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Conhecimentos de enfermeiros sobre HPP

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1 Contribuciones a Las Ciencias Sociales, São José dos Pinhais, v.17, n.6, p. 01-23, 2024 
 
 jan. 2021 
Conhecimentos de enfermeiros sobre a assistência de enfermagem na 
hemorragia pós-parto: prevenção e controle 
 
Nurses' knowledge about nursing care for postpartum hemorrhage: 
prevention and control 
 
Conocimientos de enfermería sobre los cuidados de enfermería de la 
hemorragia posparto: prevención y control 
 
DOI: 10.55905/revconv.17n.6-229 
 
Originals received: 05/17/2024 
Acceptance for publication: 06/07/2024 
 
Thiozano Afonso de Carvalho 
Bacharel em Enfermagem 
Instituição: Universidade Federal de Campina Grande 
Endereço: Cajazeiras – Paraíba, Brasil 
E-mail: theo.tec.enf.carvalho@gmail.com 
Orcid: https://orcid.org/0000-0003-4675-6914 
 
Maria Berenice Gomes do Nascimento 
Doutora em Ciências da Saúde 
Instituição: Universidade Federal de Campina Grande 
Endereço: Cajazeiras – Paraíba, Brasil 
E-mail: maria.berenice@professor.ufcg.edu.br 
Orcid: https://orcid.org/0000-0003-2095-4832 
 
Symara Abrantes Albuquerque de Oliveira Cabral 
Doutora em Ciências da Saúde 
Instituição: Faculdade São Francisco da Paraíba 
Endereço: Cajazeiras – Paraíba, Brasil 
E-mail: symaraa@gmail.com 
Orcid: https://orcid.org/0000-0002-7456-5886 
 
Dayze Djanira Furtado de Galiza 
Doutora em Saúde Coletiva 
Instituição: Universidade Federal de Campina Grande 
Endereço: Cajazeiras – Paraíba, Brasil 
E-mail: dayze_galiza@hotmail.com 
Orcid: https://orcid.org/0000-0001-9237-0372 
 
https://orcid.org/0000-0003-2095-4832
https://orcid.org/0000-0002-7456-5886
 
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Magna Jaíne Alves de Brito 
Bacharel em Enfermagem 
Instituição: Universidade Federal de Campina Grande 
Endereço: Cajazeiras – Paraíba, Brasil 
E-mail: magnabrito10@gmail.com 
Orcid: https://orcid.org/0000-0002-9774-3024 
 
Stephany Alaide Marques Araújo 
Graduanda em Nutrição 
Instituição: Universidade Federal da Paraíba 
Endereço: Campina Grande – Paraíba, Brasil 
E-mail: marquesstephany04@gmail.com 
Orcid: https://orcid.org/0009-0005-3136-0169 
 
Ana Beatriz Vasconcelos Fernandes de Oliveira 
Graduanda em Enfermagem 
Instituição: Universidade Federal de Campina Grande 
Endereço: Cajazeiras – Paraíba, Brasil 
E-mail: ana.vasconcelos@estudante.ufcg.edu.br 
Orcid: https://orcid.org/0009-0002-1745-6568 
 
Anne Milane Formiga Bezerra 
Doutora em Ciências da Saúde 
Instituição: Centro Universitário de Patos 
Endereço: Patos – Paraíba, Brasil 
E-mail: annebezerra@fiponline.edu.br 
Orcid: https://orcid.org/0000-0001-6154-1343 
 
RESUMO 
Hemorragia Pós-parto (HPP), emergência obstétrica considerada grave problema de saúde 
pública, é definida como a perda sanguínea maior ou igual a 1000 ml independente da via de 
parto dentro das primeiras 24 horas após a expulsão do bebê, com sinais de hipovolemia. O 
objetivo deste estudo foi identificar os conhecimentos dos enfermeiros sobre a assistência de 
enfermagem na HPP. Trata-se de um estudo exploratório, descritivo, com abordagem qualitativa 
realizado numa maternidade de referência no alto sertão paraibano. O público da pesquisa foram 
enfermeiros que atuam na assistência direta durante o pré-parto, parto e puerpério, através de um 
roteiro de entrevista para identificar os conhecimentos dos mesmos frente a assistências a 
puérpera acometida com HPP. A análise dos dados foi através da Análise de Conteúdo proposta 
por Bardin, seguida de discussão com a literatura vigente. Os resultados foram distribuídos em 2 
categorias: Conhecimentos dos enfermeiros sobre definição, causas e sinais clínicos; Atuação 
profissional e vivências referente a prevenção e manejo prático. Os enfermeiros conhecem tal 
emergência obstétrica, mas não sabem como conduzir e/ou prevenir. Apesar da ocorrência da 
HPP ser de forma esporádica, as ações preventivas foram classificadas principalmente de forma 
farmacológica, e o manejo ser uma ação protagonizada pelo médico. Conclui-se, então, que neste 
estudo identificou uma carência no que se refere aos conhecimentos dos enfermeiros sobre a 
assistência de enfermagem na ocorrência da hemorragia puerperal. Apesar dos profissionais 
 
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serem capacitados, ainda existem lacunas referentes aos cuidados na prevenção e manejo dessa 
intercorrência, necessitando de capacitações e uma educação continuada. 
 
Palavras-chave: enfermeiros, cuidados de enfermagem, hemorragia pós-parto, período pós-
parto. 
 
ABSTRACT 
Postpartum hemorrhage (PPH), an obstetric emergency considered a serious public health 
problem, defined as blood loss equal to or greater than 1000 ml regardless of the method of 
delivery within the first 24 hours after childbirth, with signs of hypovolemia. The aim of this 
study was to identify nurses' knowledge regarding nursing care in PPH. It is an exploratory, 
descriptive study with a qualitative approach conducted at a referral maternity unit in the Alto 
Sertão of Paraíba, Brazil. The research population consisted of nurses providing direct care 
during the antepartum, intrapartum, and postpartum periods at the research site, who were 
interviewed using a semi-structured interview to identify their perceptions of caring for women 
affected by PPH. Data analysis was performed using Content Analysis proposed by Bardin, 
followed by discussion with the current literature. The results were distributed into 2 categories: 
Nurses' knowledge of definition, causes, and clinical signs; Professional performance and 
experiences related to practical management. Nurses expressed familiarity with this obstetric 
emergency but encountered difficulties in responding to management and prevention measures. 
Despite PPH occurring sporadically, preventive actions were mainly classified 
pharmacologically, with management being a medical prerogative. It is concluded that this study 
identified a lack of knowledge among nurses regarding nursing care in cases of postpartum 
hemorrhage. Despite professionals being trained, there are still gaps in prevention and 
management of this complication, necessitating further training and continuing education. 
 
