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biologia-86

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Que	herança	é	essa? 171
Biologia
A capacidade que temos em perceber a luz está nos cones e basto-
netes. Os bastonetes funcionam principalmente com baixa intensidade 
luminosa e são encontrados na periferia da retina. No centro da retina 
estão os cones; nele estão os fotorreceptores que contêm pigmentos 
que absorvem as radiações luminosas. Os fotorreceptores sensíveis à 
onda curta localizam-se nos cones para o azul; à onda média, nos co-
nes para o verde, e à onda longa, nos cones para o vermelho.
A incapacidade em distinguir ou mesmo enxergar as cores está li-
gada ao mau funcionamento dos cones, na sua conversão da luz de 
um determinado comprimento de onda em uma sensação de cor sub-
jetiva no cérebro. Este mau funcionamento reside nos alelos “defeitu-
osos” existentes nos genes que herdamos dos nossos pais.
Faça uma viagem nos livros de Genética Humana ou no site 
www.evoluindo.biociencia.org/visaocores.htm. Clique em “Tópicos 
em Evolução” e, em seguida, no artigo de Eliane Evanovich, “Evolu-
ção da visão em cores”. Você poderá aprofundar seus conhecimen-
tos sobre o fator evolutivo da visão tricromática entre os animais.
Partindo do princípio que os mamíferos, exceto os primatas, vivem num mundo sem cor ou acin-
zentado, qual a vantagem evolutiva em enxergar colorido e não em preto e branco ou acinzentado?
 DEBATE
Organização da retina, parte do olho dos vertebrados responsável pela formação da imagem. É como uma 
tela onde se projetam as imagens: retém as imagens e as traduz para o cérebro através de impulsos elé-
tricos enviados pelo nervo óptico.

Mecanismos	Biológicos172
Ensino	Médio
Os indivíduos portadores dessa deficiência, ou seja, que não con-
seguem distinguir algumas cores, ou ainda, não as enxergam, são aco-
metidos pelo daltonismo. 
Esta deficiência genética está vinculada à porção “não-homóloga” 
entre os cromossomos X e Y, nos genes relacionados à produção de 
proteínas que expressam a pigmentação da visão do verde e vermelho. 
É uma característica hereditária que acomete maior número de pessoas 
do sexo masculino (cerca de 8%), do que do sexo feminino (0,5%).
Essa falha em visualizar ou mesmo diferenciar determinadas cores, 
pode estar ligada a duas cores ou a apenas uma. Os indivíduos daltô-
nicos podem ser:
Acromáticos: é a forma mais rara do daltonismo; os indivíduos não 
enxergam cor alguma. Vêem o mundo em tons de preto e branco.
Dicromáticos: indivíduos que possuem dois tipos de cones em vez 
de três. São classificados em: protan – distúrbio para reconhecer a cor 
vermelha; deutan – distúrbio em identificar a cor verde, e tritan – dis-
túrbio que impede o reconhecimento da cor azul.
Tricromáticos anormais: possuem os três tipos de cones, mas percebem 
os tons de cores alterados. É a forma mais abundante de daltonismo.
Relembrando o que foi dis-
cutido na página 95: “Os ge-
nes que se acham localizados 
exclusivamente no cromos-
somo X, na sua porção não-
homóloga, determinam a he-
rança ligada ao sexo.”
Que tal realizar uma pesquisa e descobrir por que essa anomalia recebeu o nome “daltonismo”... 
Para tanto, faça uma busca em livros de Genética Humana ou no endereço eletrônico www.ufv.br/dbg/
trab2002/hrsexo/hrs005.htm
 PESQUISA
Curiosidade: no caso do 
azul, o gene é autossômico 
dominante, com uma freqüên-
cia de 1/500 indivíduos de 
ambos os sexos.
Voltando ao teste da p. 97, observe novamente os algarismos. Você 
conseguiu identificá-los? Descobriu do que se trata? Justifique sua res-
posta em caso afirmativo ou negativo.
Sabia que ...
Essa anomalia não traz grandes conseqüências, pois os daltônicos pos-
suem uma visão normal para as demais características, causando apenas al-
gumas impossibilidades nas atividades profissionais ou cotidianas (piloto de 
aeronaves, navios e maquinista); porém, alguns recursos ópticos (lentes) têm 
sido desenvolvidos para facilitar a identificação das cores pelos daltônicos. As 
lentes objetivam filtrar ou absorver determinadas radiações luminosas, o que 
proporciona maior conforto, proteção e melhora a percepção das cores.

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