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Consequências do Bullying nas Relações Interpessoais

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AS CONSEQUÊNCIAS DO BULLYING PARA OS
RELACIONAMENTOS INTERPESSOAIS ENTRE ALUNOS NO AMBIENTE ESCOLAR.
Laurita Ferreira de O. Coelho¹
Liliane Teixeira da Silva¹
Luania Pereira Morais¹
Lusane Oliveira de Jesus¹
Rosicléia Martins dos Santos ¹
Denise Pereira da silva²
RESUMO
Cada vez com mais frequência vemos e ouvimos muitas notícias sobre as constantes violências nas escolas, que assume várias modalidades e, atualmente, a mais praticada é o bullying, não só nas escolas públicas e privadas do Brasil, mas em todo o mundo e essa prática tem gerado impactos e consequências no âmbito escolar, psicológico e social das vítimas. Nesse sentido, o presente estudo tem como objetivo compreender as consequências das práticas do bullying no contexto escolar, identificar precocemente os casos de bullying na escola e analisar como esta violência afeta diretamente as relações interpessoais no meio escolar. Logo, foi desenvolvido uma pesquisa bibliográfica que revela as consequências do fenômeno para a vida dos estudantes, como vítima e agressor. E cujo resultado obtido, constata-se, que essas violências, estabelecidas no contexto das instituições escolares, são preocupantes, tornando necessário que toda a sociedade reflita sobre a importância e necessidade de se estabelecer medidas que visam extinguir essas práticas.
Palavras-chave: Educação. Violência. Bullying.
1. INTRODUÇÃO
A partir desse trabalho foi possível compreendermos a relevância de trabalhar as consequências do bullying no ambiente escolar, com um olhar crítico voltado para como este tema é abordado, os seus impactos na vida das crianças que sofrem atos discriminatórios, e como essas crianças são incluídas no contexto escolar.
Tendo em vista que esse assunto é de extrema relevância sendo que a maioria dos casos de bullying acontecem no ambiente escolar e tende a se perpetuar fora dela, trazendo inúmeras consequências psicológicas e pedagógicas para as crianças, jovens e adolescentes que acabam ficando prejudicados e consequentemente acabam ficando vulneráveis diante de tais agressões.
A temática escolhida foi as consequências do bullying para os relacionamentos interpessoais tendo como área de concentração políticas públicas através desta pesquisa compreendemos o quão importante é abordar esse tema na escola para ajudar a prevenir o bullying e fornecer suporte para estes estudantes que sofrem com tal agressão.
A palavra bullying, deriva da língua inglesa, é relacionada ao substantivo bully, que significa neste contexto, agressor.
“Bullying é um conjunto de ações agressivas, intencionais e repetitivas praticadas por alguém contra uma ou mais pessoas, sem motivação aparente, causando sofrimento’’.
Diante disso podemos perceber o quão é maléfico para a pessoa que sofre tal agressão, pois causa um imenso sofrimento que pode perdurar por toda sua vida e isso pode ter sérias consequências tanto psicologicamente quanto emocionalmente.
Essa pesquisa teve como objetivo compreender as consequências das práticas do bullying no contexto escolar, identificar precocemente os casos de bullying na escola e analisar como esta violência afeta diretamente as relações interpessoais no meio escolar.
A metodologia para a realização deste trabalho foi a pesquisa bibliográfica, quanto ao objetivo desta pesquisa é exploratória. As informações adquiridas e as reflexões sobre o tema e os objetivos que propusemos compreender foram o principal objeto de estudo. A análise nos possibilitou ter outras perspectivas relacionadas ao tema, indo além do senso comum.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A violência escolar é uma temática que desperta diversas discussões. Assim, as professoras Miriam Abramovay e Maria Ruas (2002, p. 38) expressam que a violência “é um fenômeno heterogêneo e difícil de delimitar, especialmente quando o seu lócus é a escola, onde devem ser consideradas as relações de poder e o status de quem fala: professores, diretores ou alunos”.
Nesse ínterim, na atualidade, o comportamento violento nas escolas é conhecido como um fenômeno social complexo, que ocorre em praticamente todo o mundo. Esse termo foi definido pelo norueguês Dan Owleus citado por Marilena Ristum (2010. p. 97) que desenvolveu os primeiros critérios para identificar o bullying, quando verificou-se que este fenômeno estava intrinsecamente associado ao elevado índice de tentativas de suicídio entre os adolescentes.
Dessa forma, segundo Debarbieux citado por Abramovay e Ruas (2002. p. 53) a violência escolar pode ser associada a três dimensões: A primeira está associada a grande dificuldade de gestão escolar com estruturas completamente deficientes; A segunda, vincula-se ao contexto da violência que se origina de fora para dentro das instituições, que encontram-se situadas e que podem se manifestar por penetração de gangues, tráfico de drogas e da crescente da exclusão social da comunidade escolar e por fim, a terceira, verifica-se nos componentes internos de cada instituição.