Keywords: nurses, nursing care, postpartum hemorrhage, postpartum period. 
 
RESUMEN 
La Hemorragia Posparto (HPP), una emergencia obstétrica considerada un grave problema de 
salud pública, se define como la pérdida de sangre mayor o igual a 1000 ml independientemente 
de la vía del parto dentro de las primeras 24 horas posteriores a la expulsión del bebé, con signos 
de hipovolemia. El objetivo de este estudio fue identificar el conocimiento de los enfermeros 
sobre los cuidados de enfermería en la HPP. Se trata de un estudio exploratorio, descriptivo, con 
abordaje cualitativo, realizado en una maternidad de referencia del Alto Paraíba. El público de la 
investigación fueron enfermeros que brindan asistencia directa durante el preparto, parto y 
puerperio, a través de una guía de entrevista para identificar sus conocimientos sobre la asistencia 
a puérperas afectadas por HPP. El análisis de los datos se realizó mediante el Análisis de 
Contenido propuesto por Bardin, seguido de una discusión con la literatura actual. Los resultados 
fueron distribuidos en 2 categorías: conocimiento del enfermero sobre definición, causas y signos 
clínicos; Desempeño profesional y experiencias en materia de prevención y gestión práctica. Las 
enfermeras son conscientes de esta emergencia obstétrica, pero no saben cómo gestionarla y/o 
prevenirla. Aunque la aparición de HPP es esporádica, las acciones preventivas se clasificaron 
principalmente en forma farmacológica, siendo el manejo una acción realizada por el médico. Se 
concluye, entonces, que este estudio identificó una carencia en cuanto al conocimiento del 
enfermerosobre los cuidados de enfermería en caso de hemorragia puerperal. Si bien los 
 
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profesionales están capacitados, aún existen vacíos en la atención en la prevención y manejo de 
este incidente, lo que requiere capacitación y educación continua. 
 
Palabras clave: enfermeros, cuidado de enfermera, hemorragia post parto, período posparto. 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
O parto é o momento mais esperado pela parturiente devido a chegada de uma nova vida, 
como também acontece uma descarga de emoções que os envolvem, constituído por questões 
mecânicas e fisiológicas que culminam na expulsão do feto e seus anexos. Considerado algo 
marcante na vida da mulher com vários significados e simbolismos, o partejamento pode evoluir 
com intercorrências que fogem as significações das parturientes, entre elas se destaca a 
Hemorragia Pós-Parto (HPP) (Silva; Santos e Passos, 2022). 
Considerada como um grave problema de saúde pública relacionada às altas taxas de 
morbimortalidade em mulheres no puerpério, a HPP é uma emergência obstétrica e definida 
como a perda sanguínea maior ou igual a 1000 ml independente da via de parto dentro das 
primeiras 24 horas após a expulsão do bebê, com sinais de hipovolemia (ACOG, 2017; Soares et 
al., 2021). 
A Organização Mundial de Saúde (OMS, 2014) aponta que aproximadamente 25% das 
mortes de gestantes no mundo são causadas pela HPP, sendo a maioria em mulheres que vivem 
em países subdesenvolvidos, enfatizando as desigualdades existentes socioeconomicamente. No 
Brasil, as hemorragias são consideradas a segunda causa de morte materna, sendo a HPP o 
principal tipo em 40,8% dentro da obstetrícia (Ruiz et al., 2015; Koch e Rattmann, 2020). 
A HPP pode ser classificada em dois tipos: imediata e tardia, sendo a atonia uterina, 
presente em 80% dos casos, relacionada a primeira devido sua ocorrência ser após o processo de 
parto; e restos placentários e infecções referente a segunda por acontecer 24 horas ou de 6 a 12 
semanas após o nascimento do bebê, sendo denominados como eventos internos e inerentes a 
processos fisiológicos da parturiente. Em relação aos fatores externos, um estudo feito numa 
maternidade em Campinas - São Paulo, identificou o uso de fórceps, episiotomia e a segunda 
etapa do parto prolongado como mecanismos contribuintes para o surgimento de hemorragias 
obstétricas (Vieira et al., 2018; Koch e Rattmann, 2020). 
 
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Concomitantemente a esta questão, é destacável que lacerações no canal de parto e/ou 
períneo, multiparidade e placenta prévia são importantes condicionantes para o desencadeamento 
de sangramentos intensos após o parto (Borovac-Pinheiro; Ribeiro e Pacagnella, 2021). 
A enfermagem é uma profissão essencial no que se refere aos cuidados no processo saúde-
doença. Nesse contexto, ela está inserida nos mais diversos serviços, desde atenção básica à alta 
complexidade. Para isso é necessário que o mesmo esteja capacitado e preparado para lidar em 
momentos estressores como as emergências obstétricas (Caetano et al., 2020). 
Em virtude da alta mortalidade materna por hemorragias, o enfermeiro tem papel crucial 
nos cuidados com as gestantes em pós-parto imediato, pois ele precisa estar atento a tudo que 
acontece a essa parturiente, enquanto ela se encontra no local de parto, observando como ela 
evolui, bem como sinais e sintomas que possam surgir e ligar o alerta para o problema em 
potencial. Tão logo, é de extrema importância a identificação de fatores de risco e a partir disso 
iniciar as condutas profiláticas, evitando o desencadear da HPP (Alves et al., 2020). 
Devido a estimativa da morbimortalidade materna associado a HPP ter uma constatação 
muito elevada, é imprescindível a assistência de enfermagem, que visa garantir os cuidados 
necessários para que a mulher que venha ter intercorrências em seu trabalho de parto possa ser 
assistida integralmente. Esse profissional, na HPP, vai acompanhar a cada 30 minutos essa 
usuária prestando cuidados significativos, vai fazer anotações sobre o fundo uterino, tônus 
musculares, secreções vaginais, monitorar enchimento capilar e sinais vitais, a presença de 
sangramentos, hematomas perineais e coágulos, observar e monitorar balanço hídrico, como 
também avaliar exames para acompanhamento de valores de hemoglobina e hematócrito 
(Oliveira e Davim, 2019). 
Nesta perspectiva, percebendo as altas taxas de morbimortalidade materna por 
complicações obstétricas como a HPP, devido a fatores fisiológicos, como também o 
gerenciamento da assistência de enfermagem prestada a estas mulheres, surgem alguns 
questionamentos acerca do processo de assistência de enfermagem junto às gestantes a respeito 
das hemorragias obstétricas. 
Diante do exposto, o presente trabalho se justifica como uma preocupação em relação à 
assistência de enfermagem prestada às mulheres perante a HPP, bem como as medidas 
profiláticas a fim de evitar a ocorrência do problema em questão. A investigação também se deu 
 
