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Protocolo de Cuidado em Emergências

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PROTOCOLO DE CUIDADO COM AS EQUIPES 
DE SOCORRO EM EMERGÊNCIAS E 
DESASTRES 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA (UFSC) & SERVIÇO DE ATENDIMENTO MÓVEL DE URGÊNCIA (SAMU) DE BRASÍLIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2024 
 
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PROTOCOLO DE CUIDADO COM AS EQUIPES DE SOCORRO EM EMERGÊNCIAS E DESASTRES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
03 APRESENTAÇÃO 
 
 
09 PARTE DESCRITIVA 
 
 
14 PARTE PROTOCOLAR 
 
 
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PROTOCOLO DE CUIDADO COM AS EQUIPES DE SOCORRO EM EMERGÊNCIAS E DESASTRES 
 
INFORMAÇÕES DO PROTOCOLO 
Material desenvolvido em parceria com Laboratório Fator Humano, da Universidade 
Federal de Santa Catarina (UFSC) e SAMU de Brasília (BSB) para equipes de socorro 
em emergências e desastres. 
Idealização e iniciativa: Andrea Chaves & Paola Barros Delben 
Organização e desenvolvimento: Paola Barros Delben, Andrea Chaves, Rafaela Luiza 
Trevisan, Daniela Silvestre, Priscilla Barros-Delben & Roberto Moraes Cruz. 
 
 
Referências: Organização Mundial da Saúde (2002), Associação Brasileira de 
Psicologia nas Emergências e Desastres (http://www.abrapede.org.br/), Centre for 
Research on the Epidemiology of Disasters CRED (http://www.cred.be/), Disasters and 
their consequences for public health (2011), Environmental health in emergencies and 
disasters: a practical guide, Programa em Saúde e Segurança para Contextos de 
Difícil acesso (Barros-Delben, nd), Atenção Psicológica em Situações Extremas: 
Compreendendo a Experiência de Psicólogos. 
O objetivo desse protocolo é a sistematização de processos e orientações 
relacionadas à saúde e à segurança de profissionais e voluntários que atuam em 
equipes de socorro em emergências e desastres. Para a construção do material 
foram empregadas metodologias de análise de requisitos, de consultoria a 
especialistas, definição de parâmetros mínimos e necessários e revisões de artigos 
científicos, notas técnicas orientadoras e protocolos com similaridade para a 
concentração de informações. O protocolo compreende: a) uma parte descritiva, 
com a contextualização geral de emergência e desastre, os estágios de atividade e 
apresentação dos tópicos; b) uma parte estritamente protocolar, considerando os 
estágios de atuação das equipes e as medidas de saúde e segurança objetivas para 
acompanhamento prático de líderes e gestores. O protocolo propriamente dito é 
estruturado em recomendações assertivas para o suporte eficiente às equipes, 
visando a redução de danos a curto, médio e longo prazo pela exposição ao contexto. 
 
http://www.abrapede.org.br/
http://www.cred.be/
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PROTOCOLO DE CUIDADO COM AS EQUIPES DE SOCORRO EM EMERGÊNCIAS E DESASTRES 
 
