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TIREOIDE FISIOLOGIA E AVALIAÇÃO DIAGNÓSTCA
SÍNTESE E SECREÇÃO HORMONAL
TIREOIDIANAS
 TRIIODOTIRONINA (T3) E TIROXINA (T4)
TSH E HCG
hCG é muito parecido com o TSH e se passa por ele/
As concentrações séricas de hCG aumentam logo após a fertilização e
atingem o pico entre 10 e 12 semanas (observamos aumento T3 LIVRE e
T3 TOTAL, T4 (geralmente dentro da faixa de normalidade) e consequente
redução do TSH. “hipertireoidismo transitório”.
À medida que a secreção de hCG diminui, as concentrações séricas de T3
e T4 diminuem e o TSH aumenta, retornando à faixa de normalidade para
o trimestre específico.
SECREÇÃO E CONTROLE SÍNTESE
FENÔMENOS DE JOD-BASEDOW E WOLFF-CHAIKOFF
Jod-Basedow
É um estado de HIPERTIREOIDISMO decorrente do aporte de iodo em
uma tireoide com predisposição para tal.
Wolff-Chaikoff
A exposição repentina e excessiva ao iodo é percebida pelos tireócitos e
isso faz com que o transporte de iodeto e a síntese hormonal sejam
inibidos transitoriamente até que os níveis séricos de iodo retornem a
níveis seguros; tal mecanismo protetor é conhecido como efeito Wolff-
Chaikoff.
“Wolff-Chaikoff é o W.C. fechado para o iodo”
“Jod-Basedow é um hipertireoidismo baseado em iodo”
SÍNTESE E SECREÇÃO HORMONAL
TIREOIDIANAS
TRANSPORTE DOS HORMÔNIOS TIREOIDIANOS
Globulina ligadora de tiroxina (TBG, do inglês thyroxine-binding globulin) 
Alterações na TBG afetam os níveis totais, mas não interferem nas frações livres
dos hormônios tireoidianos e nos níveis séricos de TSH.
AÇÕES BIOLÓGICAS DOS HORMÔNIOS
TIREOIDIANOS 
Modulação da termogênese.
Efeitos variados no metabolismo dos lipídios, proteínas e
carboidratos, dentre eles:
Aumento do número de receptores celulares de LDL-colesterol;
Estímulo à lipólise;
Síntese e degradação do colesterol (com maior efeito sobre a
degradação do que sobre a síntese);
Síntese e degradação proteica;
Estímulo à ação da adrenalina na indução da glicogenólise e
gliconeogênese;
Estímulo à ação da insulina na utilização de glicose e na síntese
de glicogênio;
Aumento da taxa de absorção intestinal de glicose;
Aumento do número de receptores de glicose nas superfícies
celulares.
Efeitos sobre o sistema cardiovascular:
Aumento da frequência cardíaca de repouso;
Aumento da contratilidade ventricular esquerda;
Aumento do volume sanguíneo;
Redução da resistência vascular periférica (RVP).
Efeitos sobre o sistema musculoesquelético: (fraqueza muscular
e rabdomiólise) 
Regulação da expressão dos genes que codificam miosina e
transportadores de cálcio.
Ações diretas tanto na formação quanto na reabsorção óssea.
Crescimento e maturação dos ossos.
Estímulo à hematopoiese e à disponibilização de oxigênio para os
tecidos periféricos. (anemia)
Ações metabólicas essenciais ao desenvolvimento
neuropsicomotor fisiológico.
Hipertireoidismo - aumento da glicemia
Hipotireoidismo - diminuição da glicemia e aumento do LDL
Hipertireoidismo - aumento da sístole
Hipotireoidismo - aumento da diástole
A INFLUÊNCIA DAS MEDICAÇÕES NA 
HOMEOSTASE TIREOIDIANACC 
MARCADORES DE AUTOIMUNIDADE
TIREOIDIANA
Os três autoanticorpos envolvidos nas doenças autoimunes
tireoidianas:
 1. Antitireoperoxidase (anti-TPO).
 2. Antitireoglobulina (anti-Tg).
 3. Anticorpo contra o receptor de TSH da tireoide (TRAb).
INDICAÇÕES DE AVALIAÇÃO FUNCIONAL E
ULTRASSONOGRÁFICA
Indicações de rastreamento de disfunção tireoidiana na gestação ou
período pré-concepcional segundo a ATA:
Presença de pelo menos um dos fatores de risco abaixo, o TSH deve ser
solicitado
Aferição do TSH em dois contextos:
• Qualquer indivíduo em risco de hipotireoidismo (TABELA ACIMA).