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pela motivação de saber o perfil do enfermeiro que presta assistência a parturiente dentro das 
maternidades, e como suas condutas impactam nos desfechos obstétricos que venham acontecer. 
Desta forma, com base nos conhecimentos desses profissionais que prestam os cuidados 
às gestantes, o objetivo deste trabalho foi identificar o conhecimento dos enfermeiros sobre a 
assistência de enfermagem na HPP numa maternidade de referência no sertão alto paraibano. 
 
2 METODOLOGIA 
 
Trata-se de uma pesquisa exploratória e descritiva, com abordagem qualitativa. A 
pesquisa qualitativa busca respostas através dos simbolismos, significados, crenças, valores e 
motivações de forma a qualificar o objeto que está sendo estudado (Minayo, 2014). 
Para Gil (2008), a utilização da pesquisa exploratória se dá devido a aproximação do 
pesquisador ao seu objeto de estudo, trazendo uma familiaridade com o problema em questão. Já 
a pesquisa descritiva pede que o pesquisador busque informações essenciais para a resolução do 
problema, descrevendo fatos e fenômenos conforme a realidade estudada. 
A pesquisa foi realizada em Cajazeiras, no estado da Paraíba, mais precisamente, na 
Maternidade Dr Deodato Cartaxo, o qual possui 22 leitos destinados ao atendimento de gestantes, 
distribuídos em alojamento de parto cesáreo, alojamento de parto vaginal, alojamento de alto 
risco, sala de pré-parto e sala de cuidados especiais. 
A referida maternidade abrange um quantitativo de 39 municípios abarcando boa parte 
do sertão paraibano e estados circunvizinhos. O município de Cajazeiras encontra-se situado na 
região oeste da Paraíba, a uma distância de 477 km da capital João Pessoa, com uma área 
estimada em aproximadamente 586 km² e uma população de 58.446 de habitantes, sendo 
considerada a 6ª maior cidade do estado, tendo reconhecimento, pelo seu potencial e estrutura na 
área de educação (IBGE, 2010). 
Fizeram parte da pesquisa os enfermeiros que atuam na assistência direta a parturiente e 
puérpera no local do estudo. Atualmente na maternidade constam com 10 enfermeiros que 
prestam assistências nos alojamentos conjunto de parto cesáreo, vaginal e de alto risco, na sala 
de pré-parto e enfermaria de médio e alto risco. 
Foram aplicados critérios de inclusão e exclusão. Como critérios de inclusão destacam-
se os enfermeiros que atuam há pelo menos 3 meses e seja do quadro de plantonista da 
 
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maternidade. E foram excluídos aqueles que estiverem afastados, doentes, licença, férias e não 
aceitem participar voluntariamente do estudo.De acordo com Rúdio et al. (2007), o instrumento para a coleta das informações para a 
pesquisa é a forma como os dados serão captados pelo pesquisador. Nessa perspectiva, o 
instrumento dessa pesquisa foi um roteiro de entrevista. 
A coleta de informações foi realizada no período de novembro de 2023, após aprovação 
do Comitê de Ética e Pesquisa (CEP). Os pesquisadores apresentaram os objetivos do estudo aos 
participantes e coordenadores da instituição de saúde de maneira presencial através de visitas aos 
serviços. 
Os participantes foram abordados presencialmente e individualmente nos serviços de 
saúde em momento mais oportuno para eles e combinado previamente entre o pesquisador e os 
enfermeiros. Foi realizado em um local privativo, onde os participantes se sentiam confortáveis 
em responder aos questionamentos. 
Os enfermeiros que concordaram em participar da pesquisa foram convidados a 
assinarem o Termo de Esclarecimento Livre e Esclarecido (TCLE), onde lhes foram assegurados 
o direito de acesso ao teor do conteúdo do instrumento (tópicos que serão abordados) antes de 
responder as perguntas para uma tomada de decisão informada. Contudo, o participante da 
pesquisa terá acesso às perguntas somente depois que tenha dado o seu consentimento. 
A entrevista foi gravada em mídia mp3, totalizando 94 minutos de gravação, e 
posteriormente transcrita em texto Microsoft Word por fonte Times New Roman, tamanho 12, 
em um total de 18 laudas. 
Os dados sociodemográficos dos participantes foram analisadas através das estatísticas 
descritivas simples, destacando que os resultados foram apresentados em números e percentuais, 
e expostos em tabelas. 
Buscando uma melhor interpretação, análise e inferência qualitativa das indagações dos 
participantes, foi adotado o método de Análise de Conteúdo Temática (ACT) proposto por 
Bardin, onde tem enfoque nos discursos dos entrevistados, o qual define que os achados devem 
ser apurados e pensados de maneira a se tornarem relevantes para o estudo em questão e, dessa 
maneira, é possível tornar válida a hipótese da pesquisa. Observar além do que se está sendo 
falado, como também a oralidade do discurso sendo que o pesquisador deve ficar atento a: gestos, 
postura, uso de figuras de linguagem perante o percurso da entrevista (Bardin, 2016). 
 
