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Resumo ANATOMIA Veias do Membro Superior

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Resumo Anatomia
3º período – 1º bimestre
Veias do Membro Superior
A primeira camada da superfície é a pele, logo abaixo dela há a tela subcutânea, e emaranhado a ela há as veias subcutâneas. Abaixo delas há uma fascia muscular que reveste o músculo, e logo abaixo novamente encontraremos veias. 
Veias da Região Palmar da Mão e Antebraço
Não há nomenclatura específica para as veias dos dedos, como ocorre com as artérias. Porém, há a formação de dois arcos, de forma profunda (apesar de um se chamar profundo e outro superficial, ambos estão projetados de forma profunda em relação a todas as estruturas), na palma da mão:
Arco Venoso Palmar Superficial
Arco Venoso Palmar Profundo
Os dois arcos se organizam para formar as 2 veias do antebraço, próximas a membrana interóssea:
Veia Radial
Veia Ulnar
Os dois arcos se unem e formam a veia radial. As veias ulnares são formadas por duas estruturas, porém também podem ser formadas por uma única; isso também pode acontecer com a radial. Ou seja, a formação da veia ulnar e da veia radial pode variar em quantidade.
Quando elas estão em pares, normalmente são mais finas. Quando são formadas por uma única estrutura, são mais 
calibrosas
.
Seguem até a fossa cubital 
(região do cotovelo) 
de forma profunda.
Veia Radial
Veia UlnarEx.:
AVPP
AVPS
Essas veias se unem na fossa cubital e formam:
Veia Braquial: pode seguir única ou na união de VR com VU formar 2 estruturas. Sobe até a porção proximal do braço, próximo ao úmero.
Casos Clínicos
Os vasos venosos profundos sofrem grande interferência da ação muscular, graças a fascia que recobre a musculatura. Toda vez que o músculo se contrai, como a fascia não se distende muito, o vaso logo abaixo acaba sendo comprimido. No relaxamento, são descomprimidos.
O movimento de compressão e descompressão otimiza o retorno venoso dos vasos, o sangue volta com grande facilidade. 
Em situações de inércia em uma cama, em que o músculo não trabalha para comprimir e descomprimir o vaso, devido a um AVE que gerou paralisia ou uma redução do tônus muscular, há dificuldade desse retorno venoso. No caso do AVE, há uma deficiência local do retorno, em caso de coma há uma deficiência generalizada. 
 Isso é chamado de estase venosa (retorno venoso muito lento), e pode causar distúrbios e gerar a formação de trombos. Esses trombos podem ser suficientes para obstruir o vaso, bloqueando toda a drenagem desse vaso. O bloqueio da drenagem dos vasos anteriores ao vaso obstruído causaria um inchaço devido ao acumulo de sangue no interstício. 
No exame físico, apalpando-se o local com força por alguns segundos até que se forme uma “depressão” - chamada Sinal de Cacifo - percebe-se que esta não se desfaz imediatamente, pois o liquido demora um tempo maior que o normal para retornar, confirmando um edema mole na região. 
Em alguns casos, a estrutura muscular estará com grande conteúdo de sangue chegando a ela, e não conseguindo ir embora. A musculatura, então, estará muito edemaciada naquela região; a fascia que está acima da musculatura não tem tanta distensão, então o músculo estará com tamanho maior e não conseguirá se expandir corretamente por bloqueio da fascia, resultando no aumento de pressão naquela região e o tecido ficará rígido. No exame físico, nota-se o edema no local, e ao apalpá-lo percebe-se a rigidez; isso é chamado de empastamento muscular. Não há Sinal de Cacifo, apenas no edema mole. Causa um processo inflamatório.
O processo inflamatório (aumento da temperatura no local, vermelhidão, edema e dor) foi gerado pela estase venosa e acumulo de sangue, por um período constante, a qual acabou levando a desequilíbrio da cascata de coagulação. Esse processo inflamatório identifica uma trombose venosa profunda (TVP). 
Se tivermos uma TVP por falta de fluxo e movimento não devemos mobilizar a área. O tratamento é feito com anticoagulantes para diminuir o coágulo e tentar recuperar o fluxo; com a ação do medicamento já ocorrendo é que se pode mobilizar a área. 