As escolas desempenham um papel importante na redução do bullying. É de suma importância estabelecer regras claras e garantir que sejam aplicadas de forma consistente. Os professores e funcionários das escolas devem receber treinamento adequado para identificar e lidar com o bullying de maneira eficaz.
É importante que saibamos diferenciar um conflito comum, de bullying. Conflitos fazem parte da vida e não devem ferir, podendo até ser útil aos nossos filhos, se bem orientados, para fazê-lo aprender a lidar, de forma pacífica, com situações adversas e com isso, crescer como ser humano. (SANTANA, 2011, p. 26).
Como mencionado acima pelo autor, é importante que o professor saiba diferenciar pequenos conflitos de bullying e para eliminar esse problema, é preciso saber mais sobre o tema e desenvolver ações preventivas para esse combate. No bullying apenas o agressor se diverte deixando cicatrizes emocionais na vítima, utilizando da intimidação, ameaças, violência psicológica e em alguns casos até da violência física, enquanto nas brincadeiras todos se divertem. Portanto, caso haja a identificação de bullying é fundamental a tomada de providências por parte da escola, visando proteger as vítimas e a punição dos agressores para que isso não venha a se repetir, além de comunicar aos pais ou responsáveis da vítima e do agressor sobre o ocorrido.
É muito frequente, ao nosso redor, vivenciamos, em nosso cotidiano, situações de violência, como agressão física, verbal, psicológica, sexual, moral, ética, racial e outras, sendo assim Fante afirma que:
Uma forma de violência deve despertar a atenção dos profissionais da educação: aquela que se apresenta de forma velada, por meio de um conjunto de comportamentos cruéis, intimidadores e repetitivos, prolongadamente contra uma mesma vítima, e cujo poder destrutivo é perigoso à comunidade escolar, e à sociedade como um todo, pelos danos causados ao psiquismo dos envolvidos. (FANTE, 2005, p. 21).
Segundo o autor acima citado, as vítimas de bullying têm maior risco de apresentarem crises de ansiedade, depressão e intenção suicida. Médicos, professores e pais devem ficar atentos e ser capazes de associar esses sintomas ao bullying, assim eles serão capazes de identificar sinais de risco precocemente e evitar as consequências imediatas e tardias do bullying.
De acordo com o autor citado a seguir existem diversas formas de se praticar o bullying dentro e fora do ambiente escolar e com consequências muito graves, assim sendo, o cyberbullying acontece exclusivamente em um ambiente digital, a rapidez, a disseminação e permanência dos atos violentos utilizando dispositivos eletrônicos, como computadores e celulares, para agredir a vítima. Onde são enviadas mensagens ofensivas, comentários humilhantes, publicadas informações pessoais falsas ou sem consentimento, imagens e vídeos discriminatórios ou que exponham a intimidade da vítima.
Em pleno século XXI, o bullying ainda existe e agora com mais amplitude nas redes sociais, na internet como o cyberbullying, a violência virtual nos celulares, mensagens com imagens ecomentários depreciativos se alastram rapidamente e tornam o bullying ainda mais perverso. Como o espaço virtual é ilimitado, o poder de agressão se amplia e a vítima se sente acuada, mesmo fora da escola. E o que é pior, muitas vezes, ela não sabe de quem se defender. Nas escolas e, fora delas, esta situação ainda não está sendo tratada na sua proporção adequada pela sociedade. É necessário que todos os envolvidos estejam atentos a estas violências, que são constantes nos dias atuais. (ROLIM, 2016, p. 10).
Diante disso, é possível perceber que os danos causados são ainda maiores, devido a proporção e a rapidez que o cyberbullying pode tomar. É possível ressaltar ainda que os ataques cibernéticos afetam as vítimas de muitas formas, tanto em sua saúde mental, quanto física e acadêmica, afetando ainda a socialização de crianças e jovens.
A vítima do bullying, normalmente, são pessoas passivas, fisicamente mais fracas, com um ciclo menor de amizades ou socialmente solitária, apresenta baixa autoestima, caladas e cautelosas. Em alguns casos as vítimas cansadas de tantas agressões reagem se tornando agressoras.