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Conforme autor supracitado, a ACT consiste num processo que se divide em três fases. 
A primeira é a pré-análise que consiste no levantamento de informações sobre o assunto de forma 
flutuante, tendo um contato inicial com a temática que foram utilizados no estudo, através da 
construção das hipóteses e objetivos, esses indicadores levarão a interpretação e elaboração do 
material. Se faz necessário o seguimento das regras de exaustividade que compreende analisar 
detalhadamente todo o assunto sem deixar que nada fique sem análise. 
A segunda fase pode ser compreendida como categorização e codificação do estudo, onde 
usa o artifício da exploração do material reunido. Nesta fase foram reunidos tudo que foi captado 
nas entrevistas para agrupamento das informações, de forma a categorizar os achados, onde foi 
feita uma análise da repetição de palavras e/ou termos, como uma estratégia para a codificação 
das informações. Cada entrevista foi codificada de E1 a E10, onde E1 foi o primeiro entrevistado 
até E10 o último entrevistado. As falas foram selecionadas e marcadas com colchetes os trechos 
importantes e condizentes aos objetivos propostos, e com significações para o contexto da 
pesquisa. Na terceira fase, o tratamento dos resultados se dará a partir da inferência e da 
interpretação dessas informações. 
O estudo respeitou os preceitos éticos de pesquisas em seres humanos em território 
brasileiro, disposto na Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde, especialmente no que 
diz respeito ao consentimento livre e esclarecido dos participantes, como também sigilo e 
confidencialidade das informações coletadas (Brasil, 2016). Sendo aprovado pelo Comitê de 
Ética e Pesquisa da instituição sob o parecer n° 6.234.499. 
 
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
Foram entrevistados 10 enfermeiros que atuam na assistência direta à parturiente na 
Maternidade Dr. Deodato Cartaxo, em Cajazeiras-PB. Entre os entrevistados, 09 (90%) eram do 
sexo feminino e 01 (10%) era do sexo masculino. Dos participantes da pesquisa, 07 (70%) tinham 
mais de 40 anos e os demais estavam na faixa etária entre 36 a 40 anos, um total de 03 (30%). 
Considerando o tempo de formação dos participantes em enfermagem, observou-se que 
09 (90%) tem mais de 10 anos de profissão e 01 (10%) tem entre 06 e 10 anos de conclusão do 
curso. E sobre o tempo de atuação na instituição, 04 (40%) responderam que tem mais de 10 
anos, 01 (10%) tem entre 06 e 10 anos, 3 (30%) têm entre 01 a 05 anos e 02 (20%) começou na 
 
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instituição a menos de 01 ano. Em relação a qualificação, 08 (80%) são especialistas, dos quais 
07 são enfermeiros obstetras e 01 é emergencista, e dentro dos 07 enfermeiros obstetras 01 possui 
especialização também em Unidade de Terapia Intensiva-UTI, 02 (20%) são mestres, 01 é mestre 
em saúde pública e 01 em obstetrícia. 
Ao analisar os conhecimentos dos enfermeiros sobre a assistência de enfermagem na 
hemorragia pós-parto (HPP), as falas foram agrupadas em categorias. Ao final, foram elaboradas 
seis categorias: 
Categoria 1- Conhecimentos dos enfermeiros sobre definição, causas e sinais clínicos; 
Categoria 2- Atuação profissional e vivências referente a prevenção e manejo prático 
Categoria 1: Conhecimentos dos enfermeiros sobre definição, causas e sinais clínicos 
Os participantes do estudo relataram saber a definição da HPP, todos seguiram a mesma 
linha de pensamento, mas com pontuações distintas sobre o ocorrido, como vemos a seguir: 
 
HPP é um sangramento de uma puérpera que pode ser tanto imediatamente pós-parto 
como tardio, quando a mulher perde por via vaginal ou cesariana. (E01) 
É um sangramento excessivo pós-parto, ativo, acima de 500 ml vaginal e 1000 ml 
cesariano, quantificável. (E06) 
É um sangramento atípico, fora do normal, quando a mulher tem muito sangramento 
fora do normal daquele que ela possa ter, seja vaginal ou cesariana, devido ao próprio 
parto ou ferida operatória… (E07) 
É a perda sanguínea além do esperado no período pós-parto, quando a mulher perde 
mais do que a quantidade de sangue que tem que ser perdida, no parto vaginal a gente 
espera que ela perca até 500ml e no cesáreo ela pode perder até 1000ml, quando ela 
perde mais do que o esperado a gente considera HPP. (E10) 
 
É perceptível que tais profissionais envolvidos na assistência tenham dificuldades ou, 
muita das vezes, não sabem a definição de certas intercorrências. A HPP é entendida por estes 
enfermeiros como a perda sanguínea em partos vaginais >500ml e cesarianas >1000 conforme 
diretrizes da Organização Mundial da Saúde (2012). Recentemente, a American College of 
Obstetricians and Gynecologists (ACOG, 2017) atualizou a definição da HPP para uma perda 
cumulativa maior ou igual a 1000 ml, com sinais de hipovolemia. Mas a HPP vai além da perda 
volêmica, cabe aos profissionais envolvidos na assistência saber os padrões dos sinais clínicos 
dessa paciente, histórico de saúde e obstétrico, como se deu o acompanhamento pré-natal, a 
possibilidade de anemias ou doenças fibrinolíticas, e na assistência pós-parto ter o entendimento 
da quantificação do sangramento dessa mulher. 
 
