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Sumário
2. DIREITO CONSTITUCIONAL 1
1. PODER CONSTITUINTE ...............................................................................................................................................1
2. TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS ............................................................................2
3. HERMENÊUTICA CONSTITUCIONAL E EFICÁCIA DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS ...............................4
4. CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE ..............................................................................................................5
5. DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS ................................................................................................8
6. DIREITOS SOCIAIS ......................................................................................................................................................12
7. NACIONALIDADE ........................................................................................................................................................13
8. DIREITOS POLÍTICOS .................................................................................................................................................13
9. ORGANIZAÇÃO DO ESTADO ...................................................................................................................................14
10. PODER LEGISLATIVO ..................................................................................................................................................17
11. PODER EXECUTIVO .....................................................................................................................................................22
12. PODER JUDICIÁRIO ....................................................................................................................................................24
13. CONSELHOS NACIONAIS DE JUSTIÇA E DO MINISTÉRIO PÚBLICO ............................................................26
14. FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA ...........................................................................................................................27
15. DEFESA DO ESTADO ...................................................................................................................................................27
16. ORDEM ECONÔMICA E FINANCEIRA ....................................................................................................................28
17. ORDEM SOCIAL ..........................................................................................................................................................28
4. DIREITO EMPRESARIAL 31
1. TEORIA GERAL DO DIREITO EMPRESARIAL ..........................................................................................................31
2. SOCIEDADES ................................................................................................................................................................34
3. TÍTULOS DE CRÉDITO ................................................................................................................................................42
4. FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO DE EMPRESAS E LIQUIDAÇÃO EXTRAJUDICIAL .................................................44
5. CONTRATOS EMPRESARIAIS ....................................................................................................................................46
6. PROPRIEDADE INDUSTRIAL......................................................................................................................................47
5. DIREITO DO CONSUMIDOR 51
1. CONCEITO DE CONSUMIDOR. RELAÇÃO DE CONSUMO ...............................................................................51
2. PRINCÍPIOS E DIREITOS BÁSICOS ..........................................................................................................................52
3. RESPONSABILIDADE DO FORNECEDOR ...............................................................................................................52
4. PRÁTICAS COMERCIAIS .............................................................................................................................................53
5. PROTEÇÃO CONTRATUAL ........................................................................................................................................53
6. DEFESA DO CONSUMIDOR EM JUÍZO ..................................................................................................................55
7. RESPONSABILIDADE CRIMINAL ..............................................................................................................................56
8. SANÇÃO ADMINISTRATIVA ......................................................................................................................................57
6. DIREITO CIVIL 59
1. LINDB – LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO ........................................................59
2. GERAL .............................................................................................................................................................................60
3. OBRIGAÇÕES ...............................................................................................................................................................64
4. CONTRATOS .................................................................................................................................................................67
5. RESPONSABILIDADE CIVIL .......................................................................................................................................70
6. COISAS ..........................................................................................................................................................................72
7. FAMÍLIA ..........................................................................................................................................................................75
8. SUCESSÕES ...................................................................................................................................................................78
7. DIREITO PROCESSUAL CIVIL 81
8. DIREITO ADMINISTRATIVO 99
1. PRINCÍPIOS ADMINISTRATIVOS .............................................................................................................................99
2. PODERES ADMINISTRATIVOS ................................................................................................................................101
3. ATO ADMINISTRATIVO ............................................................................................................................................102
4. ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ..............................................................................................109
5. SERVIDORES PÚBLICOS .........................................................................................................................................113
6. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA .........................................................................................................................120
7. INTERVENÇÃO NA PROPRIEDADE E NO DOMÍNIO ECONÔMICO ..............................................................124
8. BENS PÚBLICOS .........................................................................................................................................................128
9. RESPONSABILIDADE DO ESTADO.........................................................................................................................131
10. LICITAÇÕES E CONTRATOS ....................................................................................................................................134
11. SERVIÇO PÚBLICO, CONCESSÃO E PPP ..............................................................................................................14112. CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO ........................................................................................................................144
13. PROCESSO ADMINISTRATIVO ...............................................................................................................................146
9. DIREITO TRIBUTÁRIO 151
1. COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA ...................................................................................................................................151
2. PRINCÍPIOS TRIBUTÁRIOS ......................................................................................................................................153
3. IMUNIDADES .............................................................................................................................................................156
4. DEFINIÇÃO DE TRIBUTO E ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS ..........................................................................................158
5. LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA – FONTES ....................................................................................................................161
6. VIGÊNCIA, APLICAÇÃO, INTERPRETAÇÃO E INTEGRAÇÃO ............................................................................162
COMO PASSAR OABIV
7. FATO GERADOR E OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA .....................................................................................................165
8. LANÇAMENTO E CRÉDITO TRIBUTÁRIO .............................................................................................................166
9. SUJEIÇÃO PASSIVA, RESPONSABILIDADE, CAPACIDADE E DOMICÍLIO .....................................................168
10. SUSPENSÃO, EXTINÇÃO E EXCLUSÃO DO CRÉDITO .......................................................................................172
11. REPARTIÇÃO DE RECEITAS TRIBUTÁRIAS E FINANÇAS.....................................................................................176
12. IMPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES EM ESPÉCIE .......................................................................................................177
13. GARANTIAS E PRIVILÉGIOS DO CRÉDITO ..........................................................................................................184
14. ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA, FISCALIZAÇÃO E PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL .....................185
15. DÍVIDA ATIVA, INSCRIÇÃO, CERTIDÕES .............................................................................................................188
16. AÇÕES TRIBUTÁRIAS ................................................................................................................................................188
17. SIMPLES NACIONAL – MICROEMPRESAS E EMPRESAS DE PEQUENO PORTE ............................................190
18. DIREITO FINANCEIRO ..............................................................................................................................................191
10. DIREITO DO TRABALHO 193
1. CONTRATO DE TRABALHO .....................................................................................................................................193
2. SUJEITOS DA RELAÇÃO DE TRABALHO – MODALIDADES ESPECIAIS DE TRABALHADORES..................195
3. REMUNERAÇÃO E SALÁRIO ....................................................................................................................................196
4. JORNADA DE TRABALHO – DURAÇÃO DO TRABALHO ..................................................................................197
5. ALTERAÇÃO, SUSPENSÃO E INTERRUPÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO – FÉRIAS ............................198
6. TÉRMINO DO CONTRATO DE TRABALHO ..........................................................................................................200
7. ESTABILIDADE ............................................................................................................................................................202
8. NORMAS DE PROTEÇÃO DO TRABALHO – TRABALHO DO MENOR – TRABALHO DA MULHER .........203
9. DIREITO COLETIVO DO TRABALHO ....................................................................................................................204
10. TEMAS COMBINADOS .............................................................................................................................................204
11. DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO 207
1. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO .....................................................................................................207
2. ATOS, TERMOS E PRAZOS PROCESSUAIS ...........................................................................................................209
3. PARTES E PROCURADORES .....................................................................................................................................210
4. RECLAMAÇÃO TRABALHISTA E RESPOSTAS DA RECLAMADA ........................................................................211
5. PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO..........................................................................................................................211
6. RECURSOS ..................................................................................................................................................................212
7. AÇÕES ESPECIAIS ......................................................................................................................................................214
8. TEMAS COMBINADOS .............................................................................................................................................215
12. DIREITO AMBIENTAL 217
1. INTRODUÇÃO E PRINCÍPIOS DO DIREITO AMBIENTAL .................................................................................217
2. DIREITO AMBIENTAL NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL ........................................................................................218
VSUMÁRIO
3. MEIO AMBIENTE CULTURAL ...................................................................................................................................219
4. COMPETÊNCIA EM MATÉRIA AMBIENTAL ...........................................................................................................220
5. SISNAMA E PNMA .....................................................................................................................................................220
