Prévia do material em texto
Profa. Cláudia Alessandra Alves de Oliveira FUNÇÃO RENAL CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA INDICAÇÕES Plano Geriátrico Pré-operatório • Estomatite • Dor em topografia renal • Disúria – dificuldade com micção dolorosa • Poliúria - aumento de produção de urina • Oligúria - diminuição na produção de urina • Polaciúria - aumento na frequência de micção • Estrangúria - micção dolorosa e lenta • Anúria – ausência na produção de urina • Polidipsia - aumento na ingestão de água Manifestações clínicas sugestivas de doença do trato urinário AVALIAÇÃO DO SISTEMA URINÁRIO Hemograma Urinálise Análises Bioquímicas Imagem IMPORTANTE • Não revelam a causa da doença e sim o dano provocado • Há necessidade exames seriados • Quadro crônico UREIA Sem função útil para o corpo, leve ação diurética Síntese - fígado (produto final da quebra de aminoácidos do catabolismo proteico), transportada pelo plasma aos rins Excreção: renal Reabsorção - 25 a 40% em túbulos Importância - O objetivo do ciclo da ureia é converter os íons tóxicos de amônia em moléculas inócuas de ureia para excreção. ↓ Taxa de filtração glomerular = elevação da ureia Fatores não renais que provocam HIPERUREMIA Dieta proteica Alto teor proteico → grande quantidade de aminoácidos absorvidos no trato gastrointestinal → excesso desaminado no fígado → ureia. Hemorragia trato gastrointestinal – digestão de proteínas (sangue) → grande quantidade de aminoácidos absorvidos no trato gastrointestinal → excesso desaminado no fígado → ureia. Alteração no balanço hídrico Fatores renais que provocam HIPERUREMIA Destruição parênquima renal (75% lesionado) com incapacidade de excretar a ureia Fatores pós-renais que provocam HIPERUREMIA Obstrução ou ruptura das vias urinárias excretoras ATENÇÃO! A HIPOUREMIA pode indicar doença hepática Substância nitrogenada não-proteica Síntese - durante o metabolismo da musculatura esquelética a partir da creatina (produto armazenado nos músculos para produzir energia) Excreção - renal Reabsorção - nula Importância - Como a produção da creatinina é constante, é um bom índice de filtração glomerular não sendo influenciada pela dieta nem por hemorragias intestinais. CREATININA Fatores não renais que provocam a HIPERCREATINEMIA Diminuição do fluxo sanguíneo (baixa velocidade aumenta a absorção) Obstrução ou ruptura das vias urinárias excretoras Desidratação, cardiopatias, pouca ingesta de água Fator renal que provoca a HIPERCREATINEMIA Diminuição da filtração glomerular AZOTEMIA HIPERUREMIA HIPERCREATINEMIA SINAIS CLÍNICOS NÁUSEA VÔMITOS PERDA DE PESO POLIÚRIA POLIDIPSIA ÚLCERAS NA CAVIDADE ORAL HÁLITO URÊMICO HIPERUREMIA HIPERCREATINEMIA UREMIA Causas de Azotemia Classificação Causa Pré-renal Desidratação - ↓ fluxo sanguíneo através dos rins Doença cardiovascular Renal ou primária Doença renal causando destruição de 2/3 ou ¾ dos néfrons (glomérulo) Pós-renal Obstrução do trato urinário Ruptura de bexiga (incapacidade de eliminar eletrólitos) Outras determinações químicas do sangue Os rins são importantes na conservação e eliminação de diversos componentes químicos do sangue, uma doença renal pode alterar qualquer um de seus valores séricos. SÓDIO Principal cátion do fluido extracelular. Filtrado pelo glomérulo e a maior parte é reabsorvida pelos túbulos renais proximal e distal. Retido para oferecer equilíbrio hídrico – indutor oculto na maioria das transferências de fluidos pelas superfícies epiteliais do organismo. Adquirido através da dieta Excreção: urina, fezes, suor HIPONATREMIA em doença renal (nefropatias crônicas com poliúria) – perda da capacidade de retenção HIPERNATREMIA com baixa ingestão de água POTÁSSIO Principal cátion do fluido intracelular. É filtrado e excretado ativamente pelos rins. O potássio é muito importante para a manutenção no ritmo e da frequência cardíaca normais, o controle renal de sódio, o metabolismo ácido-básico. HIPERCALEMIA OU HIPERPOTASSEMIA em doença renal com anúria ou oligúria – retenção de potássio HIPOCALEMIA OU HIPOPOTASSEMIA em vômitos, diarreia Participa da manutenção da homeostase Não há alterações em nefropatias agudas. HIPOCALCEMIA na doença renal crônica onde há perda na capacidade de reabsorção (paratireóide estimulada, com a mobilização do cálcio ósseo na tentativa de manter as concentrações plasmáticas do mineral – hiperparatireoidismo renal secundário) CÁLCIO Principal ânion do interior das células O metabolismo do fósforo é controlado por uma estrita interação com o cálcio, pela ação do paratormônio, calcitonina e calcitriol. Deve ser excretado HIPERFOSFATEMIA na doença renal (redução do volume de filtração glomerular) mais frequente em cães e gatos e menos em bovinos e equinos. FÓSFORO CLORETOS/BICARBONATOS Ânions que predominam no fluido extracelular. A composição de cloreto no corpo varia inversamente com a concentração de bicarbonato HIPERCLOREMIA desidratação Não Eletrólitos pH do sangue Doença renal - dificuldade de remover substâncias ácidas do organismo Dificuldade de conservar Bicarbonato = ACIDOSE METABÓLICA Lipídeos HIPERCOLESTEROLEMIA em cães com glomerulopatia generalizada, nefrose Proteínas Séricas HIPOPROTEINEMIA e HIPOALBUMINEMIA na doença renal - Proteinúria persistente HIPERPROTEINEMIA nos animais desidratados com insuficiência renal REFERÊNCIAS COLES, E. H. Patologia clínica veterinária. 3. ed. São Paulo: Manole; 1984, 566p. JAIN, N. C. Essentials of veterinary hematology. 5. ed. Philadelphia: Lea & Febiger; 1993. 417 p. MATOS, M. S.; MATOS, P. F. Laboratório clínico médico veterinário. 2. ed. São Paulo: Editora Atheneu; 1995. 238p. MEYER, D. J.; COLES, E. H.; RICH, L. J. Medicina de laboratório veterinária: interpretação e diagnóstico. São Paulo: Roca; 1995, 308 p. SWENSON, M. J.; REECE, W. O. Dukes fisiologia dos animais domésticos. 11. ed Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1996, 856p. THRALL, M. A. Hematologia e bioquímica clínica veterinária. São Paulo: Roca; 2006. 582 p.