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FAETERJ – Unidade Barra Mansa Tecnologia em Sistemas para a Internet com foco em Empreendedorismo Digital CLEUMA MOREIRA TRABALHO DO 2º BIMESTRE TEORIA DOS GRAFOS RIO DE JANEIRO – RJ 2021 CLEUMA MOREIRA TRABALHO DO 2º BIMESTRE TEORIA DOS GRAFOS Trabalho apresentado no curso de Tecnologia em Sistemas para a Internet com foco em Empreendedorismo Digital, disciplina de Matemática Aplicada para compor a nota do 2º bimestre. Professora: AEB. RIO DE JANEIRO - RJ 2021 O importante é o ser e não o vir a ser; um não é o oposto do outro, havendo o oposto ou a oposição, cessa o ser. Ao findar o esforço para vira-se, surge a plenitude do ser, que não é estático; não se trata de aceitação; o vira-se depende do tempo e do espaço. O esforço deve cessar; disso nasce o ser que transcende os limites da moral e da virtude social, e abala os alicerces da sociedade. Esta maneira de ser é a própria vida, não mero padrão social. Lá, onde existe vida, não existe perfeição; a perfeição é uma ideia, uma palavra; o próprio ato de viver e existir transcende toda forma de pensamento e surge do aniquilamento da palavra, do modelo, do padrão. Jiddu Krishnamurti (1895-1986) SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ................................................................................................ 5 2 TEORIA DOS GRAFOS................................................................................... 7 2.1 DEFINIÇÃO ..................................................................................................... 9 2.2 VÉRTICES E ARESTAS ................................................................................ 10 3 EXEMPLOS DE REAPRESENTAÇÃO GRÁFICA ........................................ 11 4 O QUE É UM DÍGRAFO ................................................................................. 13 5 DESAFIO E CURIOSIDADE .......................................................................... 16 REFERÊNCIAS E FONTES BIBLIOGRÁFICAS.................................................. 17 1. INTRODUÇÃO O objetivo desta pesquisa é elaboração de um texto introdutório sobre a Teoria de Grafos, de modo que possa ser utilizado pelos alunos do curso de graduação em Tecnologia em Sistemas para a Internet, com foco em Empreendedorismo Digital. Ramo da matemática que se utiliza de modelos (os grafos) para estudar as relações entre os objetos de um conjunto. O primeiro artigo relacionado a grafos foi um marco na matemática, escrito pelo matemático suíço Leonhard Euyler (1707-1783) no ano de 1736. Euler iniciou seus estudos em grafos discutindo enigma, hoje conhecido como O Problema das Pontes de Königsberg, o qual ele resolveu e determinou um método geral para problemas do mesmo tipo. Por muito tempo os habitantes daquela cidade perguntavam-se se era possível cruzar as sete pontes numa caminhada contínua sem passar duas vezes por qualquer uma delas. No século 18 havia na cidade de Königsberg um conjunto de sete pontes (identificadas pelas letras de a até f na figura abaixo) que cruzavam o rio Pregel . Elas conectavam duas ilhas entre si e as ilhas com as margens. Euler pensou: “este é um tipo de problema no qual as distâncias envolvidas são irrelevantes, o que importa é como as várias porções de terra estão interligadas entre si.” Modelo do Problema O Grafo utilizado como modelo é definido como segue: V = { m | m é uma ilha ou uma margem } A = { (m1,m2, p} | existe uma ponte p unindo as margens ou ilhas m1 e m2 } Os conjuntos acima são apresentados, a seguir, na forma extensiva, contendo todos seus elementos, extraídos do problema: V = { A, B, C, D } A = { (A,C,c), (A,C,d), (A,B,a), (A,B,b), (A,D,e), (B,D,f), (C,D,g) } O