Caso mobilizássemos o segmento no momento errado, o trombo poderia sofrer fragmentos e liberar vários pedaços, chamados de embolo. O embolo circularia pela corrente sanguínea, por ter pequeno tamanho chegaria facilmente ao coração (saindo do membro superior até o coração os vasos se tornam cada vez mais calibrosos, facilitando sua passagem) – AD, VD, tronco pulmonar e artérias pulmonares -, chegando ao pulmão. Acessando a irrigação do pulmão, os vasos tornam-se cada vez menos calibrosos, até que o embolo encontre uma veia menor do que ele e bloqueie o fluxo. Neste momento, haverá um desequilíbrio entre o volume de sangue que passa pelo pulmão e o ar que ventila o pulmão. Ou seja, o ar entra normalmente no alvéolo, mas não consegue passar pelos capilares, não havendo troca de gases. Esse quadro é chamado de embolia pulmonar. O sintoma que o paciente daria inicialmente seria uma dispneia súbita, pois sempre que há esse desequilíbrio, a oxigenação se altera. O médico prescreve O2 ao paciente, porém ainda assim a taxa de oxigenação não melhora (houve dispneia com início súbito, com hipóxia refratária ao uso de O2, ou seja, a taxa não melhorou). O paciente estaria em grande dispneia, porém na ausculta ouviremos apenas o murmúrio vesicular comum, como se tudo estivesse normal no pulmão.
obs.: Na ausculta pulmonar temos o murmúrio vesicular – o som natural feito pelo pulmão com a entrada e saída de ar -; se houver problemas próximos aos brônquios ou na pele brônquica ouviremos um ronco; se houver diminuição da estrutura do brônquio ouviremos um sibilo/assovio devido a passagem do ar no pequeno espaço; se houver compressão dos bronquíolos por um líquido ouviremos um estertor trepidante. No caso da embolia pulmonar, o problema está no vaso e não no pulmão, portanto não há nenhum ruído anormal.
Veias do Dorso da Mão e Antebraço
Não há arcos no dorso da mão. Encontraremos uma Rede Venosa Dorsal, a qual sofre uma convergência e vai para próximo ao processo estiloide da ulna e outra próximo ao polegar. Conforme avançam no sentido proximal, eles saem da face dorsal do antebraço, fazem um contorno e vem pra face anterior do antebraço, na região do punho. Nesse momento teremos dois novos vasos: veia cefálica do antebraço e veia basílica do antebraço – o primeiro próximo à região radial, e o segundo próximo à região ulnar. 
Ambas estão dispostas superficialmente, e seguem até a fossa cubital. 
Ao chegar na fossa, surge a veia intermédia do cotovelo (levando sangue de uma veia à outra) cruzando obliquamente a basílica do antebraço para a cefálica do antebraço, ou o contrário (tipo II). Entre as duas, chegando à VIC como sua tributária, há a veia intermédia do antebraço. Elas mudam de nomenclatura e passam a ser chamadas de Veia Basílica e Veia Cefálica. 
No caso em que a VC recebe sangue VCA e da VBA, ela será mais calibrosa. Se a VB receber sangue da VBA e da VCA, ela será a mais calibrosa. A VIC também poderá se apresentar em forma de V, distribuindo sangue igualmente para VC e VB, então ambas serão calibrosas.
A veia basílica passa em um sulco entre o músculo bíceps e o músculo braquial. No ventre do bíceps há o hiato basílico (uma abertura), por onde a VB passa e se torna profunda.
No trajeto da Veia Basílica em direção ao ombro, ela recebe a drenagem de sangue da Veia Braquial, a qual se anastomosa com ela. Ao passar pelo músculo redondo maior, a Basílica se tornará Veia Axilar.
Enquanto a basílica se transforma em axilar, a cefálica continua avançando até encontrar os músculos deltoide e peitoral maior, onde logo em seguida se tornará profunda pelo hiato cefálico. Profundamente trafega por um sulco entre esses dois músculos até se anastomosar com a axilar após o músculo peitoral menor. A VC é tributária da VA.
A Veia Axilar, após ter recebido a Veia Cefálica, encontra a região do 1º arco costal e da clavícula, e após passar por esta região torna-se Veia Subclávia. A Subclávia segue e logo encontra 2 vasos vindos do pescoço, VeiaJugular Externa e Veia Jugular Interna. A união da Subclávia com a Jugular Interna formará a Veia Braquiocefálica Direita. A Jugular Externa é uma tributária da Subclávia. A Jugular Interna é tributária da Veia Braquiocefálica Direita. 
Logo, a Veia Braquiocefálica Direita recebe a Veia Braquicefálica Esquerda, e a união de ambas formará a Veia Cava Superior.

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