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Thaiane Barros – MEDICINA P3 - @thaianebarros__ 1 Tutor: Ana Paula Relator: Joici Sabrina Coordenador: Ivan Gabriel PASSO 5- LISTANDO OS OBJETIVOS: 1♡ Conhecer os marcos do desenvolvimento; 2♡ esclarecer as IVAS e IVAI; 3♡ Apontar as causas de contágio das IVAS e IVAI na infância; 4♡ Relacionar as medidas preventivas; PASSO 6- DESCREVENDO OS OBJETIVOS: 1 Marcos do desenvolvimento: Conceito: Desenvolvimento se refere a uma transformação complexa, contínua, dinâmica e progressiva, que inclui, além do próprio crescimento, a maturação, a aprendizagem e os aspectos psíquicos e sociais. O desenvolvimento da criança é relacionado a 3 aspectos chaves (biológicos/neurológicos/psíquicos): • Características biológicas: posição ereta, aparelho visual e flexibilidade manual, capacidade de se comunicar através da fala, evolução social; ♡ POSIÇÃO ERETA: esta é a posição que facilita a locomoção e permite manter uma série de atividades efetivas, deixando as mãos livres para a construção dos objetos da cultura, que não são outra coisa senão um prolongamento do equipamento biológico com o qual a criança nasce. Da posição supina em que se encontra o recém-nascido até quando ele é capaz de se colocar na posição ereta, inúmeros eventos ocorrem, passando por várias etapas preditivas e pré- determinadas que se traduzem como desenvolvimento motor; ♡ APARELHO VISUAL E FLEXIBILIDADE MANUAL: permitem a coordenação e habilidade para construir e usar equipamentos o pode ser observado Thaiane Barros – MEDICINA P3 - @thaianebarros__ 2 através do que chamamos de visão e movimentos finos motores; ♡ CAPACIDADE DE SE COMUNICAR ATRAVÉS DA FALA: envolve a competência auditiva e a escuta, e o uso da fala e da linguagem. Por isso, a criança pequena é chamada infante, porque não fala, embora possa se comunicar de outras maneiras. O surgimento da fala é um dos aspectos importantes no acompanhamento do bebê e o seu atraso é uma das queixas mais comuns nos ambulatórios de pediatria. A avaliação da fala e linguagem sempre consta de qualquer escala ou roteiro de avaliação do desenvolvimento da criança; ♡ EVOLUÇÃO SOCIAL: O homem vive em uma estrutura social complexa e desde cedo o bebê tem de se adaptar à mãe e aos outros. Nos roteiros de avaliação, essa área está sempre presente, denominada como social ou pessoal social. • Aspectos neurológicos: inicia-se desde a concepção. As interações do indivíduo com o seu meio ambiente modelam, tanto a estrutura como o funcionamento do seu sistema nervoso central; O desenvolvimento neurológico não acontece de maneira arbitrária, mas de acordo com um plano contido no potencial genético, através de etapas previsíveis e pré-determinadas, no sentido céfalocaudal e do centro para a periferia.; Thaiane Barros – MEDICINA P3 - @thaianebarros__ 3 • Aspectos psíquicos: diferentemente das estruturas biológicas, em que os fatores congênitos são determinantes, o psiquismo do ser humano se constitui no decorrer das relações/trocas realizadas entre a criança e os outros, desde os primórdios de sua vida. Objetivo: Na atenção básica, o objetivo dessa análise visa promoção, proteção e a detecção precoce de possíveis doenças, distúrbios e atrasos relacionadas ao desenvolvimento, permitindo ações que possam mudar positivamente sua vida futura. Influencias no desenvolvimento neuropsicomotor: Esse desenvolvimento sofre a influência contínua de fatores intrínsecos e extrínsecos que provocam variações de um indivíduo para outro e que tornam único o curso do desenvolvimento de cada criança. Os