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FARMACODINÂMICA

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1 WEDSON SILVEIRA - MEDICINA 
FARMACODINÂMICA 
Penildon Silva → “as drogas não criam funções no 
órgão ou sistema sobre o qual atuam. As drogas 
modificam as funções pré-existentes”. 
Paul Ehrlich → “Uma sustância não irá funcionar, a 
não ser que esteja ligada” 
Estudo das interações moleculares (mecanismos) 
entre fármacos e constituintes do nosso corpo 
(ação), quais (interações) por uma serie de eventos, 
resultam numa resposta farmacológica. 
 
A partir de um mecanismo de ação ele pode gerar além 
do benefício o efeito adverso. 
• Ocupa-se do estudo dos efeitos biológicos e 
fisiológicos dos fármacos e seus mecanismos 
de ação 
• Fornece as bases para o uso terapêutico 
racional dos fármacos 
• Auxiliar o desenvolvimento de agentes mais 
novos e eficazes 
 
Princípio de ação dos fármacos 
Estimulação: ele vai aumentar a atividade de um 
sistema / metabolismo. ANFETAMINAS 
Depressão: ele vai diminuir a atividade de um sistema / 
metabolismo. HALOPERIDOL 
Irritação: vai causar uma irritação no metabolismo. 
ANTITUSSIGENOS 
Reposição: vai repor uma dada substância que está em 
deficiência no corpo. INSULINA 
Citotóxica: provocar uma toxidade para uma dada 
célula seja ela um patógeno ou não. CISPLATINA- 
alguns medicamentos usados como quimioterápicos 
Ação x Efeitos 
Medicamentos de ação inespecífica: é aquele que não 
se liga a um receptor. Pode ter dois mecanismos de 
ação, física e química. Ex: Laxantes e antiácidos 
Medicamentos de ação especifica: é aquele que se liga 
a um receptor, macromolecular. 
Interação fármaco-receptor 
Afinidade: é a capacidade de ligação (força de 
interação) do fármaco ao alvo. 
• Se um fármaco se liga a um receptor é porque 
ele tem afinidade a um receptor 
• Uma vez ligado ele pode induzir uma 
atividade ou não. Pode bloquear e impedir que 
a substancia endógena não se ligue mais. 
Atividade intrínseca- capacidade do fármaco em 
produzir um efeito farmacológico após o acoplamento 
(eficácia). 
• Se o fármaco se ligou ao receptor é porque 
existe afinidade por receptores adrenérgicos 
• Uma vez ligado e induziu a atividade é porque 
ele vai ser um agonista . agonista inverso- 
diminuir a atividade 
• Ele tem eficácia no receptor, se ele se ligou e 
não induziu uma atividade é porque ele é um 
antagonista (mas possui um efeito terapêutico) 
Especificidade química- o receptor aceita estruturas 
muito similares as substancias endógenas. Alterando 
livremente a estrutura química os efeitos param 
Especificidade biológica – capacidade que uma 
substancia tem para atuar sobre um determinado tecido 
e não sobre o outro 
Seletividade- relacionado ao subtipo (α1,2 e β1,2,3) 
Reversibilidade- ocorre porque ocorrem forças de 
ligação fracas (iônicas). 
PROPANOLOL NÃO É SELETIVO- VAI 
BLOQUEAR BETA 2 
 
 
 
 
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RECEPTOR 
Proteína-alvo macromolecular com a qual um fármaco 
agonista endógena ou exógena interage para iniciar 
uma resposta celular, estando este conectado a 
elementos da resposta celular como enzimas, segundo 
mensageiros ou canais iônicos. 
 
Que vai ativar ou não uma resposta celular (evento 
bioquímico). Modelo chave fechadura. 
Função dos receptores 
• Reconhecem seus ligantes dentre outras 
substancias presentes no organismo- 
necessário para produção do efeito. 
• Acoplam-se a seus ligantes com alta afinidade- 
maior a dose, maior o risco dele se ligar a 
outros receptores, pois perde a seletividade. 
• Determinam as relações entre dose / efeito 
farmacológico- quanto maior a afinidade e 
maior o numero de receptores, maior a dose 
necessário; 
• São responsáveis pela seletividade das ações 
das drogas 
• Determinam as ações dos agonistas ou 
antagonistas- o fármaco pode estimular ou 
bloquear o receptor ao qual se ligou 
 
 A ligação irreversível é a ligação covalente 
Classificação dos receptores 
Critérios topográficos 
• Superficiais 
• Intracelulares 
Agonistas endógenos 
• Muscarínicos 
• Nicotínicos 
• Adrenérgicos 
Neurotransmissor 
• Gabaergicos 
• Noradrenergicos 
• Colinérgicos 
Transdução 
• Ionotorpico 
• Metabotrópicos 
• Ligados ao DNA 
• Tirosina quinase 
Localização dos receptores 
➢ Receptores intracelular 
➢ Receptores superficiais (transmembranares)- 
precisa ser lipossolúvel, porque ele precisa 
transpor a barreira para entrar dentro da célula- 
sitio de ligação interno e externo – que vai ser 
o segundo mensageiro. É de ativação indireta. 
 
