Gestão da inovação

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03/06/2019 Gestão da Inovação
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Estratégias tecnológicas e
negócios
Inovar tornou-se uma questão de sobrevivência para as empresas de
todo o mundo. “Inovar ou inovar, não há outra opção” , já afirmava em 2011
o então diretor de pesquisa e inovação do grupo Boticário, Israel Henrique S.
Feferman. Contudo, algumas indagações sobre o processo e gestão da
inovação, surgem em meio a este cenário.
A inovação dever ser tratada como questão estratégica nas
organizações? Qual é o momento certo para inovar? Por onde devo
começar?
É consenso que as empresas devam buscar inovação para aumentar
seu desempenho e obter maiores ganhos em decorrência da vantagem
competitiva adquirida. Sendo assim, percebe-se a importância da adoção do
processo de inovação como fator estratégico nas organizações. Carvalho
(2011), sugeriu que a inovação pode proporcionar vários benefícios para as
empresas:
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 Aumento da demanda para seus produtos e serviços com a
criação de novos mercados, diferenciação clara em relação aos
competidores e aumento da qualidade percebida. 
 Melhor defesa de sua posição competitiva por meio de produtos e
serviços com alto grau de dificuldade para serem imitados. 
 Redução de custos com melhor eficiência de seus processos
produtivos e gerenciais. 
 Ampliação de margens com produtos e serviços de alto valor
agregado que lhes permita preço-prêmio diferenciado. 
 Aumento da competência para inovar com a prática de lançar
produtos e serviços inovadores, que leva a empresa a aumentar sua
habilidade, volume de conhecimento e atitude em relação à inovação. Ao
longo do tempo, com capacitação e treinamento complementar, podem
ocorrer lançamentos melhores e mais rápidos no mercado.
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Além dos benefícios citados, destaca-se o papel da inovação também
dentro das organizações. As inovações organizacionais não são apenas um
simples ponto de apoio para as inovações de produto e processo, pois elas
podem ter um impacto importante sobre o desempenho da empresa. As
inovações organizacionais permitem, igualmente, melhorar a qualidade e a
eficácia do trabalho, ampliar a troca de informações e apurar a capacidade
empresarial de aprender, utilizando novos conhecimentos, modelos e
tecnologias.
A inclusão de práticas de inovações organizacionais gera uma estrutura
mais dinâmica, tornando-se mais apta a apreender com as mudanças e desafios
contemporâneos que afetam o desempenho da empresa.
Segundo o Manual de Oslo (2005), em vista da complexidade do processo
de inovação e as variações com que a inovação ocorre nas empresas, foi
necessário adotar convenções. O objetivo é fornecer definições operacionais
que possam ser implementadas de forma mais adequada pelas empresas e
seus gestores. Sendo assim, a inovação foi categorizada em áreas distintas, a
saber: produto, processo, marketing e organização.
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Tipos de inovação
Uma empresa pode realizar diferentes tipos de mudanças em seus
métodos de trabalho, seu uso dos meios de produção, seus processos
organizacionais, suas ações de marketing, cujos resultados podem aumentar
sua produtividade e/ou seu desempenho comercial.
Segundo Carvalho (2011), embora a inovação seja, geralmente, associada
à tecnologia de ponta, aos laboratórios de pesquisa e ao desenvolvimento de
novos produtos, existem outras fontes em que a empresa precisa se apoiar para
conseguir inovar. Em todos os tipos de negócios, as inovações podem e devem
ser incentivadas para acontecer não só nos produtos, mas também em serviços,
comunicação, processos e modelos de negócios. Os tipos de inovações
apresentados a seguir, encerram um amplo conjunto de mudanças nas
atividades das empresas.
Contudo, cabe ressaltar que há outras inúmeras classificações dos mais
diferentes autores sobre esta temática. Esta, porém, facilitará o entendimento
sobre os aspectos de cada um dos tipos de inovação apresentados a seguir.
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A implantação de práticas de inovação nas empresas não ocorre de forma
isolada, frequentemente há um desencadeamento de outras inovações
associadas a uma principal.
Intensidade da inovação
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Outro aspecto importante para ser ressaltado, refere-se ao nível de
intensidade da inovação. Clayton Christensen, autor do livro: O dilema da
inovação, publicado em 1997, apresentou conceitos importantes sobre a
intensidade da inovação. Para ele, existem duas categorias de inovação: a
sustentadora e a disruptiva.