fatores intrínsecos determinam as características físicas da criança, a cor dos seus olhos e outros atributos geneticamente determinados. Os fatores extrínsecos começam a atuar desde a concepção, estando diretamente relacionados com o ambiente da vida intrauterina, proporcionado pela mãe por meio das suas condições de saúde e nutrição. Além disso, mãe e feto sofrem os efeitos do ambiente que os circunda. O bem-estar emocional da mãe também influencia de forma significativa o bem-estar do feto, embora esse tipo de influência não funcione, necessariamente, como causa direta de problemas de desenvolvimento ulteriores. Após o nascimento, o ambiente em que a criança vive, os cuidados que lhe são dispensados pelos pais, o carinho, estímulos e alimentação passam a fazer parte significativa no processo de maturação que a leva da dependência à independência. OBS: Baixo peso ao nascer e prematuridade são fatores de risco para alterações no desenvolvimento, como distúrbios na linguagem, motricidade, aprendizagem e atraso neuropsicomotor. Thaiane Barros – MEDICINA P3 - @thaianebarros__ 4 O tecido nervoso cresce e se desenvolve sobretudos nos primeiros anos de vida, por isso a importância do acompanhamento neuropsicomotor até os 2 anos d e vi da, lembrando sempre de realizar a “idade corrigida” dos RN pré-termo. Assim, o desenvolvimento é comandado pelo SNC dependendo de: •MIELINIZAÇÃO: membrana de bainha de Mielina ao redor dos axônios, desenvolvida desde o 3º trimestre de vida até os 25-30 anos de vi da. Acontece de maneira craniocaudal. •ORGANIZAÇÃO NEURONAL: até os 5 anos de vida, através de eventos aditivos e progressivos, como formação de ramificações dendríticas e axoniais, apoptose celular e formação de sinapses. Desenvolvimento Neuropsicomotor é avaliado através dos MARCOS DO DESENVOLVIMENTO e pelos REFLEXOS PRIMITIVOS: PERÍODOS/ ETAPAS/ MARCOS DO DESENVOLVIMENTO PERÍODO PRÉ-NATAL (DA CONCEPÇÃO AO NASCIMENTO: No momento da concepção, a herança dos pais é transmitida através dos seus genes: é o que determinará a cor dos olhos, cabelos, pele, ou seja, as futuras características físicas da criança. Durante a gestação, a interação mãe-feto é a mais íntima possível, podendo inclusive influenciar o crescimento e desenvolvimento do bebê: doenças maternas, nutrição, hábitos, situações emocionais, por exemplo. Antes mesmo do nascimento o bebê o feto reage ao movimento e sono maternos, e que ainda dentro do útero difere de sua mãe por sua própria dinâmica de maturação: já tem certo grau de autonomia, na medida em que seu funcionamento sensorial não está em total conexão com a vida sensorial da mãe. Pode reagir a sons, seu ciclo de sono- Thaiane Barros – MEDICINA P3 - @thaianebarros__ 5 vigília não coincide necessariamente com o da mãe, já possui um certo grau de olfato, visão e tato. PERÍODO NEONATAL (0 A 28 DIAS DE VIDA): A postura e os movimentos amplos do recém-nascido são muito importantes e devem ser sempre observados: o recém-nascido normal mantém as pernas e braços fletidos tanto na posição supina como prona. As pupilas reagem à luz. Apresenta uma reação global a barulhos muito fortes. Dorme grande parte do tempo. Tem percepções visuais, alguma discriminação olfativa; em torno da segunda semana de vida, a voz da mãe ou mesmo de outra mulher, modulada por tonalidades afetivas, é capaz de desencadear sorrisos mais facilmente que qualquer outro som. Reflexos Primitivos: As respostas a estímulos evoluem de reflexos generalizados, envolvendo todo o corpo para ações voluntárias, definidas pelo córtex. São os chamados