 
APRESENTAÇÃO 
 
Motivação para a elaboração do material 
Em maio de 2024 uma catástrofe sem precedentes assolou a região sul do Brasil, 
principalmente o Rio Grande do Sul. Chuvas com um volume muito acima do normal 
para a época e em um curto período, relacionada tanto às mudanças climáticas quanto 
a fenômenos ímpares meteorológicos, provocaram uma situação que foi oficialmente 
decretada como de calamidade pública pelo governo do estado gaúcho. Áreas de 
Santa Catarina também foram afetadas e quase 400 mil pessoas tiveram de deixar suas 
casas. Ao menos 100 mortes foram confirmadas e os números devem aumentar, 
incluindo o de desaparecidos com o evento, além das consequências esperadas para 
a população atingida. 
Diante da emergência, comportamentos de solidariedade em todo o país e no 
exterior foram observados, desde ações para captação de doações de comida, 
cobertores e outros itens essenciais, dinheiro, também profissionais que se prontificaram 
a oferecer suporte ou foram destacados para a missão. 
As equipes de socorro comportam militares, bombeiros, pessoal da defesa civil e 
inúmeros profissionais, especialmente da saúde, como médicos, enfermeiros, 
psicólogos, socorristas, dentre outros. Essas equipes também estão expostas à 
emergência e sujeitas aos efeitos imediatos e prolongados de tal exposição. Grupos que 
se formaram espontaneamente durante os primeiros dias de atenção à tragédia 
possibilitaram encontros disciplinares, multi, inter e transdisciplinares, enfatizando a 
importância de um protocolo como esse voltado especificamente às equipes que 
atuam no socorro da população. 
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PROTOCOLO DE CUIDADO COM AS EQUIPES DE SOCORRO EM EMERGÊNCIAS E DESASTRES 
Ciência da emergência e dos desastres 
A ciência da emergência e dos desastres tem importância significativa 
para prevenção, mitigação de riscos e recuperação diante situações 
inesperadas ou mesmo aquelas anunciadas e prováveis. Em meio à crise 
climática que o planeta enfrenta, seja por ciclos naturais ou aumento das 
repercussões em razão da atividade humana, mais emergências e desastres 
são esperados para os próximos anos e décadas e o manejo dessas 
situações precisa ser sistematizado para ações padronizadas com base em 
evidências. 
As emergências são situações em que há a eminência de uma 
ocorrência indesejável, crítica ou perigosa. Requer ações imediatas, diferente 
de uma urgência. Uma emergência pode se tornar um desastre, enquanto 
um desastre sempre terá o caráter de emergência. 
Desastres são que, de alguma forma, alteram a normalidade e o 
funcionamento de uma situação. Estão atrelados à percepção de perdas, 
danos e prejuízos, podem ser tanto por causas naturais quanto por causas 
artificiais e podem ser previstos ou estimados e mensurados em razão dos 
riscos ou de fatores de riscos. 
Riscos são probabilidades de um incidente crítico acontecer, como um 
acidente, um adoecimento, uma crise, uma emergência ou um desastre. Os 
riscos são geralmente classificados em cinco (5) categorias: riscos 
biológicos; riscos físicos; riscos químicos; riscos de acidentes; riscos 
ergonômicos. Dentro da categoria dos riscos ergonômicos, encontram-se os 
chamados riscos psicossociais, com a concepção de risco direcionada aos 
desfechos indesejáveis. Fatores de risco são elementos que em conjunto, 
isoladamente ou de maneira cumulativa e escalonável, podem influenciar, 
potencializar ou agravar um risco específico. 
Os níveis de risco são calculados pela equação probabilidade x 
severidade. Quanto mais severo e quanto mais frequente for a incidência de 
determinado componente ou desfecho, maior o grau de risco. 
A gestão de riscos surge então como um mecanismo para sistematizar 
e padronizar a administração dos riscos, com o viés preditivo mais acentuado 
que o de reação, ou de pósvenção. É uma operação que visa a redução de 
custos e a otimização do desempenho. 
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PROTOCOLO DE CUIDADO COM AS EQUIPES DE SOCORRO EM EMERGÊNCIAS E DESASTRES 
As etapas no processo de tomada de decisões estabelecida pela 
Organização Mundial da Saúde (OMS, 2002), compreendem: a) prévia, pré-
crítica ou de prevenção; b) crítica ou da emergência propriamente dita e; c) 
período pós-crítico, pós-emergências e de recuperação. Essa perspectiva 
inspirou o Plano Nacional de Gestão de Riscos e Respostas a desastres 
naturais, organizado em quatro (4) eixos: 1) prevenção; 2) mapeamento de 
áreas de risco; 3) monitoramento e alerta; 4) resposta. As emergências estão 
no primeiro nível de atenção, depois os desastres e por último as catástrofes. 
O cuidar nas emergências e desastres 
Cuidado se caracteriza como um meio de oferta de ajuda. O cuidado 
pode ser tanto para o outro, geralmente mais enfatizado como uma atividade 
ou tarefa constituída, quanto também para si. O heterocuidado implica num 
comportamento seguro de pró-cidadania, de empatia e de generosidade, 
independentemente da remuneração envolvida no processo, enquanto o 
autocuidado, também no escopo do comportamento seguro, visa a garantia 
de autoproteção e que propicia melhores condições para o heterocuidado, 
com uma oferta mais qualificada de ajuda aos outros. 
O cuidado deve ser oferecido a quem necessita, mas todos nós, em 
alguma esfera, precisamos de cuidado, especialmente em emergências. 
Diferentedo socorro, conceituado como uma assistência ou intervenção em 
saúde ou segurança diante uma urgência ou emergência, o cuidado é 
continuado e não requer um evento crítico para ser praticado ou solicitado. 
O socorro é uma resposta às emergências e pode ser do tipo: a) auto 
prestado; b) por recursos externos ou suporte remoto; c) presencial no local 
do evento, mesmo que como consequência seja feita a remoção da(s) 
vítima(s). Deve-se considerar as limitações dos contextos típicos de difícil 
acesso em emergências: 
Acessibilidade; 
 
Tempo; 
 
Flexibilidade teórico-prática; 
 
