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PLANEJAMENTO ORGANIZACIONAL NA SAÚDE
Érika Sena Gaigher
Tutor(a) Externo (a): Maria Jose Vaz dos Santos
RESUMO
Este trabalho tem o objetivo de identificar e definir a importância do Planejamento Organizacional nas instituições de Saúde. Este consiste em planejar o futuro. Planejamento Organizacional deverá ser um processo contínuo, pois permitira a qualquer instituição de saúde, a visão de qual direção tomar, de que forma precisa ser feita e se houver qualquer mudança no percurso, qual a estratégia tomar. O Ministério da Saúde vem fortalecendo modelos de gestão voltados aos resultados que visam ampliar o acesso à saúde com qualidade. Este é o desafio pautado em estratégias, planejamento, monitoramento e avaliações. Levando em consideração que a saúde é parte importante no desenvolvimento do país e atenção à saúde é dever do Estado, sendo assegurada pela Constituição Federal de 1988 (CF/88), o SUS vem tomando forças por implementar mecanismos de planejamento, onde os avanços vem com as superações e desafios. Contudo coloca-las na pratica são desafios diários para gestores em todas as áreas da saúde em todo Brasil. Neste momento a implementação do Planejamento Organizacional vem para facilitar os processos com a implementação da Missão, Visão e Valores bem definidos e claros, onde todos desta instituição entendam. É através deste mecanismo, a empresa ou instituição de saúde poderá ter melhores resultados no uso de seu capital e será capaz de alcançar resultados.
Palavras-chave: Organização. Planejamento. Resultados 
1. INTRODUÇÃO
Planejamento Organizacional é integrado envolvendo hierarquias, facilita e unifica as tomadas de decisões da empresa. A criação de um plano de ação com foco nos objetivos desejados é a melhor estratégia. Combinado com previsão, preparação e ação, o planejamento é uma das ferramentas mais adotadas por grandes empresas. 
Se não for bem elaborado, fica difícil estabelecer qualquer meta de crescimento. Mesmo que funcione, os gastos e o tempo utilizado poderiam ter sido bem menores com um pouco de organização e estratégia.
Sendo um planejamento que visa ações em longo prazo, é preciso que as estratégias estejam sendo continuamente monitoradas e acompanhadas, de forma que os recursos envolvidos sejam utilizados da melhor forma possível. Além disso, gestores precisam estar abertos a mudanças e inovações durante todo o ciclo do planejamento estratégico, uma vez que melhorias podem exigir mudanças de planos e deverão ser aplicadas.
Para Borba (2006) o planejamento estratégico nada mais é do que o pensar e repensar “de uma organização” (BORBA, 2006, p.66) focando no seu futuro e analisando o ambiente externo. Conceitua o planejamento estratégico com sendo um: “[...] processo que realmente mobiliza as pessoas e organização para construir o seu futuro. (BORBA, 2006, P.66).
Muitas instituições de saúde não se desenvolvem pela falta de planejamento, não dão importância a esse processo. Diferentes das grandes organizações de saúde estão incorporando e implementando o processo de gestão. Conforme ponto de vista de Chiavenato, “Enquanto a estratégia [...] se preocupa com o que fazer” para atingir os objetivos empresariais propostos, o planejamento estratégico volta-se para o “como fazer” [...] “`. (CHIAVENATO, 1994, p.200). 
FONTE: PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO NA SAÚDE. “Disponível em:” http://gehosp.com.br/wp-content/uploads/2015/08/001.png/>, “Acesso em:” 28 out.2018.
Missão poder ser entendido como a razão de existir da organização. Tajra explica que “[...] missão é por que existimos” (TAJRA, 2006,P.65). Chiavenato diz que: “todo negocio deve ter uma missão a cumprir” (CHIAVENATO, 2004,P.137). Essa missão deve ser clara e de fácil entendimento e acesso aos colaboradores.
Visão refere-se o que a empresa deseja ser no futuro. Tajra explica que Visão:
“[...] servirá para direcionar todas as estratégias que posteriormente serão elaboradas, pois a partir do que a empresa deseja alcançar serão definidas as ações. A Visão direcionará o destino da organização.”
Valores também são importantes para as organizações. Com relação, Tajra explica que “os valores fundamentam as crenças organizacionais [...].” (TAJRA, 2006, p66). Os valores estão associados com crenças, ética e tradição e outros fatores como qualidade e confiança. A Missão, Visão e Valores norteiam e determinam a cultura organizacional.
Planejamento Estratégico tem como objetivo nortear decisões e ações das empresas. Para isso utilizamos estudo dos ambientes Internos e Externos. No Ambiente Interno, analisamos fatores como: nível de qualificação dos profissionais, capacidade financeira, modelo de gestão, processo decisório e as próprias características da empresa (conservadora, arrojada etc.).
