Sono REM e a ciência dos sonhos um mergulho profundo na mente inconsciente

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Sono REM e a ciência dos sonhos: um mergulho profundo
na mente inconsciente
Ontem à noite, você provavelmente dormiu por sete a oito horas. Cerca de um ou dois deles
provavelmente estavam em sono profundo, especialmente se você é jovem ou fisicamente ativo. Isso
porque o sono muda com a idade e o exercício afeta a atividade cerebral. Cerca de três ou quatro horas
serão passadas em sono leve.
Pelo tempo restante, você provavelmente estava em movimento rápido dos olhos (REM) sono. Embora
esta não seja a única vez que seu cérebro está potencialmente sonhando – também sonhamos durante
outros estágios do sono – é o momento em que sua atividade cerebral é mais provável que seja
lembrada e relatada quando você está acordado.
Isso geralmente é porque pensamentos ou sentimentos realmente estranhos o acordam ou porque a
última hora de sono é quase toda o sono REM. Quando os sonhos ou seu alarme o acordam, você
provavelmente está saindo do sono dos sonhos e seu sonho muitas vezes se apegado aos primeiros
minutos de estar acordado. Neste caso, você se lembra.
Se eles são sonhos estranhos ou interessantes, você pode contar a alguém sobre eles, o que pode
codificar ainda mais a memória do sonho.
Sonhos e pesadelos são misteriosos e ainda estamos aprendendo sobre eles. Eles mantêm nossos
cérebros correndo. Eles lavam os pensamentos dos eventos do dia a nível molecular. Eles podem até
nos ajudar a imaginar o que é possível durante as horas de vigília.
O que os cientistas sabem sobre o sono REM e o sonho?
https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S2352721816301292
http://apsychoserver.psych.arizona.edu/jjbareprints/psyc501a/readings/Carskadon%20Dement%202011.pdf
https://www.hindawi.com/journals/apm/2017/1364387/
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https://link.springer.com/article/10.1007/s00426-022-01722-7
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É muito difícil estudar sonhando porque as pessoas estão dormindo e não podemos observar o que está
acontecendo. Imagens cerebrais indicaram que certos padrões de atividade cerebral estão associados
ao sonho (e a certos estágios do sono onde os sonhos são mais prováveis de ocorrer). Mas tais estudos,
em última análise, dependem de auto-relatos da experiência do sonho.
Qualquer coisa que passemos tanto tempo fazendo provavelmente serve várias extremidades.
No nível fisiológico básico (indicado pela atividade cerebral, comportamento do sono e estudos de
conciosidade), todos os mamíferos sonham – até mesmo o ornitorrinco e a equidna provavelmente
experimentam algo semelhante ao sonho (desde que estejam na temperatura certa). Sua atividade
cerebral e estágios do sono se alinham até certo ponto com o sono humano REM.
Espécies menos evoluídas não. Algumas águas-vivas – que não têm um cérebro – experimentam o que
poderia fisiologicamente ser caracterizado como sono (mostrado por sua postura, quietude, falta de
capacidade de resposta e rápido “vigília” quando solicitado). Mas eles não experimentam os mesmos
elementos fisiológicos e comportamentais que se assemelham ao sono de sonho REM.
Em humanos, o sono REM é pensado para ocorrer ciclicamente a cada 90 a 120 minutos durante a
noite. Isso nos impede de dormir muito profundamente e sermos vulneráveis a ataques. Alguns
cientistas pensam que sonhamos para impedir que nossos cérebros e corpos fiquem muito frios. Nossa
temperatura corporal é tipicamente maior enquanto sonha. Normalmente é mais fácil acordar de sonhar
se precisamos responder a pistas ou perigos externos.
A atividade cerebral no sono REM dá um pouco ao nosso cérebro engrenagem. É como um periscópio
em um estado mais consciente, observando o que está acontecendo na superfície, depois voltando para
baixo se tudo estiver bem.
Algumas evidências sugerem que “sonhos de febre” são muito menos comuns do que poderíamos
esperar. Na verdade, experimentamos muito menos sono REM quando temos febre – embora os sonhos
que temos tendem a ser mais escuros no tom e mais incomuns.
Passar menos tempo no sono REM quando estamos febris pode acontecer porque somos muito menos
capazes de regular a temperatura do nosso corpo nesta fase do sono. Para nos proteger, nosso cérebro
tenta regular nossa temperatura “pulando” dessa fase do sono. Nós tendemos a ter menos sonhos
quando o tempo está quente pelo mesmo motivo.
Um sistema de limpeza profunda para o cérebro
O sono REM é importante para garantir que nosso cérebro esteja funcionando como deveria, como
indicado por estudos usando elepiceencefalografia, que mede a atividade cerebral.
