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Universidade Federal Fluminense 
Didática
Leandro Alves 
Resumo crítico: Pedagogia do Oprimido
O livro pedagogia do oprimido trás a tona a questão da dialética entre Opressor versus Oprimido. O autor desenvolve sua critica quanto ao modelo de educação reproduzido conforme o modelo de conformismo social
Paulo freire começa o capítulo I discutindo o processo de desumanização que o opressor causa no oprimido, através da forma de imposição que um causa no outro, respectivamente, e que acaba a fazer o oprimido a acreditar que precisa do opressor. 
Um conceito importante é discutido neste capítulo: O de Revolução da contradição, onde o autor deixa explícito que uma reviravolta no campo da opressão acaba por formar novos opressores e novos oprimidos, e não a resolver este caso. Todavia é a contradição que gera a consciência, por isso o autor adverte que o processo de desintoxicação da opressão deve acontecer de maneira cuidadosa, para que não ocorra o a formação de novos opressores ou oprimidos, na realidade o processo de liberdade deve ser visto e sentido por ambas as partes, pois o homem é um ser social, logo a libertação da opressão e a consciência e transformação do meio deve ocorrer em sociedade.
Em todo o livro o autor busca mostrar como a educação brasileira produz um fetiche social, aumentando a desigualdade, a marginalização e a miséria. Ele argumenta que o ensinar não deve ser algo puramente planejado pelos os que estão no poder, assim estes só teriam em suas mãos a maior quantidade possível de oprimidos, cada vez mais. Assim, como poderá o homem sair da opressão se os que os “ensinam” a sair da mesma são também opressores? O processo de liberdade deve ser visto e sentido por ambas as partes. A libertação do estado de opressão é uma ação social, não podendo, portanto, acontecer isoladamente.
No capitulo II Paulo Freira começa uma discussão sobre a concepção ‘bancária’ de educação como um instrumento de opressão, e assim, mostra as formas mas comuns de se manter inerte uma sociedade. Ele trás a discussão de que é o professor quem faz do seu aluno um mero depositário, ao considerá-lo incapaz de produzir conhecimento. Uma vez conhecendo o sua situação na sociedade o educando jamais de curvará para o papel de oprimido, pois este buscará por igualdade. Assim, a educação problematizadora irá gerar consciência de si inserido no mundo, e ressalta a ideia de que deve existir um intercâmbio continuo de informações e saber entre educandos e educadores, com a intenção de que os primeiros não se limitem em apenas repetir mecanicamente o que lhes foi ensinado. Nesse processo de educação problematizadora, o professor aprende enquanto ensina pelo diálogo de seus educando, estimulando o ato consciente de ambos, ou seja, ensina e aprende a refletir criticamente. O processo de educação é um ato eminentemente humano, pois só os homens tem consciência de sua incompletude e, por isso busca compreender o mundo que vive em sua finitude. Mas é no ser que transforma que ele percebe a sua importância, portanto é na educação problematizadora que gera história que se humaniza a sociedade.
No capitulo III o autor demonstra o quanto é importante o desenvolvimento do diálogo no processo educativo em oposição ao método bancário de transmissão de conhecimento. A comunicação é expressa pelas palavras e pela ação, por isso a verdade tem que está constante nestes dois momentos de construção da educação, tanto do aluno quanto do professor. Paulo Freire fundamenta o diálogo no amor e aborda também a práxis, que tem como dimensões: a ação, reflexão e ação transformadora. A palavra tem nesse sentido um valor de transformação, transformar o mundo e aos homens. E para libertar os oprimidos de sua condição de opressão, utiliza-se do diálogo. 
	Educação Bancária
	Educação Libertadora
	Contradição educador-educando
	Superação da contradição
	Serve à dominação
	Serve à libertação
	Anti- dialógica
	Dialógica
	Inibe criatividade passiva
	Estimula a reflexão ativa
	Domesticadora
	Crítica
	Conservadora
	Revolucionária
Neste capítulo o autor também descreve alguns elementos chaves do seu “método”, como a utilização de temas geradores para fomentar o diálogo e o aprendizado. Os temas geradores são importantes e devem partir sempre da realidade e não como a educação tradicional que se baseia em conteúdos pré-estabelecidos. Não é possível ensinar as pessoas simplesmente com palavras que não sejam do domínio do educando. É extremamente danoso uma sociedade sem o diálogo, sem a troca de experiência, onde o “eu” é detentor da verdade absoluta, e o outro não deve interferir em seus conceitos. Sem diálogo a sociedade se divide e se torna alvo fácil dos opressores que induzem pessoas fragilizadas e egoístas, onde a liberdade será quase que impensável. O diálogo não anula o “eu”, pois parte das nossas próprias experiências, mas em comunhão com o outro, que também trazendo sua experiência constrói uma nova visão nessa troca de saberes. A liberdade é alcançada através de uma consciência crítica nas práxis, onde o eu e o outro estarão em um constante diálogo na transformação da realidade.