A partir da análise dos ambientes, a empresa pode confrontar as informações e cruzar oportunidades, ameaças, forças e fraquezas. Esse procedimento é conhecido como análise SWOT e é um marco no planejamento estratégico. Ela finaliza o processo analítico e inicia a parte estratégica. Esse método oferece uma visão muito clara do mercado e também a possibilidade de realizar interferências (Borgheresi, 2014).
Exemplo de análise de ambiente interno de uma organização hospitalar filantrópica do norte do Estado de Santa Catarina. Disponível em: <http://www.revistaespacios.com/a15v36n02/15360201.html#refere> “Acesso em:” 20 out.2018.
“Os hospitais filantrópicos, em sua maioria, são instituições que apresentam dificuldade para manter-se no atual mercado de saúde devido aos graves problemas financeiros, gerados tanto pela receita insuficiente quanto pela gestão pouco profissional. Assim, o planejamento estratégico é uma ferramenta de gestão importante, pois permite que estas instituições conheçam melhor a si mesmas e o mercado onde atuam. Por fim, define os objetivos e delineia o caminho a ser percorrido.
Através das análises do ambiente interno o hospital reconhece as suas forças e as suas fraquezas. Nesta pesquisa, o processo de análise ambiental foi realizado de modo participativo. Buscou-se o envolvimento de colaboradores de diversos departamentos do hospital e não apenas da direção. Os resultados apurados demonstram divergência de percepção quanto aos pontos fracos e fortes do hospital estudado. Pondera-se, a diversificação de cargos e funções dos participantes foi o fator que mais contribuiu para este fato. A dispersão dos resultados dificultou a avaliação dos pontos fortes da instituição, porém não impediu o estabelecimento de pontos fracos. Sugere-se que outras pesquisas sejam realizadas no sentido de verificar a melhor composição para a equipe de trabalho da análise ambiental. Verifica-se também que para que sejam realizadas melhorias nos fatores destacados como fraquezas da organização é necessária à capitação de recursos financeiros. Para isto, o hospital necessita buscar outras fontes de receita, uma vez que a atual tabela de remuneração do SUS está defasada em relação ao custo real dos procedimentos.” 
Já em um ambiente Externo, essa análise levanta as forças políticas, econômicas, legais, tecnológicas, socioculturais e até mesmo da natureza que atuam sobre a organização (positiva ou negativamente). São fatores externos onde à empresa não tem nenhum ou pouco controle. Eles não afetam só uma companhia e sim todas, e em diversos setores Borgheresi (2014).
Exemplo de análise de ambiente externo. Estudo de caso de um hospital da Grande Vitória/E.S. Disponível em: <file:///C:/Users/Jovemar/Downloads/2536-2536-1-PB.pdf> “Acesso em:” 20 out.2018:
“Nos tempos atuais, o mercado em todos os seus seguimentos, ficou mais competitivo, com isso, viu-se a obrigatoriedade da ”qualidade” na prestação de serviços, principalmente na área hospitalar, para que o cliente (paciente) fique satisfeito e consequentemente torne-se um cliente fiel. A reestruturação da área de saúde para objetivar a qualidade tem vários pontos, um dos quais é a estrutura hospitalar deve se tornar aprazível, agradável e avançada, onde possam se ter equipamentos médicos modernose organização no atendimento ao mesmo tempo. Outros pontos são a confiabilidade e competência técnica dos médicos, higiene, agilidade e presteza nas informações, desde o primeiro atendimento (recepção) até a alta (faturamento), e ser de total hegemonia este atendimento sem distinção de classe social ou “renome” do plano de saúde. Com a pesquisa realizada junto aos clientes do hospital X, constatou, no geral, que estes estão satisfeitos com a qualidade no serviço prestado pela organização, no que se refere aos fatores supra citados.”
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Em uma organização, todas as mudanças são problemas que devem ser solucionados de forma racional e eficiente. Estas mudanças não são feitas por acaso, com improvisação, e sim planejadas. 
As pressões para mudanças podem vir de várias formas: mudanças internas tais como novos objetivos, políticas, gerenciais e tecnológicas. Tomar decisões não é responsabilidade da alta cúpula, todos podem, mas precisam saber interpretar e avaliar o problema. O tomador de decisão é racional, faz escolhas coerentes, dentro das restrições estabelecidas. 
Neste contexto, como gerenciar problemas relativos a má qualidade nas áreas de atendimento hospitalar, voltada para necessidades dos usuários (pacientes) e profissionais (funcionários)? Promovendo interação entre todos os membros da equipe, fazendo-os refletir sobre a importância de um atendimento indivualizado e humanizado, exclusivamente voltado às necessidades daquele indivíduo (paciente), realizando atendimento inovador e inesquecível a família e ao paciente. Mas tenha certeza que alguns terão resistência a estas mudanças, e defensores da tese “sempre foi assim” irão se declarar, pois são resistentes a mudanças.
Cabe aos gestores mudar a opinião dos focos, que existires e mostrarem a importância do planejamento estratégico, onde o aumento da eficiência e eficácia dos processos agregará para enfrentar o mercado de trabalho do mundo globalizado.