6. INSTRUMENTOS DE PROTEÇÃO E PROMOÇÃO DO MEIO AMBIENTE .......................................................220
7. LICENCIAMENTO AMBIENTAL E EIA/RIMA ..........................................................................................................221
8. UNIDADES DE CONSERVAÇÃO .............................................................................................................................223
9. PROTEÇÃO DA FLORA. CÓDIGO FLORESTAL. MATA ATLÂNTICA .................................................................224
10. RESPONSABILIDADE CIVIL AMBIENTAL...............................................................................................................224
11. RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVA AMBIENTAL........................................................................................225
12. RESPONSABILIDADE PENAL AMBIENTAL .............................................................................................................226
13. ESTATUTO DA CIDADE .............................................................................................................................................227
14. AGRÁRIO .....................................................................................................................................................................228
13. DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE 231
1. DIREITOS FUNDAMENTAIS. DIREITO À CONVIVÊNCIA FAMILIAR E COMUNITÁRIA ...............................231
2. ATO INFRACIONAL – DIREITO MATERIAL ...........................................................................................................2323. ATO INFRACIONAL – DIREITO PROCESSUAL .....................................................................................................233
4. INFRAÇÕES ADMINISTRATIVAS E CRIMES ..........................................................................................................236
14. DIREITO PENAL 237
1. CONCEITO, FONTES E PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL .................................................................................237
2. APLICAÇÃO DA LEI NO TEMPO .............................................................................................................................237
3. APLICAÇÃO DA LEI NO ESPAÇO ...........................................................................................................................238
4. CLASSIFICAÇÃO DOS CRIMES ..............................................................................................................................240
5. FATO TÍPICO E TIPO PENAL .....................................................................................................................................240
6. CRIMES DOLOSOS, CULPOSOS E PRETERDOLOSOS ......................................................................................242
7. ERRO DE TIPO, DE PROIBIÇÃO E DEMAIS ERROS .............................................................................................243
8. TENTATIVA, CONSUMAÇÃO, DESISTÊNCIA, ARREPENDIMENTO E CRIME IMPOSSÍVEL .........................243
9. ANTIJURIDICIDADE E CAUSAS EXCLUDENTES ..................................................................................................245
10. CONCURSO DE PESSOAS .......................................................................................................................................246
11. CULPABILIDADE E CAUSAS EXCLUDENTES .........................................................................................................247
12. PENA E MEDIDA DE SEGURANÇA .........................................................................................................................247
13. CONCURSO DE CRIMES ..........................................................................................................................................250
14. EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE ................................................................................................................................251
15. CRIMES CONTRA A PESSOA ...................................................................................................................................252
16. CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO .......................................................................................................................253
17. CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL ............................................................................................................255
18. CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA ............................................................................................................................256
COMO PASSAR OABVI
19. CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA .............................................................................................256
20. CRIMES CONTRA AS FINANÇAS PÚBLICAS ........................................................................................................257
21. CRIMES RELATIVOS A DROGAS .............................................................................................................................258
22. LEI MARIA DA PENHA ...............................................................................................................................................258
23. CRIMES DE TRÂNSITO ..............................................................................................................................................259
24. CRIMES CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA ...........................................................................................................260
25. CRIMES HEDIONDOS ..............................................................................................................................................260
26. OUTROS CRIMES ......................................................................................................................................................261
27. TEMAS COMBINADOS .............................................................................................................................................261
15. DIREITO PROCESSUAL PENAL 263
1. FONTES, PRINCÍPIOS GERAIS E INTERPRETAÇÃO .............................................................................................263
2. INQUÉRITO POLICIAL E OUTRAS FORMAS DE INVESTIGAÇÃO CRIMINAL ..............................................265
3. AÇÃO PENAL, SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO E AÇÃO CIVIL ..............................................267
4. JURISDIÇÃO E COMPETÊNCIA; CONEXÃO E CONTINÊNCIA .........................................................................268
5. QUESTÕES E PROCESSOS INCIDENTES ...............................................................................................................269
6. PROVA ..........................................................................................................................................................................270
7. PRISÃO, MEDIDAS CAUTELARES E LIBERDADE PROVISÓRIA .........................................................................272
8. SUJEITOS PROCESSUAIS, CITAÇÃO, INTIMAÇÃO E PRAZOS .........................................................................274
9. PROCESSO E PROCEDIMENTO; SENTENÇA, PRECLUSÃO E COISA JULGADA............................................275
10. PROCESSO DOS CRIMES DE COMPETÊNCIA DO JÚRI ....................................................................................275
11. NULIDADES ................................................................................................................................................................276
12. RECURSOS ..................................................................................................................................................................276
13. HABEAS CORPUS, MANDADO DE SEGURANÇA E REVISÃO CRIMINAL .......................................................277
14. EXECUÇÃO PENAL .....................................................................................................................................................278
15. LEGISLAÇÃO EXTRAVAGANTE E TEMAS COMBINADOS ..................................................................................279
18. DIREITO ELEITORAL 281
1. PRINCÍPIOS, DIREITOS POLÍTICOS, ELEGIBILIDADE ........................................................................................281
2. INELEGIBILIDADE ......................................................................................................................................................281
3. ALISTAMENTO ELEITORAL, DOMICÍLIO ..............................................................................................................282
4. PARTIDOS POLÍTICOS, CANDIDATOS, SISTEMAS ELEITORAIS ......................................................................282
5. ELEIÇÕES, VOTOS, APURAÇÃO, QUOCIENTES ELEITORAL E PARTIDÁRIO .................................................284
6. PROPAGANDA ELEITORAL E RESTRIÇÕES NO PERÍODO ELEITORAL ...........................................................284
7. PRESTAÇÃO DE CONTAS, DESPESAS, ARRECADAÇÃO, FINANCIAMENTO DE CAMPANHA ...................285
8. JUSTIÇA ELEITORAL ..................................................................................................................................................286
9. AÇÕES, RECURSOS, IMPUGNAÇÕES ...................................................................................................................286
10. CRIMES ELEITORAIS ..................................................................................................................................................289VIISUMÁRIO
11. CONDUTAS VEDADAS AOS AGENTES PÚBLICOS .............................................................................................290
12. COMBINADAS E OUTRAS MATÉRIAS ...................................................................................................................290
19. DIREITO FINANCEIRO 293
1. PRINCÍPIOS E NORMAS GERAIS ............................................................................................................................293
2. LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL – LOA .......................................................................................................................294
3. RECEITA PÚBLICA ......................................................................................................................................................294
4. PRECATÓRIOS ............................................................................................................................................................295
5. LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL ......................................................................................................................295
6. OUTROS TEMAS E COMBINADOS ........................................................................................................................296
20. DIREITO PREVIDENCIÁRIO 297
1. PRINCÍPIOS E NORMAS GERAIS ............................................................................................................................297
2. CUSTEIO ......................................................................................................................................................................297
3. SEGURADOS, DEPENDENTES .................................................................................................................................297
4. BENEFÍCIOS ................................................................................................................................................................299
5. SERVIDORES PÚBLICOS ..........................................................................................................................................302
6. AÇÕES PREVIDENCIÁRIAS ......................................................................................................................................302
7. ASSISTÊNCIA SOCIAL E SAÚDE .............................................................................................................................303
8. OUTROS TEMAS E MATÉRIAS COMBINADAS.....................................................................................................304
1. PODER CONSTITUINTE1-2
(OAB/Exame Unificado – 2007.2) O poder constituinte reforma-
dor manifestado por meio de emendas
(A) permite que a matéria constante de proposta de 
emenda rejeitada ou havida por prejudicada seja 
objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa, 
desde que por iniciativa da maioria absoluta dos 
membros do Congresso Nacional.
(B) tem por características ser inicial, ilimitado, autônomo 
e incondicionado.
(C) pode ser iniciado por meio das mesas das assembleias 
legislativas.
(D) exige, no âmbito federal, que a proposta seja discutida 
e votada em cada casa do Congresso Nacional, em 
dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, 
em ambos, três quintos dos votos dos respectivos 
membros.
A: incorreta. A proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada 
não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa 
(art. 60, § 5º, da CF). O poder constituinte derivado reformador, que é 
o poder de fazer emendas constitucionais, possui certos limites, dentre 
os quais, os denominados limites formais ou procedimentais. Essa 
impossibilidade de reapresentação de proposta de emenda rejeitada 
ou prejudicada, na mesma sessão legislativa, é um exemplo de limite 
formal; B: incorreta. As características mencionadas são atribuídas 
ao poder constituinte originário. O derivado reformador, ao contrário, 
não é inicial, pois deriva do originário e a ele é subordinado, não detém 
autonomia, possui limites e é condicionado; C: incorreta. O art. 60, III, 
da CF exige que a proposta de emenda seja feita por mais da metade das 
Assembleias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, 
cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros; D: correta. É 
o que se extrai do art. 60, § 2º, da CF. Gabarito “D”
(FGV – 2008) Acerca do poder constituinte instituído, é 
correto afirmar que, a partir da vigente Constituição da 
República, ele poderá ser exercido no âmbito:
(A) da União, exclusivamente.
(B) da União, dos Estados e do Distrito Federal, exclusi-
vamente.
(C) da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios.
(D) dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, 
exclusivamente.
(E) dos Municípios, exclusivamente.
1. Os comentários das questões do Exame Unificado 2010.1 
foram feitos pela própria organizadora da prova. 
2. Bruna Vieira comentou as questões dos Exames Unificados 
2014.3, 2015.1, 2015.2, 2015.3, 2016.1 e 2016.2. Bruna 
Vieira e Teresa Melo comentaram as demais questões.