	O capítulo IV trata da “teorida da ação antidiagógica”, o qual relata a importância do homem como ser pensante sobre o mundo. Essa transformação se dá pela reflexão e ação. Demonstra também que um ser que represente os oprimidos, não deve constituir o seu discurso impondo seu ponto de vista, mas sim levar a verdadeira palavra daqueles o qual ele representa de maneira a trazer o novo para a sociedade em maio ao velho dominante. Além disso, o caráter revolucionário dos oprimidos, em sua ação transformadora, é uma ação pedagógica, da qual emerge novas possibilidades de renovação social
Em sua descrição sobre o sistema de opressão antidialógico, Paulo Freire descreve que são quatro os elementos utilizados para a realização da dominação: conquistar, dividir, manipular e invasão cultural. O primeiro deles é a conquista, método pelo qual o oprimido impõe jeitosamente sua cultura sobre o opressor; o segundo propões a divisão das massas, para poder dominá-las, pois povo unido é sinal de perigo e de desordem social; a través da manipulação que os opressores controlam as massas oprimidas para realização dos seus objetivos; finalizando com a invasão cultural, que é um instrumento de conquista opressora. Assim, uma minoria dominante impõe sua visão sobre o mundo a uma maioria oprimida.
Paulo Freire encerra esse capítulo colocando os elementos da ação dialógica, que são: a colaboração, a união, a organização e a síntese cultural. A colaboração do diálogo entende o outro como o outro e respeita a sua culturalidade. A união da massa oprimida se faz necessária, e é papel do representante dessa classe mantê-la unida para ganhar força de transformação. A síntese cultural se fundamenta na compreensão e confirmação da dialeticidade permanência-mudança, que compõem a estrutura social.
	Ao finalizar, foi possível perceber que esse livro elabora conceitos pedagógicos os quais o educador deve seguir para uma transformação no contexto social de dominação, que se dará através do processo de educar. Logo, opressores e oprimidos são vitímas da mesma inconsciência. E essa conscientização só de dará através de um processo gradual em que se busca a liberdade sem produzir novos opressores e oprimidos.
Universidade Federal Fluminense 
Didática
Leandro Alves 
Resumo Crítico: Pedagogia da Autonomia
	Paulo Freire começa o capítulo I desde livro fazendo criticas as formas de ensinos tradicionais das escolas. A reflexão crítica da prática é uma exigência da relação teoria/ prática, sem a qual a teoria irá virando apenas palavras, e a prática, ativismo. Neste sentido, ensinar não é transferir conhecimentos, conteúdos, nem formar é ação pela qual um sujeito criador dá forma, alma a um corpo indeciso e acomodado. Não há docência sem discência, as duas se explicam e seus sujeitos, apesar das diferenças, não se reduzem à condiçãode objeto, um do outro. Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender. O autor defende uma pedagogia fundada na ética, no respeito, na dignidade e na autonomia do educando e questiona a função de educador autoritário e conservador, que não permite a participação dos educandos, suas curiosidades, insubmissões, e as suas vivências adquiridas no decorrer da vida e do seu meio social. Além disso, coloca vários argumentos em prol de um ensino mais democrático entre educadores e educandos, tendo em vista que somos seres inacabados, em constante aprendizado. Todo indivíduo seja educadores ou educandos devem estar abertos a curiosidade, ao aprendizado durante seu percurso de vida
O autor afirma que o educador deve estar aberto também a aprender e trocar experiências com os educandos, pois a vivência dos educandos merece respeito. Em seus métodos atuais enfatiza que a curiosidade dos educandos é um aspecto positivo para o aprendizado, pois é um fator importante para o desenvolvimento da criticidade. O ensino dinâmico desenvolve a curiosidade sobre o fazer e o pensar sobre o fazer. Paulo Freire destaca a necessidade do respeito, compreensão, humildade e o equilíbrio das emoções entre educadores e educandos em seus métodos de ensino.
	No capítulo 2 Paulo Freire destaca que ensinar não é apenas transferir conhecimento, mas na verdade significa possibilitar o aluno à sua própria construção. Alegando que este deve ser o primeiro saber necessário para a formação do docente em uma perspectiva progressista. Para passar conhecimento o educador deve estar envolvido com ele, e assim envolver também os educandos, estimulando-os a desenvolver seus pensamentos. Ele se volta para a teoria do pensar certo e ressalta sobre as diferenças de tratamento das pessoas de acordo com seu nível social na sociedade. Educar é além de tudo, respeitar as diferenças sem discriminação, pois este é imoral e fere a democracia e dignidade do ser humano. Ética, o bom senso, a responsabilidade, a coerência, a humildade, a tolerância são qualidades de um bom educador. Além disso, o educador deve sempre defender seus direitos e exigir condições para que continue exercendo sua docência. 