Proximidade. 
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PROTOCOLO DE CUIDADO COM AS EQUIPES DE SOCORRO EM EMERGÊNCIAS E DESASTRES 
Em emergências e desastres a atenção às prioridades é listada da 
seguinte forma: a) mortos; b) feridos; c) enfermos; d) desalojados; e) 
carentes de recursos básicos; f) desaparecidos; g) pessoas em crises 
(suicídio; violência; sob efeito de substâncias; alterações comportamentais 
pós-traumas e por psicopatologias previamente identificadas) e 
concomitante: equipes de socorro, formalizadas ou voluntárias. 
As equipes de socorro em emergência são formadas pela população 
vítima do incidente, inicialmente, mas também por equipes direcionadas pelo 
poder público, profissionais que compõem grupos com experiência e/ ou 
capacitação para a atividade fim de prestar socorro, seja esse de resgate ou 
de assistência em saúde. As equipes também podem ser de voluntários 
externos ao contexto, pessoas que possuem algum vínculo com as vítimas ou 
com o local, ou que ainda dispõem de seu tempo e expertise para oferecer 
ajuda. 
O cuidado com as equipes de socorro é crucial para o sucesso das 
operações em emergências e desastres, pois são elas que cuidarão de quem 
precisa e, portanto, precisam de recursos, suporte e atenção para 
desempenharem suas funções. Esse cuidado perpasse o acesso a itens 
básicos de sobrevivência, como alimentação, água, higiene e espaços para 
descanso/ sono, até os mais aprofundados como cuidados médicos e 
psicológicos. A premissa é que, se o pessoal que presta ajuda em 
emergências estiver bem, melhor será a ajuda oferecida e menos os 
impactos a curto, médio e longo prazo para esses “heróis”. 
A triagem, a preparação e o suporte: 
equipes de socorro em emergências e 
desastres 
 Com o objetivo de reunir as melhores estratégias para o cuidado 
consciente e adequado às equipes de socorro que atuam em emergências 
ou desastres, esse material foi elaborado, considerando recomendações 
para a triagem, a preparação, o treinamento e o suporte apropriado, 
necessário e possível. Diante da complexidade de cada situação, é 
importante enfatizar que esse cuidado integral nem sempre será viável, pelas 
mais distintas razões, mas pode servir como um norteador para ações 
assertivas que se pautem na preocupação com essas equipes. 
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PROTOCOLO DE CUIDADO COM AS EQUIPES DE SOCORRO EM EMERGÊNCIAS E DESASTRES 
 Com relação à triagem e a avaliação para a seleção, requisitos 
mínimos de aptidão ou restrição devem ser estabelecidos diante do contexto 
que se apresenta da emergência. Para fins de exemplo prático, alguém que 
não saiba nadar atuando em uma região alagada ou de enchentes, ao 
menos em um primeiro momento, deve ter seu acesso restrito, mesmo que 
se coloque de prontidão para as equipes e tenha outras competências 
necessárias, exceto na possibilidade de alocar seus serviços em um setor que 
não demande a exposição direta a riscos. Nota-se que não se trata de uma 
discussão sobre abraçar a diversidade, a equidade e a inclusão, mas de 
priorizar o atendimento às vítimas, especialmente prioritárias, onde as 
equipes de socorro não podem se configurar como elementos a mais de 
preocupação, que possam, por exemplo requerendo também o socorro. As 
necessidades mínimas para as equipes precisam ser bem compreendidas e 
atualizadas, conforme outras situações surjam. 
 A preparação, que abarca treinamentos, capacitações e a formação - 
pode tanto ser um dos requisitos mínimos para a atuação nas equipes de 
socorro, como um complemento ou um diferencial e ainda uma exigência 
pré-participação. A oferta da capacitação breve a quem não possui este 
elemento em seu currículo e mesmo para quem já tem experiência, visando 
o alinhamento específico e atualizações. É importante que ao menos o 
treinamento em primeiros socorros ou Atendimento Pré-Hospitalar (APH) 
sejam exigidos de todos, mesmo daqueles que não compõem equipes de 
saúde propriamente ditas. Além destes: comunicação assertiva e habilidades 
interpessoais, liderança, comportamento seguro e Primeiros Cuidados 
Psicológicos (PCP) devem ser exigidos. Os treinamentos ou capacitações 
podem fazer a diferença nas equipes, permitindo o entendimento das cenas 
com mais segurança, além de respostas efetivas e rápidas. 
 Por fim, mas não menos importante, deve-se promover o acesso e a 
capacitação ou atualização para a utilização de ferramentas, equipamentos, 
instalações móveis e imóveis e meios de comunicação alocados para a 
emergência e que sejam operacionais para as equipes. Esse processo, junto 
a normas de saúde e segurança que devem ser seguidas por todos das 
equipes, incluindo cuidados com a própria saúde física e mental, permitem 
um controle de coordenações que facilitam o entendimento de quando é 
preciso renovar as equipes, recapacitar ou até mesmo dispensar membros 
por questões de saúde e segurança, destes e de outros. 
 Com relação às normas para a preservação da integridade das 
equipes, é preciso incluir incentivos e facilitações de acesso à rede de apoio 
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PROTOCOLO DE CUIDADO COM AS EQUIPES DE SOCORRO EM EMERGÊNCIAS E DESASTRES 
psicossocial pessoal e familiar, obrigatoriedade quanto ao limite de 
expediente diário, jamais ultrapassando o tempo estabelecido e garantindo 
o descanso e a recuperação para prevenção da fadiga, do esgotamento e 
consequentemente do chamado erro humano. 
O erro humano tem como antecedentes as causas psicofisiológicas, a 
exemplo do cansaço físico e mental, distúrbios ou prejuízos do ciclo sono-
vigília, situações de violência ou estresse acentuado, culminando no 
chamado erro humano do tipo não-intencional. Este requer avaliação e 
monitoramento do desempenho das equipes, com planejamentos e revisões 
antes e após as ações, respectivamente os briefings e os debriefings, e 
feedbacks assertivos coletivos e individuais quando possível. Também, ações 
de promoção da valorização das equipes de socorro por meios de 
reconhecimentos e benefícios podem reduzir a incidência de negligência e 
até mesmo o boicote, que levam aos erros intencionais. 
Esclarecimentos sobre as condutas das equipes, com articulações que 
permitam a atuação em emergências precisam destacara a percepção de 
que não haverá punições ou outras consequências negativas para o reporte 
e comunicação de problemas e erros. Caso alguma operação vá de encontro 
a resoluções de conselhos profissionais ou de leis, geralmente afrouxadas em 
emergências, precisa estar presente a noção de uma proteção 
contextualizada. Nesse sentido, é preciso considerar mecanismos de 
acessibilidade nos atendimentos e maior flexibilidade a regras que não são 
aplicadas ao contexto emergente. A preparação e o gerenciamento do 
sistema de coordenação e comunicações completa o escopo de 
recomendações principais. 
Todas estas indicações serão decompostas em momentos específicos 
da emergência, desde a identificação do contexto, dos recursos e do fator 
humano envolvido na emergência e nas etapas pré, durante (início, meio e 
fim) e após as emergências. Em síntese, no período prévio à atividade, é 
sugerida a preparação do pessoal que se dirige ao contexto de emergência, 
durante é necessário um suporte continuado e atenção a aspectos de saúde 
e segurança e no momento pós-atividade deve-se considerar algum tipo de 
atendimento que busque traçar relações entre a exposição e os impactos 
percebidos, tanto para otimizar e aperfeiçoar as etapas anterioresquanto 
para continuar a oferecer cuidados às equipes de socorro após sua inserção 
nas emergências. 
 
