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FARMACOLOGIA MEDUFRJ Camilla Lavadores – Turma XX FARMACODINÂMICA Professora Paula do Carmo – 08 de julho de 2021 É o estudo dos efeitos bioquímicos e fisiológicos de fármacos e seus mecanismos de ação. Ela irá delinear as interações entre o fármaco e a célula alvo e caracterizar a abrangência das ações de cada fármaco. AÇÃO DOS FÁRMACOS Assim, normalmente o fármaco tem um alvo farmacológico e irá promover mudanças bioquímicas e fisiológicas. A maioria das ações dos fármacos é mediada por receptores, ainda que alguns fármacos não tenham ações mediadas dessa maneira como antiácidos e o manitol (utilizado para aumentar a osmolaridade de vários líquidos corporais e assim irá promover o aumento da diurese e diminuindo situações de edema, por exemplo) AÇÕES MEDIADAS POR RECEPTORES FARMACOLÓGICOS Esses receptores podem ser de diferentes formas: - Metabotrópicos - Canais iônicos: como de sódio e potássio - Enzimas - Moléculas transportadoras - Nucleares: alteram a transcrição genica O fármaco apresenta então seletividade pelo receptor ou por uma família de receptores. TIPOS DE LIGAÇÃO DE FÁRMACOS A RECEPTORES Podem ser iônicas, hidrofóbicas, ligações de hidrogênio, covalentes ou ligações de Van der Waals. Dependendo do tipo ligação ela pode ser reversível (maioria) ou irreversível, onde alguns livros chamam de pseudo-irreversível, pois ainda assim demoraria muitas horas ou dias para que a ligação seja desfeita. A irreversível geralmente é quando é do tipo covalente - já que é muito forte. Precisamos classificar ainda os fármacos como agonistas ou antagonistas. A afinidade é a capacidade de ligação com o receptor. Tanto os agonistas quanto antagonistas possuem afinidiade pelo receptor, a diferença essta na eficácia onde o agonista é capaz de ativar o receptor desencadeando uma resposta farmacológica. Já o antagonista não gera uma eficácia, ele age ocupando o alvo e impedindo a ligação do agonista endógeno. Os agonistas podem agir diretamente nos receptores ou a partir da ativação de mecanismos de transdução. CLASSIFICAÇÃO DOS RECEPTORES CANAIS IÔNICOS = RECEPTORES IONOTRÓPICOS Dentro dessa classe, pode ter fármacos que vão bloquear a entrada ou saída de um íon que ocorre fisiologicamente ou modular esse canal. DEPENDENTES DE LIGANTE Exemplo: Receptor nicotínico É composto por 5 subunidades, sendo dependente de ligante – necessita que as moléculas de acetilcolina se liguem nas subunidades alfa e ocasione a abertura desse canal. Com isso ocorre um influxo de sódio para a célula. Outros exemplos desse mecanismo são os receptores GABAa, glicina e aspartato. DEPENDENTES DE VOLTAGEM A abertura ou fechamento do canal depende da mudança na voltagem da célula, seja por polarização, despolarização ou hiperpolarização. FARMACOLOGIA EAD Camilla Lavadores – Turma XX Exemplos de receptores ionotrópicos: 1. Bloqueadores de canais de sódio: anestésicos locais (bloqueiam neurônios de nocicepção), anticonvulsivantes 2. Bloqueadores dos canais de cálcio: verapamil e diltiazém (antiarrítmicos, vasodilatadores) 3. Canais de K+ (bloqueiam o canal como sulfonilureias – aumentam a liberação de insulina; abrem o canal: Minoxidil – anti-hipertensivo). RECEPTORES COMO ENZIMAS Os fármacos podem inibir a produção de enzimas. Por exemplo, os inibidores da conversão da ECA (enzima convertora de angiotensina) = tratamento para hipertensão arterial, como captopril. Outra possibilidade é a geração de falsos substratos e consequentemente esse metabólito gerado é diferente do original (metabolito anômalo). Por exemplo, a dopa- descarboxilase que converte dopa em dopamina. Ao administrar o fármaco metildopa sobre essa enzima, há a produção