Prévia do material em texto
PARÂMETROS FÍSICO-QUÍMICOS DE MÉIS DE Apis mellifera PROVENIENTES DO MUNICÍPIO DE CÁCERES - MATO GROSSO. K. Mendonça*, G. da S. Sodré & L. C. Marchini. Escola Superior de Agricultora "Luiz de Queiroz"-USP, Departamento de Entomologia, Fitopatologia e Zoologia Agrícola. kiarausp@hotmail.com As características físico-químicas do mel ainda são pouco conhecidas, principalmente nas regiões tropicais onde existe elevada diversidade de flora apícola associada às taxas elevadas de umidade e temperatura. É de fundamental importância a caracterização dos méis visando a criação de padrões, segundo os fatores edafo-climáticos e florísticos das regiões, estabelecendo critérios comparativos nas análises, e controlando possíveis fraudes desse produto. O objetivo desse trabalho, desenvolvido no Laboratório de Apicultura do setor de Entomologia da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, USP/ Campus de Piracicaba, foi a determinação dos parâmetros físico- químicos de amostras de méis de Apis mellifera L. 1758 (Hymenoptera: Apidae) produzidos no Estado do Mato Grosso. Foram colhidas 8 amostras de méis diretamente com apicultores, provenientes de apiários localizados no município de Cáceres-MT, em 2003, sendo avaliados os parâmetros: Cor (Vidal & Fregosi, 1984); Umidade (ATAGO Co., 1988); Condutividade elétrica (Rendón, 1996); pH e Acidez (Moraes & Teixeira, 1998), Índice de Formol (Moraes, 1994), HMF (A.O.A.C., 1990), Cinzas (Pregnolato, 1985); Açúcares Redutores Totais, Açúcares Redutores e Sacarose (Copersucar, 1987); Proteínas (Silva & Queiroz, 2002); Diastase (C.A.C., 1990) e Viscosidade (A.S.T.M. s.p.). Os resultados obtidos foram: a) Cor = 12,5% âmbar, 12,5% âmbar claro, 12,5% extra branco, 25% branco e 37,5% extra âmbar claro; b) Umidade = 17,24+0,389%; c) Condutividade elétrica = 272,75+58,092�S.cm-1; d) pH = 3,57+0,144; e) Acidez = 18,88+2,384 meq.kg-1; f) Índice de Formol = 5,63+0,635 mL.kg-1; g) HMF = 26,87+37,8843 mg.kg-1; h) Cinzas = 0,15+0,081%; i) Açúcares Redutores Totais = 84,00+1,499%; j) Açúcares Redutores = 80,83+1,2%; k) Sacarose = 3,01+0,907%; l) Proteínas = 0,20+0,038%; m) Diastase = 14,7+4,825Gothe e n) Viscosidade = 2.773,75+447,645mPa.s. Referência ASSOCIATION OF OFFICIAL ANALYTICAL COUNCIL (A.O.A.C.) Official methods of Analysis. 15 th. Supl 2. Ed. 1990. AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS (A.S.T.M.). Standard Test Methods for Rheological Properties of Non-Newtonian Materials by Rotation (Brookfield type) Viscometer. Barr Harbor: ASTM Standards, s.d.p., p.1-4. ATAGO Co. Refratômetro para mel. Abelhas, v. 31, n. 362/363, p.9, 11-12, 41,44, 1988. CODEX ALIMENTARIUS COMMISSION (C.A.C.). Official methods of analysis. Vol 3, Supl 2, Ed 1990 . COPERSUCAR (Cooperativa de Produtores de Cana, Açúcar e Álcool do Estado de São Paulo). Métodos Anaíticos. In: COPESUCAR. Manual de Controle Químico da Fabricação de Açúcar. Piracicaba:Copersucar, 1987. p. 1-51 MORAES, R. M. de Análise de mel (Manual técnico). 1ª ed. Pindamonhangaba:Centro de Apicultura Tropical, IZ/SAA, 1994. SNP. MORAES, R. M. de; TEIXEIRA, E. W. Análise de mel (Manual técnico). Pindamonhangaba:Centro de Apicultura Tropical, IZ/SAA, 1998. 41p. PREGNOLATO, W. Normas analíticas do Instituto Adolfo Lutz, v. 1. Métodos químicos e físicos para analise de alimentos. In PREGNOLATO, W.; PREGNOLATO, N. P. (Coord).3. ed. São Paulo: Instituto Adolfo Lutz, 1985. 533p. RENDÓN, S. R. Estudio de la composicion fisico-quimica de las mieles extremenas y extranjeras. In: CONGRESSO IBERO LATINOAMERICANO DE APICULTURA, 5. Uruguai, 1996. Anais., Mercedes: Intendência Municipal de Soriano, 1996. p.174-83. SILVA, D.J.; QUEIROZ, A.C. de. Determinação do nitrogênio total e da proteína bruta. In: SILVA, D.J.; QUEIROZ, A.C. de. Análise de alimentos: métodos químicos e biológicos. 3ª ed. Viçosa: UFV, 2002. p. 57-75. VIDAL, R.; FREGOSI, E.V. de. Mel: características, análises físico-químicas, adulterações e transformações. Barretos: Instituto Tecnológico Científico “Roberto Rios”, 1984. 95p.