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PROTOCOLO DE CUIDADO COM AS EQUIPES DE SOCORRO EM EMERGÊNCIAS E DESASTRES 
 
PARTE DESCRITIVA 
 
CONTEXTUALIZAÇÃO GERAL DA EMERGÊNCIA/ 
DESASTRE: 
Entender o contexto específico e as situações em evolução é importante para 
traçar planos de ação. Os gabinetes ou salas de crises são criados em emergências 
para nortear as atividades e traçar objetivos em comum, condensando a comunicação 
em pontos essenciais e atualizando todos os envolvidos na emergência com os dados 
em progresso. 
Dessa forma, esse reconhecimento do contexto inicia na identificação do tipo de 
emergência, das atuais restrições ou bloqueios que possam dificultar ou até impedir o 
acesso das equipes, tanto para chegar quanto para voltar e os quantitativos da 
emergência. Os números de pessoas atingidas diretamente: mortos, feridos, 
desalojados, desaparecidos e os manejos de atualização de listas, além do estágio da 
emergência e de que forma pode ainda progredir. Por fim, mas não menos importante, 
uma descrição da percepção da emergência, que obriga a reflexão quanto ao que será 
encontrado e o confronto com a realidade e as demandas da equipe para que tenham 
um bom desempenho. 
 
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PROTOCOLO DE CUIDADO COM AS EQUIPES DE SOCORRO EM EMERGÊNCIAS E DESASTRES 
ESTÁGIOS DAS ATIVIDADES EM 
EMERGÊNCIAS E DESASTRES 
Os estágios de atividades em emergências e desastres compreendem fases 
antes, durante a e após as ações. 
ESTAGIOS DE ATIVIDADE PRÉ-ATIVIDADE ATIVIDADE PÓS-ATIVIDADE 
IDENTIFICAÇÃO DO CONTEXTO 
Principais riscos à saúde das equipes 
• Contaminações; Acidentes; Impactos ambientais e à imagem institucional; as 
informações devem ser transmitidas de maneira honesta e com alertas para que 
todos que se envolvam nesse contexto estejam cientes das repercussões de sua 
entrada em campo. 
• Impactos físicos: Devem ser levantados e elencados, preferencialmente do mais 
perigoso ao menos, a partir do mais provável ou de maior impacto. 
• Impactos psicológicos: São esperados como impactos psicológicos para as 
equipes que atuam nas emergências, especialmente no momento de exposição 
e que precisam ser comunicados e explicados a quem vai compor equipes quais 
são esses impactos e suas definições mínimas, com mecanismos para 
identificação e abordagem: 
• Estresse agudo; 
• Coping disfuncional e compensação de ciclos de prazeres (vícios, 
alterações de funcionamento alimentar) como forma de sustentar a 
permanecia na missão; 
• Suicídio (comportamento pregresso e atual); 
• Pânico e ansiedade; 
• Psicose (episódios anteriores e predisposição); 
• Burnout e estafa; 
• Distúrbios do ciclo descanso-expediente; 
• Alterações do ciclo sono-vigília; 
• Agressividade; 
• Medos (do futuro, de novas emergências, de consequências a longo prazo, 
quanto a autoeficácia, de situações de assédio e outras violências); 
• Processos de luto; 
Por essa razão é fundamental também compreender elementos prévios que 
podem influenciar no surgimento ou agravamento de quadros clínicos, entre eles: 
• Psicopatologias; 
• Tratamentos ou terapias em curso (e interrupções); 
• Psicotrópicos; 
• Luto/ crise recentes; 
• Transtornos de sono; 
• Adição/ vício; 
• Medos/ receios. 
 
