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NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 1 QUESTÕES PED M3 – BRONQUIOLITE: 1. Lactente, oito meses de idade, chega ao pronto atendimento com história de tosse, espirros, obstrução nasal e coriza há três dias. Há um dia houve piora do quadro, com presença de cansaço e baixa aceitação alimentos. Apresenta regular estado geral, com frequência respiratória de 54 rpm, tiragem moderada, sibilos esparsos e tempo expiratório prolongado. Oximentria: 89%. A mãe relata que a criança não apresentou quadro semelhante antes, acompanha no posto, aleitamento misto e papinhas, com a vacinação em dia. Rx de tórax mostrado a seguir. Qual a sua principal hipótese diagnóstica? A) Pneumonia bacteriana pós infecção viral. B) Asma induzida por vírus. C) Bronquiolite viral. D) Pneumonia aspirativa 2. Considerando o diagnóstico de bronquiolite, das alternativas abaixa a única que você não considera como critério de internação é: A) Frequência respiratória em repouso maior do que 60 por minuto B) Febre C) Lactente menor do que 2 meses de idade D) Saturação menor do que 90% em oxímetro de pulso. 3. A bronquiolite viral aguda é uma doença de elevada morbidade em todo o mundo, principalmente nos meses de inverno, e constitui a infecção respiratória aguda mais comum em lactentes com idade inferior a dois anos, com incidência maior naqueles com idade inferior a seis meses. Sobre a bronquiolite viral aguda marque a opção INCORRETA: A) A cianose indica hipóxia e caracteriza gravidade, que pode vir associada a episódios de apneia, principalmente em prematuros. B) Resultante da obstrução inflamatória das pequenas vias aéreas, apresenta gravidade variável e manifesta-se mais frequentemente por meio de formas leves, que podem evoluir para apresentações graves. C) O aumento da frequência respiratória é sinal importante nas infecções do trato respiratório inferior, pois traduz a resposta do organismo ao acometimento pulmonar pelo agente infeccioso. D) Os principais achados radiológicos da bronquiolite viral aguda são, hiperinsuflação torácica focal, hipotransparência, retificação do diafragma e broncograma aéreo com infiltrado de padrão intersticial. 4. Na bronquiolite é correto afirmar: A) A bronquiolite ocorre principalmente em crianças após o primeiro ano de vida e o vírus sincicial respiratório (VSR é o principal agente etiológico. B) As infecções pelo vírus sincicial respiratório (VSR não conferem imunidade completa, sendo comuns reinfecções durante a vida. NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 2 C) A bronquiolite pode ser recorrente e se apresentar sob a forma de crises de sibilância nos primeiros dois anos de vida. A presença de febre significa infecção bacteriana secundária. D) Na bronquiolite os principais achados na radiografia de tórax são a presença de atelectasia com condensação pulmonar. 5. Bronquiolite Viral Aguda (BVA) é uma enfermidade frequente no primeiro ano de vida. Embora a maioria dos lactentes tenha evolução favorável, alguns podem evoluir com complicações. Das alternativas abaixo qual contém as complicações mais frequentes da BVA em lactentes. A) Insuficiência respiratória aguda grave; Sibilancia Recorrente no período de Lactente e Bronquiolite Obliterante. B) Asma, Sibilancia Recorrente no Lactente e DPOC no adulto C) Tosse crônica no período de lactente, Asma e Bronquiolite Obliterante D) Sibilancia Recorrente no período de Lactente, Asma e Apneia do sono 6. Paciente, 6 meses de idade, previamente hígido vem ao atendimento com coriza nasal hialina há 5 dias; febre diária (2 picos que cedem com antitérmico) há 4 dias, e há 3 dias com chiado no peito e tosse seca. Houve diminuição do apetite neste período. Nota-se regular estado geral, taquidispneico, acianótico, anictérico e tórax com retração intercostal e subdiafragmática. A ausculta pulmonar evidencia murmúrio vesicular presentes, porém, diminuídos difusamente em bases posterior com aumento do tempo expiratório e sibilos esparsos. FR = 60 irpm e FC = 150 bpm. O diagnóstico e os agentes etiológicos comuns desta doença são: A) Pneumonia bacteriana; Streptococcus pneumoniae e Staphylococcus aureus. B) Pneumonia viral; parainfluenza vírus e H1N1. C) Bronquiolite aguda; vírus sincicial respiratório e metapneumovírus. D) Bronquite infecciosa; influenza e adenovírus. 7. A bronquiolite é uma doença respiratória aguda de crianças que incide principalmente durante o inverno e a primavera. Na definição do tratamento, é importante afirmar que: A) a teofilina é a droga de primeira escolha no tratamento B) as medidas de suporte resolvem a maioria dos casos C) o corticoide está indicado nos casos de quadros recorrentes D) os antibióticos de amplo espectro estão indicados em lactentes jovens E) o uso de broncodilatadores venosos diminui o tempo de evolução da doença 8. No tratamento da bronquiolite, pode-se afirmar que a nebulização com adrenalina: A) É ineficaz. B) É mais eficaz que as drogas agonistas ß-2. C) Agrava a taquicardia, sendo contraindicada. D) Reduz as taxas de hospitalização. E) Diminui o tempo de permanência hospitalar. 