de metil dopamina ao invés de dopamina. Existe também a ação enzimática sobre os fármacos para que as enzimas os tornem ativos, a partir da conversão de um pró-fármaco. Exemplos de receptores como enzimas: - AINES que bloqueiam a enzima COX (produtora de mediadores lipídios como prostaglandinas e prostaciclinas = ações inflamatórias) - Anticolinesterásicos que bloqueiam a acetilcolinesterase (aumento de concentração de acetilcolina no organismo) - Varfarina que bloqueia a enzima vitamina K redutase [dá origem à vitamina K hidroquinona] (fármaco anticoagulante) RECEPTORES PROTEÍNA CINASES Sem domínio enzimático intracelular. Liga-se a proteínas cinases citossólicas ativando-as (ou outras proteínas efetoras) Exemplo: receptor da tirosina cinase (receptor da insulina endógena e sintética – diabetes). Ligação da insulina com o receptor →fosforilação da subunidade beta intracelular → produção de mediadores → cascata de fosforilação que vai ativar outras enzimas. RECEPTORES PROTEÍNA TIROSINA FOSFATASES Ligantes desconhecidos. RECEPTORES COM ATIVIDADE GUANILIL CICLASE Para peptídeo natriurético atrial e guanilina. Desencadeiam a síntese de GMPc. RECEPTORES DO TIPO TRANSPORTADORES IÔNICOS DIURÉTICOS DE ALÇA Os diuréticos de alça bloqueiam o NKCC2 (receptor presente no ramo ascendente espesso do néfron responsável por reabsorver íons sódio, potássio e cloreto para o sangue = consequentemente reabsorção de água). Assim, teremos uma urina com maior concentração desses íons e consequentemente mais água, deixando a urina mais diluída e diminuindo a volemia. FARMACOLOGIA EAD Camilla Lavadores – Turma XX DIURÉTICOS TIAZÍDICOS No túbulo contorcido distal há um transportador de simporte sódio cloro onde os diuréticos tiazídicos bloqueia esse simporte, gerando uma urina mais concentrada de sódio e cloro e consequentemente de água = urina mais diluída. RECEPTORES NUCLEARES Alteram a transcrição genica através da ligação com os fármacos, ampliando ou inibindo-a. Exemplo: receptor de hormônio esteroide que é o mesmo de fármacos glicocorticoides • A classe híbrida pode estar tanto no citoplasma quanto no núcleo. RECEPTORES METABOTRÓPIC OS É o principal grupo de receptores para ação dos fármacos. São os que tem seu funcionamento geral acoplado à proteína G. A proteína G é compota por 3 subunidades alfa beta e gama ligada a GDP. Após a ligação do agonista GDP → GTP ocorre a separação das subunidades (a alfa se solta). A partir daí as subunidades vão exercer suas ações São 3 tipos de receptores acoplados à proteína G: Gs, Gi e Gq. RECEPTOR ACOPLADO À GS Agonistas = adrenalina e noradrenalina. Quando ocorre toda essa cascata, favorece a contração muscular do coração. Isso ocasiona no aumento da FC, da força de contração e a diminuição da velocidade de condução do impulso para contração. No caso de utilizar um antagonista de beta1, observa-se uma diminuição da frequência cardíaca, da força de contração e diminuição ad velocidade de condução do impulso para contração. Ocorre então uma amplificação do sinal a medida que um único agonista se liga a um receptor porque tem-se muita produção de AMPc que desempenha várias outras funções, dependendo da localização desses receptores. RECEPTORES ACOPLADOS A PROTEINA GI Gi = i de inibitório Ligação do agonista com o receptor muscarínico tipo II → inibição da enzima adenilciclase → diminuição dos níveis de AMPc → sem liberação e entrada de cálcio na célula. FARMACOLOGIA EAD Camilla Lavadores – Turma XX Além disso, haverá uma abertura de canais de K+ e a saída desse íon => despolarização da célula. Assim, observa-se uma redução da FC, da força de contração cardíaca e redução da velocidade de condução do impulso. Caso use um receptor