Mudar comportamento é trabalho quase impossível dos gestores em maneira geral. As empresas investem em aprimoramento e aperfeiçoamento de seus decisores, para trazer para dentro de casa estratégias, modelos de gestão, conhecimentos adquiridos fora do país. É notório o melhoramento da gestão quando todos se envolvem. 
Para Alarcão 1996:17: 
A reflexão sobre a reflexão na acção é um processo que leva o profissional a progredir no seu desenvolvimento e a construir a sua forma pessoal de conhecer. A reflexão sobre a reflexão na acçao ajuda a determinar as nossas ações futuras, a compreender futuros problemas ou a descobrir novas soluções.
Planejamento Organizacional é uma ação de onde definição “onde queremos chegar?”. Ampliando campo de visão para enxergar todas as possibilidades de sucesso ou fracasso. O Gestor é responsável em disseminar o conceito para sua equipe. Cabe a Ele tomar decisões rápidas e assertivas. Portanto, para crescimento de uma instituição é necessário planejamento a longo prazo, garantindo a manutenção dos pilares (Visão, Missão e Valores) para resultado esperado. CUNHA AMARILDO, (2014).
No caso da estratégia empresarial, segundo CHIAVENATO, (2004), a estratégia e o comportamento utilizado pela empresa ou organização para lidar com situações inerentes a seu ambiente.
Para Rodrigues, apud OLIVEIRA (2002), a conceituação da função planejamento nas empresas não é tarefa das mais fáceis,muito em função de sua amplitude e abrangência.Assim, o planejamento pode ser conceituado como processo concebido para atingir uma situação almejada de maneira eficiente, eficaz e efetiva.
Segundo Drucker (1997, p.47) “Quando a empresa traça objetivos e metas, e busca alcança-los, ela existe, o que e como faz, e onde quer chegar”. 
“Uma empresa sem estratégia é como um avião voando sem rumo em plena tempestade, indo para cima e para baixo, entre relâmpagos. Se os relâmpagos ou os ventos não os destruírem, simplesmente ficarão sem combustível.” (Alvin Toffler)
3. MATERIAIS E MÉTODOS
Este trabalho consiste em uma pesquisa bibliográfica Para Fonseca, “A pesquisa bibliografica não é mera repetição do que já foi dito ou escrito sobre o assunto”.(FONSECA,2007, p.30). Neste aspecto mencionado pela autora se pode dizer que este trabalho buscou informações teóricas do tema tratado através de alguns autores para entender melhor como funciona a gestão hospitalar com ênfase no Planejamento Organizacional.
De modo geral, esta pesquisa também se utilizou de fontes secundárias, isso porque as pesquisas bibliográficas surgiram de livros publicados caracterizando como fontes secundárias.
5. CONCLUSÃO
Planejamento Organizacional quando bem desenvolvido e aplicado ajuda, assegura e garante manutenção da organização diante da competitividade do mercado. Importante ressaltar que por trás de toda organização de sucesso existe uma estratégia eficaz, sendo o Planejamento Estratégico a primeira escolha pelas empresas de médio a grande porte, nacionais e estrangeiras.
Planejamento não deve ficar somente no papel, ele deve ser realizado em uma constante, e minuciosamente especificado, para que o gestor da organização e suas respectivas áreas consiga desenvolver suas ações com excelência.
Em tempos, precisa ser revisto de acordo com as necessidades futuras e com o crescimento do setor. Todos os pontos fracos e ameaças serão trabalhados buscando o crescimento e a lucratividade da organização. Bem como os pontos fortes devem ser mantidos e aprimorados, e todas as oportunidades devem ser exploradas, fazendo que esta organização permaneça em um desenvolvimento saudável.
No mercado competitivo, planejamento deixou de ser um luxo, e passou a ser uma ferramenta de trabalho básica, uma questão de sobrevivência e longevidade empresarial. É como um mapa em que a organização se alinha, garantindo o foco perante o mercado, ele é a direção para a obtenção da posição almejada e dos resultados esperados.
REFERÊNCIAS
Disponível em <https://pluga.co/blog/gestao-empresarial/conheca-os-tipos-de-planejamento-organizacional/> “Acesso em:” 28 out.2018.
Disponível em <http://www.revistaespacios.com/a15v36n02/15360201.html#refere> “Acesso em:” 28 out.2018.
Disponível em: <https://periodicos.set.edu.br/index.php/cadernohumanas/article/view/3310> “Acesso em:” 28 out.2018.
NEUZA, M. Coimbra ADM, Disponível em: <https://resultadosdigitais.com.br/agencias/planejamento-estrategico/> “Acesso em:” 28 out.2018.
Disponível em: http://www.convibra.com.br/upload/paper/adm/adm_822.pdf “Acesso em:” 28 out.2018.
 Nome dos acadêmicos: Érika Sena Gaigher / Jaminny Maciel dos Santos
 Nome do Professor tutor externo: Maria Jose Vaz dos Santos
 Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI – Curso Gestão Hospitalar (HOS43) – Prática do Módulo I – 20/10/2018

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