Infelizmente, nem sempre esse levantamento de informações é viável e, portanto, em 
outros momentos devem ser abordados os tópicos desse quadro. 
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PROTOCOLO DE CUIDADO COM AS EQUIPES DE SOCORRO EM EMERGÊNCIAS E DESASTRES 
Representantes/ coordenadores e fluxo de comunicação 
• Coordenadores nacionais; Coordenadores regionais; Coordenadores locais: 
Quem são, de que forma podem ser acionados, quais seus contatos e seus 
assistentes ou representantes diretos, quantos são, por quanto tempo estão 
ocupando o posto e se são os primeiros a assumirem a função no contexto 
propriamente dito. 
• Fluxo de comunicação: É indispensável que o fluxo de comunicação seja 
estabelecido nos primeiros momentos da emergência, considerando o papel do 
líder geral da emergência, a quem todos os demais líderes devem se reportar e 
quem delimita as ações das equipes. 
ESTAGIOS DE ATIVIDADE PRÉ-ATIVIDADE ATIVIDADE PÓS-ATIVIDADE 
RECURSOS E FATORES HUMANOS 
Recursos disponíveis, necessários, solicitados 
• Alimento e água: Aspectos básicos à sobrevivência humana. Num protocolo de 
suporte às equipes, deve-se considerar como o está o abastecimento do local da 
emergência, prioritariamente para a população, mas também às equipes que 
irão prestar serviços. A quantidade de alimento e água deve ser proporcional à 
quantidade de pessoas estimada ou literalmente registrada e, portanto, essa 
conta deve ser continuada considerando a quantidade mínima de recursos para 
todos ou a eventual necessidade de racionamento e de entrega de suprimentos. 
Não havendo possibilidades de atendimento às necessidades mínimas de 
população e equipe, deve-se reduzir o número de pessoas no entorno, 
especialmente voluntários que não estejam listados como prioritários. 
• Vestimentas/ EPI: Geralmente as equipes que atuam nas emergências contam 
com suas próprias vestimentas, mas é comum receberem Equipamentos de 
Proteção Individual (EPI) da coordenação das equipes, visando principalmente a 
padronização de aspectos mínimos de segurança coerentes com os riscos do 
contexto. Na insuficiência de EPI para a atuação, é preciso reavaliar tanto a 
segurança da cena quanto a quantidade de pessoas integrando as equipes, pois 
a segurança individual de quem oferece ajuda deve estar em primeiro lugar, ou 
as pessoas que compõem as equipes tornar-se-ão vítimas potenciais, elevando 
o número de indivíduos que requerem suporte apropriado e que vai se somar ao 
número de afetados do local. 
• Abrigo: Os abrigos são instalações que oferecem proteção às intempéries 
externas e são oferecidos primeiramente à população afetada pela emergência, 
mas muitas vezes se tornam as “moradias provisórias” das equipes que atuam 
na situação. Igualmente aos itens anteriores, na sua indisponibilidade ou não 
sendo possível abrigos que comportem às equipes em sua totalidade, deve ser 
revisto o número de pessoas integrando os grupos, pois é fundamental que as 
equipes tenham um local que possam descansar, dormir etc. 
• Higiene: É direito básico humano o acesso a recursos de higiene, entretanto, é 
importante apontar que em emergências esse acesso é limitado e muitas vezes 
improvisado ou precário. Contudo, equipes que prestam socorro precisam ter 
condições mínimas para sua higiene, o que repercute tanto em sua saúde física, 
como mental e moral. Nesse aspecto são destacadas pias para lavar as mãos, 
especialmente quem precisa frequentemente realizar o procedimento para 
evitar contaminações, banheiros com privada e possibilidade de descarga e 
chuveiros, mesmo que não diariamente, mas ao menos após a inserção em 
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PROTOCOLO DE CUIDADO COM AS EQUIPES DE SOCORRO EM EMERGÊNCIAS E DESASTRES 
campo de emergência e o contato com possíveis contaminantes. Um membro 
de equipe com comprometimentos em função de falta de higiene pode ser uma 
pessoa a menos prestando serviços, logo, é fundamental que a coordenação da 
emergência possa se atentar a esse aspecto. 
• Suporte em saúde/ equipe: Um grupo específico deve ser orientado a prestar 
suporte para as demais equipes. Na impossibilidade desse arranjo estratégico, é 
preciso considerar o revezamento de profissionais em escalas para esse tipo de 
suporte. As equipes precisam diariamente passar por uma breve inspeção ou 
momento de reporte em que consigam discutir sobre os principais problemas, 
soluções, incidentes e sintomas ou sinais da saúde física e mental percebidos. 
• Socorro/ resgate: O reconhecimento de necessidades distintas para socorro e 
resgate precisam ser clarificados no centro de comunicação da emergência, 
tanto para a dispensa de pessoas sem função imediata, quanto para a 
realocação de fator humano para as urgências e outras emergências. O socorroé para as vítimas ou potenciais vítimas, já o resgate implica em uma equipe com 
competências várias para que possam fazer a remoção e locomoção de uma 
vítima de um local de risco para outro seguro. As equipes precisam entender em 
qual categoria estão atuando e de que maneira sua contribuição é relevante. 
• Policiamento/ segurança: O policiamento e a segurança em emergências têm um 
papel distinto daquele percebido no cotidiano da sociedade. Deve considerar um 
olhar empático, entendendo as dinâmicas do próprio contexto, como 