agonista de M2 = mesmos efeitos Caso use um receptor antagonista de M2 = aumento da FC, da força de contração cardíaca e aumento da velocidade de condução do impulso. RECEPTORES ACOPLADOS A PROTEINA GQ Quando o agonista se liga, ativa a fosfolipase C que dá origem AO DAG E AO IP3.O DAG vai estimular a proteína cinase c e o IP3 se liga ao reticulo e promove a abertura e saída do cálcio dessa organela. O alfa 1 nesse caso está localizado nos vasos sanguíneos => Vasoconstrição Agonista desse receptor alfa 1 = vasoconstrição Antagonista desse receptor, como a Prazosina = vasodilatação Dessa forma, há uma amplificação do sinal dos receptores acoplados à proteína G. Por isso, O FÁRMACO não precisa se ligar a todos os receptores para fazer o efeito. Além disso, existem fármacos que fazem interferências na liberação ou captação de agonistas endógenos como: 1 -Toxina botulínica: inibe a secreção neuronal de acetilcolina 1- Cocaína: não é um fármaco, mas deu origem a alguns a fármacos e inibe a recaptação neuronal de noradrenalina e dopamina 2- Sertralina: inibe a recaptação neuronal de serotonina SISTEMA RECEPTOR-EFETOR Se o receptor for um canal iônico os efeitos serão observados em milissegundos. Se o receptor for acoplado à proteína G já irá demorar um pouco mais devido a necessidade de realizar a cascata de sinalização. Já se forem receptores ligados a quinase ou nucleares, haverá uma maior demora pois precisa-se alterar toda a síntese proteica daquela célula. O fármaco vai se ligar ao receptor através da sua afinidade química com ele (complexo chave-fechadura). Essa ligação normalmente é reversível. As reações que acontecem seguem a lei de ação das massas. INTERAÇÕES FARMACOLÓGICAS E QUANTIFICAÇÃO DOS EFEITOS FARMACOLÓGICOS A forma mais usualmente utilizada para representar o efeito farmacológico em relação às concentrações é na escala semilogaritímica. O primeiro ponto importante é o ponto máximo = eficácia FARMACOLOGIA EAD Camilla Lavadores – Turma XX O segundo ponto importante é o que representa a concentração necessária para induzir 50% do efeito farmacológico = concentração eficaz média (EC50) A partir desses pontos, podemos determinar a potência desse fármaco. No exemplo a seguir, mediu-se as alterações da FC por minuto ao longo da escala de dose e o percentual de receptores ligados ao fármaco no gráfico C, onde a dose foi igual para atingir metade da resposta farmacológica e para se ligar a metade dos receptores. No entanto, na maioria dos casos, nem todos os receptores precisam estar ocupados para induzir a resposta máxima. Dessa forma, a constante de dissociação Kd tem um valor muito superior ao EC50. Por isso, é mais seguro medir a potencia do fármaco pelo EC50. ➔ Potência: medida pelo EC50 ➔ Eficácia: medida pelo efeito máximo da curva dose x resposta COMPARANDO DOIS FÁRMACOS Os fármacos X e Y apresentam a mesma eficácia, ou seja, ambos atingem o efeito máximo de 100%. No entanto, eles possuem potências diferentes. Observamos que o X possui um EC50 muito menor que o Y, o que indica que a quantidade dele necessária para atingir metade do efeito máximo é MENOR do que a necessária pelo Y. Isso demonstra que o fármaco X possui uma maior potência. No exemplo B, os dois fármacos possuem eficácias diferentes, onde o X é mais eficaz que o Y. Os receptores se encontram em diferentes situações. AGONISTA PLENO OU TOTAL = afinidade do fármaco muito maior pelos receptores ativos do que pelos inativos, sendo ele capaz de alcançar a resposta farmacológica máxima independente se ele ocupou ou não todos os receptores (MAIORIA DOS FÁRMACOS) FARMACOLOGIA EAD Camilla Lavadores – Turma XX AGONISTA PARCIAL = afinidade maior pelos receptores ativos do que pelos