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No tocante a pesquisa, os participantes foram indagados sobre os achados clínicos que 
decorrem na HPP, alguns conseguiram relatar os sinais e sintomas,outros não souberam dizer 
quais eram, sabiam que o sangramento excessivo era o indicativo para caracterização da situação, 
mas não correlacionar com outros achados: 
 
Atonia uterina, o útero não consegue contrair e começa a sair muito sangue vivo. (E03) 
Aumento do volume de sangramento vaginal… pele fria, aspecto no geral, sudorese, 
mal-estar e tonturas. (E05) 
Uma atonia uterina, sangramento ativo, taquicardia, palidez com hipotensão e fraqueza 
muscular. (E06) 
A pressão baixa, hipotonia, sudorese, a paciente relata náuseas, ficando apática, a gente 
vai notando os sinais de hemorragia que não está visível, como o abdome distendido, 
podendo ser hemorragia interna, não apresentando pra gente, observar atonia uterina, 
oximetria de pulso, pois a oxigenação é um indicativo. (E07) 
 
Ao serem questionados sobre os principais sinais e sintomas, destaca-se o sangramento 
excessivo como o principal achado nessas situações. Alguns enfermeiros relataram a presença de 
alguns pontos clínicos importantes para a definição da HPP, como a sudorese, a palidez, a 
hipotensão que vão ser desencadeados pela perda volêmica, e outros sinais indicativos de choque 
hipovolêmico. O que vai de encontro com um estudo de Almeida et al. (2023), que investigou as 
consequências da HPP em mulheres atendidas em um Centro Obstétrico e Ginecológico num 
hospital universitário no Maranhão. Foram observados os seguintes sinais de HPP: o 
sangramento transvaginal, hipotensão, sudorese, taquicardia, hipotonia uterina e lipotimia. 
O enfermeiro tem que estar atento para todas as mudanças que vão acontecer nessa mulher 
no período pós-expulsivo do bebê. É de extrema importância que se observe e investigue o 
passado obstétrico dessa parturiente, o pré-natal é um ponto muito importante para o desfecho da 
maioria dos partos. Quando esse período gestacional é bem acompanhado, com complemento de 
exames laboratoriais e de imagens é possível prever como vai evoluir essa mulher que se encontra 
na sala de parto. 
Ao serem questionados sobre o que chama mais atenção entre os sinais e sintomas da 
HPP, além do sangramento excessivo, a atonia uterina foi muito relatada como importante 
preditor na decorrência dessa intercorrência. 
Segundo a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS, 2018), a atonia uterina está 
presente em praticamente 70% dos casos de HPP, como forte influência na tonicidade do útero 
pós-dequitação. Um estudo feito em Salvador -BA, onde se investigou os fatores de risco para 
 
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HPP numa maternidade, vários fenômenos fisiológicos para o desencadear da HPP foram 
observados, os dados apontaram que os casos de HPP ocasionados por atonia uterina foram 
25,6%, com relação a lacerações e trauma na via de parto tivemos 10,8%, e relacionados a 
distúrbios de coagulação, foram 1,2% (Soares et al., 2021). 
Neste contexto, foi questionado as possíveis causas da problemática estudada. A HPP 
pode ser desencadeada por diversos fatores, os enfermeiros entrevistados foram bem 
contundentes em relação a intercorrência estudada com a atonia uterina, lacerações do canal de 
parto, a relação com a multiparidade e distúrbios hemodinâmicos: 
 
São vários os fatores, sendo eles a rotura uterina, laceração, distúrbio de coagulação, 
pressão alta, e mulheres multíparas que tiveram vários filhos. (E01) 
Trabalho de parto prematuro, paciente com hipertensão e diabetes, Descolamento 
Prematuro da Placenta (DPP), entre outras. (E02) 
A mais comum é a atonia uterina, é mais frequente, e em parto normal muitas vezes 
vemos ruptura de colo. Tivemos casos relacionados à Síndrome de Hellp onde a 
paciente tinha não só perda sanguínea como tudo que cortava nela sangrava muito 
(relação com coagulopatia). (E04) 
Na verdade, a maior causa, eu acho, que seja a atonia uterina, distúrbio de coagulação, 
hipertensão, algum problema voltado a sangue, a questão de administrar ocitocina 
errada, uma quantidade maior do que se deve fazer também pode ser que aumente essa 
chance. (E06) 
 
O enfermeiro precisa ter ciência sobre os pilares que ajudam na identificação da 
intercorrência estudada, a regra dos 4 T’s (tonicidade, tecido, trauma e trombina), o cálculo 
referente o índice de choque (frequência cárdica/pressão arterial sistólica) e saber fazer uma 
estimativa visual de perda sanguínea. Essa dificuldade está relacionada com a carência em 
atualizações sobre a temática. Como também chamar a atenção para a importância da ‘hora de 
ouro da obstetrícia’ a fim de evitar a tríade letal da HPP: acidose, hipovolemia e coagulopatia 
(Delaney et al., 2016; Alves et al., 2020). 
A HPP pode estar atrelada a diversas situações anteriores a gestação atual, ou até mesmo 
advindos desse período. Muitas das causas dessa intercorrência estão relacionada como 
problemas do tipo placenta prévia que pode desencadear um sangramento não previsto, o 
acretismo placentário que pode acarretar uma ruptura da placenta devido sua aderência ao útero, 
as síndromes hipertensivas, lacerações no canal de parto, anemias, polidrâmnio, macrossomia, 
diabetes gestacional. O profissional que presta esta assistência deve ter essa visão holística e 
preventiva, para que possa identificar rapidamente e intervir de forma oportuna. 
 
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Categoria 2: Atuação profissional e vivências referente ao prevenção e manejo 
prático 
A maioria dos participantes afirmaram ter presenciado um caso de HPP em seus plantões 
na maternidade, em que houve desfechos favoráveis e desfavoráveis, como eles evidenciaram a 
seguir: 
 
Sim, e já perdi pacientes por esse motivo, devido a atonia uterina, levamos pro bloco 
mas ela não resistiu. (E03) 
Já peguei sim, um caso de cesariana, em que o útero estava em atonia uterina, a paciente 
apresentava dor abdominal e distendido, pressão inaudível com pulso filiforme (é um 
sinal), hipocorada… (E07) 
 
A HPP é uma situação evitável, em que o enfermeiro obstetra tem total autonomia para 
administrar essa intercorrência, é de extrema importância que ele seja capacitado e atento a todas 
as mudanças no quadro clinico da paciente, para que possa agir de forma rápida e controlar o 
sangramento. Ele pode usar de diversas habilidades, técnicas e recursos para chegar a solução 
dessa intercorrência. 
Quando o enfermeiro não se capacita, não tem condições para atuar de forma agressiva 
no controle dessa intercorrência, e lhe falta aquele olhar habilidoso para com o acontecimento, 
então ele fica dependente do médico para gerir a HPP. Muitas das vezes nem o enfermeiro 
especialista, nem o obstetra conseguem a resolução do problema, que pode ser advindo de alguma 
comorbidade que passou despercebido durante a triagem e acompanhamento pré-natal. 
Em relação ao manejo da intercorrência, os participantes seguem uma mesma conduta, 
que necessariamente precisa do médico plantonista para conduzir a situação, principalmente 
relacionado às medicações: 
 