Uma inovação sustentadora quando
ocorrida resulta “em produtos melhores,
vendáveis a preços mais altos, a clientes mais
atraentes”. 
(CHRISTENSEN, 2003, p. 44)
Uma inovação disruptiva ou de ruptura
traz “produtos mais simples e mais
convenientes, vendáveis a preços mais baixos,
a clientes menos atraentes – as estreantes
tendem a superar as titulares”. 
(CHRISTENSEN, 2003, p. 44)
Em linhas gerais, a inovação disruptiva gera um novo conjunto de atributos
que permitem ao produto ser usado de uma maneira diferente dos que existiam
anteriormente.
Classificação similar faz Carvalho (2011), quando caracteriza uma
inovação como sendo: incremental ou radical. Para ele, ocorre inovação
incremental de um produto, “quando há melhoria ou aperfeiçoamento
significativo, por meio do acréscimo ou substituição de novos materiais que o
tornam mais fácil de utilizar, mais ergonômico e prático” (p. 34). E, inovação
incremental de processo “quando há melhorias significativas em um processo
resultando em desempenho notadamente superior em relação ao já existente”
(p. 34).
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>> Exemplo de inovação incremental pode ser representada pela da
evolução das lâmpadas. Conforme vemos na figura 1, a lâmpada está em
evolução, mas a sua funcionalidade (iluminar), continua a mesma. Por isso,
exemplifica a inovação incremental.
Figura 1 – Exemplo de inovação incremental 
<http://www.griffelectric.com/2017/02/08/making-the-switch-from-florescent-tubes
-to-led-bulbs/> Acesso em: 29 nov. 2017.
Ainda, segundo Carvalho (2011), há inovação radical quando “estabelecem
uma ruptura estrutural e criam um novo segmento, nova indústria e até mesmo
novo mercado” (p. 34).
>> Exemplo de inovação radical, conforme figura 3, pode ser representada
pela evolução dos meios de armazenamento de arquivos digitais ao longo dos
últimos anos. Esta evolução exemplifica uma inovação radical de produto.
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Referências (../refs/index.html)
Conforme foram surgindo os novos meios de armazenamento e transporte,
foram sendo criados novos padrões de referência, ficando o anterior
praticamente obsoleto (disquete, CD, pen drive).
Figura 2 – Exemplo de inovação radical 
Fonte: Carvalho (2011, p. 35).
Após o entendimento dos conceitos relacionados à inovação e de sua
importância como fator estratégico para as organizações contemporâneas, o
próximo passo serácompreender o processo de inovação. É ele que permite às
empresas elevarem sua capacidade tecnológica, bem como acessar e absorver
as tecnologias emergentes que sejam de sua necessidade.
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Inovação de produto é a introdução de um bem ou serviço novo ou
significativamente melhorado no que concerne as suas características ou usos
previstos. Incluem-se melhoramentos significativos em especificações técnicas,
componentes e materiais, softwares incorporados, facilidade de uso ou outras
características funcionais.
Inovação de processo é a implementação de um método de produção ou
distribuição novo ou significativamente melhorado. Incluem-se mudanças
significativas em técnicas, equipamentos e/ou softwares. As inovações de
processo podem visar reduzir custos de produção ou de distribuição, melhorar a
qualidade, ou ainda produzir ou distribuir produtos novos ou significativamente
melhorados.
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Inovação de marketing é a implementação de um novo método de
marketing com mudanças significativas na concepção do produto ou em sua
embalagem, no posicionamento do produto, em sua promoção ou na fixação de
preços. Inovações de marketing são voltadas para melhor atender as
necessidades dos consumidores, abrindo novos mercados, ou reposicionando o
produto de uma empresa no mercado, com o objetivo de aumentar as vendas.
Inovação organizacional é a implementação de um novo método
organizacional nas práticas de negócios da empresa, na organização do seu
local de trabalho ou em suas relações externas. Inovações organizacionais
podem visar a melhoria do desempenho de uma empresa por meio da redução
de custos administrativos ou de custos de transação, estimulando a satisfação
no local de trabalho (e assim a produtividade do trabalho), ganhando acesso a
ativos não transacionáveis (como o conhecimento externo não codificado) ou
reduzindo os custos de suprimentos.