Ao contrário do Poder Constituinte Originário (que é inicial, autô-
nomo, ilimitado e incondicionado), o Poder Constituinte Derivado é 
secundário, subordinado, limitado, e exercido pelos representantes 
do povo. Daí resulta a conclusão de que o poder constituinte derivado 
encontra limites nas regras previstas pelo constituinte originário. Poder 
constituinte instituído (ou constituído, ou secundário) é sinônimo de 
Poder Constituinte Derivado. Como defendido em doutrina, o poder 
constituinte derivado pode ser exercido através da reforma da Consti-
tuição Federal ou da Constituição Estadual (poder constituinte derivado 
reformador), pela revisão da Constituição Federal (poder constituinte 
derivado revisor, art. 3º do ADCT) ou por intermédio da elaboração 
das constituições estaduais e da lei orgânica do Distrito Federal (poder 
constituinte derivado decorrente). Apesar de o tema ser controvertido 
em doutrina, a banca considerou que os Municípios também exercem 
o poder constituinte derivado decorrente quando na elaboração de 
suas leis orgânicas. Gabarito “C”
(FGV – 2008) O Poder Constituinte Originário tem por 
características ser:
(A) incondicionado e irrestrito.
(B) permanente e limitado.
(C) primário e condicionado.
(D) autônomo e restrito.
(E) ilimitado e transitório.
O Poder Constituinte Originário (PCO) é inicial porque inaugura uma 
nova ordem jurídica; ilimitado porque não se submete aos limites 
impostos pela ordem jurídica anterior; autônomo porque exercido 
livremente por seu titular (o povo) e incondicionado por não se submeter 
a nenhuma forma preestabelecida para sua manifestação. Gabarito “A”
(FGV – 2008) A respeito do poder constituinte derivado, 
assinale a afirmativa incorreta.
(A) O procedimento que deve ser adotado para a reforma 
do texto constitucional está necessariamente previsto 
na própria Constituição.
(B) A aprovação de uma emenda constitucional depende 
dos votos favoráveis de 3/5 dos membros de cada 
Casa do Congresso Nacional, obtidos em dois turnos 
de votação em cada uma delas.
(C) As chamadas cláusulas pétreas da Constituição esta-
belecem limitações materiais ao poder constituinte 
derivado.
(D) É vedada a aprovação de emenda constitucional que 
altere o regime constitucional da previdência social, 
tal como instituído no art. 201 e seguintes da Consti-
tuição de 1988.
(E) Norma aprovada pelo poder constituinte derivado está 
sujeita ao controle judicial de constitucionalidade.
A: correta. O procedimento vem previsto na Constituição Federal e cons-
titui um limite implícito ao poder de reforma da Constituição, justamente 
porque o Poder Constituinte Derivado não pode se sobrepor à vontade 
do Poder Constituinte Originário; B: correta, conforme dispõe o art. 60, 
2. Direito ConStituCional
Bruna Vieira e Teresa Melo1-2
BRUNA VIEIRA E TERESA MELO2
§ 2º, da CF; C: correta. Art. 60, § 4º, da CF;D: incorreta, devendo ser 
assinalada. O regime constitucional da Previdência Social não constitui 
cláusula pétrea, tendo sido objeto de várias reformas ao longo dos anos; 
E: correta. É pacífico o entendimento de que cabe controle de norma 
constitucional oriunda de emenda à Constituição (já que constitui mani-
festação do Poder Constituinte Derivado). Só não podem ser objeto de 
controle de constitucionalidade as normas constitucionais originárias, 
porque é fruto do Poder Constituinte Originário. 
Gabarito “D”
2. TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E PRINCÍPIOS 
FUNDAMENTAIS
(OAB/Exame Unificado – 2007.3) Quanto ao processo de 
mudança, a Constituição Federal de 1988 pode ser 
classificada como
(A) flexível, por admitir alteração por iniciativa não só dos 
membros do Congresso Nacional, como também do 
Presidente da República.
(B) semirrígida, por admitir alteração de seu conteúdo, 
exceto com relação às cláusulas pétreas.
(C) transitoriamente rígida, por não admitir a alteração 
dos Atos das Disposições Constitucionais Transitórias.
(D) rígida, por admitir a alteração de seu conteúdo por 
meio de processo mais rigoroso e complexo que o 
processo de elaboração das leis comuns.
A: incorreta. Quanto ao processo de mudança as constituições podem 
ser classificadas em rígidas, semirrígidas ou flexíveis. As rígidas são 
aquelas alteráveis somente por um processo mais solene, mais difi-
cultoso que o processo de alteração das demais normas jurídicas. As 
flexíveis são modificáveis livremente pelo legislador, observando-se o 
mesmo processo de elaboração e modificação das normas infracons-
titucionais. E, por último, as semirrígidas são as que possuem uma 
parte rígida e outra flexível. A parte rígida é alterável por um processo 
mais dificultoso do que o das demais normas jurídicas e a parte flexí-
vel, pelo mesmo processo de elaboração e modificação destinado às 
leis infraconstitucionais. Desse modo, o que essa classificação toma 
por base é o processo de alteração das normas constitucionais e não 
somente a iniciativa. A Constituição Federal de 1988 é uma constituição 
rígida (art. 60 da CF); B: incorreta. O fato de a Constituição Federal trazer 
núcleos essenciais intangíveis, cláusulas pétreas, não faz com que ela 
seja semirrígida, como mencionado na alternativa, tal classificação leva 
em conta o processo de alteração da Constituição Federal. Vale lembrar 
que apenas a doutrina minoritária menciona que a Constituição Federal 
de 1988 é considerada super-rígida, pelo fato de conter determinadas 
matérias (cláusulas pétreas) que não podem ser suprimidas do texto; 
C: incorreta. O STF já afirmou que as normas constantes do ADCT 
podem ser alteradas por meio do processo legislativo das emendas 
constitucionais. Além disso, a Constituição Federal é classificada como 
rígida e não transitoriamente rígida; D: correta. A Constituição Federal 
de 1988 é rígida, pois admite a alteração de seu conteúdo por meio 
de processo mais rigoroso e complexo que o processo de elaboração 
das leis comuns.
Gabarito “D”
(OAB/Exame Unificado – 2007.1) Acerca da teoria geral da 
Constituição Federal, assinale a opção correta.
(A) O constitucionalismo, que pode ser conceituado 
como o movimento político-social que pretende limi-
tar o poder e estabelecer o rol de direitos e garantias 
fundamentais, está diretamente relacionado com a 
ideologia socialista do início da primeira metade do 
século XX.
(B) O poder constituinte derivado decorrente é caracteri-
zado essencialmente pela sua ausência de vinculação 
a qualquer regra anterior, pela sua autonomia e pela 
sua incondicionalidade.
(C) O poder de reforma está limitado às chamadas cláu-
sulas pétreas, entre as quais se inclui a proibição de 
mudança do voto majoritário ou proporcional pelo 
voto distrital misto.
(D) O valor social do trabalho e da livre iniciativa é um 
dos fundamentos da República Federativa do Brasil.
A: incorreta, vez não é correta a afirmação de que o constitucionalismo 
estaria diretamente relacionado com a ideologia socialista do início da 
primeira metade do século XX; B: incorreta. Criado e instituído pelo 
poder constituinte originário, o poder constituinte derivado decorrente 
é limitado e condicionado a ele; C: incorreta. Art. 60, § 4º, da CF; D: 
correta. Art. 1º, IV, da CF. Gabarito “D”
(FGV – 2009) Entre os objetivos fundamentais da República 
Federativa do Brasil, constantes da Constituição Federal 
de 1988, não se inclui:
(A) promover o bem de todos.
(B) erradicar a marginalização.
(C) reduzir as desigualdades sociais.
(D) priorizar o desenvolvimento das regiões rurais.
(E) construir uma sociedade livre, justa e solidária.
A questão encontra respaldo no art. 3º da CF que enumera os objetivos 
fundamentais da República Federativa do Brasil, quais sejam: construir 
uma sociedade livre justa e solidária, garantir o desenvolvimento nacional, 
erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e 
regionais, promover o bem de todos, sem preconceitos de raça, sexo, cor, 
idade e quaisquer outras formas de discriminação. A prioridade no desen-
volvimento das regiões rurais não é considerada objetivo fundamental. Gabarito “D”
(FGV – 2008) Assinale a opção que reúne todos os fun-
damentos da República Federativa do Brasil, tal como 
previstos no art. 1º da Constituição de 1988.
(A) a soberania; a cidadania; a dignidade da pessoa 
humana; a cooperação entre os povos para o progresso 
da humanidade.
(B) a soberania; a cidadania; a dignidade da pessoa 
humana; a autodeterminação dos povos.
(C) a soberania; a cidadania; a dignidade da pessoa 
humana; a concessão de asilo político.
(D) a soberania; a cidadania; a dignidade da pessoa 
humana; a solução pacífica dos conflitos.
(E) a soberania; a cidadania; a dignidade da pessoa 
humana; os valores sociais do trabalho e da livre 
iniciativa; o pluralismo político.