[…] é comunicado ao médico para prescrição de medicação, em casos de hemorragia 
por parto vaginal (é feita) a revisão do canal da vagina, procurar lacerações ou rotura 
uterina, em cesáreos procurar vê se útero está contraído, fazer massagem e compressas 
de gelo no abdome. (E01) 
[…] vai desde a comunicação ao médico, como as condutas pré-estabelecidas 
habitualmente. (E04) 
[…] Colocamos ampolas de ocitocina no soro, o meterghin intramuscular e misoprostol 
retal. Solicita-se hemograma e outros exames pertinentes… (E08) 
 
Sobre o manejo da HPP, as condutas mais recorrentes entre os enfermeiros é a 
administração da ocitocina, a massagem uterina, o uso do misoprostol retal e do 
 
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metilergometrina,nos casos mais graves levam para o bloco, fazem a inspeção do canal de parto, 
e em casos extremos uma nova abordagem cirúrgica para saberem a causa do sangramento. A 
OMS (2012) determina alguns procedimentos importantes no tratamento da HPP, mas para que 
isso ocorra é necessário a instalação de protocolos clínicos, em que todos os profissionais da 
unidade devem trabalhar em sincronia. 
No Brasil, segundo alguns guidlines (OMS, 2012; AGOG, 2017), é recomendado a 
administração de 10UI de ocitocina no terceiro estágio de parto, apresentando uma redução em 
40% de hemorragia puerperal (Brasil, 2012). Mas, inicialmente, é feito a busca de fatores de 
riscos como anemia e síndromes hipertensivas, bem como uma estratificação de risco como 
estratégia de agilidade para uma assistência de qualidade. É feito de forma intramuscular, em 
mulheres que tiveram parto cesáreo é feito de forma endovenosa lentamente. Quando tem uma 
falha na medicação de primeira escolha, é feito o metelergometrina como fármaco de segunda 
opção que age nas contrações dos músculos uterinos. Ácido tranexâmico é utilizado dentro de 3 
horas pós-parto quando os uterotônicos não agem da forma esperada, tal medicação atua como 
um tampão na cascata de coagulação, evitando a formação de trombos como é citado por 
Neumann et al. (2024). 
Um estudo transversal feito em hospitais no Quênia, com prestadores de serviço 
(médicos, enfermeiros obstetras e estudantes) sendo a maioria (46%) enfermeiros obstetras 
qualificados. Este estudo investigou os conhecimentos sobre protocolos clínicos para avaliação 
de risco, prevenção e gestão da HPP, onde observou que os conhecimentos sobre prevenção por 
esses profissionais foram bem abaixo do esperado (Henry et al., 2022). Podemos observar tanto 
neste estudo no Quênia quanto os dados desta pesquisa a existência de lacunas referente às ações 
de prevenção da HPP. 
No tocante a prevenção, os enfermeiros entrevistados tiveram dificuldades para 
responder, em determinados momentos eles não sabiam o que dizer ou citavam o uso da ocitocina 
no terceiro estágio do parto como única conduta preventiva: 
 
[…] toda mulher quando está no terceiro estágio de parto pós-expulsão é rotina fazer 
ocitocina 2 ampolas IM 10 mg. (E01) 
A gente faz a ocitocina assim que termina o parto, para evitar é a única conduta, mas 
existe também o methergin. (E03) 
[…] após o parto faz a massagem uterina e fica observando a involução do útero, isso 
acontece no parto vaginal e cesáreo. (E05) 
[…] no ato do parto, quando termina faz a ocitocina que ajuda a contrair o útero e reduzir 
o fluxo. (E09) 
 
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Nesta pesquisa afirmaram que é utilizado a ocitocina como uma rotina da instituição para 
o manejo ativo do parto, e que tal medicação tem importância reconhecida para a profilaxia da 
HPP. Um estudo feito na Tanzânia em 2010 e 2012 observou um aumento no uso desta 
medicação, advindas de recomendações da OMS, diminui a incidência de HPP na região. O que 
vai de encontro a um estudo feito em uma região rural de Honduras, onde as taxas de HPP caíram 
de 14,8% para 5,9% (Low et al., 2012; Bishanga et al., 2018). 
Foram questionados aos enfermeiros sobre medidas de prevenção da HPP, no entanto a 
maioria dos enfermeiros responderam ao uso da ocitocina como única conduta profilática. Apesar 
da ocitocina ter sido reconhecida universalmente como fármaco de primeira escolha para 
prevenir as hemorragias puerperais, ela não é a única. Um estudo feito em um hospital 
universitário no sul do Brasil destacou que 235 puérperas receberam a medicação após o parto, 
e 82 apresentaram emergência obstétrica. Isso caracteriza um desconhecimento sobre outras 
condutas preventivas na profilaxia da HPP por parte dos enfermeiros, trazendo preocupação no 
que tange a mortalidade materna e o near miss (Ferreira e Reynolds, 2021; Betti et al., 2023). 
Não obstante, quando a ocitocina não for administrada de forma correta, no momento adequado 
pós-saída do bebe, ainda permanecerá grandes os números de morte materna por causas evitáveis. 
Ao pesquisar, na literatura mundial sobre as condutas de prevenção para HPP, foi 
encontrado algumas medidas que colaboram para a redução dessa complicação. Identificação dos 
fatores de risco na assistência ao pré-natal, evitar episiotomia rotineira, clampeamento precoce 
do cordão umbilical e a tração controlada para retirada da placenta, administração de uterotônicos 
no terceiro estágio do parto são importantes ferramentas que auxiliam na prevenção da HPP 
(Baggieri et al., 2011; Bonomi et al., 2012; Freitas et al., 2022). 
Durante a assistência de enfermagem no período expulsivo do neonato, o enfermeiro 
obstetra tem a autonomia para assistir essa mulher, e logo após ter o olhar clínico para que possa 
buscar alternativas que colaborem para a recuperação total da mulher. A literatura afirma que 
algumas atitudes são de extrema importância para que HPP seja prevenida, como a amamentação 
na primeira hora, o contato pele a pele entre a mãe e o bebê, entre outros. 
Em casos em que seja necessário a episiotomia, o profissional tem o dever de explicar o 
procedimento, perguntar à vontade, explicar os riscos e os benefícios do procedimento para o 
desfecho do parto, e em casos de aceitação, tomar os devidos cuidados para que os desfechos 
 