Segundo Valle (2011, p. 21 e 22), as vítimas têm também, como é de se esperar, formas pessoais de lidarem com essas agressões:
1. Fazer a vontade do agressor na esperança de que a violência pare, mas logo constata que a situação piora, pois com isso a vítima fortalece o agressor, que se sente estimulado a continuar vivendo esse prazer de domínio;
2. Concordar com a agressão. Funciona mais ou menos assim: ´´Ah, se sou muito magra, não posso negar! ``
3. Reagir alternando, momentos de ansiedade e agressividade;
4. Incapacidade de se livrar do cyberbullying;
5. Medo de se manifestar, porque o indivíduo, por ser tímido, calado ou sensível, não se sente com força suficiente para reagir;
6. Vítima e agressor ao mesmo tempo. Reagir agredindo o outro: é o que estamos chamando de ´´efeito dominó``, ou seja, o indivíduo percebe que seus agressores ficam impunes, e para mostrar que não é covarde, então, também a vítima resolve fazer outras vítimas, assim repete -se o círculo: ´´escolhe`` outra pessoa mais indefesa e passa a provocá-la, com isso tornando-se agressor e alvo ao mesmo tempo.
Portanto, como cita o autor mencionado acima, as vítimas do bullying também podem se tornar agressoras, quando percebem que ninguém fez nada para que as agressões sanassem, tentam se defender reproduzindo o mesmo ato de seu agressor. Dessa forma faz com que o “bullying” se expanda rapidamente aumentando o número de vítimas. Por isso é imprescindível que os olhares de todos os profissionais que trabalham nas escolas, professores, gestores, funcionários administrativos e as famílias estejam voltados e atentos a perceber qualquer sinal, ou forma de bullying, para que possam ser resolvidos, evitando esse tipo de ocorrência.
3. MATERIAIS E MÉTODOS
Para alcançar os objetivos pretendidos foi constituída uma pesquisa a partir de análises bibliográficas. O trabalho utilizou como instrumentos de coleta de dados: livros impressos e digitais, dissertações e artigos disponíveis no Scielo e Google Acadêmico, encontra-se fundamentada teoricamente a partir das contribuições de autores e pesquisadores na área do bullying no ambiente escolar.
A pesquisa bibliográfica acontece quando é elaborada a partir de material já publicado, constituído principalmente de: livros, revistas, publicações em periódicos e artigos científicos, jornais, boletins, monografias, dissertações, teses, material cartográfico, internet, com o objetivo de colocar o pesquisador em contato direto com todo material já escrito sobre o assunto da pesquisa. Em relação aos dados coletados na internet, devemos atentar à confiabilidade e fidelidade das fontes consultadas eletronicamente. Na pesquisa bibliográfica, é importante que o pesquisador verifique a veracidade dos dados obtidos, observando as possíveis incoerências ou contradições que as obras possam apresentar. (PRODANOV; FREITAS, 2013, p. 78-79).
Através dessa pesquisa foi possível reunir informações e dados nos possibilitando aprofundar e compreendermos o tema, e os objetivos que propusemos a estudar.
Quanto ao objetivo, esta pesquisa é exploratória tendo como finalidade realizar um estudo do tema sob diversos ângulos e aspectos buscando compreender melhor o assunto aqui abordado.
Pela ótica de Prodanov e Freitas (2013, p. 74 e 75), descrevem a pesquisa exploratória da seguinte forma:
Quando a pesquisa se encontra na fase preliminar, tem como finalidade proporcionar mais informações sobre o assunto que vamos investigar, possibilitando sua definição e seu delineamento, isto é, facilitar a delimitação do tema da pesquisa; orientar a fixação dos objetivos e a formulação das hipóteses ou descobrir um novo tipo de enfoque para o assunto. Assume, em geral, as formas de pesquisas bibliográficas e estudos de caso. A pesquisa exploratória possui planejamento flexível, o que permite o estudo do tema sob diversos ângulos e aspectos. Em geral, envolve:
· levantamento bibliográfico;
· entrevistas com pessoas que tiveram experiências práticas com o problema pesquisado;
· análise de exemplos que estimulem a compreensão.
Desse modo, a pesquisa foi dividida nas seguintes fases: identificação do tema; levantamento da questão de pesquisa; escolha de estudos publicados referente ao tema.
O aprimoramento do estudo constituiu-se, pela busca de palavras-chave em português e inglês, incluindo os termos bullying, cyberbullying, violências nas escolas, as práticas do bullying no ambiente educacional e os reflexos do bullying na vida da criança e dos adolescentes. a fim de verificar estudos que abordassem sobre os temas relacionados a esta investigação de modo a fundamentar o estudo e conhecer o contexto da temática proposta.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
O que impede a vítima de bullying de denunciar o agressor é o medo de sofrer mais agressão, por isso é de grande importância, no combate de tais atitudes, a presença do psicólogo nas escolas, pois ele se incumbirá de contribuir no reconhecimento de comportamentos e atitudes que dificultam as relações interpessoais, que geram conflitos e que possam levar ao aparecimento de atos violentos e de agressividade entre os alunos.
Além do psicólogo escolar, a orientação educacional, a participação da direção, professores, alunos e pais são indispensáveis para evitar tais ações condenatórias.