A questão encontra respaldo no art. 1º da CF que enumera os funda-
mentos da República Federativa do Brasil, quais sejam: a soberania, a 
cidadania, a dignidade da pessoa humana, os valores sociais do trabalho 
e da livre iniciativa e o pluralismo político. Gabarito “E”
(FGV – 2008) Relativamente aos princípios fundamentais, 
assinale a alternativa incorreta:
(A) A República Federativa do Brasil é formada pela união 
dissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito 
Federal.
32. DiREiTO CONsTiTUCiONAl
(B) A República Federativa do Brasil constitui-se em 
Estado Democrático de Direito
(C) Constitui objetivo fundamental da República Federa-
tiva do Brasil construir uma sociedade livre, justa e 
solidária.
(D) são Poderes da União, independentes e harmônicos 
entre si, o legislativo, o Executivo e o Judiciário.
(E) Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio 
de representantes eleitos ou diretamente, nos termos 
da Constituição.
A: incorreta, devendo ser assinalada. O art. 1º da CF dispõe que a 
República Federativa do Brasil é formada pela união indissolúvel dos 
Estados e Municípios e do Distrito Federal; B: correta. É o que determina 
o art. 1º da CF; C: correta (art. 3º, I, da CF). D: correta (art. 2º da CF); 
E: correta (art. 1º, parágrafo único, da CF). 
Gabarito “A”
(FGV – 2008) O Brasil é uma república, a indicar o governo 
como:
(A) sistema. 
(B) forma.
(C) regime 
(D) paradigma.
(E) modelo.
São formas de Estado: Unitário e Federal; formas de Governo: República 
ou Monarquia; Sistemas de Governo: Presidencialista ou Parlamenta-
rista; Regimes políticos: Aristocracia, Oligarquia ou Democracia. Outros 
falam simplesmente em Democracia ou Ditadura. O Brasil é um Estado 
Federal, Republicano, Presidencialista e Democrático (art. 1º da CF). 
Gabarito “B”
(FGV – 2008) A Constituição da República, em seu art. 1º, 
determina que a República Federativa do Brasil, formada 
pela união indissolúvel dos Estados, Municípios e do 
Distrito Federal, tem como fundamento(s):
(A) os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa.
(B) a garantia do desenvolvimento nacional.
(C) a erradicação da pobrezae da marginalização e a 
redução das desigualdades sociais e regionais.
(D) a prevalência dos direitos humanos.
(E) a promoção do bem de todos, sem preconceitos de 
origem, raça, sexo ou qualquer outra forma de discri-
minação.
A: correta. Art. 1º, IV, da CF; B, C e E: incorretas. Constituem objetivos da 
República Federativa do Brasil (art. 3º, II, III e IV, da CF); D: incorreta. É 
princípio que rege as relações internacionais do Brasil (art. 4º, II, da CF). 
Gabarito “A”
(FGV – 2008) É consequência da rigidez constitucional:
(A) o princípio do Estado Democrático de Direito.
(B) o princípio da supremacia da Constituição.
(C) a inalterabilidade do texto constitucional.
(D) o controle concentrado da constituição.
(E) a presença, em seu texto, de normas fundamentais.
São rígidas as constituições em que o mecanismo de alteração das 
normas constitucionais é mais difícil que o previsto para a modificação 
de normas infraconstitucionais. A Constituição Federal de 1988 é rígida, 
pois estabelece em seu texto um procedimento mais qualificado para 
aprovação de emendas constitucionais que o de alteração das leis em 
geral (art. 60 da CF). A rigidez, portanto, tem como consequência a 
supremacia da Constituição sobre as demais normas jurídicas, pois 
nenhuma lei ou ato normativo pode contrariar o disposto na Constituição 
Federal. Se não existisse um procedimento mais difícil para a alteração 
das normas constitucionais, qualquer norma infraconstitucional pos-
terior à Constituição e com ela incompatível iria revogar o comando 
da Constituição Federal.Gabarito “B”
(FGV – 2008) Mutação constitucional é:
(A) o mesmo que reforma da constituição.
(B) o mesmo que emenda da constituição.
(C) o processo não formal de mudança de constituição 
flexível.
(D) o processo não formal de mudança de constituição 
rígida.
(E) o processo formal de alteração do texto constitucional.
A alteração da Constituição pode ocorrer pela via formal (emendas à 
Constituição) ou pela via informal (mutação constitucional). A mutação 
permite que o sentido e o alcance da norma constitucional sejam alte-
rados sem que haja qualquer modificação no texto do dispositivo da 
Constituição. É feita pelos órgãos estatais ou pelos costumes sociais. Gabarito “D”
(FGV – 2008) Assinale a afirmativa incorreta.
(A) são características do princípio republicano: eleições 
periódicas para Chefe de Estado e Chefe de Governo, 
cidadania, soberania, diversas esferas de distribuição 
de poder, observância dos direitos fundamentais 
implícitos e explícitos, observância dos princípios 
sensitivos.
(B) O princípio da indissolubilidade do vínculo federativo 
no Estado Federal Brasileiro tem como finalidades 
básicas a unidade nacional e a necessidade descen-
tralizadora.
(C) O princípio republicano impede que prevaleça a prer-
rogativa de foro, perante o supremo Tribunal Federal, 
nas infrações penais comuns, mesmo que a prática 
delituosa tenha ocorrido durante o período de ativi-
dade funcional, se sobrevier a cessação da investidura 
do indiciado, denunciado ou réu, no cargo, função 
ou mandato, cuja titularidade se qualifica como o 
único fator de legitimidade constitucional apto a fazer 
instaurar a competência penal originária do sTF.
(D) Como corolário do princípio federativo, a União, os 
Estados-membros, o Distrito Federal e os Municípios, 
no Brasil, são autônomos e possuidores da tríplice 
capacidade de auto-organização e normatização 
própria, autogoverno e autoadministração.
(E) A garantia constitucional de imunidade recíproca 
entre União, Estados, Distrito Federal e Municípios é 
corolário do princípio federativo.
A: incorreta, devendo ser assinalada. O princípio republicano não tem 
por característica diversas esferas de distribuição de poder, pois o 
Estado pode ser unitário, isto é, ter o poder centralizado. É o caso da 
República Portuguesa; B: correta. Art. 1º da CF; C: correta. conforme 
foi estabelecido pelo STF no julgamento do AgRg no Inq 1.376-4/
MG, Pleno, j. 15.02.2007, rel. Min. Celso de Mello, DJ 16.03.2007 em 
razão do cancelamento da Súmula 394 do STF. Vale acrescentar a tese 
definida na AP 937 QO, rel. Min. Roberto Barroso, P, j. 03.05.2018, 
DJE 265 de 11.12.2018 segundo a qual: “ I – O foro por prerrogativa 
de função aplica-se apenas aos crimes cometidos durante o exercício 
BRUNA VIEIRA E TERESA MELO4
do cargo e relacionados às funções desempenhadas; e II – Após o final 
da instrução processual, com a publicação do despacho de intimação 
para apresentação de alegações finais, a competência para processar e 
julgar ações penais não será mais afetada em razão de o agente público 
vir a ocupar outro cargo ou deixar do cargo que ocupava, qualquer 
que seja o motivo; D: correta. Os entes federativos são autônomos 
e, segundo a doutrina, a autonomia consiste na capacidade de auto-
-organização (cada um dos entes federativos pode elaborar sua própria 
Constituição), autogoverno (garantia assegurada ao povo de escolher 
seus próprios dirigentes e de, através deles, editar leis) e autoadminis-
tração (capacidade assegurada aos Estados de possuir administração 
própria, faculdade de dar execução às leis vigentes); E: correta. Sim, 
em razão da igualdade político-jurídica que os entes federados possuem 
na Federação brasileira. Gabarito “A”
3. HERMENÊUTICA CONSTITUCIONAL 
E EFICÁCIA DAS NORMAS 
CONSTITUCIONAIS
(OAB/Exame Unificado – 2007.1) No que concerne à hermenêu-
tica e à aplicação das normas constitucionais, assinale 
a opção correta.
(A) Denomina-se mutação constitucional o processo 
formal de alteração da Constituição por meio das 
técnicas de revisão e reforma constitucional.
(B) Quando uma norma infraconstitucional contar com 
mais de uma interpretação possível, uma, no mínimo, 
pela constitucionalidade e outra ou outras pela incons-
titucionalidade, adota-se a técnica da interpretação 
conforme para, sem redução do texto, escolher aquela 
ou aquelas que melhor se conforme(m) à Constituição, 
afastando-se, consequentemente, as demais.
(C) Ao contrário da norma de eficácia plena, a norma 
constitucional de eficácia contida é aquela que já 
contém todos os elementos necessários para a sua 
aplicação imediata, não admitindo qualquer norma-
tividade ulterior, seja para aumentar a sua eficácia, 
seja para restringi-la.