comportamentos exagerados em função de pessoas afetadas pela crise, 
episódios paralelos e que não representam perigo e aqueles tipificados como de 
condutas inadequadas e até criminosas. As equipes precisam ser protegidas, 
assim como a população, mas asseguradas que poderão realizar suas atividades 
sem preocupações com agressões e violências, dentre elas o assédio. 
• Comunicação: Indispensável para a organização das atividades e listagem de 
prioridades em função da situação contextualizada, a comunicação em 
emergências e desastres deve ser assertiva, ter referências centrais e uma 
liderança representativa que consiga coordenar as mais distintas ações e 
equipes. As equipes precisam compreender o fluxo de comunicação 
estabelecido e serem informadas sobre mudanças e novas perspectivas, 
visando encontrar as melhores soluções para cada problema que se apresenta. 
Comunicação assertiva é objetiva, pontual e não se baseia estritamente em 
comportamentos impulsivos, tampouco mediada exclusivamente pelas 
emoções, ainda que estas estejam presentes, especialmente em crises. 
• Educação/ orientações; Informações/ dados atualizados: De que maneira está 
sendo organizada a educação sobre os riscos, os recursos, objetivos, normas e 
outras questões pertinentes na emergência? Como as orientações são passadas 
visando sua padronização e garantia de que todos recebam o mesmo conteúdo? 
Qual o sistema de levantamento e apresentação de dados e sua atualização (de 
quanto em quanto tempo)? 
• Locomoção/ transporte: Existe um meio formal ou padronizado para a 
locomoção e transporte de equipes e de vítimas? As opções são bem claras 
quanto a prioridade para meios aéreos, terrestres e aquáticos? Quem são as 
pessoas que operam esses meios de locomoção e de transporte e a equipe deve 
ser capacitada para operar também? 
• Vítimas feridas/ adoecidas/ fatais: Qual o quantitativo e o qualitativo (os clusters 
ou grupos de risco identificados – quem predominantemente se caracteriza 
como qualquer uma dessas vítimas)? 
• Outros. 
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PROTOCOLO DE CUIDADO COM AS EQUIPES DE SOCORRO EM EMERGÊNCIAS E DESASTRES 
Triagem: Equipes de socorro formais (contratadas – solicitadas e voluntárias) – 
requisitos mínimos: 
• Formação: qual a formação mínima ou se não há necessidade dessa definição? 
Que critérios foram utilizados para descrever a equipe? 
• Capacitações e treinamentos em saúde: APH; comunicação, inteligência 
emocional; habilidades interpessoais; liderança; comportamento seguro; PCP. 
Quais outras capacitações e treinamentos específicos são requeridos em 
função do contexto, como por exemplo, saber nadar ou mergulhar, treinamento 
em combate a incêndio etc.? 
• Documentos de identificação/ Registro profissional e outros títulos: As 
identificações devem estar armazenadas em locais protegidos, 
preferencialmente munidos de cópias digitalizadas e links de confirmação de 
fácil acesso. Cada contexto pode exigir um tipo específico de identificação, ou 
mesmo de autorização para a entrada em determinados locais. Ainda, os 
registros profissionais e outros títulos são importantes para a conferência de 
especializações demandadas quando o fluxo de informações e solicitações não 
funciona adequadamente. 
• Histórico/ experiência: especialmente quando há um número significativo de 
pessoas dispostas, voluntárias ou em prontidão para a ação em emergências, é 
preciso definir critérios de preferência e quem já possui algum histórico ou 
experiência em equipes pode ter vantagens nessa triagem. O histórico e a 
experiência também, a partir do registro da experiência atual, servirá para outras 
seleções, considerando também uma avaliação do desempenho e da 
experiência, respectivamente pelos gestores/ coordenadores das atividades e 
dos próprios membros das equipes. 
• Definição de papel na emergência: Ainda que a profissão seja clara e compatível 
com a função, é preciso definir qual o papel de cada pessoa na emergência. Por 
exemplo, um médico pode assumir a função administrativa e não operacional 
médica e exceto em crises e por comportamentos de proatividade, deve manter-
se em seu posto para que não haja abandono de tarefas, tampouco a invasão de 
campos. 
• Limitação/ restrição física/ cognitiva/ mental: Independente de tempo, essa 
informação é obrigatória e precisa ser coletada para prevenção e mitigação de 
riscos, especialmente em contextos com recursos escassos e que podem tornar 
o membro da equipe mais uma vítima real ou potencial. 
• Medidas profiláticas recomendadas/ obrigatórias: vacinas, medicações, 
checkup médico/ odontológico, laboratorial, imagem; avaliação de riscos 
psicológicos (adição; transtornos psicológicos; suicídio). 
• Motivação para a atividade (valores, princípios, objetivos): havendo tempo e 
possibilidade de realizar o levantamento dessa informação, pode ser muito útil 
para entender as razões que atraem profissionais para emergências, inclusive 
quando reportam questões financeiras, de crescimento/ destaque na carreira, 
oportunidade de aprendizagem ou obrigatoriedade (quando não têm escolha 
para a função/ atividade). Os valores, princípios e objetivos pessoais podem, 
futuramente, garantir em um banco de dados a análise estatística preditiva 
quanto a quais elementos estão mais relacionados com um bom desempenho, 
com o comportamento seguro e redução de riscos. 
 
