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MEL COMO INDICADOR DE CONTAMINAÇÃO AMBIENTAL POR PARTÍCULAS RADIOATIVAS R.O. Orsi1a*, F. C. Gazziola2, R. Barbattini2,C. Giovani3, F. Frilli2, L.M.R.C. Barreto4, S.R.C. Funari1b 1Dep. de Produção e Exploração Animal – FMVZ – UNESP, Botucatu, SP, 2 Dep. Biologia Aplicada a Defesa das Plantas – Universidade dos Estudos de Udine – Udine, Itália, 3Agência de Proteção Ambiental (ARPA), Udine, Itália, 4Universidade Taubaté, SP. orsi@fca.unesp.br Umas das grandes preocupações atuais da humanidade refere-se ao risco de acidentes nucleares com a liberação de material radioativo para o meio-ambiente, como ocorrido em Chernobyl (Ucrânia) e Goiânia (Brasil). Liberados para o ambiente, estas partículas radioativas podem contaminar o solo, água, plantas, insetos e, conseqüentemente, o homem. A apicultura é dependente das plantas, ficando as abelhas expostas aos poluentes (como metais pesados, inseticidas e partículas radioativas) liberados na natureza que as intoxicam e podem contaminar seus produtos, dentre os quais, o mel. Desta forma, o objetivo do presente trabalho de pesquisa foi investigar a presença de radiação gama, com ênfase ao Césio-137, nos méis provenientes do Brasil (Goiânia/GO) e Itália (região Friuli-Venezia-Giulia). A amostra de mel do Brasil não apresentou contaminação por Césio-137. Por outro lado, as amostras de mel da Itália apresentaram Césio-137, cuja concentração foi dependente da espécie botânica de coleta do néctar. Foram identificados ainda Potássio-40 e Berílio-7, elementos de ocorrência natural. Pode-se concluir que o mel pode ser utilizado no monitoramento da contaminação radioativa de uma região. a CAPES b Bolsista CNPq mailto:orsi@fca.unesp.br