Grafo, construído a partir dessas definições pode se apresentar como: Observação sobre o Grafo: Não orientado Multigrafo Conexo SOLUÇÃO A solução consiste em, partindo de qualquer vértice, tentar atravessar todas as arestas uma única vez e retornar ao vértice de origem. Euler, ao propor a solução para este problema, se preocupou em descobrir em que tipos de grafos se pode fazer esse caminhamento fechado, passando por todas as arestas uma única vez. Esse tipo de caminhamento foi chamado ‘caminho de Euler’, e um grafo que consiste de um caminho de Euler foi denominado ‘grafo de Euler’. Como todo grafo de Euler possui um caminho de Euler, como o proposto no problema das pontes de Königsberg, para sabermos se existe solução, basta sabermos se o grafo modelo do problema é um grafo de Euler ou não. Pela análise do grafo modelo G para o problema das pontes de Königsberg, observa-se que Para Todo v E V, gr(v) é ímpar. Logo, o grafo G não é um grafo de Euler. Isso significa que o problema não possui solução. Note que não é necessário que tenhamos Para Todo v E V, gr(v) é ímpar, basta que Exista Pelo Menos Um v E V | gr(v) é ímpar para concluirmos que o grafo em questão não é um grafo de Euler. 2. TEORIA DOS GRAFOS A Teoria dos Grafos é muito relevante como modelo matemático para alguns problemas mais importantes e difíceis da computação. Essa teoria possui aplicação direta em áreas como: Física; Química; Psicologia; Engenharia e etc. Convém ressaltar que a Teoria dos Grafos é de fundamental importância aos cursos de Engenharia da Computação e Ciências. É impossível traçar um caminho que passe só uma vez cada ponte e, no final, tenha atravessado todas elas!! ☹☹ Diversos problemas podem ser representados por grafos: Trajetos entre cidades Roteamento de veículos Mapa de páginas de um site Redes de computadores Representação de máquinas de estados finitos Uma área de grande interesse da ciência da computação é a obtenção de estruturas de dados e de algoritmos eficientes para manipulação de grafos. No século XIX, grafos foram usados em circuitos elétricos e diagramas moleculares. A Teoria de Grafos é classificada como um ramo da Topologia, mas está fortemente ligada à Álgebra e à Teoria de Matrizes. USO DA TEORIA DOS GRAFOS X PROBLEMAS REAL Escalonamento de processos • Aplicação direta do problema de coloração de grafos. Reconhecimentos de padrões • Instância do problema de isomorfismo em grafos. Problema de roteamento • Verificar se um grafo é Hamiltoniano ou não. 2.1 DEFINIÇÃO Grafo é uma entidade composta de duas partes: Vértices (nós) Os nós são as “bolinhas” (entidades que você quer modelar). Arestas (linhas) As arestas são as relações dessas entidades. Um grafo G(V,A) é definido pelo par de conjuntos V e A, onde: V - conjunto não vazio: os vértices ou nodos do grafo; A - conjunto de pares ordenados a=(v,w), v e w ∈ V: as arestas do grafo. Seja, por exemplo, o grafo G(V,A) dado por: V = { p | p é uma pessoa } A = { (v,w) | < v é amigo de w > } Esta definição representa toda uma família de grafos. Um exemplo de elemento desta família (ver G1) é dado por: V = { Maria, Pedro, Joana, Luiz } A = { (Maria, Pedro), (Pedro, Maria), (Joana, Maria), (Maria, Joana), (Pedro, Luiz), (Luiz, Pedro), (Joana, Pedro) , (Pedro, Joana) } 2.2 VÉRTICES E ARESTAS A vértice é denominada V e aresta é denominada de A. Os vértices constituem o ponto de encontro de dois segmentos laterais. Os lados são as linhas poligonais que se encontram dois a dois em cada vértice. Os ângulos internos e externos são formados pelo encontro de dois lados consecutivos. Grau dos vértices o grau d G (V) de um vértice v em G é o número de arestas de G incidentesa v. Cada loop conta como