 
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PROTOCOLO DE CUIDADO COM AS EQUIPES DE SOCORRO EM EMERGÊNCIAS E DESASTRES 
 
PARTE PROTOCOLAR 
 
ORIENTAÇÕES 
Para a utilização da guia de preenchimento para atividades de maneira 
protocolar, orienta-se, em primeiro lugar, o preenchimento do checklist da emergência/ 
desastre propriamente dito, apenas com a introdução de aplica (ao marcar o item) ou 
não se aplica, ao deixar os espaços em branco. As descrições objetivas servem para um 
norteamento inicial e que deve ser revisto periodicamente, em especial quanto à 
mudanças e evolução dos quadros. 
Na etapa de protocolo com as equipes, trata-se, nos estágios pré, durante e pós-
atividades, de mapeamentos contextualizados, ou seja, de acordo com as situações 
específicas. Novamente, essa ferramenta oferece um panorama geral, porém, que é 
dinâmico e os mapeamentos devem ser continuados, diante das possibilidades e 
viabilidade do momento para garantir que o máximo possível de informações tenha sido 
coletadas para que a apresentação das propostas de prevenção e intervenção precoce 
sejam conduzidas com eficácia. Quanto mais dados coletados, melhor, mas é 
importante enfatizar que a cultura de pesquisa na prática profissional ainda está em 
desenvolvimento e ausências ou falhas no processo não comprometem a 
intencionalidade em prol das melhores ações. 
Exemplificando: no estágio pré-atividade, é preciso identificar as possíveis 
contaminações ou mesmo a incidência destas já contabilizada. Também, quais os 
recursos disponíveis, as restrições e os problemas para a operacionalização das 
equipes. Já no estágio de atividade, é importante reconhecer os principais indicadores 
presentes nos membros do grupo, como a presença de patologias que possam requirir 
alguma clarificação, sobre situações de luto ou mesmo receios e pânico diante 
determinados elementos e as capacitações básicas para o manuseio de equipamentos 
e outros utensílios críticos à atuação. Ainda nesse estágio é fundamental um trabalho 
de educação quanto aos riscos reais e eminentes do contexto, como doenças, impactos 
psicológicos previstos e, por fim, nopós atividade, as repercussões a médio e longo-
prazo. Os recursos de promoção da saúde podem ser realizados em briefings e 
debrifiengs e, na medida do possível, o registro de ocorrências para controle e futuros 
cálculos estatísticos preditivos. 
15 
PROTOCOLO DE CUIDADO COM AS EQUIPES DE SOCORRO EM EMERGÊNCIAS E DESASTRES 
CHECKLIST DA EMERGÊNCIA 
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Tipo de emergência/ desastre Enchente/ Alagamento 
 Incêndio/ Queimada/ explosão 
 Atividade vulcânica 
 Pandemia/ Epidemia/ 
 Contaminações físicas/ químicas 
 Terremoto/ Tsunami/ Eventos geofísicos 
 Impactos de corpos naturais ou artificiais/ Atividade solar 
 Acidente viário 
 Outros 
Bloqueios e restrições de acesso Estradas interditadas/ bloqueadas 
 Aeroportos interditados/ bloqueados 
 Vias marítimas interditadas/ bloqueadas 
 Instalações destruídas/ desabadas/ bloqueadas 
 Sistema de saúde/ emergência indisponível ou destruído 
População atingida (qnt): 
População vulnerável (qnt): 
Desaparecidos (estimativa): 
Recuperação estimada (tempo): 
Principais necessidades: 
Autoridades/ representantes: 
Etapa atual no processo de 
tomada de decisões (OMS) 
 a) Prévia, pré-crítica ou de prevenção 
 b) Crítica ou da emergência propriamente dita 
 c) Pós-crítica, pós-emergência e de recuperação 
Situação em função do Plano 
Nacional de Gestão de Riscos e 
Respostas a Desastres Naturais 
(Governo Federal) 
 1) Prevenção 
 2) Mapeamento de áreas de risco 
 3) Monitoramento e alerta 
 4) Resposta 
 