9. Entre os agentes abaixo, qual representa uma importante causa primária de bronquiolite aguda, podendo ocorrer também como coinfecção com Vírus Sincicial Respiratório? A) Adenovírus. B) Parainfluenza. C) Metapneumovírus humano. D) Mycoplasma. NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 3 10. A bronquiolite obliterante: A) geralmente é pós-infecciosa e, embora qualquer agente infeccioso possa causá-la, os vírus são mais frequentes, especialmente o adenovírus; B) a frequência é maior no sexo feminino; C) o exame clínico e a tomografia de tórax não ajudam no diagnóstico; D) o VSR é o agente mais frequente. GABARITO: 1. C Bronquiolite viral aguda é uma infecção respiratória aguda, de etiologia viral, que compromete as vias aéreas de pequeno calibre (bronquíolos), através de um processo inflamatório agudo, levando a um quadro respiratório do tipo obstrutivo com graus variáveis de intensidade. A doença ocorre mais freqüentemente em crianças de até um ano de idade1-5, sendo as apresentações mais graves nos primeiros seis meses de vida e especialmente em prematuros. Constitui-se na infecção do trato respiratório inferior mais freqüente nessa faixa etária. Alternativa A: INCORRETA. Paciente sem clínica e imagem radiológica de pneumonia bacteriana (taquipneia, queda do estado geral, febre, imagem de consolidação a radiografia de tórax) Alternativa B: INCORRETA. A definição de asma não cabe para esse paciente, uma vez que ele apresenta 8 meses de idade, além disso, o quadro é infeccioso. Alternativa C: CORRETA. Paciente com 8 meses de vida, apresentando sintomas de vias aéreas superiores. Há 3 dias, apresentou piora do quadro com alteração de ausculta, aumento do tempo expiratório, taquipneia, hipoxemia e presença de esforço. Primeiro episódio de sibilância em paciente menor de 2 anos, com radiografia evidenciando sinais de hiperinsuflação (retificação de arcos costais). Quadro típico de bronquiolite aguda. Alternativa D: INCORRETA. Paciente sem motivos para apresentar pneumonia aspirativa. O quadro de sintomas respiratórios prévios fala muito a favor de bronquiolite. Resposta correta, letra C. 2. B 3. D 4. B A bronquiolite é uma doença infecciosa, de etiologia predominantemente viral, mais incidente em lactentes menores de 24 meses (principalmente os menores de seis meses), que resulta na obstrução inflamatória das pequenas vias aéreas inferiores (bronquíolos). Aos dois anos, quase todas as crianças já foram infectadas. A doença é mais grave entre o primeiro e terceiro mês de vida. É a causa mais frequente de hospitalizações em lactentes. Alternativa A: incorreta. Ocorre principalmente em menores de 2 anos, com destaque para menores de 6 messes. O Vírus Sincicial Respiratório (VSR) é responsável por mais de 50% dos casos,sendo o mais comum. Alternativa B: correta. As infecções pelo vírus sincicial respiratório (VSR) não conferem imunidade completa, sendo comuns reinfecções durante a vida, e quadros de sibilância recorrentes. Alternativa C: incorreta. A infecção pelo VSR é a principal causa de sibilância durante os três primeiros anos de vida, sendo asma um diagnóstico diferencial de bronquiolite. Porém a presença de febre não indica infecção bacterina concomitante pois, crianças com bronquiolite podem apresentar temperatura normal ou bastante elevada (38,5º-39ºC). Alternativa D: incorreta. Na radiografia de tórax podem ser evidenciados sinais NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 4 hiperinsuflação, como: aumento do diâmetro anteroposterior do tórax, retificação dos arcos costais e do diafragma e aumento da transparência pulmonar. Além disso, achados como infiltrados reticulonodulares e áreas de atelectasia são também bastante comuns 5. A As principais seqüelas que podem ocorrer após a bronquiolite são: a hiperreatividade brônquica pós-infecção viral e a bronquiolite obliterante. A hiperreatividade brônquica corresponde clinicamente à recorrência de crises de chiado no peito (sibilância) após o episódio de bronquiolite. Os fatores de risco associados ao seu desenvolvimento são: história familiar de alergia e asma, episódio agudo prolongado de bronquiolite e exposição a poluentes e ao fumo no domicílio. A bronquiolite obliterante é uma complicação rara, sendo considerada uma forma crônica de bronquiolite. As crianças que desenvolvem este processo permanecem com sintomas respiratórios e sinais de obstrução persistente das vias aéreas inferiores caracterizados por chiado contínuo, aumento de secreção pulmonar e queda na taxa de oxigenação do sangue. Este diagnóstico deve ser considerado em crianças que, após 4 semanas do surto agudo de bronquiolite, perpetuem com sintomas respiratórios. Os casos mais graves desenvolvem, ao longo do tempo, doença pulmonar obstrutiva crônica e complicações cardíacas. O tratamento da bronquiolite obliterante consiste na administração de corticosteróides. Alternativa A: CORRETA. Todas as complicações descritas são possíveis nos quadros de bronquiolite viral aguda. Alternativa B: INCORRETA. Não aumenta o risco de asma, mas sim a hiperreatividade brônquica, ou seja, recorrência de crises de sibilância. Alternativa C: INCORRETA. Não aumenta o risco de asma, mas sim a hiperreatividade brônquica, ou seja, recorrência de crises de sibilância. Alternativa D: INCORRETA. Não aumenta o risco de asma, mas sim a hiperreatividade brônquica, ou seja, recorrência de crises de sibilância. 6. C 7. B 8. B 9. C 10. A