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sejam favoráveis para uma boa recuperação. A episiotomia rotineira sem o consentimento da 
mulher é uma prática considerada violência obstétrica. 
Os participantes da pesquisa foram questionados sobre o significado e importância da 
hora de ouro na HPP, onde houve muita dificuldade para resolução dessa pergunta: 
 
[…] a hora de ouro é a primeira hora depois do parto, onde verificamos os sinais vitais 
e olhar o sangramento e ver como ela está. (E01) 
Sobre a ‘hora de ouro’, entendo que seja sobre o olhar imediato diante da situação, nada 
pode demorar ou passar, porque é algo de minutos, é uma questão na enfermagem como 
um todo. (E04) 
Sobre o termo ‘hora de ouro’, já ouvi falar sim, essa hora colocamos o bebe pele-a-pele 
com a mãe, livre demanda na amamentação, clampeamento tardia do cordão, que 
ajudam a prevenir a HPP, devido às contrações uterinas estarem relacionadas sobre a 
liberação do leite, devido os dois serem liberados pelo mesmo hormônio, a ocitocina. 
(E07) 
Sobre a ‘hora de ouro’ eu não sei não, e se tem não fazem costumeiramente. (E08) 
 
Ciente das diversas medidas preventivas, bem como os sinais e sintomas, o profissional 
consegue uma abordagem dentro da “Hora de Ouro”, termo utilizado na obstetrícia com foco na 
morbimortalidade materna. Tal termo refere-se ao controle da HPP em tempo oportuno, sem 
atrasos, tendo como princípio a intervenção precoce, agressiva e oportuna (OPAS, 2018). Tão 
logo, os entrevistados foram relutantes em responder sobre a Hora de ouro, uma vez que ainda é 
desconhecido pelos profissionais tal prática assistencial. 
Apesar de não ser um consenso, o manejo ativo no terceiro estágio do parto é a prática 
mais eficaz para redução dos casos de HPP. Algumas literaturas divergem sobre o assunto, 
Brucker (2001) relata em seus estudos sobre o manejo expectante como uma abordagem 
fisiológica para a redução dos casos de HPP, que inclui o clampeamento do cordão após cessar 
pulsação, o contato pele a pele, amamentação na primeira hora como mecanismo de liberação de 
ocitocina endógena, a saída da placenta nas primeiras horas facilitada pelos puxos materno e a 
administração de ocitocina em caso de necessidade. Isso tudo seriam ferramentas que 
diminuiriam a possibilidade de iatrogenias devido ao manejo ativo proposto pela International 
Confederation of Midwives (ICM) e International Federation of Gynecology and Obstetrics(FIGO) (ICM/FIGO, 2012). 
O near miss, segundo a OMS, como um evento que aconteceu na vida da mulher que 
quase levou ao óbito durante o período gravídico-puerperal. Tão logo, foram perguntados aos 
 
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enfermeiros sobre a temática, onde a maioria desconhecia o termo ou sua relação com a 
problemática discutida, alguns poucos souberam responder: 
 
[...] tem relação com a segurança do paciente. Eu acho que esse termo, tem relação com 
a importância com a vida do profissional em amplo aspecto a saúde, porque tem relação 
direta com a segurança do paciente e profissional. (E09) 
[…] o Near miss a gente entende que é uma forma de você prevenir, são condutas que 
você estabelece no seu setor de trabalho, protocolando elas, você tem uma tendência a 
diminuir o risco dessas hemorragias e dessas mortes. (E10) 
 
Por não ser um termo tão usual, os profissionais entrevistados tiveram certa dificuldade 
em responder sobre o Near miss materno. O enfermeiro aqui categorizado por ENF10, 
demonstrou certo conhecimento sobre tal, trazendo uma reflexão sobre a importância dessa 
conduta dentro da realidade que ele está inserido. Evitar que mulheres sejam vítimas fatais de 
situações evitáveis é de extrema importância, não só relacionado a morte, como também as 
complicações dessa quase perda. 
O enfermeiro tem papel extremamente importante durante a assistência à mulher no 
período de parto e pós-parto. É a enfermagem quem presta os cuidados à beira leito, passando a 
maior parte do tempo ao lado dessa parturiente. Por isso, foi perguntado aos enfermeiros sobre a 
importância deles frente a HPP na instituição, onde eles responderam de forma bem pontual essa 
significância, dando ênfase que o médico é o principal ator no manejo dessa intercorrência: 
 
Não só o enfermeiro como toda a equipe, principalmente o técnico que fica ali sempre. 
Tem também, tanto na questão de identificação como nas manobras. (E04) 
[…] é responsabilidade do enfermeiro ficar atento no período pós-parto, do enfermeiro 
e toda equipe, caso identifique algum sinal comunicar toda equipe para manejar essa 
intercorrência. (E05) 
Sobre a importância do enfermeiro na HPP, lógico que tem, se não fosse a gente, porque 
tem um médico e vários pacientes, e se não for a enfermagem a frente de tudo não vai, 
porque o médico não vai em leito e leito, a enfermagem é um elo entre paciente e o 
médico, o que deixa muito a desejar porque o paciente quer que o médico vai a beira 
leito, tem deles que não vão. A gente vê essa carência, somos de extrema importância 
para identificar a hemorragia, eu sei identificar, sabemos conduzir, por isso já vou 
preparando a paciente até a chegada do médico, vou monitorando beira leito, levantando 
cabeceira, ficamos observando, a enfermagem é de extrema importância. (E09) 
Tem, com certeza, sem dúvida alguma, não só o enfermeiro, a equipe de enfermagem 
ela tem função primordial nisso, porque é a gente que identifica na maioria das vezes e 
a beiro leito mesmo, somos os primeiros a serem chamados numa hora dessa… (E10) 
 