• Pacientes com mais de 60 anos (considerando que a prevalência de
hipotireoidismo aumenta com o avançar da idade).
Quanto à ultrassonografia de tireoide, só deve ser solicitada quando o exame físico sugere
indícios da presença de nódulos ou bócio.
Também deve ser realizada caso um nódulo seja descoberto acidentalmente em outros estudos
de imagem, como ultrassonografia carotídea, tomografia computadorizada, ressonância
magnética ou fludeoxiglucose [FDG] - PET.
QUE TESTES SOLICITAR NA AVALIAÇÃO
DA FUNÇÃO TIREOIDIANA?
Há três situações nas quais os níveis de TSH podem não ser um retrato fidedigno da
função tireoidiana :
 1. Doença hipotalâmica ou hipofisárias.
 2. Pacientes com doenças críticas que tenham efeito na secreção de TSH.
 3. Uso de medicações que interfiram nos níveis de TSH.
*T3: Prognóstico em (GRAVES)
A avaliação tireoidiana é algo que deve ser evitado ao máximo em pacientes hospitalizados
com doenças críticas, pelo risco de que a alteração laboratorial se trate de um quadro de
síndrome do eutireoidiano doente (vide quadro explicativo). Na vigência de hospitalização
ou doença aguda, só devemos solicitar a avaliação do status tireoidiano se houver uma
forte suspeita de que, de fato, há disfunção glandular subjacente.
SÍNDROME DO EUTIREOIDIANO DOENTE
O paciente entra em um estado de hipotireoidismo central transitório, associado a um
aumento da conversão de T4 para uma forma hormonal metabolicamente inativa (rT3). 
Postula-se que essa síndrome, na verdade, seja um mecanismo adaptativo para evitar o
catabolismo excessivo em períodos de doença. Ou seja, uma vez que o organismo está em
uma situação de estresse clínico, a secreção hipofisária de TSH e a conversão periférica de
T4 para T3 seriam reduzidas, ao mesmo tempo em que o T4 é transformado em uma forma
biologicamente inativa de T3 (o rT3). 
INTERPRETAÇÃO DOS EXAMES
LABORATORIAIS
Hipertiroxinemia:
Quando o excesso de proteínas ligadoras (TBG, albumina e transtirretina) se traduz em níveiselevados de T4 total. O TSH
e o T4 livre (na maioria dos casos) encontram-se dentro da faixa danormalidade e o paciente não possui clínica sugestiva
de hipertireoidismo.
Hipotiroxinemia:
Nesse caso, a redução dos níveis de proteínas carreadoras será traduzida em níveis reduzidos de T4 total. O TSH e o T4
livre (na maioria dos casos) encontram-se dentro da faixa da normalidade e o paciente não possui clínica sugestiva de
hipotireoidismo.
Existem algumas exceções. Por exemplo:
Pode ocorrer de um paciente com distúrbio funcional central ter um TSH inapropriadamente normal. Ou seja, um TSH normal exclui
disfunção tireoidiana primária (tal como sugere o fluxograma), mas não afasta a possibilidade de disfunção central. Portanto, se a
clínica for bastante sugestiva, devemos solicitar a dosagem de T4 livre mesmo na vigência de um TSH normal.
Os quadros de tireotoxicose podem ser decorrentes de uma hiperprodução hormonal (hipertireoidismo) ou de um processo destrutivo
que leve a tireoide a “despejar” hormônios pré-formados no sangue, como é o caso das tireoidites. Nesse último caso, o binômio TSH-
T4 livre vai depender do momento em que encontramos o paciente. Esse tema será oportunamente abordado na aula de tireotoxicose.

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