reflexos corticais. Essa especialização permite à criança passar de reações simétricas, involuntárias em respostas ao meio ambiente (gritar, agitar os braços, dar pontapés), para movimentos assimétricos voluntários, em funçãode determinado estímulo. Essas funções nervosas, ou reflexos, podem, conforme sua evolução, ser divididas em três grupos: 1) apresentam MANIFESTAÇÕES NORMAIS DURANTE ALGUM TEMPO E QUE DESAPARECEM COM A EVOLUÇÃO, somente reaparecendo em condições patológicas: ♡ REFLEXO TÔNICO CERVICAL E DE RETIFICAÇÃO CORPORAL: RN realiza rotação de 90 graus da cabeça, extensão dos membros superiores para o l ado da cabeça e flexão dos membros do l ado oposto. Está presente desde o nascimento e deve desaparecer até o 3º mês de vida; ♡ REFLEXO DE MORO: RN realiza extensão e abdução dos membros superiores com abertura da s mãos, seguidas de adução e flexão dos membros superiores. Normalmente é acompanhado de choro, e está presente desde o nas cimento devendo desaparecer até os 5 meses de vida (em torno de 4-6 meses); Thaiane Barros – MEDICINA P3 - @thaianebarros__ 6 ♡ SINAL DE BABINSKI OU CUTÂNEO PLANTAR: estimula-se a porção lateral do pé, e o RN realiza extensão do hálux. Está presente desde o nascimento e deve desaparecer até os 18 meses. ♡ PREENSÃO PLANTAR: RN realiza flexão dos dedos do pé quando o médico pressiona o dedo contra a planta do pé. Está presente desde o nascimento e deve desaparecer com 15 meses de vida ♡ REFLEXO DE SUCÇÃO REFLEXA: RN realiza sucção vigorosa quando há estimulação dos lábios. Está presente desde o nascimento até o 4º mês de vida ♡ REFLEXO DE MARCHA: RN “imita” uma marcha quando apoiado pelo tronco encosta a planta na superfície. Está presente desde o nascimento e deve desaparecer até o 1º ou 2º mês de vida. ♡ REFLEXO DE BUSCA: RN segue em direção ao estímulo de toque à face por exemplo, a fim de “buscar” o objeto. Presente desde o nascimento até 2 meses. ♡ REFLEXO OLHOS DE BONECA: RN gira a cabeça e os olhos acompanham. ♡ REFLEXO DE LANDAU: RN em suspensão ventral, podendo realizar extensão ou flexão da cabeça. 2) reflexos que existem normalmente, desaparecem com a evolução e reaparecem como atividades voluntárias: reflexo de preensão, sucção e marcha, por exemplo. 3) Manifestações que persistem por toda a vida: os vários reflexos profundos e os reflexos cutâneos abdominais PRIMEIRA INFÂNCIA: LACTENTE (29 DIAS A 2 ANOS EXCLUSIVE): No LACTENTE ocorrem as maiores e mais rápidas modificações no desenvolvimento da criança, Thaiane Barros – MEDICINA P3 - @thaianebarros__ 7 principalmente no domínio neuropsicomotor. O desenvolvimento cefálico antecede o caudal, e o proximal antecede o distal. Portanto, os braços passam a obedecer ao controle cortical e à orientação visual antes que as pernas. Os membros superiores tornam-se gradativamente cada vez mais ágeis para alcançar, segurar e manipular objetos. Primeiro, agarra o objeto com a mão; depois, usa os dedos e finalmente o movimento de pinça fina (polegar e indicador). A partir daí, começa a brincar e utilizar os objetos para mordê-los e jogá-los fora e assim vai construindo a sua vida psíquica e relações com o mundo. A progressão do desenvolvimento vai desde o período em que o bebê está totalmente dependente até o final de seu primeiro ano de vida, quando, o lactente, dá os seus primeiros passos, adquirindo mobilidade e habilidades de manipulação que lhe permitem explorar a maior parte do meio ambiente O mesmo acontece com a aquisição da linguagem, que se inicia pelas trocas sonoras, ritmadas e prazerosas com sua mãe e vai evoluindo