Se encontram na parte mais alta do supralitoral. 
Echinolittorina lineolata - gastrópode conhecido como litorina, e o ser mais comum visto na região supra litoral, tanto que a mesma por vezes é chamada de região das litorinas. Se encontram em uma parte mais baixa do supra litoral por se tratar de um costão muito abrupto (ainda assim se encontram um pouco mais auto que outra espécie de litorina com quem dividem o ambiente a Littorina flava). 
Mesolitoral
Littorina flava – litorinas que vivem na parte mais baixa da zona supralitoral e mais alta da mesolitoral
Chthamalus bisinuatus – espécie de craca que fica na zona superior mais seca do mesolitoral. Devido as cracas serem os animais mais abundantes do mesolitoral, essa zona muitas vezes é chamada de zona das cracas
Tetraclita stalactifera – cracas que vivem no meio da região do mesolitoral  
Mitilideos – os mexilhões Perna perna e os Brachidontes solisianus ficam em regiões mais abaixo que as cracas 
Amphiroa beauvoisii – algas de estrutura calcaria que conseguem se manter nessa região.
Isognomon bicolor - espécie de bivalve invasora, proveniente do Caribe. 
Pachygrapsus – espécies de caranguejinhos achatados.
Gastrópodes - espécies predadoras (Stramonita haemastoma) e espécies herbívoras (Fissurella clenchi)
Semibalanus – ordem de cracas grandes que vivem na região mais baixa do mesolitoral 
Infralitoral
Sargassum – Algas pardas que podem crescer mais do que as que vivem nas regiões acima devido ao impacto menor na zona infralitoral. Essa zona também é conhecida como zona das algas.
Ouriços – animais que comem as algas
Estrelas-do-mar – animais predadores 
Obs. Os organismos se dispõem em faixas de acordo com sal capacidade de suportar: Dessecação, Aumento de temperatura, Baixos níveis de O2 dissolvido e Estresse mecânico 
A distribuição das espécies no limite superior é controlada pelo limite fisiológico de tolerância do organismo quanto as variações de temperatura e perda d’água (fatores abióticos).
A distribuição das espécies no limite inferior é controlada pela presença de espécies competidoras e predadores (fatores biológicos).
Na maré baixa, os organismos se defrontam com:
· Estresse do aquecimento acoplado ao da dessecação
· Em dias quentes, invertebrados se aquecem rapidamente, embora possuam várias adaptações para contrapor o estresse térmico.
· Se os fluidos biológicos se tornam muito quentes, as funções fisiológicas, e até mesmo a estabilidade das proteínas, podem diminuir. Nos casos mais drásticos, o organismo pode secar. 
· Estresse mecânico 
· O indivíduo pode ser esmagado ou arrancado do local em que se encontra se não estiver bem fixado, pelo impacto dasondas. 
· Em zonas em que haja gelo, uma placa de gelo pode se chocar ao costão e não só esmagar o indivíduo como também causar estresse congelando-o.
· Estresse salino 
· Proximidade com rios pode gerar uma vazão sazonada em determinada época com mais ou menos chuva fazendo com que ocorra uma mistura das águas. 
Resposta para manter sua posição em relação ao nível da água
No caso de formas ativas, respostas a luz, gravidade e água se combinam para manter o animal em seu nível correto. Ex. Littorina neritoides
A litorina quando começa a submergir passa a apresentar uma geotaxia negativa (ou seja, se vira na direção oposta ao centro da terra) para poder subir o costão. Quando imersa e na posição correta, ela possui fototaxia negativa (andar na direção contraria a luz), para que siga rente ao costão se mantendo presa enquanto procura um local para escalar. Após se encontrar em um local adequado, ela passa a utilizar da fototaxia positiva (andar em direção a luz), para poder sair do ambiente aquático. Ao sair da água ela retorna a fototaxia negativa, com o intuito de encontrar um local escuro para ficar. 
Resposta para variações de temperatura 
Aumento ou diminuição do tamanho do corpo, um corpo grande é capaz de reter uma maior quantidade de água, sendo assim útil contra a dessecação, mas possui uma área maior, fazendo com que retenha mais calor.
Adaptações que facilitem a perda de calor, no caso de moluscos, esses podem possuir conchas mais esculpidas com intuito de melhor refletir o calor. Gastrópodes de regiões tropicais e subtropicais tendem a ter cores mais claras para absorver menos calor.
Respostas ao impacto das ondas 
Fixação por meio de cimentação (como é o caso das cracas), biso (no caso dos mexilhões), pés musculares maiores (alguns gastrópodes), conchas baixas e achatadas com intuito de oferecer pouca resistência ao impacto.
Resposta ao sal
A maioria das espécies entre marés são adaptados a salinidade do mar e não possuem adaptações para mudanças de salinidade. A maioria é OSMOCONFORMISTA, não possuem mecanismos para controlar o conteúdo de sal dos fluídos. Quando ocorre um influxo de água doce, seja por meio da chuva ou de algum rio q desviou o curso, os animais capazes (como moluscos e cracas), fecham suas conchas ou valvas.
Fatores Biológicos
· Competição entre as espécies – A competição entre espécies é muito severa no costão devido ao fato de que o espaço é muito limitado, as larvas de diferentes espécies competem entre si para conseguir um local para se fixar.
 
· Herbívora – Os ouriços são os principais herbívoros dos costões, eles pastam constantemente e devido a isso diminuem em muito a densidade das algas nos locais em que se encontram. Os ouriços agem como reguladores dos limites superiores e inferiores das algas. 
 
· Predação – A predação ajuda coma a regulação da variedade de espécies encontradas no costão, por exemplo, o mexilhão compete por espaço com cracas e algas, mas pelo fato dele ser um competidor muito superior ele acaba por se espalhar em maior quantidade pelo local, devido ao fato do mexilhão ser predado por estrelas do mar e alguns gastrópodes, sua população não atinge um tamanho que atrapalha o desenvolvimento de outras espécies sesseis que competem com ele.

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