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Modelo de peça - JúrI: Quesitos Participação - Crime Conexo

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16) Quesitos – Participação
____.º Tribunal do Júri da Comarca ____.
Processo n.º ____
Autor: Ministério Público1
Réu: “S”
QUESTIONÁRIO
1. No dia ___, às ___ horas, na Rua _____, número ___, bairro de ____, nesta Comarca, a vítima “G” recebeu tiros de arma de fogo, que lhe causaram as lesões descritas no laudo de fls. ___?2
2. Essas lesões deram causa à morte da vítima?
3. O réu “S”, qualificado a fls. __, no mesmo dia, hora e local descritos no primeiro quesito, concorreu para o crime, fornecendo a arma utilizada por terceira pessoa para desferir os tiros contra a vítima “G”?3
4. O jurado absolve o acusado?4-5
Comarca, data.
____________
Juiz Presidente
NOTAS
1 Embora constitua praxe forense a utilização da expressão “Justiça Pública”, em verdade, está incorreta. Quem promove a ação penal é o Ministério Público. Quem aplica a lei ao caso concreto, realizando justiça é o Poder Judiciário. Logo, não há “Justiça Pública”, como sinônimo de órgão acusatório.
2 A reforma introduzida pela Lei 11.689/2008 modificou, consideravelmente, o modo de formulação dos quesitos. Em primeiro plano, devem os jurados decidir acerca da materialidade do fato, independentemente da autoria. Logo, pergunta-se se a vítima sofreu lesões. Depois, se tais lesões a conduziram à morte. Respondidos afirmativamente ambos os quesitos, confirma-se a existência de um homicídio. Se o primeiro for respondido afirmativamente e o segundo for negado, houve lesão, mas não homicídio, ocorrendo a desclassificação, passando a competência de julgamento ao juiz presidente. Negado o primeiro, está o réu absolvido, pois o fato não ocorreu.
3 Este é o quesito que introduz a indagação referente à coautoria. Neste caso, cuida-se da participação. Respondidos afirmativamente os dois primeiros, o Conselho de Sentença reconheceu a existência de um homicídio. Basta dizer “sim” ao terceiro quesito, afirma-se a participação por parte do réu.
4 Este quesito genérico de defesa é a maior novidade trazida pela reforma da Lei 11.689/2008 no contexto do Júri. Não mais são indagadas várias teses defensivas sucessivamente. O defensor pode sustentar inúmeras delas em plenário, mas o juiz perguntará aos jurados, de uma só vez, se o réu deve ser absolvido (seja por qual razão for). Respondido o quesito de modo afirmativo, a absolvição se impõe. Negado, está o acusado condenado. Maiores detalhes sobre essa modificação podem ser encontrados em nosso livro Tribunal do Júri.
5 Não há mais o quesito obrigatório sobre atenuantes. E, segundo a lei, nem mesmo as agravantes devem constar do questionário, devendo ser resolvidas diretamente pelo juiz presidente.

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