(D) A norma constitucional que preceitua como objetivos 
da República Federativa do Brasil erradicar a pobreza 
e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais 
e regionais é enquadrada como norma constitucional 
de eficácia plena.
A: incorreta. Mutação constitucional não é o processo formal de altera-
ção da Constituição, mas, sim, alteração no significado interpretativo da 
norma constitucional; B: correta. É o chamado princípio da interpretação 
conforme a Constituição. Consiste no mecanismo por meio do qual o 
intérprete, diante de normas de caráter polissêmico ou plurissignifi-
cativo, deve dar prioridade à interpretação que melhor atenda ao texto 
constitucional; C: incorreta. As normas de eficácia contida de fato têm 
aplicabilidade imediata, mas podem ter o seu alcance reduzido, contido 
pela atividade do legislador infraconstitucional (chamadas também de 
normas de eficácia redutível ou restringível); D: incorreta. Trata-se de 
norma de eficácia limitada de princípio programático, na medida em que 
estabelece um programa a ser implementado por meio de legislação 
integrativa da vontade constituinte. Gabarito “B”
(FGV – 2008) A respeito do tema da interpretação constitu-
cional, assinale a afirmativa correta.
(A) Pelo princípio da unidade da Constituição, as normas 
constitucionais devem ser interpretadas em conjunto, 
para evitar possíveis contradições com outras normas 
da própria Constituição.
(B) O princípio da concordância prática estabelece que 
a Constituição, para manter-se atualizada, deve ser 
interpretada no sentido de tornar sempre atuais os seus 
preceptivos, os quais devem acompanhar as condi-
ções reais dominantes numa determinada situação.
(C) O princípioda força normativa da Constituição esta-
belece que os bens jurídicos, constitucionalmente 
protegidos, devem ser coordenados com vistas à 
resolução dos problemas concretos.
(D) O princípio do critério da correção funcional esta-
belece que, se a Constituição propõe criar e manter 
a unidade política, os pontos de vista, incumbidos 
de interpretar as suas normas, diante dos problemas 
jurídico-constitucionais, devem promover a manuten-
ção de tal unidade.
(E) O princípio da legalidade coincide com o da 
reserva legal, ambos expostos no art. 5º, XXXiX, da 
CRFB/1988.
A: correta, sendo certo que não há hierarquia formal entre normas 
constitucionais, mas hierarquia axiológica; B: incorreta. Pelo princípio 
da concordância prática ou harmonização, diante da inexistência de 
hierarquia entre os princípios constitucionais deve-se buscar a redução 
proporcional do alcance de cada um dos bens em conflito, de modo 
que seus núcleos não sejam atingidos, evitando o sacrifício total de um 
bem em benefício do outro; C: incorreta. A força normativa prioriza a 
interpretação constitucional que possibilita a atualidade normativa do 
texto, garantindo, ao mesmo tempo, sua eficácia e permanência; D: 
incorreta. O princípio da correção funcional prescreve que o intérprete 
deve fiel observância à repartição constitucional de competências e de 
funções entre os poderes estatais (separação de poderes); E: incorreta. 
O princípio da legalidade está expresso no art. 5º, II, da CF. 
Gabarito “A”
(FGV – 2008) O princípio da concordância prática, adotado 
no âmbito da hermenêutica constitucional, é avaliado:
(A) a posteriori. 
(B) ex nunc.
(C) a priori. 
(D) ex tunc.
(E) a fortiori.
Diante de um conflito, os bens em jogo são previamente sopesados, a 
fim de estabelecer limites e condicionamentos recíprocos sem, contudo, 
sacrificar o núcleo de cada um deles. 
Gabarito “C”
(FGV – 2008) Assinale a afirmativa incorreta.
(A) As normas constitucionais definidoras dos direitos e 
garantias fundamentais têm aplicação imediata.
(B) As normas constitucionais podem ter eficácia plena, 
contida e limitada.
(C) As normas constitucionais de eficácia plena são 
aquelas que desde a entrada em vigor da Constitui-
ção produzem, ou podem produzir, todos os efeitos 
essenciais, relativos aos interesses, comportamentos 
e situações, que o legislador constitucional, direta e 
normativamente, quis regular.
(D) As normas constitucionais de eficácia contida são 
aquelas que apresentam aplicação indireta, mediata 
e reduzida, porque somente incidem totalmente sobre 
52. DiREiTO CONsTiTUCiONAl
os interesses, após uma normatividade ulterior que 
lhes desenvolva a aplicabilidade.
(E) As normas constitucionais programáticas são de 
aplicação diferida e não de aplicação ou execução 
imediata.
As normas constitucionais de eficácia contida (ou redutível ou restringí-
vel) correspondem àquelas que, muito embora tenham eficácia direta e 
aplicabilidade imediata quando da promulgação da Constituição Federal, 
podem vir a ser restringidas pelo legislador infraconstitucional no futuro. 
Vale dizer, ainda que autoaplicável, autoriza a posterior restrição pelo 
legislador. Normas constitucionais de eficácia limitada são as que 
possuem aplicabilidade indireta e eficácia mediata, pois dependem 
da intermediação do legislador infraconstitucional para que possam 
produzir seus efeitos jurídicos próprios. De acordo com a doutrina, as 
normas constitucionais de eficácia limitada podem ser: a) de princípio 
institutivo (ou organizativo) ou b) de princípio programático. Serão de 
princípio institutivo se contiverem regras de estruturação de institui-
ção, órgãos ou entidades, como a norma do art. 18, § 2º, da CF. As 
normas constitucionais de eficácia limitada e de princípio programático 
veiculam programas a serem implementados pelo Estado (arts. 196, 
205 e 215, da CF). Ou seja, as normas programáticas estabelecem 
diretrizes a serem atingidas pelo Estado, bem como a direção que 
deve tomar o legislador ordinário na implementação das políticas de 
governo. Por fim, as normas constitucionais de eficácia plena são 
aquelas que desde a promulgação do texto constitucional estão aptas 
a produzirem seus efeitos jurídicos próprios, por terem eficácia direta 
e aplicabilidade imediata. 
Gabarito “D”
4. CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
4.1. Controle de constitucionalidade em geral
(OAB/Exame Unificado – 2007.3) O controle concentrado da 
constitucionalidade das leis é exercido pelo
(A) Presidente da República, quando este veta projeto de 
lei.
(B) supremo Tribunal Federal (sTF), quando este julga 
recurso extraordinário.
(C) Tribunal de Justiça do Estado, quando este julga ação 
direta de inconstitucionalidade.
(D) Juiz singular de primeiro grau, quando este julga 
mandado de segurança coletivo.
A: incorreta. Quando o Presidente da República veta um projeto de 
lei por entendê-lo inconstitucional (veto jurídico), fala-se em controle 
preventivo de constitucionalidade; B: incorreta. O STF, ao julgar recurso 
extraordinário, está exercendo controle difuso de constitucionalidade; 
C: correta (art. 125, § 2º, da CF). Nesse caso, estamos diante do con-
trole concentrado de constitucionalidade estadual: aquele que ocorre 
quando o Tribunal de Justiça do Estado analisa, por meio de ação direta 
de inconstitucionalidade, se uma lei ou ato normativo está ou não de 
acordo com a Constituição do respectivo Estado; D: incorreta. Não há 
se falar, aqui, em controle de constitucionalidade. 
Gabarito “C”
(OAB/Exame Unificado – 2007.3) No que se refere ao sistema 
brasileiro de controle de constitucionalidade, assinale a 
opção incorreta.
(A) Admite-se o ajuizamento de reclamação para garantir 
a autoridade de decisão do sTF proferida, em medida 
cautelar, em ação direta de inconstitucionalidade.
(B) É legitimado para propor ação direta de inconstitu-
cionalidade o presidente da OAB.
(C) Admite-se o uso do mandado de segurança por parla-
mentares para garantir que o processo legislativo em 
curso no Congresso Nacional seja conduzido sem 
vícios de forma.
(D) É cabível ação direta de inconstitucionalidade para 
impugnar o decreto que incorpora o tratado interna-
cional no direito brasileiro.
A: correta, conforme o art. 102, I, “l”, da CF; B: incorreta, devendo ser 
assinalada. O art. 103, VII, da CF confere legitimidade ao Conselho 
Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, e não ao seu presidente; C: 
correta. O entendimento no STF é no sentido de que cabe a impetração 
de mandado de segurança, art. 5º, LXIX, da CF, por parlamentar, com 
o objetivo de garantir que o processo legislativo seja conduzido sem 
vícios. Constitui direito público subjetivo dos membros do Poder Legis-
lativo a atuação em um procedimento límpido, sem vícios. Nesse caso, 
o Poder Judiciário, ao analisar o mandado de segurança impetrado, 
faz controle difuso e prévio de constitucionalidade. Vejam que é uma 
exceção, pois, em regra, o Poder Judiciário faz controle posterior ou 
repressivo de constitucionalidade e, nessa hipótese, como a lei ainda 
não existe, há apenas o projeto de lei, o Poder Judiciário está fazendo 
controle prévio ou preventivo de constitucionalidade; D: correta (art. 