até a criança poder falar de si mesma e se afirmar dizendo não, fazendo suas escolhas, conhecendo e agindo no seu pequeno universo. Assim, aprendem a caminhar, alcançam objetos desejados, se separam de suas mães, abrem portas e começam a descobrir o mundo. SEGUNDA INFÂNCIA (OU PRÉ ESCOLAR - 2 A 6 ANOS, EXCLUSIVE): Período caracterizado pelo aprimoramento das habilidades até então adquiridas, em especial a capacidade de comunicação, locomoção (andar e correr com segurança, subir escadas, etc.), manuseio de objetos e jogos simbólicos. É a idade do explorar e do brincar. Embora essas funções tenham certa autonomia neuromotora, elas não se organizam, dependendo da atividade centralizadora do psiquismo que possibilita suas articulações numa direção determinada por cada sujeito. Aos 3 anos, a criança incorpora muitos aspectos ou traços da cultura humana. Reconhece o outro, sabe esperar sua vez. Gosta de participar de Thaiane Barros – MEDICINA P3 - @thaianebarros__ 8 brincadeiras com outras crianças, de jogar, negociar, mas também de brincar sozinha. Começa a perceber a diferença entre a palavra falada, o movimento corporal e a postura correspondente. É comum, nesse período, surgirem manifestações de medo (de escuro, água, animais domésticos, etc.), isso implica que a criança percebe que existem limites, que ela não pode tudo, que existe uma lei reguladora dos atos humanos a qual ela tem que se submeter. Em torno dos 6 anos, a criança consegue adiar a realização de um desejo em virtude da aceitação e compreensão das proibições, como também por levar em consideração o outro, suas próprias limitações e possibilidades. SINAIS DE ALARME NOS MARCOS DO DESENVOLVIMENTO: Por fim, é importante que você observe alguns sinais de alarme, que possam apontar para outros distúrbios e doenças relacionadas ao desenvolvimento. No fim do 1º trimestre: ausência de sorriso social; olhar vago, pouco interessado; o menor ruído provocando grande sobressalto; nenhuma reação a ruídos fortes (surdez); mãos persistentemente fechadas. No fim do 2º trimestre: não vira a cabeça para localizar sons (4 meses); hipertonia (rigidez) dos membros inferiores; hipotonia do eixo do corpo: controle deficiente da cabeça; criança exageradamente lenta e sem interesse; movimentos bruscos do tipo “descarga motora”; não dá risada; falta de reação aos sons (considerando a possibilidade de surdez). Aos 9 meses: é obrigatório tomar providência quando a criança não senta sem apoio (hipotonia do tronco); possui pernas duras, “em tesoura” (espasticidade); pernas moles em “posição de rã” (hipotonia); mãos persistentemente fechadas. Deve-se observar também se há preensão em pinça; incapacidade de localizar um som (considerando surdez); ausência de balbucio (considerando distúrbio articulatório); sorriso social pobre; não tem interesse no jogo “esconde- achou”. Thaiane Barros – MEDICINA P3 - @thaianebarros__ 9 1º aniversário: ausência de sinergia pés-mãos (colocada em pé com apoio não procura ajudar com as mãos); criança parada ou mumificada; movimentos anormais; psiquicamente inerte ou irritada, sorriso social pobre; não fala sílabas; cessação do balbucio (considerando a possibilidade de surdez). a Ficha de Acompanhamento do Desenvolvimento: Ficha que vem sendo adotada desde 1984 pelo Ministério da Saúde, que serve como roteiro de observação e identificação de crianças com prováveis problemas de desenvolvimento, incluindo alguns aspectos psíquicos. Na versão atual, ao lado dos marcos de desenvolvimento maturativo, motor e social, foi acrescentado, em cada faixa correspondente