	No capítulo 3 o autor aborda o tema da autoridade do educador. Onde é de extrema importante que o educador se faça respeitado pelos educandos. Segurança é fundamentada na competência profissional, portanto a incompetência profissional desqualifica a autoridade do professor. A autoridade deve fazer-se generosa e não arrogante. O educando que exercita sua liberdade vai se tornando tão mais livre quanto mais eticamente vá assumindo as responsabilidades de suas ações. Deixa claro que o fundamental é a construção, pelo indivíduo, da responsabilidade da liberdade que ele assume. Paulo freire também traça argumentos a favor da recriação de uma sociedade menos injusta e mais humana. Aponta que o professor exerce uma grande importância para que haja um movimento de mudança social. Os professores têm uma séria responsabilidade social e democrática. Estes devem abstrair-se da sua ignorância para escutar os educandos, sem tolí-los. Este afirma que há uma necessidade de mudanças na postura dos profissionais para enfim colaborar com a melhoria de condições e qualidade de vida, e assim desarticular qualquer forma de discriminação e injustiça, pois a educação é uma especificidade humana que intervém no mundo. A pedagogia da autonomia deve estar centrada em experiências estimuladoras da decisão e responsabilidade. Não há inteligência da realidade sem a possibilidade de ser comunicada. O professor autoritário que recusa escutar os alunos, impede a afirmação do educando como sujeito de conhecimento. 
Paulo freire também discute neste capítulo sobre a intervenção da globalização que vem robustecendo a riqueza de uns poucos e verticalizando a pobreza de milhões. A preocupação com o lucro deixa a desejar as questões de ética e solidariedade humanas. Ele cita que o desemprego no mundo não é uma fatalidade como muitos querem que acreditemos e sim o resultado de uma globalização da economia e de avanços tecnológicos, deixando de ser algo a serviço e bem estar do homem.
Universidade Federal Fluminense 
Didática
Leandro Alves 
Resumo Crítico: Pedagogia da Esperança
Na primeira parte do livro o autor se mostra preocupado com o contexto da educação brasileira, declarando a urgência da democratização da escola pública. Para ele educadores progressistas devem construir uma postura dialógica e dialética, trabalhando arduamente no processo do ato de aprender, que deve ser fundamenteda na consciência da realidade vivida pelos educandos e jamais reduzir-se ao simples conhecer de letras, palavras e frases vazias de significados, alheias ao mundo. A participação do sujeito no processo de construção de conhecimento é algo eficaz agora.
	Na segunda parte, o autor recorre à “Pedagogia do Opimido” para repensá-lo e durante toda a obra ele faz críticas a obra anterior, revendo criticamente a sua prática, teorizando e tornando prática a sua teoria. Paulo freire dá ênfase ao fato de que educadores progressistas precisam ser coerentes com os seus sonhos democráticos, respeitando os seus educandos e jamais os manipulando, mas sim os levando a aprender a razão dos objetos ou conteúdos passados, através de uma disciplina intelectual que deve ser forjada desde a Pré-escola.
	Na terceira parte Paulo Freire esclarece como construir a disciplina intelectual mencionada anteriormente, este não pode ser gerada através de um trabalho feito nos alunos pelo professor (educação-bancária), mas sim através do diálogo e incentivo de ambos. Dessa maneira educador e educando chegam a uma visão totalizante, permitindo que a disciplina seja construída e assumida pelos alunos. Logo, a educação deve estar centrada no educando, o aluno deve ser senhor de sua própria aprendizagem. O autor vai mostrando seu desejo de abrir espaços para seres humanos desprovidos de poder, para que estes sejam produtores de sua própria voz e protagonistas de sua a é história.
Na quarta parte Paulo freira declara que sua perspectiva é dialética e atenta à realidade, que é dinâmica e imprescindível, marcada pela contradição, o que não o torna mecanicista. O autor dirige-se aos educadores progressistas, no que se diz respeito à questão dos conteúdos programáticos da educação e afirma não haver outra posição para que eles, senão lutar incessantemente à favo da democratização da sociedade, o que implicaria a democratização da escola, colocando dois lados na mesma, o do conteúdo e o do ensino.
Na quinta parte Paulo freire fala de acontecimentos e tramas que participou, visitas que fez a outros países e debates que participou, que quase sempre giravam em torno do significado de “Pedagogia do Oprimido”
Na sexta parte o autor aborda o tema de unidade na diversidade, tema já discutido em Pedagogia do Oprimido, e afirma ser uma longa e difícil caminhada as minorias. Ele prossegue e destaca que existe outro aprendizado importante, mas também difícil de ser realizado. O aprendizado de da compreensão criticas das minorias da cultura, que não se esgota as questões de raça e sexo, mas também na compreensão da mesma na corte de classe. Ou seja, além da cor da pela, da diferenciação sexual há também da cor da ideologia. Para Paulo Freire a multiculturalidade não de constitui na justaposição de culturas, muito menos no poder exacerbado de umas sobre as outras, mas sim na liberdade conquistada, sem o medo de ser diferente.
	Na sétima e última parte, Paulo Freire faz referência em relação às Universidades e afirma que estas devem girar em torno de duas preocupações fundamentais, de que se derivam as outras e que têm apenas dois momentos que se relacionam de maneira permanente: O momento em que conhecemos o conhecimento existente e o momento em que produzimos novo conhecimento. Dizendo que: “toda docência implica pesquisa e toda pesquisa implica docência”. Dessa maneira, docência, discência e a pesquisa são indissociáveispraticas do dia a dia pedagógico.

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