102, I, “a”, da CF). Independente da natureza dos tratados e conven-
ções internacionais, eles sempre poderão ser objeto de ação direta de 
inconstitucionalidade.
Gabarito “B”
(OAB/Exame Unificado – 2007.2) Em relação ao controle de 
constitucionalidade das leis no direito brasileiro, assinale 
a opção correta.
(A) O autor de ação declaratória de constitucionalidade 
deve demonstrar existência de controvérsia judicial 
na aplicação da norma pelos tribunais ao questionar 
a norma perante o supremo Tribunal Federal (sTF).
(B) Não se exige de governador de estado demonstração 
de pertinência temática para propositura de ação 
direta de inconstitucionalidade.
(C) Resolução do senado Federal é o instrumento ade-
quado para dar eficácia erga omnes à decisão de ação 
direta de inconstitucionalidade.(D) A decisão na ação direta de inconstitucionalidade não 
tem eficácia vinculante.
A: correta. A controvérsia sobre a constitucionalidade da lei ou do ato 
normativo é pressuposto desta ação, cuja verificação está vinculada 
à existência de um número razoável de ações em que seja discutida 
a mesma questão constitucional (art. 14, III, da Lei 9.868/1999); B: 
incorreta. O governador de Estado é legitimado temático ou específico, 
a quem, por conta disso, incumbe demonstrar o vínculo de pertinên-
cia temática, o interesse de agir, segundo entendimento do STF; C: 
incorreta. A resolução do Senado Federal (art. 52, X, CF) suspenderá a 
execução de lei declarada inconstitucional pelo STF em sede de controle 
difuso de constitucionalidade. Vale lembrar que a decisão final dada 
em sede de ação direta de inconstitucionalidade já produz, em regra, 
eficácia erga omnes; D: incorreta. O art. 102, § 2º, da CF dispõe que a 
decisão produz efeito vinculante relativamente aos demais órgãos do 
Poder Judiciário e à Administração Pública direta e indireta, nas esferas 
federal, estadual e municipal. 
Gabarito “A”
(OAB/Exame Unificado – 2007.2) Acerca do controle de consti-
tucionalidade, assinale a opção correta.
BRUNA VIEIRA E TERESA MELO6
(A) É cabível a arguição de descumprimento a preceito 
fundamental mesmo quando houver outra medida 
eficaz para sanar a lesividade.
(B) No recurso extraordinário, o recorrente deverá 
demonstrar, em preliminar, a repercussão geral das 
questões constitucionais discutidas no caso, nos 
termos da lei, a fim de que o tribunal examine a 
admissão do recurso, somente podendo recusá-lo 
pela manifestação de dois terços de seus membros.
(C) Os partidos políticos têm legitimidade para instaurar 
o controle concentrado de constitucionalidade.
(D) É obrigatória a oitiva do Advogado-geral da União nas 
ações diretas de inconstitucionalidade por omissão.
A: incorreta. O art. 4º, § 1º, da Lei 9.882/1999 dispõe de forma diversa, 
pois a ADPF é uma ação subsidiária e só cabe quando não houver 
outro meio eficaz de sanar o problema; B: correta. É o que determina 
o art. 102, § 3º, da CF; C: incorreta. Apenas os partidos políticos com 
representação no Congresso Nacional têm legitimidade, conforme art. 
103, VIII, da CF; D: incorreta. De acordo com o art. 12-E, § 2º, da Lei 
9.868/1999, o relator poderá solicitar a manifestação do Advogado-Geral 
da União, que deverá ser encaminhada no prazo de 15 (quinze) dias. 
Gabarito “B”
(OAB/Exame Unificado – 2006.3) Com relação ao sTF e ao 
controle de constitucionalidade das leis, assinale a 
opção correta.
(A) No sistema constitucional brasileiro, não cabe ao juiz 
a declaração de inconstitucionalidade de lei, que é 
da competência exclusiva dos tribunais.
(B) Ao julgar apelação interposta com fundamento na 
inconstitucionalidade de lei, a turma do tribunal pode 
declarar a inconstitucionalidade desta e afastar a sua 
incidência no caso concreto.
(C) O controle incidental é a prerrogativa do sTF de 
declarar, em abstrato e com efeito erga omnes, a 
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo.
(D) O sTF poderá, após reiteradas decisões sobre matéria 
constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua 
publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante 
em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à 
administração pública.
A: incorreta. Adotamos, quanto ao controle de constitucionalidade, 
o sistema jurisdicional misto, realizado na forma concentrada (pelo 
órgão de cúpula do Poder Judiciário) e na forma difusa (por qual-
quer juiz ou tribunal); B: incorreta. Embora um juiz sozinho possa 
declarar incidentalmente a inconstitucionalidade de uma norma, o 
Tribunal, quando for fazê-lo, deve observar a denominada cláusula 
de reserva de plenário (voto da maioria absoluta dos membros ou 
dos membros do respectivo órgão especial), prevista no art. 97 
da CF e Súmula vinculante nº 10 do STF; C: incorreta. O controle 
incidental (incidenter tantum) corresponde ao controle difuso; D: 
correta (art. 103-A da CF). 
Gabarito “D”
(OAB/Exame Unificado – 2006.1) Considere que uma associação 
de moradores, constituída há mais de cinco anos na 
cidade de salvador – BA, ingressou com ação civil pública 
perante a justiça estadual baiana postulando a declaração 
de inconstitucionalidade de uma lei municipal, por ela 
violar direitos fundamentais previstos na Constituição da 
República. Nessa situação, o juiz da causa deve
(A) indeferir a petição inicial, por ilegitimidade proces-
sual ativa, na medida em que a ação civil pública é 
um instrumento processual exclusivo do Ministério 
Público.
(B) indeferir a petição inicial, pois o pedido é incompa-
tível com a via processual escolhida.
(C) indeferir a petição inicial, pois juízes estaduais não 
podem exercer controle de constitucionalidade.
(D) declarar-se incompetente para o julgamento da causa, 
pois a incompatibilidade entre leis municipais e a 
Constituição da República somente pode ser apre-
ciada pela justiça federal.
Segundo entendimento do STF, a ação civil pública somente poderá ser 
utilizada como instrumento idôneo para questionar a constitucionali-
dade de lei ou ato do Poder Público quando a questão constitucional 
identificar-se como prejudicial, incidental. No caso acima, a controvérsia 
constitucional revela-se como objeto único da demanda. 
Gabarito “B”
(FGV – 2008) A respeito do sistema de controle de consti-
tucionalidade das leis previsto na Constituição de 1988, 
analise as afirmativas a seguir:
I. O controle incidental de constitucionalidade das leis, 
no Brasil, é exercido exclusivamente pelo supremo 
Tribunal Federal, em sede de recurso extraordinário.
II. Podem propor ação direta de inconstitucionalidade 
perante o supremo Tribunal Federal, dentre outros 
legitimados, Presidente da República, os Governa-
dores de Estado ou do Distrito Federal, e o Conselho 
Federal da Ordem dos Advogados do Brasil.
III. A decisão do supremo Tribunal Federal que declarar 
a constitucionalidade ou a inconstitucionalidade de 
lei em sede de controle concentrado tem efeito vin-
culante em relação aos órgãos do Poder Judiciário e à 
Administração Pública federal, estadual e municipal.
IV. É pressuposto de admissibilidade da ação declaratória 
de constitucionalidade a existência de controvérsia 
judicial relevante sobre a aplicação do dispositivo 
legal cuja constitucionalidade se discute.
Assinale:
(A) se somente a afirmativa ii estiver correta.
(B) se somente a afirmativa iii estiver correta.
(C) se somente as afirmativas i e iii estiverem corretas.
(D) se somente as afirmativas ii, iii e iV estiverem corretas.
(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.
I: incorreta. O Brasil adota o sistema misto de constitucionalidade, vale 
dizer, convivem em nosso país o controle abstrato (ou concentrado) e 
o controle difuso (ou concreto). Dessa forma, qualquer juiz ou tribu-
nal (inclusive o STF), ao analisar um caso concreto, pode verificar a 
compatibilidade de lei ou ato normativo diante da Constituição Federal 
(controle difuso). Ao mesmo tempo, apenas ao STF cabe o controle 
concentrado (ou abstrato ou por via de ação) de lei ou ato normativo 
federal ou estadual diante da Constituição Federal (e aos TJs locais 
o controle concentrado em face da Constituição Estadual). Assim, o 
STF realiza as duas espécies de controle: o difuso, em exercício de 
competência recursal (art. 102, III, da CF), ao analisar um recurso 
extraordinário; e o concentrado, em competência originária, ao julgar 
ADI, ADC e ADPF (art. 102, I, “a” e § 1º, da CF); II: correta. Art. 103, 
I, V e VII, da CF; III: correta. Art. 102, § 2º, da CF; IV: correta. Art. 14, 
III, da Lei 9.868/1999. 