à época da consulta, um marco ou indicador psíquico. Assim, cada faixa passou a contemplar quatro indicadores: (1) maturativo; (2) psicomotor; (3) social; e (4) psíquico; como pode-se verificar no exemplo abaixo: Thaiane Barros – MEDICINA P3 - @thaianebarros__ 1 0 A área sombreada corresponde ao período de incidência ou desaparecimento de determinadomarco. Com exceção dos indicadores psíquicos, os mesmos constam da maioria das escalas correntemente em uso, incluindo Denver (Ref. 1), Sheridan (Ref. 9) e Gesell (Ref. 3). Sua padronização de uso pode ser vista no Anexo 1 do presente manual. 2 esclarecer as IVAS e IVAI: DOENÇAS INFECTOCONTAGIOSAS IVAS: Infecções de Vias Aéreas Superiores IVAI: Infecções de Vias Aéreas Inferiores INTRODUÇÃO: As infecções respiratórias agudas (IRAs) são subdivididas em infecções de vias aéreas inferiores (IVAI) e infecções de vias aéreas superiores (IVAS). infecções do trato superior (acima da epiglote) ou do trato inferior ( abaixo da epiglote). CARACTERÍSTICAS GERAIS DAS IVAS: ♡ CONCEITO: A infecção do trato respiratório superior (IVAS), também chamados de resfriado comum, são comumente caracterizadas por febre e tosse, mas, em contraste com a pneumonia, não apresentam sinais de consolidação na ausculta torácica. Doença viral: - Tem curso clínico em torno de duas semanas- Transmissão: - Gotículas produzidas pela tosse e espirros(como um aerossol); - Maioria por contato de mãos contaminadas com a via aérea de indivíduos sadios. São a causa mais comum de infecção respiratória aguda em crianças. São mais frequentes nos primeiros 5 anos. Corresponde a 2/3 da emergência- No diagnóstico das IVAS é importante avaliar a cronologia e duração dos sintomas. Mais de 200 subtipos de vírus foram associados ao resfriado comum. Os rinovírus, que incluem mais de 100 sorotipos, causam coletivamente de 30 a 50% dos resfriados. O coronavírus, influenza, parainfluenza e o vírus sincicial respiratório são outros importantes causadores de resfriado comum. Thaiane Barros – MEDICINA P3 - @thaianebarros__ 1 1 Os sintomas podem variar substancialmente de paciente para paciente; rinite e congestão nasal são as mais comuns. Outros sintomas comuns incluem dor de garganta, tosse e mal-estar. A febre é incomum em adultos com resfriado, mas pode estar presente em crianças; a conjuntivite ocorre de forma variável em ambas as faixas etárias. Nas Américas, as IVAS são responsáveis por 40 a 60% das consultas pediátricas e constituem o principal motivo para o uso de antibióticos na criança; Embora a maioria das IVAS tenha etiologia viral, estima-se que até metade dessas infecções seja tratada com antibióticos, com ou sem prescrição médica; As IVAS apresentam uma sazonalidade bem definida, sobretudo, nas regiões do mundo de clima temperado. A frequência em creches é um grande fator de risco para o aumento das infecções respiratórias. Outros fatores envolvidos na maior frequência de infecções respiratórias são: fatores genéticos e psicológicos e atividade esportiva exagerada; TIPOS: RINOFARINGITE AGUDA Resfriado comum ou rinite viral aguda.- Crianças menores de cinco anos podem ter de cinco a oito episódios por ano. Agente etiológico: - Rinovírus, coronavírus, vírus sincicial respiratório (VSR), parainfluenza, influenza e adenovírus. Diagnóstico: -É essencialmente clínico. - A identificação de vírus é desnecessária. - Em algumas situações de importância epidêmica, pode ser conveniente a pesquisa de vírus respiratórios para melhor controle, ou prevenção, por parte da autoridade sanitária.