Descrição da emergência/ desastre: 
 
Descrição das demandas iniciais prioritárias: 
 
 
Descrição das equipes de socorro requeridas: 
 
 
 Tipo 
 Resgatistas/ Socorristas 
 Bombeiros 
 Militares (Forças Armadas) 
 Médicos/ Especialistas 
 Enfermeiros, fisioterapeutas, nutricionistas, outras áreas da saúde 
 Psicólogos/ Psiquiatras 
 Voluntários 
 Outros 
 
 
16 
PROTOCOLO DE CUIDADO COM AS EQUIPES DE SOCORRO EM EMERGÊNCIAS E DESASTRES 
PROTOCOLO DE CUIDADO COM AS EQUIPES DE SOCORRO EM EMERGÊNCIAS E DESASTRES 
 ESTÁGIO PRÉ-ATIVIDADE 
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Contaminações: 
 
Acidentes: 
 
Impactos físicos: 
 
Impactos ambientais: 
 
Impactos psicológicos: 
 
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Coordenadores nacionais: 
 
Coordenadores regionais: 
 
Coordenadores locais: 
 
Fluxo de comando: 
 
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Alimento 
Água 
Vestimentas/ EPI 
Abrigo 
Suporte em saúde/ equipe 
Socorro/ resgate 
Higiene 
Policiamento/ segurança 
Educação/ orientações 
Locomoção/ transporte 
Informações/ dados 
atualizados 
 
Comunicação 
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Capacitações: 
Documentos e registros 
Histórico/ experiência: 
Motivação para a atividade 
Limitação/ restrição física 
Limitação cognitiva/mental 
Medidas profiláticas 
Outros 
 
 
 
17 
PROTOCOLO DE CUIDADO COM AS EQUIPES DE SOCORRO EM EMERGÊNCIAS E DESASTRES 
PROTOCOLO DE CUIDADO COM AS EQUIPES DE SOCORRO EM EMERGÊNCIAS E DESASTRES 
 ESTÁGIO DE ATIVIDADE 
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Psicopatologia: 
Tratamento/ terapia em curso: 
Psicotrópicos: 
Luto/ crise recentes: 
Transtorno de sono 
Adição/ Vício 
Medos/ receios 
Outros 
Alinhamentos iniciais 
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Doenças crônicas 
Imunodeficiência 
Questões hormonais 
Medicamentos 
Alergias 
Tratamento hospitalar 
Fisioterapia 
Questões odontológicas 
Gestação 
Outros 
Alinhamentos iniciais 
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EPI críticos 
EPI recomendados 
EPC críticos 
EPC recomendados 
Bagagem individual 
Instalações do contexto 
Suprimentos operacionais 
Normas do contexto/ atuação 
Saídas de emergência 
Rotas de evacuação 
Equip. comunicação 
Termos de atuação/ imagem 
Simulações de emergência 
Outros 
Alinhamentos iniciais 
 
 
 
 
18 
PROTOCOLO DE CUIDADO COM AS EQUIPES DE SOCORRO EM EMERGÊNCIAS E DESASTRES 
PROTOCOLO DE CUIDADO COM AS EQUIPES DE SOCORRO EM EMERGÊNCIAS E DESASTRES 
 ESTÁGIO DE ATIVIDADE 
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Prontidão para a emergência 
Recursos básicos 
Soluções ergonômicas 
Higiene pessoal 
Exercícios físicos 
Lazer e entretenimento 
Práticas religiosas/ mentais 
Espaços de privacidade 
Ciclo sono-vigília 
Ciclo descanso-expediente 
Lista de autocuidado: 
Gestão de tempo (24 horas) 
Benefício/ Reconhecimento 
Rede de apoio psicossocial 
Percepção de sintomas 
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Estresse agudo 
Coping disfuncional, 
Suicídio, 
Pânico 
Psicose; 
Burnout; 
Alterações: sono-vigília; 
Agressividade, 
Assédio e outras violências 
Processos de luto 
Outros 
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Lesões 
Traumas 
Doenças infectocontagiosas 
Distúrbios gastrointestinais 
Sintomas cardiovasculares 
Dores e desconfortos 
Problemas respiratórios 
Outros 
 
PROTOCOLO DE CUIDADO COM AS EQUIPES DE SOCORRO EM EMERGÊNCIAS E DESASTRES 
 ESTÁGIO DE ATIVIDADE E PÓS-ATIVIDADE 
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Estresse pós-traumático 
Transtornos de humor 
Alcoolismo/ adição 
Suicídio 
Pânico 
Psicose 
Burnout 
Luto 
Agressividade/ Violência 
Distúrbios do sono 
Doenças crônicas 
Necessidade de fisioterapia 
Necessidade odontológica 
Necessidade médica 
Necessidade de terapia 
Outros 
 
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PROTOCOLO DE CUIDADO COM AS EQUIPES DE SOCORRO EM EMERGÊNCIAS E DESASTRES 
PROTOCOLO DE CUIDADO COM AS EQUIPES 
DE SOCORRO EM EMERGÊNCIAS E 
DESASTRES 
 
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