Da mesma forma, o sono profundo ajuda o corpo a restaurar sua capacidade física, sonhando com os
problemas de sono dos nossos circuitos neurais. No nível molecular, os produtos químicos que
sustentam o nosso pensamento estão fora de forma pela atividade cognitiva do dia. O sono profundo é
quando esses produtos químicos são devolvidos à sua forma não utilizado. O cérebro é washed“lavado”
com líquido cefalorraquidiano, controlado pelo sistema glinfático.
https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1087079216300673#sec3
https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1053810021001409
https://www.wired.com/2014/07/the-creature-feature-10-fun-facts-about-the-echidna/#:%7E:text=It%20was%20long%20thought%20that,re%20at%20the%20right%20temperature.
https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1053810021001409#b0630
https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S2468867319301993#sec0030
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https://www.frontiersin.org/articles/10.3389/fpsyg.2020.00053/full
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3830719/
https://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/23744731.2020.1756664
https://www.cell.com/current-biology/pdf/S0960-9822(17)31329-5.pdf
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https://www.science.org/doi/abs/10.1126/science.1241224
https://theconversation.com/on-your-back-side-face-down-mice-show-how-we-sleep-may-trigger-or-protect-our-brain-from-diseases-like-als-181954
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No próximo nível, o sono dos sonhos “tidies up” nossas memórias e sentimentos recentes. Durante o
sono REM, nossos cérebros consolidam memórias processuais (de como fazer tarefas) e emoções. O
sono não-REM, onde normalmente esperamos menos sonhos, é importante para a consolidação de
memórias episódicas (eventos de sua vida).
Conforme o sono da nossa noite progride, produzimos mais cortisol – o hormônio do estresse. Acredita-
se que a quantidade de cortisol presente pode afetar o tipo de memórias que estamos consolidando e
potencialmente os tipos de sonhos que temos. Isso significa que os sonhos que temos mais tarde na
noite podem ser mais fragmentados ou bizarros.
Ambos os tipos de sono ajudam a consolidar a atividade cerebral útil do dia. O cérebro também descarta
informações menos importantes.
Pensamentos aleatórios, sentimentos reorganizados
Este arquivamento e descarte das atividades do dia está acontecendo enquanto estamos dormindo. É
por isso que muitas vezes sonhamos com coisas que acontecem durante o dia.
Algumas vezes, quando estamos reorganizando os pensamentos e sentimentos para ir no bin“lixo”
durante o sono, nosso nível de consciência nos permite experimentar a consciência. Pensamentos e
sentimentos aleatórios acabam todos misturados de maneiras estranhas e maravilhosas. Nossa
consciência desse processo pode explicar a natureza bizarra de alguns dos nossos sonhos. Nossas
experiências diurnos também podem alimentar pesadelos ou sonhos cheios de ansiedade após um
evento traumático.
Alguns sonhos parecem predizer o futuro ou carregar um simbolismo potente. Em muitas sociedades,
acredita-se que os sonhos sejam uma janelapara uma realidade alternativa, onde podemos imaginar o
que é possível.
O que significa tudo isso?
Nossa compreensão científica dos aspectos termorreguladores, moleculares e neurais básicos do sono
dos sonhos é boa. Mas os aspectos psicológicos e espirituais do sonho permanecem em grande parte
ocultos.
Talvez nossos cérebros estejam conectados para tentar entender as coisas. As sociedades humanas
sempre interpretaram o aleatório – as aves, as folhas de chá e os planetas – e procuraram o significado.
Quase todas as sociedades humanas consideraram os sonhos mais do que apenas disparos neurais
aleatórios.
E a história da ciência nos diz que algumas coisas antes consideradas mágicas podem mais tarde ser
compreendidas e aproveitadas – para melhor ou pior.
Este artigo é republicado de The Conversation sob uma licença Creative Commons. Leia o artigo
original.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC534695/
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https://psycnet.apa.org/record/2005-01907-021
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https://learnmem.cshlp.org/content/11/6/671.full.pdf
https://www.researchgate.net/profile/Jb-Eichenlaub/publication/313545620_Daily_Life_Experiences_in_Dreams_and_Sleep-Dependent_Memory_Consolidation/links/5c532b0ba6fdccd6b5d76270/Daily-Life-Experiences-in-Dreams-and-Sleep-Dependent-Memory-Consolidation.pdf?ref=nepopularna.org
https://journals.plos.org/plosone/article?id=10.1371/journal.pone.0264574
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https://www.sleepfoundation.org/dreams/how-trauma-can-affect-dreams
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https://digitalcommons.ciis.edu/cgi/viewcontent.cgi?article=1050&context=ijts-transpersonalstudies
https://www.nature.com/articles/nrn2716
https://brill.com/display/book/edcoll/9789047407966/B9789047407966-s003.xml
https://theconversation.com/
https://theconversation.com/the-science-of-dreams-and-nightmares-what-is-going-on-in-our-brains-while-were-sleeping-210901
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