- Ex. Covid Thaiane Barros – MEDICINA P3 - @thaianebarros__ 1 2 Sinais e sintomas: - Febre alta, prostração, mialgia e calafrios. - Coriza, tosse e faringite.- Febre, diarreia, vômitos e dor abdominal são comuns em crianças mais jovens. - Tosse e fadiga podem durar várias semanas. Tratamento: - Repouso no período febril- Hidratação e dieta conforme aceitação; - Higiene e desobstrução nasal.- Antitérmico e analgésico: paracetamol ou ibuprofeno Prevenção: -Vacinação. SINUSITE AGUDA Definição: - Infecção bacteriana dos seios paranasais, com duração menor de 30 dias; Agente etiológico: Os agentes bacterianos mais comuns são o Streptococcus pneumoniae, o Haemophilus influenza e e a Moraxella catarrhalis Sinais e sintomas: - Obstrução e secreção nasal purulenta, halitose. - Tosse diurna, com piora à noite.- Febre, edema palpebral, cefaleia, prostração. - Desconforto ou dor, espontâneos ou provocados, no local do(s) seio(s) afetado(s)(maxilar ou etmoidal). - O diagnóstico de sinusite aguda é clínico; Tratamento geral: - Repouso inicial. - Umidificação do ar em lugares muito secos. - Analgésico e antitérmico: paracetamol ou ibuprofeno. - Higiene nasal com solução salina.- Antibioticoterapia: - Vários antibióticos de amplo espectro podem ser utilizados no tratamento da sinusite aguda. - 1ª escolha: Amoxicilina 80mg /kg /dia VO8/8h, por 14-21 dias. - Ausência de resposta ao tratamento de primeira escolha: Cefuroxima ou amoxicilina associada ao ácido clavulânico Observações: - Deve-se trocar o antibiótico caso não haja atenuação dos sintoma sem 72h. - Casos graves devem ser hospitalizados e tratados com antibióticos intravenoso. Thaiane Barros – MEDICINA P3 - @thaianebarros__ 1 3 FARINGOAMIGDALITE AGUDA ESTREPTOCÓCICA Definição: - É uma infecção aguda da orofaringe. Agente etiológico: - Mais comum: Estreptococobeta- hemolítico, + Streptococcus pyogenes do grupo A; Complicações: - Além das complicações supurativas provocadas diretamente pela infecção, ela pode desencadear reações não supurativas tardias, como febre reumática (FR) e glomerulonefrite difusa aguda (GNDA). Sinais e sintomas: - Febre alta, dor de garganta, prostração, cefaleia, calafrios, vômitos e dor abdominal. - Orofaringe: há congestão intensa e aumento de amígdalas, com presença de exsudato purulento e petequeias no palato, adenite cervical bilateral; Tratamento geral: - Repouso no período febril.- Estimular ingestão de líquidos não ácidos e não gaseificados e de alimentos pastosos, de preferência frios ou gelados. LARINGITE VIRAL AGUDA Definição: - Também chamada de crupe viral. - É uma inflamação da porção subglótica da laringe, que ocorre durante uma infecção por vírus respiratórios. - O edema causa obstrução parcial da via aérea. Agente etiológico: - Mais comuns: vírus parainfluenza I e II e o vírus sincicial respiratório -Adenovírus, influenza A e B, e vírus do sarampo também podem estar envolvidos. Sinais e sintomas: - Coriza, obstrução nasal, tosse seca e febre baixa. - Evolução: tosse rouca, disfonia, afonia ou choro rouco e estridor inspiratório. - Em casos de obstrução mais grave, surge estridor mais intenso, tiragem supraesternal, batimentos de asa do nariz, estridor expiratório e agitação. - Nos casos extremos, além de intensa dispneia e agitação, surgem palidez, cianose, torpor, convulsões, apneia e morte. Thaiane Barros – MEDICINA P3 - @thaianebarros__ 1 4 Sinais e sintomas de gravidade: - Indicam encaminhamento imediato para uma unidade de emergência e muito provável hospitalização. - Suspeita de epiglotite, estridor progressivo, estridor importante em repouso, retrações