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Câncer de colo, vulva e vagina mais comum é epidermoide/ escamoso/ espinocelular Tecidos do colo do útero: Endocérvice (epitélio colunar) Ectocérvice (epitelio escamoso) e entre elas fica a JEC (Junção escamo colunar) Existe também a JEC atual que é quando ao longo da vida reprodutiva, a ectocérvice (ep. escamoso) avança sobre a endocérvice (ep. colunar) e a JEC antiga fica recoberta e surge a JEC atual. E entre a JEC antiga e atual fica uma área de Metaplasia Escamosa (transformação do epitélio colunar em escamoso) Podem surgir Cistos de Naboth que são glândulas que foram recobertas pelo epitélio escamoso. Esse cisto marca as áreas de metaplasia escamosa. HPV Sorotipos mais oncogênicos: 16 e 18 Condiloma acuminado: 6 e 11 (não é câncer e não vira câncer) Vacinas (de VLPs) Bivalente → HPV 16 e 18 Quadrivalente → HPV 6 /11/ 16/ 18 VLP → partícula semelhante ao vírus (virus-like particle) - não é vírus vivo Esquema do MS: Quadrivalente em 2 doses: 0 e 6 meses Meninas 9 a 14 anos Meninos 11 a 14 anos HIV + 9 a 26 anos (3 doses 0-2-6 meses) Condiloma Acuminado HPV 6 e 11 Tratamento Cautério / Laser → ideal nas lesões extensas Ac. Tricloroacético → ideal em lesões menores e pode em gestantes Imunomoduladores → uso domiciliar (taxa de sucesso inferior) A maioria das pacientes que pegam HPV (mesmo os de alto potencial oncogênico) terão regressão espontânea e não irão desenvolver o câncer Câncer de Colo Fatores de risco: HPV é o principal (então tudo que aumenta a chance de IST aumenta a chance de CA) Anamnese + Exame Físico Os sintomas aparecem em estágios avançados: - dor, corrimento, sangue Rastreio → colpocitologia (preventivo - papa) Colpocitologia 1º Quando colher? 1 vez por ano se 2 resultados consecutivos negativos e aí passa colher a cada 3 anos Regra do 123 Entre 25 e 64 anos, após a sexarca Situações especiais: Gestante → colhe igual HIV → 6 em 6 meses no 1º ano e após isso anualmente, após a sexarca. Se CD4 < 200 manter de 6/6 meses Virgem → não colher Após histerectomia: parar se histerectomia por doença benigna sem história de lesão de alto grau 2º Como colher? Coleta ectocervical - com espátula Coleta endocervical - com escovinha 3º Como conduzir? LIE-BG (LSIL) - lesão intraepitelial escamosa de baixo grau → repetir 6m (≥ 25a) ou 3a (<25 anos) Repetiu e deu LIE-BG de novo → Colposcopia ASC - US - atipia escamosa indeterminada → Repetir 6m (≥30a), ou 12m (25-29a), ou 3a (<25a) Repetiu e deu ASC-US de novo → Colposcopia ASC - H - atipia escamosa de alto risco → Colposcopia AGC (AGUS) - atipia glandular → Colposcopia avaliando o canal e endométrio LIE - AG (HSIL) - lesão intraepitelial escamosa de alto grau → Colposcopia AOI - origem indefinida → Colposcopia HIV+ com LIE-BG ou ASC-US → Colposcopia Se parece CA (macroscopicamente) → Colposcopia Citologia é rastreio para ir para Colposcopia, ela que dá o diagnóstico Colposcopia + Biópsia = Diagnóstico Ácido Acético Marcador de atividade proteica Acetobranca → Biópsia Teste de Schiller (Lugol) Cora área da ectocérvice, marca área saudável do epitélio escamoso Marca Glicogênio Iodo negativo → biópsia (igual a Schiller positivo) Gestante: biópsia só na suspeita de invasão Achado + suspeito? Vasos atípicos E se colposcopia insatisfatória (sem JEC)? Abrir + espéculo/ espéculo endocervical/ estrogênio Como avaliar o canal (ex: AGC)? Escovado endocervical e curetagem cervical Histologia Lesões intraepiteliais (NIC) Câncer cervical Tratamento Lesões intraepiteliais (NIC) Destrutivo: NIC 1 → acompanha por 2 anos Se não regredir: Crioterapia ou Cauterização Exérese: ≥ NIC 2 Exérese da zona de transformação (EZT tipo I, II, III) Só cone (EZT 3): - Suspeita de invasão - Não vê limite da lesão - JEC não visível Estadiamento 2018 Estadiamento é clínico Estádio 0 → carcinoma in situ Estádio I → Restrito ao colo uterino I A 1 → < 3 mm (descobre na EZT) I A 2 → ≥ 3 - 5 mm I B 1 → ≥ 5 mm a 2 cm I B 2 → ≥ 2 cm a 4 cm I B 3 → ≥ 4 cm Estádio II II A → parte superior da vagina II A1 < 4 cm II A2 ≥ 4 cm II B → invade paramétrio Estádio III III A → 1/3 inferior da vagina III B → parede pélvica/ hidronefrose III C → linfonodo pélvico (1) ou para-aórtico (2) Estádio IV IV A → bexiga e reto IV B → metástase à distância Tratamento Estádio 0 → Cone é diagnóstico e terapêutico Estádio I A1 → Padrão Histerectomia (HT) tipo 1 → Deseja gestar: cone Estádio I A2 → Padrão: HT tipo 2 + linfadenectomia pélvica Estádio I B1 e 2 → Padrão: Wertheim-Meigs (histerectomia total ampliada) Estádio I B3 e II A1 → Wertheim-Meigs ou Quimiorradioterapia Estádio ≥ II A2 → Quimiorradioterapia Câncer de Endométrio Fatores de Risco: Obesidade, > 60 anos, nuliparidade e branca. Outros fatores: anovulação crônica (SOP), menacme longo, DM, Síndrome de Lynch II, hiperplasia atípica Fatores de proteção: Multiparidade, tabagismo e usuária de progesterona Clínica Sangramento peri/pós menopausa Suspeita Menopausa: Endométrio > 4mm sem TH Endométrio > 8 mm com TH Colpocitologia suspeita: célula endometrial após a menopausa Diagnóstico Cureta de Novak Curetagem fracionada Histeroscopia com biópsia - padrão ouro Hiperplasia Endometrial Tratamento: Benigna ou Sem atipia - Progesterona Neoplasia intraepitelial endometrial ou Atípica Precursora do cancer de endometrio - Histerectomia total é o preferencial Câncer de Endométrio Qual o tipo mais comum? Adenocarcinoma endometrióide → Tem bom prognóstico Tratamento: Laparotomia: estadiamento e tratamento Lavado peritoneal + inventário cavidade histerectomia total + anexectomia bilateral + linfadenectomia pélvica e para-aórtica