Prévia do material em texto
55Biomedicina na prática: da teoria à bancada SUMÁRIO 2. Adicionar 50 mL da mistura éter/etanol (proporção 1:1) e 3 gotas de fenolftaleína. 3. Titular com NaOH 0,1M até o aparecimento de coloração rósea (a coloração deve persistir por, no mínimo, 30 segundos para que seja considerado o fim da titulação). 4. Anotar o volume de base gasto para cada amostra. 5. Calcular o índice de acidez livre: IA = mg de base / g de óleo Limites de acidez aceitáveis para óleos refinados: máximo de 0,6 mg base/g óleo. 11. PRÁTICA: Neutralização da Glicina Esta prática tem como objetivo reconhecer as propriedades acidobásicas de um aminoácido, identificar as zonas de tamponamento da glicina e estabelecer a relação entre os valores de pH do meio e as formas iônicas da glicina correspondentes. Colocando a glicina em meio de ácido clorídrico 0,1 N todos os seus grupos ionizáveis ficam protonados: Fonte: Adaptado de http://www.engquimicasantossp.com.br/2014/03/glicina-aminoacido.html Ao adicionar lentamente NaOH a este meio, à medida que a base for sendo adicionada, os prótons hidrogênio do meio vão sendo neutralizados pelas oxidrilas da base. Em consequência, diminui a concentração dos prótons, o que se comprova com o aumento do pH. Quando o pH da solução se aproxima de 2,0 (HCl 0,1 N tem pH= 1,0) os grupos <-carboxila se dissociam e a base passa a neutralizar os prótons dissociados deste grupo e não os do meio. Assim, o pH do meio não se eleva. Isto se denomina de efeito tampão do grupo <-carboxila do aminoácido. À medida que o pH da solução for se afastando de 2,0, a concentração dos <-COOH vai diminuindo e a base volta a neutralizar os H+ do meio, diminuindo a sua concentração, o que novamente pode ser comprovado pelo aumento do pH. Quando o pH da solução se aproximar de 9,6, os grupos <-amino começam a dissociar, passando a base adicionada a neutralizar os prótons provenientes da dissociação deste grupo. Assim novamente o pH do meio não se eleva. Isto se denomina de efeito tampão do grupo <-amino dos aminoácidos. À medida que o pH da solução se afastar de 9,6, a concentração dos grupos <-amino vai diminuindo e a base volta, novamente, a neutralizar os H+ do meio. O aminoácido glicina possui dois grupos com capacidade tamponante: <-COOH em pH ácido (2,3) e <-NH3 em pH alcalino (9,6). A capacidade tamponate de cada grupo inicia 1 unidade antes e termina 1 unidade após o pH indicado. A capacidade tamponante máxima do grupo <-carboxila ocorre, justamente, quando o pH da solução atinge o valor de 2,3 e a capacidade tamponante máxima do grupo <-amino é atingida quando o pH da solução atinge o valor de 9,6. http://www.engquimicasantossp.com.br/2014/03/glicina-aminoacido.html 56Biomedicina na prática: da teoria à bancada SUMÁRIO Vê-se nos pKs a capacidade tamponante dos grupos ionizáveis, tanto para a adição de ácidos como de bases. Entre os valores extremos de pH ácido e básico de uma curva de neutralização da glicina, há um pH onde a maioria das estruturas moleculares está sob forma de íon anfotérico. Procedimento: 1. Pipetar em dois béqueres 20 mL de solução de glicina 0,05 M. 2. Medir o pH e registrar. 3. Adicionar ao primeiro frasco, com pipeta, NaOH 0,1 M de 0,5 em 0,5 mL, agitar cuidadosamente, medindo e anotando o pH na tabela específica após cada adição. 4. Adicionar ao outro frasco, com pipeta, HCl 0,1 N, de 0,5 em 0,5 mL e agitar medindo e anotando na tabela específica o pH após cada adição. 5. Traçar a curva de titulação, colocando nas ordenadas os pHs e nas abcissas os mLs de base ou ácido gastos. 6. Indicar no gráfico os pKs e zonas de tamponamento. 7. Calcular o pI. Responda: 1. Por que razão a curva sofreu um achatamento nas regiões de pK1 e pK2 e qual o estado de ionização da glicina no pK1 e pK2? 2. Quais as estruturas iônicas predominantes da glicina nos pHs 1,9 ; 5,2 e 10? 3.Todos os aas devem apresentar curva de titulação semelhante à da glicina? Por quê? mL de NaOH pH mL de HCl pH 12. PRÁTICA: Extração de suco de frutas usando a enzima pectinase Esta prática tem como objetivo comparar o volume de suco extraído da polpa de frutas, com e sem pectinase. A pectina é um carboidrato vegetal complexo que forma parte da parede das células. Em contato com líquidos, a pectina tem a capacidade de absorver água e formar gel, sendo esta propriedade utilizada na indústria de geleias. Numerosos microrganismos produzem pectinases, que são enzimas que degradam a pectina. Como a pectina forma parte da parede vegetal e da lamela mediana entre células adjacentes, sua degradação favorece a decomposição natural dos vegetais. Na produção industrial de sucos de frutas e vegetais, a pectina deve ser eliminada devido a sua capacidade de reter líquido e turvar o produto. Por