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É importante ressaltar que a área medida refere-se a instalação de todo o sistema, desde o tratamento preliminar até o processo de tratamento secun...

É importante ressaltar que a área medida refere-se a instalação de todo o sistema, desde o tratamento preliminar até o processo de tratamento secundário. Embora estas medidas ofereçam um ótimo parâmetro para comparação, se implantadas, ainda podem ser alteradas. Um dos principais critérios de avaliação de um sistema de tratamento de esgoto é a sua eficiência na remoção da DBO, ou seja, sua eficiência em retirar os poluentes que poderiam prejudicar a qualidade do rio. Segundo a resolução do CONAMA 430 (2011, p. 5), todos os sistemas de tratamento de esgoto devem possuir uma eficiência na remoção de DBO mínima de 60%, salvo em casos em que haja estudos de autodepuração do corpo hídrico comprovando o atendimento às metas do enquadramento do corpo receptor. Portanto, todos os sistemas aqui descritos atendem a este critério. Segundo a análise realizada a menor requisito de área encontrado foi para o RAFA, entretanto, sua eficiência, se comparado com a dos outros sistemas não foi tão alta. Apesar de terem apresentado uma porcentagem na remoção de DBO, acima da estabelecida por norma, o sistema de tratamento por meio de lagoas (facultativa, sistema australiano e lagoa aerada), demandam muita área superficial para sua implantação. Por fim, tem-se o sistema de lodos ativado, que segundo os cálculos realizados, apesar de não apresentar a menor área de implantação encontrada, este sistema proporciona uma maior eficiência (97,2 %). Além disso, sua implantação requer apenas 10% de área a ser utilizada no menor sistema proposto. Entretanto, segundo Von Sperling (2005, p. 301), sua complexidade operacional, o nível de mecanização e o consumo energético são mais elevados, portanto devem ser levados em conta. Considerando-se apenas os requisitos de área para implantação e a eficiência na remoção da DBO, o processo de tratamento mais indicado, segundo a análise realizada, é o processo com lodos ativados. Entretanto, como a sua eficiência supera em 37,2 % ao estabelecido pela Resolução 430 (2011, p. 5), talvez seja desnecessário uma remoção tão grande frente aos gastos com a sua implantação, operação, e o consumo energético são mais elevados, por isso devem ser levados em conta. Outra solução possível seria a adoção do sistema de tratamento por reator anaeróbio de fluxo ascendente e manta de lodo (RAFA), que além de consumir a menor área, dentre os outros sistemas analisados, atende as exigências ambientais quanto à remoção da DBO e possui custos operacionais e de implantação menor que o de lodo ativado. Para a seleção definitiva do sistema ideal a ser adotado, são necessários outros estudos futuros, como por exemplo, estudos relacionados aos custos gerais (de construção e operação), a geração de resíduos sólidos, a autodepuração do corpo receptor, ao biogás gerado e ao impacto ambiental gerado por cada alternativa mencionada. Garantindo assim que a escolha seja melhor embasada.

Essa pergunta também está no material:

DimensionamentoComparaçãoSistemas
156 pág.

Pediatria I Universidade Federal do Rio de JaneiroUniversidade Federal do Rio de Janeiro

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