torácicas, agitação, febre alta, toxemia, palidez, cianose ou torpor. - Estes dois últimos são sinais tardios de insuficiência respiratória; Tratamento geral: - Casos leves: tratamento domiciliar ou ambulatorial. - Alimentação leve, com pequenas porções e frequentemente. - Hidratação. - Nebulização com SF 0,9%. OTITE MÉDIA AGUDA (OMA) A otite média aguda (OMA) é uma doença importante, principalmente porque atinge a população pediátrica mais jovem e por ser a doença bacteriana mais frequentemente diagnosticadaem pediatria. A infecção atinge os espaços que contêm ar e são revestidos de mucosas do osso temporal, formando material purulento não somente no fundo da orelha média, mas também nas células aéreas, mastoides e ápice petroso quando estão pneumatizados. As principais complicações são supurativas, como mastoidite e abscesso cerebral. Há também a possibilidade de causar perfurações na membrana timpânica colesteatomas e perda auditiva neurossensorial. No entanto, complicações de longo prazo são mais comuns e menos perceptíveis, como o comprometimento da linguagem, da comunicação e da audição. A OMA é geralmente desencadeada por uma infecção viral do trato respiratório superior, que provoca um edema do conduto auditivo. Isso leva a um acúmulo de fluido e de muco, o qual se torna secundariamente infectado por bactérias. OTITE MÉDIA CRÔNICA (OMC) costuma se desenvolver como consequência da OMA recidivante, embora possa ser decorrente de outras doenças e traumatismos. Agentes etiológicos (OMA): -Apesar de haver a possibilidade de isolamento de vírus, estes são pouco Thaiane Barros – MEDICINA P3 - @thaianebarros__ 1 5 frequentes como agentes etiológicos isolados de OMA. Quase sempre se tem o envolvimento de uma bactéria associada a uma infecção viral. IVAI - infecções das vias aéreas inferiores : As infecções das vias aéreas inferiores são divididas em: bronquite aguda, bronquiolite e pneumonia. Constituem as doenças mais frequentes na infância. A pneumonia causa mais de um milhão de mortes por ano em todo o mundo, na faixa etária pediátrica. No Brasil, 13% dos falecimentos de crianças entre 1-4 anos foram causados por pneumonia. FATORES DE RISCO: As condições ambientais (sazonalidade, aglomeração, poluição atmosférica, poluição doméstica e tabagismo). Exposição ao fumo passivo. A exposição a aeroalérgenos, especialmente ao ácaro do pó doméstico, a componentes da saliva e aos pelos de animais. Falta de aleitamento materno. Baixo peso ao nascer. Alguma condição subjacente no coração ou nos pulmões. Sistema imunológico enfraquecido ou ainda não totalmente desenvolvido; Prematuridade; Inflamação dos brônquios causando estreitamento ou obstrução das vias aéreas, caracterizada por hipersecreção de muco. Thaiane Barros – MEDICINA P3 - @thaianebarros__ 1 6 A doença pode tornar a árvore brônquica mais sensível ao ar frio e a poluentes como a fumaça do cigarro, fazendo com que o indivíduo tenha tosse intensa quando se defronta com tais situações. ETIOLOGIA: + COMUNS: Agentes virais Influenza A e B, Parainfluenza, Vírus sincicial respiratório. - COMUNS: As bactérias, principalmente os “germes atípicos”: Bordetella pertussis. TRANSMISSÃO : - Normalmente ocorre por via direta. -Gotículas de secreção nasal ou oral (tosse ou espirros). - Contaminação através das mãos ou objetos (menos frequente). QUADRO CLÍNICO/ SINTOMAS: - Tosse; expectoração, dispneia, sibilância, cianose, febre, cansaço, falta de apetite, catarro mucoide. COMPLICAÇÕES: -Infecções secundárias que conduzem à pneumonia. - Enfisema (destruição dos tecidos