inativos, porém a ligação não é tão intensa como pelo agonista pleno então algumas moléculas acabam se ligando aos receptores inativos = mesmo com o aumento das doses, não se observa o aumento da resposta até chegar ao máximo. AGONISTA INVERSO = resposta contrária à dos agonistas pleno e parcial porque esse fármaco tem uma afinidade maior pelos receptores inativos que pelos ativos Exemplo: a morfina é o fármaco de receptor agonista total mais potente de sua classe. No entanto, por apresentar alguns efeitos adversos, muitas vezes tende-se a optar a administração de buprenorfina que possui um receptor agonista parcial e por isso não apresenta uma resposta farmacológica tão intensa. Existe ainda uma outra classificação que é o agonista alostérico. A primeira diferença pros outros é que ele se liga a um sitio diferente do neurotransmissor endógeno. O ligante endógeno é o neurotransmissor GABA (sitio receptor). Os fármacos benzodiazepínicos se ligam nesse receptor GABAa mas em outro sítio – o sítio modulador. Consequentemente, esse fármaco não é capaz isoladamente de abrir o canal iônico de cloro e exercer sua ação farmacológica. Na verdade ele terá a capacidade de aumentar a afinidade do GABA pelo seu receptor e consequentemente abrir o canal iônico. Assim, eles têm a capacidade de aumentar a frequência de abertura do canal de cloreto mas depende do GABA para que isso ocorra. INTERAÇÕES FARMACOLÓGICAS ANTAGONISMO Conceito: ligante que reduz ou abole o efeito de um agonista, seja ele fármaco ou endógeno. Classificação: - Antagonismo competitivo (reversível ou irreversível) - Antagonismo não competitivo - Antagonismo fisiológico - Antagonismo químico ANTAGONISMO COMPETITIVO REVERSÍVEL O fármaco irá competir com o agonista (que pode ser outro fármaco ou molécula endógena) pela ligação no mesmo sítio daquele receptor. Graficamente representamos o efeito farmacológico do agonista. Observamos um deslocamento da curva para direita, onde o efeito máximo é mantido, porém houve uma alteração na concentração eficaz média, que aumentou o seu valor. Isto é, demandou-se um maior número de moléculas agonistas para que volte a ter a resposta farmacológica. Dessa forma, tem se a redução da potência do agonista na presença de um fármaco antagonista competitivo. FARMACOLOGIA EAD Camilla Lavadores – Turma XX ➔ A restauração do efeito máximo só foi possível porque a ligação é reversível. Manutenção da eficácia mas aumento do EC50 e consequentemente uma redução da potência. ANTAGONISMO COMPETITIVO IRREVERSÍVEL Ocorre uma redução da eficácia e redução da potencia do agonista. Porém, como não é necessário ocupar todos os receptores para gerar uma resposta máxima, os receptores que sobram, ou seja, que não estão ocupados pelos antagonistas – receptores de reserva - podem ser ocupados pelos agonistas. Isso cria um gráfico parecido com o antagonismo reversível, com perda apenas da potência do agonista. No entanto, quando a quantidade de receptores de reserva começa a ser totalmente ocupados e o antagonista continua sendo administrado ou o tecido afetado não apresenta receptores de reserva haverá perda de eficácia. ANTAGONISMO NÃO COMPETITIVO O antagonista não compete diretamente pelo sítio do receptor, no entanto ele altera algum outro ponto da via de sinalização daquele receptor, tendo o efeito final antagônico. Observa-se a redução da eficácia máxima. ANTAGONISMO QUÍMICO A interação química direta entre o agonista e o antagonista torna o agonista farmacologicamente inativo. Exemplo: Heparina x sulfato de protamina = com a administração do sulfato, é possível reverter a ação da heparina. ANTAGONISMO FISIOLÓGICO Dois agonistas que atuam independentemente e causam efeitos opostos na