Gabarito “D”
72. DiREiTO CONsTiTUCiONAl
4.2. Controle difuso de constitucionalidade
(OAB/Exame Unificado – 2007.3) No controle de constitucio-
nalidade de ato normativo pela via difusa, discute-se 
o caso concreto. A respeito desse controle, assinale a 
opção correta.
(A) Os efeitos da declaração de inconstitucionalidadeafetam somente as partes envolvidas no processo, de 
forma retroativa, em regra, de modo a desfazer, desde 
sua origem, o ato declarado inconstitucional, junta-
mente com todas as consequências dele derivadas.
(B) A declaração de inconstitucionalidade terá efeitos ex 
tunc e erga omnes por decisão do sTF, pois somente 
a este cabe assegurar a supremacia das normas cons-
titucionais.
(C) Os efeitos devem ser inter partes, podendo, entretanto, 
ser ampliados por motivos de segurança jurídica ou 
de excepcional interesse social, em decorrência de 
decisão de dois terços dos membros do sTF.
(D) Os efeitos se tornarão ex tunc a partir do momento 
em que o senado Federal editar uma resolução sus-
pendendo a execução, no todo ou em parte, da lei ou 
ato normativo declarado inconstitucional por decisão 
definitiva do sTF.
A: correta. Diferentemente do que ocorre no controle por via de ação 
– art. 102, I, a, da CF, no controle por via de exceção, a declaração 
de inconstitucionalidade constitui exigência para a solução do caso 
concreto; não se trata, pois, de objetivo principal da lide, mas, sim, 
de mero incidente, afetando tão somente as partes do processo, de 
forma retroativa; B: incorreta. O controle difuso (por via de exceção) 
será feito por qualquer juízo ou tribunal integrante do Poder Judiciário, 
inclusive pelo próprio Supremo Tribunal Federal, e as declarações de 
inconstitucionalidade terão efeito inter partes e ex tunc; C: incorreta. 
Art. 52, X, da CF. É atribuição do Senado Federal, por intermédio de 
resolução, suspender a execução, no todo ou em parte, conferindo, 
dessa forma, eficácia erga omnes, de lei declarada inconstitucional por 
decisão definitiva do STF. Mais uma vez vale a ressalta de que o STF 
tem caminhado para a adoção da abstrativização do controle difuso, 
conforme julgado já apresentado. [ADI 3.406 e ADI 3.470, rel. min. Rosa 
Weber, j. 29-11-2017, P, Informativo 886.] ; D: incorreta. Os efeitos 
serão ex nunc, ou seja, não retroagirão. Gabarito “A”
(FGV – 2008) No controle incidenter tantum de constitucio-
nalidade, os tribunais podem modular temporalmente os 
seus efeitos, observado o quorum de:
(A) três quintos.
(B) um terço.
(C) dois terços.
(D) dois quintos.
(E) quatro quintos.
No controle por via incidental (ou difuso), a produção de efeitos 
ocorre entre as partes que participaram do processo principal (inter 
partes) e para elas têm efeitos temporais, em regra, ex tunc, podendo 
ser editada resolução do Senado Federal visando à suspensão dos 
efeitos contra todos (erga omnes), conforme previsão no art. 52, 
X, da CF. Nesse último caso, a produção de efeitos contra terceiros, 
a partir da edição da Resolução do Senado, tem eficácia ex nunc. 
Ocorre que o STF vem admitindo a aplicação ao controle difuso, por 
analogia, do disposto no art. 27 da Lei 9.868/1999, daí a necessi-
dade do quórum de dois terços. Em resumo: em controle difuso, 
para as partes que participaram do processo, a eficácia temporal 
é, em regra, ex tunc, podendo ser aplicada a modulação de efeitos 
prevista no art. 27 da Lei 9.868/1999, por analogia, observando-se 
o quórum de dois terços. Para terceiros, se editada resolução pelo 
Senado Federal (art. 52, X, da CF), a eficácia temporal é ex nunc. Vale 
lembrar que o STF tem caminhado para a abstrativização do controle 
difuso. Vejamos: “o STF declarou, por maioria e incidentalmente, 
a inconstitucionalidade do art. 2º da Lei federal 9.055/1995, com 
efeito vinculante e erga omnes. O dispositivo já havia sido declarado 
inconstitucional, incidentalmente, no julgamento da ADI 3.937/
SP (rel. orig. min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. min. Dias Toffoli, 
julgamento em 24-8-2017). A partir da manifestação do ministro 
Gilmar Mendes, o Colegiado entendeu ser necessário, a fim de 
evitar anomias e fragmentação da unidade, equalizar a decisão que 
se toma tanto em sede de controle abstrato quanto em sede de 
controle incidental. O ministro Gilmar Mendes observou que o art. 
535 do CPC reforça esse entendimento. Asseverou se estar fazendo 
uma releitura do disposto no art. 52, X, da CF, no sentido de que 
a Corte comunica ao Senado a decisão de declaração de incons-
titucionalidade, para que ele faça a publicação, intensifique a 
publicidade. O ministro Celso de Mello considerou se estar diante 
de verdadeira mutação constitucional que expande os poderes do 
STF em tema de jurisdição constitucional. Para ele, o que se propõe 
é uma interpretação que confira ao Senado Federal a possibilidade 
de simplesmente, mediante publicação, divulgar a decisão do STF. 
Mas a eficácia vinculante resulta da decisão da Corte. Daí se estaria a 
reconhecer a inconstitucionalidade da própria matéria que foi objeto 
deste processo de controle abstrato, prevalecendo o entendimento 
de que a utilização do amianto, tipo crisotila e outro, ofende pos-
tulados constitucionais e, por isso, não pode ser objeto de normas 
autorizativas. A ministra Cármen Lúcia, na mesma linha, afirmou 
que a Corte está caminhando para uma inovação da jurisprudência 
no sentido de não ser mais declarado inconstitu-cional cada ato 
normativo, mas a própria matéria que nele se contém. O ministro 
Edson Fachin concluiu que a decla-ração de inconstitucionalidade, 
ainda que incidental, opera uma preclusão consumativa da matéria. 
Isso evita que se caia numa dimensão semicircular progressiva e 
sem fim. E essa afirmação não incide em contra-dição no sentido 
de reconhecer a constitucionalidade da lei estadual que também é 
proibitiva, o que significa, por uma simetria, que todas as legislações 
que são permissivas – dada a preclusão consumativa da matéria, 
reconhecida a inconstitucionalidade do art. 2º da lei federal – são 
também inconstitucionais.[ADI 3.406 e ADI 3.470, rel. min. Rosa 
Weber, j. 29-11-2017, P, Informativo 886.];
Gabarito “C”
(FGV – 2008) A via de exceção para o controle de constitu-
cionalidade é própria:
(A) do controle difuso.
(B) do controle concentrado.
(C) do controle concentrado e difuso.
(D) do controle feito pelo Magistrado, ex officio.
(E) da ação popular.
O Brasil adota o sistema misto de constitucionalidade, vale dizer, con-
vivem em nosso País o controle abstrato (ou concentrado, ou por via 
de ação direta) e o controle difuso (ou concreto, ou por via de exceção). 
Gabarito “A”
4.3. Ação direta de inconstitucionalidade
(OAB/Exame Unificado – 2007.3) O supremo Tribunal Federal 
não tem admitido o controle por meio de ação direta de 
inconstitucionalidade de
(A) decreto autônomo.
(B) emenda à Constituição.
BRUNA VIEIRA E TERESA MELO8
(C) tratado internacional incorporado à ordem jurídica 
brasileira.
(D) norma constitucional originária.
As normas constitucionais originárias são sempre constitucionais, 
porquanto são produto do poder constituinte originário. Não há que se 
falar, pois, em controle de constitucionalidade de normas originárias. 
Os conflitos porventura existentes deverão ser harmonizados por meio 
de mecanismos de interpretação. Gabarito “D”
(OAB/Exame Unificado – 2008.2) Assinale a opção correta no que 
se refere ao controle concentrado da constitucionalidade.
(A) A ação direta contra lei municipal poderá ser ajuizada 
no supremo Tribunal Federal (sTF).
(B) A declaração de inconstitucionalidade sempre pro-
duzirá efeitos ex nunc.
(C) A ação direta contra lei estadual somente será julgada 
no tribunal de justiça local.
(D) Não há previsão constitucional para o julgamento de 
ação direta no âmbito dos tribunais regionais federais 
(TRFs).