duas arestas Grau mínimo de G Grau máximo de G Vértices Adjacentes – dois vértices são adjacentes se estão ligados por uma aresta. Vértice isolado – Um vértice é dito isolado se não existe aresta incidente sobre ele. Vértice (nós) Aresta (arco) Aresta é a reta que se origina a partir da interseção de dois planos que formam um ângulo. Para a geometria, a aresta também pode caracterizar cada lado dos polígonos que formam um poliedro ou que formam o ângulo poliédrico. Arestas paralelas – Duas arestas incidentes nos mesmos vértices (não importa a orientação). Uma aresta que une dois vértices diz-se aresta incidente em cada um dos seus vértices. Quando duas arestas incidem num mesmo vértice elas são arestas adjacentes. Arestas paralelas: São arestas que têm os extremos iguais. 3. EXEMPLO DE REAPRESENTAÇÃO GRÁFICA Um mapa do metrô é um grafo: Na computação: Matriz de Adjacência Na computação: Matriz de Incidência 4. O QUE É UM DÍGRAFO? Tipo especial de grafos nos quais todas as arestas são direcionadas. Caminhos em digrafos devem levar em consideração a direção das arestas. Dois tipos de graus de vértices: Grau de entrada: número de arestas que “chegam” no vértice; Grau de saída: números de arestas que “saem” do vértice. Chamado também de Grafo Orientado ou Dirigido, é um grafo cujas arestas (na sua totalidade ou parte delas) têm um sentido. Exemplo: Considere, agora, o grafo definido por: V = { p | p é uma pessoa da família Castro } A = { (v,w) | < v é pai/mãe de w > } Um exemplo de deste grafo (ver G2) é: V = { Emerson, Isadora, Renata, Antonio, Cecília, Alfredo } A = {(Isadora, Emerson), (Antonio, Renata), (Alfredo, Emerson), (Cecília, Antonio), (Alfredo, Antonio)} G2: A relação definida por A não é simétrica pois se <v é pai/mãe de w>, não é o caso de <w é pai/mãe de v>. Há, portanto, uma orientação na relação, com um correspondente efeito na representação gráfica de G. O grafo acima é dito ser um grafo orientado (ou digrafo), sendo que as conexões entre os vértices são chamadas de arcos. Exemplos: Representação de Grafos em Dígrafo. Esquemas de estruturas de grafo. Grafos em Recologia DESAFIO E CURIOSIDADE DICA Antes de programar, represente (desenhe) o grafo adequado para resolver o seu problema. Modele, desenhe, escreva! Você NÃO estará perdendo tempo, mas sim ganhando. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: BOAVENTURA, Netto, P. O. Grafos: Teoria, Modelos, Algoritmos. 4a edição. Edgar Blucher, 2012. GOLDBARG, M.; GOLDBARG, E. Grafos: Conceitos, algoritmos e aplicações. 1ª edição. Elsevier, 2012. LUCCHESI, Cláudio Leonardo. Introdução à Teoria dos Grafos. Copyright. RJ. Unicamp 1979. PRESTES, Edson. Introdução à Teoria dos Grafos. 2020. ARTIGOS E SITES DE PESQUISA: COSTA, Polyanna Possani da. Teoria dos grafos e suas aplicações. 2011. 77 p. Dissertação - (mestrado) - Universidade Estadual Paulista, Instituto de Geociências e Ciências Exatas, 2011. Disponível em: <http://hdl.handle.net/11449/94358>. Acesso em: 27/06/2021. DALLAQUA, Caio. Origem da Teoria dos Grafos – As 7 Pontes de Königsberg. 2016. Disponível em: < http://www.inf.ufsc.br/grafos/problema/pontes/grafos.html > Acesso em: 28/06/2021. SOUZA, Renato Ferreira. Resolução de problemas via teoria de grafos. 2014. 48p. ICMC/USP. Disponível em: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/55/55136/tde-06072015- 103319/publico/Dissertacao_RenatoFdeSouza_Revisada.pdf Acesso em: 28/06/2021. RECOLOGIA. Disponível em: < http://recologia.com.br/tag/grafos/ > Acesso em: 27/06/2021. USP – Insituto de Matemática e Estatística Universidade de São Paulo. As pontes de Königsberg. Disponível em: < https://matemateca.ime.usp.br/acervo/pontes_konigsberg.html > Acesso em: 28/06/2021.