mesma função fisiológica. Exemplos: adrenalina (se liga ao receptor beta 1 adrenérgico, aumentando a FC) x acetilcolina (se liga ao receptor M2 reduzindo a FC) ou insulina x glucagon OUTRAS INTERAÇÕES FARMACOLOGIA EAD Camilla Lavadores – Turma XX - Adição: os efeitos combinados de A e B são iguais à soma de cada um administrado isoladamente - Sinergismo: os efeitos combinados de A e B são maiores que a soma dos efeitos isolados Exemplo de sinergismo: Tetracloreto de carbono (hepatotoxico)+ etanol (hepatotoxico) = altíssima hepatotoxicidade CONSIDERAÇÕES FARMACODINÂMICAS PARA A TERAPÊUTICA A grande maioria dos pacientes tem uma resposta farmacológica numa faixa de dose específica, que normalmente vem nas bulas. Na pratica alguns pacientes já tem uma resposta máxima com baixas doses aquele fármaco = indivíduos hiper-reativos (diferente de alérgicos ao fármaco, ele só é apenas mais sensível). Em contrapartida, existem indivíduos que são menos sensíveis e, por isso, demandam altas quantidades do fármaco para ser observada a resposta máxima = indivíduos hiporreativos. Devemos lembrar da janela terapêutica e da curva de efeitos adversos. ÍNDICE TERAPÊUTICO Podemos traçar também durante os ensaios iniciais de um fármaco. Correlaciona-se a dose eficaz média com a curva de letalidade. O índice terapêutico é a divisão entre a dose letal media sobre a dose eficaz média. Quanto maior o valor, mais seguro é o fármaco (ou seja, a dose que mata o indivíduo é muito distante da dose que causa o efeito farmacológico). Índices mais seguros a partir do valor de 10. REGULAÇÃO DE RECEPTORES Em algumas situações, observamos que os pacientes parram de responder ao tratamento farmacológico mesmo que ele esteja sendo feito de maneira correta. Isso pode acontecer por: - Tolerância: ocorre uma diminuição gradual da resposta (dias, semanas) FARMACOLOGIA EAD Camilla Lavadores – Turma XX - Taquifilaxia: ocorre uma diminuição rápida da resposta (em horas, minutos) MECANISMOS - Por adaptação fisiológica: por exemplo, diminuição da eficácia dos anti-hipertensivos pela ativação do sistema renina-angiotensina e/ou aumento da volemia. - Depleção de mediadores - Dessensibilização - Fenômenos de infra ou supra regulação DESSENSIBILIZAÇÃO DE RECEPTORES Pode acontecer de forma homóloga ou heteróloga e apenas a receptores acoplados à proteína G. HOMÓLOGA Com a exposição constante do receptor ao agonista esse receptor ativado vai ativar uma cinase que vai fosforilar esse receptor. Posteriormente uma proteína denominada arrestina liga-se ao complexo gerando uma perda do acoplamento à proteína G → processo de endocitose do agonista → perda da função. Exemplo: Receptor beta-adrenérgico = sofre bastante com esse processo. O paciente fica sendo tratado no maximo uma semana com fármacos ligados a esse receptor. HETERÓLOGA Com a constante ativação do receptor, ocorre uma ativação de proteínas cinases que pode causar fosforilação de outros receptores dessa mesma célula (fosforilação inespecífico) que também vão reduzir o acoplamento do complexo à proteína G. INFRA-REGULAÇÃO A exposição contínua ao agonista resulta na internalização dos receptores ou na redução da tradução ou transcrição do gene que codifica o receptor. SUPRA-REGULAÇÃO A diminuição da presença do agonista ou exposição prolongada ao antagonista leva ao aumento do número de receptores. Fisiologicamente ela também acontece, por exemplo, durante o 3º trimestre de gravidez os hormônios nucleares induzem o aumento do número de receptores beta2- adrenérgicos no musculo liso uterino. No hipertireoidismo, os hormônios tireoidianos podem aumentar a síntese de receptores beta-adrenérgicos no coração. FARMACOLOGIA EAD Camilla Lavadores – Turma XX