A: incorreta. Lei municipal que viola a Constituição Federal não pode 
ser objeto de ação direta de inconstitucionalidade no STF. O que 
poderá ocorrer é a situação de uma lei municipal ferindo a Constituição 
Estadual. Nessa hipótese, é possível falar em ação direta, mas o órgão 
competente para analisá-la é o Tribunal de Justiça do Estado e não o 
STF (arts. 102, I, a, e 125, § 2º, da CF); B: incorreta. A declaração de 
inconstitucionalidade produz em regra efeitos ex tunc (retroativos); 
C: incorreta.A ação direta de inconstitucionalidade de lei estadual que 
fira a Constituição Federal será julgada pelo STF (art. 102, I, a, da 
CF; D: correta. A ação direta será julgada pelo STF (art. 102, I, a, da 
CF), quando se tratar de lei ou ato normativo federal ou estadual em 
face da Constituição Federal, e será julgada pelo TJ local (art. 125, § 
2º, da CF), em se tratando de leis ou atos normativos estaduais ou 
municipais em face da Constituição Estadual. No que concerne ao 
controle concentrado, de fato a Carta Magna não conferiu nenhuma 
competência aos TRFs. Gabarito “D”
4.4. Arguição de descumprimento de preceito 
fundamental 
(OAB/Exame Unificado – 2006.2) Em uma arguição de descum-
primento de preceito fundamental, o sTF
(A) julga um incidente processual que lhe foi submetido 
por um tribunal de segundo grau.
(B) somente pode proceder ao controle de constitucio-
nalidade de leis ou atos administrativos normativos.
(C) pode avocar processos que tramitam em tribunais 
superiores e que envolvam o controle concreto de 
constitucionalidade de atos do poder público que 
atentem contra direitos fundamentais.
(D) pode atribuir efeitos ex nunc a sua decisão.
O art. 11 da Lei 9.882/1999 trata da denominada modulação dos 
efeitos da decisão. Se valendo de tal mecanismo, o STF, tendo em 
vista razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social, 
pode, por maioria de dois terços de seus membros, restringir os 
efeitos da decisão ou determinar que ela só tenha eficácia a partir de 
seu trânsito em julgado ou de outro momento que venha a ser fixado 
(transformando, assim, os efeitos que eram ex tunc, retroativos, em 
ex nunc, não retroativos). Gabarito “D”
5. DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E 
COLETIVOS
5.1. Direitos e deveres em espécie
(OAB/Exame Unificado – 2007.3) No que se refere aos direitos 
e garantias fundamentais consagrados na CF, é correto 
afirmar que
(A) as penas de banimento restringem-se a caso de guerra 
declarada.
(B) o preso tem direito à identificação dos responsáveis 
por seu interrogatório policial.
(C) a prática da tortura é considerada crime imprescritível.
(D) o brasileiro naturalizado não poderá ser extraditado 
após a naturalização, salvo em caso de comprovado 
envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e 
drogas afins ou de condenação por crime contra a 
segurança nacional.
A: incorreta. A pena de banimento é vedada no Brasil (art. 5º, XLVII, a 
e d, da CF). O texto constitucional excepcionou tão somente a vedação 
imposta à pena de morte; B: correta (art. 5º, LXIV, da CF); C: incorreta 
(art. 5º, XLIII, da CF e Lei 9.455/1997 – Crimes de Tortura). O crime 
de racismo é que é imprescritível (art. 5º, XLII, da CF); D: incorreta 
(art. 5º, LI, da CF). 
Gabarito “B”
(OAB/Exame Unificado – 2007.2) Acerca dos direitos e garan-
tias previstos na Constituição Federal, assinale a opção 
correta.
(A) É inviolável a liberdade de consciência e de crença, 
sendo assegurado o livre exercício dos cultos religio-
sos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais 
de culto e às suas liturgias.
(B) Em nenhuma hipótese são previstas penas de morte, 
ou de caráter perpétuo, ou de trabalhos forçados, ou 
de banimento, ou cruéis.
(C) são inafiançáveis os crimes de racismo, tortura, tráfico 
ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo 
e os cometidos por grupos armados, civis e militares, 
contra a ordem constitucional e o estado democrático. 
Mas em relação aos crimes hediondos, fica o legisla-
dor autorizado a excluir ou não a inafiançabilidade.
(D) são legitimados a impetrar o mandado de segurança 
coletivo os partidos políticos e as organizações ou 
entidades legalmente constituídas e em funciona-
mento há pelo menos um ano.
A: correta (art. 5º, VI, da CF). O Brasil é um Estado leigo ou laico, por-
tanto não professa religião oficial. É ampla a liberdade de crença, sendo 
garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e às liturgias; 
B: incorreta. O art. 5º, XLVII, a, da CF trata do assunto e menciona que 
a vedação imposta à pena de morte, e somente a ela, é excepcionada 
em caso de guerra declarada; C: incorreta (art. 5º, XLII, XLIII e XLIV, 
da CF); D: incorreta (art. 5º, LXX, da CF). 
Gabarito “A”
(OAB/Exame Unificado – 2007.1) A respeito dos direitos e das 
garantias fundamentais, assinale a opção correta.
(A) No que se refere à inviolabilidade da intimidade, da 
vida privada, da honra e da imagem das pessoas, a 
Constituição Federal assegurou a preferência pelo 
92. DiREiTO CONsTiTUCiONAl
modelo de reparação em detrimento da prevenção 
ao dano.
(B) Os direitos e garantias fundamentais, criados como 
direitos negativos, impedem o poder público, mas 
não a esfera privada, de violar o espaço mínimo de 
liberdades assegurado pela Constituição Federal.
(C) De acordo com a doutrina majoritária, os direitos de 
segunda geração, ou direitos sociais, não constituem 
simples normas de natureza dirigente, sendo verda-
deiros direitos subjetivos que impõem ao Estado um 
facere. 
(D) A casa é o asilo inviolável, nela não se pode penetrar, 
salvo na hipótese de flagrante delito ou para prestar 
socorro, durante o dia, ou por ordem judicial.
A: incorreta (art. 5º, IX e X, da CF); B: incorreta. A esfera privada, a 
exemplo do poder público, também deve se abster de violar as liber-
dades asseguradas pela Constituição Federal. É a denominada eficácia 
horizontal dos direitos fundamentais; C: correta. Os direitos sociais 
estão previstos no art. 6º da CF e compreendem a educação, a saúde, 
a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, 
a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistên-
cia aos desamparados. Vale lembrar que o direito à alimentação foi 
acrescentado ao rol dos direitos sociais pela EC 64/2010; D: incorreta. 
O art. 5º, XI, da CF trata da inviolabilidade domiciliar, excepcionando 
tal regra em determinadas situações, quais sejam: flagrante delito, 
desastre, prestação de socorro e ordem judicial. Dentre as exceções, 
apenas a última, ordem judicial, tem de ser feita durante o dia. Nas 
demais hipóteses, por configurarem situações emergenciais, a Cons-
tituição Federal autoriza a entrada sem o consentimento do morador 
e em qualquer horário. Gabarito “C”
(OAB/Exame Unificado – 2006.3) Acerca dos direitos e deveres 
individuais, assinale a opção correta.
(A) A casa é asilo inviolável do indivíduo. Ninguém pode 
ingressar em residência alheia sem o consentimento 
do morador, salvo flagrante delito ou determinação 
judicial, independentemente do horário do dia ou da 
noite.
(B) A sucessão de bens de estrangeiros situados no país 
será regulada sempre pela lei brasileira em benefício 
do cônjuge ou dos filhos brasileiros, independente-
mente da lei pessoal do de cujus.
(C) Mediante o pagamento da respectiva taxa, fica asse-
gurado a todos o direito à obtenção de certidões em 
repartições públicas, para defesa de direitos e escla-
recimento de situações de interesse pessoal.
(D) Uma das inovações introduzidas pela Emenda Cons-
titucional nº 45 é a garantia dada a todos, no âmbito 
judicial e administrativo, da duração razoável do 
processo e dos meios que assegurem a celeridade de 
sua tramitação.
A: incorreta. O art. 5º, XI, da CF trata da inviolabilidade domiciliar, 
excepcionando tal regra em determinadas situações, quais sejam: 
flagrante delito, desastre, prestação de socorro e ordem judicial. Dentre 
as exceções, apenas a última, ordem judicial, tem de ser feita durante o 
dia. Nas demais hipóteses, por configurarem situações emergenciais, 
a Constituição Federal autoriza a penetração sem o consentimento do 
morador e em qualquer horário; B: incorreta. O art. 5º, XXXI, da CF 
não determina que a sucessão de bens de estrangeiros situados no 
país será sempre regulada pela lei brasileira, será desse modo se a lei 
pessoal do de cujus não for mais favorável aos herdeiros; C: incorreta. 
O direito de petição e de certidão são gratuitos, conforme dispõe o art.

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