Tipos de receptores 
 
Receptores ligados a canais iônicos. 
-É um poro aquoso, que fica inserido na membrana da 
célula, que haverá o fluxo de íons. O medicamento 
pode apresentar dois efeitos: 
• Bloqueio do canal- será ação antagonista 
• Modular a ação desse canal- alterar a para 
mais ou para menos. Quando ele altera para 
menos teremos um agonista inverso 
(modulação negativa). Quando altera para 
mais pode ser agonista total (atividade máxima 
do receptor, do endógeno para cima) ou parcial 
(só pode dizer após fazer uma comparação, 
entre o endógeno e o total). 
 
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Receptores acoplados a proteína G 
-Receptor metabotrópico ou muscarínico, é um 
receptor transmembrana que atravessa a membrana 7 
vezes. É constituído por 7 α-helicoidais, e possui dois 
sítios de ligação (interno e externo). 
O externo vai esta do lado de fora, então que o 
medicamento ou substancia endógena vai se ligar a ele. 
O interno esse receptor vai está acoplado uma 
proteína G. alfa vai se desligar e então vai ativar a 
proteína G, e vai encerrar quando a partícula beta e 
gama voltar a se ligar novamente a partícula alfa. 
 
Gi e Go são inibitórios. 
 
 
Receptores associados a enzimas 
 -Esses receptores são transmembranares que possui 
dois sítios ativos (interno e externo) a parte interna 
será diretamente uma enzima, sem precisar de um 
segundo mensageiro (autofosoforisador) 
Ex: insulina 
Tirosina quinase 
• Estão envolvidos no crescimento, na 
diferenciação e nas respostas à estímulos 
metabólicos. 
• Incluem receptores à insulina, fatores de 
crescimento epidermal e fator de crescimento 
derivado das plaquetas. 
 
 
Receptores “ligados” ao DNA 
-São aqueles que terão ação ao núcleo da célula. Vão 
transpor a membrana se ligar a um transportador no 
citoplasma e a partir disso vai migrar para o núcleo da 
celular. 
• Esteroides sexuais, os mineralocorticoides, os 
glicocorticoides e os hormônios tireoidianos 
• O receptor ativado sofre alteração na sua 
conformação, resultando em significativo 
aumento da ligação e sequencias especificas 
do DNA. 
• A ligação inicia o processo de transcrição 
resultando em produção aumentada de 
proteínas especificas. 
• Exige a síntese de proteínas por isso o efeito é 
mais demorado. 
 
AINEs vão bloquear COX 
Quanto mais seletivo menos efeitos adversos. 
Potência e eficácia 
Podem comparar os efeitos de fármacos diferentes 
Eficácia- Resposta máxima gerada. chegar na função / 
atividade. Atingiu a resposta esperada. 
Potência- É a dose ou concentração necessária para 
atingir um efeito. vai ser levado em consideração a 
dose para atingir a eficácia. 
Resposta gerada por 
 
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Agonista 
• Substancia endógena (hormônio, 
neurotransmissor) ou exógena (fármaco) que 
age num receptor provocando uma resposta. 
• A potência do efeito agonista depende da: 
-Afinidade (ligação/ interação) 
-Atividade intrínseca (eficacia) 
-Expressão dos receptores 
 
Inverso 
• Exerce ação oposta a do agonista 
• DMCM e Sarmazenil- ocupam receptores 
benzodiazepínicos, reduzindo a eficacia do 
Gaba, causando ansiedade e convulsão 
 
Antagonista 
• Tem afinidade, mas não tem atividade 
intrínseca 
• Atividade molecular intrínseca = 0 
• Funciona como a fechadura (receptor) e a 
chave (molécula antagonista) 
• “Chave encaixa na fechadurae não consegue 
abrir a porta” 
 
 
Antagonismo competitivo 
• Droga que compete com o agonista pelo 
mesmo sitio de ligação no receptor 
• Anulam o efeito do agonista a menos que a 
concentração do mesmo seja aumentada 
 
 
Antagonista não competitivo 
• Bloqueiam em algum ponto a corrente de 
eventos que leva à produção de uma resposta 
pelo agonista 
• Ex: diltiazem e nifedipino (bloqueadores dos 
canais de cálcio) – evitam o influxo celular de 
Ca+2 
 
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Antagonista químico 
• Duas substancias combinam-se em solução, de 
modo que o efeito da droga ativa é perdido. O 
antagonista se combina com o agonista 
formando complexo inativo 
Antagonista farmacocinético 
• O antagonismo reduz a concentração da droga 
ativa n sitio de ação. Acontece de várias 
maneiras 
• Ex: indução enzimática (varfarina x 
fenobarbital)

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