Um dos enfermeiros entrevistados relatou a importância de se calcular o índice de choque 
(IC) como preditor da HPP, e também uma forma de saber se aquela paciente vai necessitar de 
 
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transfusão sanguínea por consequência da condição estudada. Corroborando com este achado, 
Betti et al. (2023) relatou a importância da utilização do IC em puérperas para identificação 
precoce do risco cardiovascular, oferecendo maior confiabilidade do que outros sinais isolados. 
Tal cálculo é feito com a utilização de sinais clínicos da paciente e permite prever o 
acontecimento do agravo, apesar da necessidade de uma avaliação adicional quando a HPP está 
instalada. Para tanto, ainda é uma ferramenta pouco usada pelos enfermeiros na prática nos 
centros obstétricos. 
Devemos chamar atenção para esse profissional com certo domínio nessa questão de 
ações voltadas para a condução da HPP, pois ele como detentor do conhecimento pode levar 
adiante suas informações e capacitar sua equipe, a maternidade deveria ter esse papel de 
aprimorar seus profissionais para que os mesmos possam desempenhar uma assistência de 
qualidade, voltada para uma boa condução dessas mulheres ali assistidas. 
No serviço foi observado uma discordância em relação a um Procedimento Operacional 
Padrão (POP) para o manejo da HPP, alguns relataram a existência desse material e sua 
aplicabilidade, outros afirmaram que não existe e que seria importante para o local, uma vez que 
o atendimento seria de forma homogeneizado, não só na HPP, mas em diversos contextos: 
 
Sobre os protocolos para manejo da HPP, não tem, a gente mesmo, tá entendendo, 
fazemos de boca, através das prescrições médicas ou conhecimentos prévios. (E08) 
Não, a gente não tem instituído, vemos essa necessidade, vejo que é fluxo a ser seguido 
mais aqui não tem, existe essa necessidade. (E09) 
Não, protocolo assim estabilizado para se trabalhar segunda a domingo, não, cada 
médico tem uma conduta diferente para trabalhar esses casos. (E10) 
 
Ao serem questionados sobre a existência de protocolos pré-estabelecidos na instituição 
para prevenção e/ou manejo da HPP, houve uma divergência de respostas. Contudo, é notável 
que não existe tal material, uma vez que cada profissional segue o fluxo de atendimento conforme 
prescrito pelo médico. Tal achado corrobora com um estudo feito em Fortaleza-CE para 
implementação de um Protocolo para prevenção da HPP, onde os participantes, enfermeiros e 
técnicos, que trabalhavam na maternidade seguiam rotinas médicas para o atendimento das 
pacientes com a emergência estudada (Costa, 2018). 
Tão logo, quando não se tem uma construção de trabalho homogêneo dentro da equipe, 
cada profissional vai conduzir essa intercorrência conforme foi estudado ou capacitado, fazendo 
com que respostas diferentes aconteçam em cada caso assistido por enfermeiros diferentes. Daí 
 
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a necessidade de a maternidade rever suas necessidades e começar a implantar protocolos de 
trabalhos padronizados, oferecendo, assim, uma assistência mais consistente e de forma que 
todos os envolvidos saibam para passo a ser seguido durante uma intercorrência como a HPP. 
O enfermeiro tem papel crucial na prevenção e manejo/tratamento da HPP. Para Martins 
(2014) os profissionais da enfermagem são os protagonistas no que tange o atendimento 
humanizado, acolhedor e resolutivo, pois a mulher no pós-parto imediato necessita de uma 
observação e vigilância constante. É esse profissional que vai estar a todo tempo com essa 
paciente, os cuidados a beira-leito são extremamente importantes para o bem-estar dessa mulher, 
e as orientações tanto para a parturiente quanto para o acompanhante são de extrema importância 
para a garantia da efetividade dos cuidados. 
Para tanto, esse estudo demonstra a importância do enfermeiro como agente 
transformador dentro da equipe multidisciplinar, pois quando o mesmo é bem capacitado e 
atualizado consegue prestar uma assistência de qualidade, como também traz luz para um 
problema importante, a necessidade de implantação de protocolos de assistência padronizados, 
como forma de garantir uma assistência universal para as mulheres atendidas nessa maternidade. 
 
4 CONCLUSÃO 
 
Os conhecimentos dos enfermeiros sobre a assistência de enfermagem na prevenção e 
manejo da HPP ainda é voltada ao modelo em que só é feita quando a intercorrência mostra seus 
sinais. Essa visão arcaica da margem para que aconteça casos e mais casos na instituição, 
ponderando a assistência no que tange os efeitos do problema propriamente dito. 
Observou-seque, embora alguns profissionais apresentassem um certo conhecimento 
sobre a HPP, prevaleceu uma deficiência quanto ao conhecimento sobre condutas preventivas 
imediatamente após o parto, que foi observado na literatura como parte essencial para que a HPP 
fosse evitada. 
Outro achado importante observado é que o centro dos cuidados à puerpera com sinais e 
sintomas da HPP é focado no médico, sendo ele o fio condutor da assistência e deixando a 
enfermagem como dependente desse profissional para agir. 
 
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A necessidade de protocolos para a prevenção e manejo, bem como capacitações na área 
proporcionaram uma maior independência dos enfermeiros no que converge a assistência 
prestada às mulheres na instituição investigada. 
Faz-se necessário que o enfermeiro esteja em constante processo de atualização e 
capacitações, com aquisição de conhecimentos relacionados aos manejos e assistência de 
enfermagem das complicações pós-parto, principalmente em situações que contribuem para as 
altas taxas de mortalidade materna. 
Cabe também às instituições oferecer condições favoráveis aos profissionais para que 
possam se atualizar e, assim, melhorar a qualificação dos mesmos e a assistência no atendimento 
à prevenção e controle da HPP. 
Como limitações deste estudo, é possível destacar a dificuldade em relação a ter um 
ambiente privativo para as entrevistas, mas isso não interferiu no objetivo desta pesquisa, 
demonstrando que os conhecimentos desses profissionais em relação ao objeto estudado são 
limitados. 
 
 
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