A educação e a conscientização são fundamentais para o combate dessa violência. Escolas podem implementar programas que visem aumentar a empatia e a compreensão e a boa vivência entre os alunos. Esses programas podem incluir palestras, discussões em grupo, atividades de dramatização e filmes educativos. Ao fornecer informações sobre o impacto negativo e promover uma cultura de respeito mútuo, esses programas ajudam a criar um ambiente em que o bullying seja menos praticado e cada vez menos tolerado.
5. CONCLUSÃO
Conclui -se que o bullying afeta não somente os alunos, mas também todo o ambiente escolar incluindo familiares e comunidade, comprometendo a evolução escolar e até mesmo isolamento, agressividade, traumas, medo, depressão e ansiedade que pode acompanhar a vítima por toda a vida, pois a escola deixou de ser um lugar protegido e seguro e hoje se tornou um local onde a violência faz parte da vida do educando.
Percebemos assim que ao abordarmos essa temática sobre as consequências do bullying para os relacionamentos interpessoais entre alunos no ambiente escolar, é de extrema relevância, visto que as consequências do tema abordado, se refere a atos de intimidação e violência física ou psicológica um problema que vem se alastrando e chamando a atenção por estar se tornando algo rotineiro no cotidiano escolar.
Percebe se que os casos de bullying começam de forma silenciosa, e por isso se torna mais grave, pois, quem sofre a agressão não costuma falar sobre nem na escola nem na família, mas, começa a mudar as atitudes, sinais como baixa no desempenho acadêmico, faltas consecutivas para fugir da situação e mudançasno comportamento são os sinais mais frequentes apresentados por quem sofre esse tipo de violência. Por isso, é fundamental que as famílias e a escola devem estar sempre alertas para os sinais que são apresentados pelos seus educandos.
Vale ainda ressaltar, que as práticas do Bullying nos ambientes escolares se estenderam para fora dos muros da escola, tomando uma proporção muito maior com a internet, onde o alcance de pessoas é ainda maior tornando a exposição da vítima muito mais além do ambiente físico, configurando o cyberbullying fazendo as crianças e adolescentes ficam acuadas. Os ataques cibernéticos vêm de toda parte da vida de muitos estudantes intimidando, hostilizando ou humilhando, difamando, insultando ou atacando moralmente. Diante dessa situação já vem sendo desenvolvido e trabalhado para utilização dos meios de comunicação como ferramenta para a descentralização e conscientização desses ataques tanto nos ambientes físicos como no virtual.
Para tanto nos resta evidenciar que as consequências do bullying, ficarão presente na vida da criança e do adolescente para o resto da vida, por isso a necessidade de estarmos atentos como profissionais da educação para os menores alertas emitidos pelos educandos. Sendo de extrema importância criar um ambiente seguro seja em casa na escola ou na sociedade como um todo para que as vítimas se sintam à vontade para partilhar o problema que estão vivenciando. É importante destacar o papel dos pais e da escola e de toda comunidade acadêmica nesta luta. É necessário a integração de todos, afinal é de responsabilidade de todos promover uma escola onde a criança e os adolescentes possam construir seu desenvolvimento acadêmico, social e pessoal, livre de humilhação e ataques e qualquer tipo de violência.
REFERÊNCIAS
ABRAMOVAY, Miriam; RUA, Maria das Graças. Violências nas escolas. Brasília: UNESCO Brasil. 2002. p. 01-88.
FANTE, C. (2005). Fenômeno bullying: Como prevenir a violência nas escolas e educar para a paz. Campinas, São Paulo: Verus Editora. 2005.
ROLIM, José Charles. Bullying no ambiente escolar e seus reflexos na aprendizagem das crianças e adolescentes. 2016. 19f. Trabalho de Conclusão de Curso (graduação em Pedagogia – modalidade à distância) – UFPB/CE. 2016. Disponível em:<https://repositorio. ufpb.br/jspui/ handle/123456789/1757. Acesso em:29/08/2023.
RISTUM, M. Bullying escolar. In: ASSIS, SG., CONSTANTINO, P., and AVANCI, JQ., orgs.
Impactos da violência na escola: um diálogo com professores [online]. Rio de Janeiro:
Ministério da Educação/ Editora FIOCRUZ, 2010, pp. 95-119.	
SANTANA, Edésio T. Bullying e cyberbullying: agressões presenciais e a distância: o que os educadores e os pais devem saber / Edésio T. Santana - São Paulo: EDICON, 2011. pg. 26.
PRODANOV, Cleber Cristiano; FREITAS, Ernani Cesar de. Metodologia do trabalho científico: métodos e técnicas da pesquisa e do trabalho acadêmico. 2.ed. – Novo Hamburgo: Feevale, 2013.
VALLE, Nadja do Couto. Pelos caminhos da educação: bullying, cyberbullying e dependências. 1.Ed. Rio de Janeiro: Novo ser, 2011.
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