pulmonares); - Insuficiência cardíaca no lado direito. - Hipertensão pulmonar (pressão arterial alta nas artérias dos pulmões). DEFINIÇÃO: - A bronquiolite ocorre quase sempre quando um vírus infecta os bronquíolos, que são as menores das vias aéreas, ramificadas a partir dos brônquios – os principais tubos de respiração dos pulmões. - Bronquiolite pode, eventualmente, também ser causada por infecção bacteriana, mas é raro. A infecção viral faz com que os bronquíolos inchem e fiquem inflamados. O muco fica acumulado nos bronquíolos, o que dificulta o fluxo do ar para dentro e para fora dos pulmões. ETIOLOGIA Existem várias causas para a bronquiolite. Dentre elas, estão: Danos pela inalação de poeiras, fogo, gases tóxicos, cocaína, Thaiane Barros – MEDICINA P3 - @thaianebarros__ 1 7 tabagismo, reações induzidas por medicações e infecções respiratórias que normalmente, afeta crianças de até dois anos de idade, sendo que a maioria dos casos ocorre entre 3 e 6 meses de idade; vírus sincicial respiratório (VSR) é o principal microrganismo envolvido nesta doença. Dentre outros vírus que podem causar bronquiolite estão o parainfluenza, o influenza e o adenovírus. TRANSMISSÃO: A bronquiolite é uma doença contagiosa. Uma criança contrai o vírus causador da mesma forma que contrairia o vírus do resfriado e da gripe no ar, geralmente após uma pessoa doente tossir, espirrar ou falar. Também é possível contrair bronquiolite por meio de objetos compartilhados, tais como utensílios de cozinha, toalhas ou brinquedos. QUADRO CLÍNICO : Cianose; dispneia, sibilos (chiados/ roncos), tosse, fadiga, febre, retrações intercostais (em que os músculos ao redor das costelas afundam à medida em que a criança tenta respirar, em função da estrutura da caixa torácica ser pouco rígida). PNEUMONIA: Inflamação do parênquima pulmonar, causada por agentes infecciosos. Pode ser classificada em: 1) Pneumonia adquirida na comunidade (PAC) – dignosticada até as primeiras 48 horas de hospitalização; 2) Pneumonia adquirida no hospital (PAH) – diagnosticada 48 horas após 48 h da admissão e sem evidência de infecção no momento da internação (corticosteróides, quimioterapia, depressão nutricional, antimicrobianos e ventilação mecânica prolongada); 3) Pneumonia por aspiração – conteúdo gástrico, conteúdo químico exógeno ou gases irritantes. Thaiane Barros – MEDICINA P3 - @thaianebarros__ 1 8 3 Apontar as causas de contágio das IVAS e IVAI na infância: Muitas vezes, as infecções virais das vias aéreas se propagam quando as mãos das crianças entram em contato com secreções nasais de uma pessoa infectada. Essas secreções contêm vírus. Quando a criança toca no nariz ou nos olhos, os vírus entram e causam nova infecção. Com menor frequência, a proliferação das infecções ocorre quando a criança respira ar contendo gotículas expelidas pela tosse ou pelo espirro de uma pessoa infectada. Por várias razões, as secreções nasais ou respiratórias de crianças com infecções virais das vias aéreas contêm mais vírus que as de adultos infectados. Esse aumento na produção de vírus, juntamente com uma típica menor atenção à higiene, faz com que as crianças sejam mais propensas a transmitir a infecção a terceiros. A possibilidade de transmissão aumenta ainda mais quando muitas crianças estão reunidas, como em creches e escolas. Ao contrário do que se poderia pensar, outros fatores, tais como ficar exposto ao frio, se molhar ou se cansar não causam resfriados nem aumentam a suscetibilidade à infecção 4 Relacionar as medidas preventivas: Thaiane Barros – MEDICINA P3 - @thaianebarros__ 1 9